Cidades

ALÍVIO DOS CÉUS

Nem os mais otimistas nem institutos previam tanta chuva no Pantanal

Em Corumbá foram 42,2 milímetros até o começo da manhã desta sexta-feira. Nuvens procedentes da Bolívia não estavam nos radares dos institutos de meteorologia

Continue lendo...

Nem os institutos de meteorologia e nem os mais otimistas esperavam tanta chuva para a região pantaneira em pleno mês de agosto. Na região urbana de Corumbá, até 06 horas da manhã desta sexta-feira, o acumulado estava em 42,2 milímetros, conforme das disponíveis no Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Com as nuvens procedentes da Bolívia e se estendendo para a região leste do Estado, a chuva atingiu boa parte do Pantanal e em Miranda o acumulado até o começo da manhã era de 29 milímetros.

Com isso, os focos de incêndios florestais que ainda persistiam na região central do Pantanal foram extintos por completo durante a última noite.

Leia também: Confira a previsão do tempo para o final de semana em Campo Grande e demais regiões de MS

Um pouco mais ao centro do Estado, na região urbana de Aquidauana, o volume foi ainda mais generoso, com 44 milímetros de quinta-feira até o começo da manhã desta sexta-feira. 

Durante a noite e madrugada, as nuvens de chuva chegaram a Campo Grande e o acumulado até 06 horas na Capital estava em 10,4 milímetros, mas a previsão é de que a garoa continue até o começo da tarde.

Na região sul do Pantanal, em Porto Murtinho, também choveu, mas em volume menor. No acumulado foram 12 milímetros. Mais ao norte de Corumbá, na estação de Nhumirim, eram 20 milímetros até o começo da manhã.

Os volumes na região pantaneira, pelo menos até o começo desta sexta-feria, superavam inclusive a quantidade de chuva no extremo sul do Estado, para onde eram previstos até 50 milímetros, o que não ocorreu. Em Sete Quedas, por exemplo, foram quase 19 milímetros, o que é menos da metade que em Corumbá ou em Aquidauana.

Porém, no que se refere à queda de temperatura, os institutos acertaram nas previsões. Em Sete Quedas, a mínima foi de 7,7 graus nesta sexta-feira. Em Ponta Porã, a mínima registrada pelo Inmet foi de 7,6 graus. Em Campo Grande, a mínima foi  de 9,2 graus.

Mas o frio mais intenso está previsto para a madrugada deste sábado, com mínima de 6 graus na Capital. No extremo sul, a mínima pode se de apenas 3 graus. 
 

CLIMA

Meteorologia reduz probabilidade de chuva em Campo Grande no fim de semana

Inicialmente, a previsão para a capital era de queda nas temperaturas e chuva entre sábado (14) e domingo (15); Outras regiões de MS terão fim de semana chuvoso

13/09/2024 11h20

Tempo deve seguir seco e muito quente na capital campo-grandense

Tempo deve seguir seco e muito quente na capital campo-grandense Bruno Henrique / Correio do Estado

Continue Lendo...

O que antes era um sonho, aos poucos vai se tornando um pesadelo: com mudança na previsão meteorológica, o fim de semana em Campo Grande (MS) deve ser quente e sem chuva.

Conforme dados do Climatempo retirados no início da semana (10), o final de semana na capital seria marcado por sol e muitas nuvens, mas com possibilidades de chuvas isoladas à noite e no domingo. Além da chuva, também era previsto uma mudança brusca de temperatura, com máxima de 25º e mínima de 20º, a capital passaria por uma  tarde marcada por um tempo chuvoso.

No entanto, as últimas atualizações do Climatempo indicam uma mudança significativa na previsão para Campo Grande. Atualmente, segundo dados do Climatempo, o calor não deve dar trégua aos campograndenses. E, muito menos, chuva. Com temperaturas de até 38oC no sábado, a única previsão de chuva para a capital é no domingo à noite. No entanto, com apenas 1.2mm de chuva.

De acordo com a previsão, as chuvas devem voltar, possivelmente, somente na próxima semana. Contudo, ainda com um volume abaixo do desejado.  De outro modo, apesar de um baixíssimo volume de chuvas, a umidade segue a mesma e deve seguir aumentando. 

 

Fonte de dados meteorológicos: Wetter vorhersage 30 tage

 

Outras regiões 

No restante do estado, as notícias são boas:

Enquanto Campo Grande deve enfrentar um fim de semana seco, outras regiões de MS terão condições climáticas diferentes. Dourados e Ponta Porã, por exemplo, devem receber fortes pancadas de chuva, com uma queda significativa nas temperaturas. Já no Pantanal e no extremo oeste do estado, o calor e o clima seco devem predominar

Confira

Em Dourados, além de uma queda nas temperaturas entre sábado (14) e domingo (15), o fim de semana será de muitas nuvens e com fortes pancadas de chuva. De acordo com a previsão, a cidade dourada deve receber até 34mm de chuva somente neste final de semana. 

Na fronteira, em Ponta Porã, uma frente fria deve chegar para dar uma trégua no calor. Com temperaturas mínimas de 15ºC, e com máxima de 24ºC.  Além do frio, a previsão também aponta pancadas de chuva. 

No Pantanal, em Corumbá, o forte calor e o clima seco devem continuar. Não há previsão de chuva para a região.

Em Porto Murtinho, no extremo oeste do estado, uma onda de frio deve ajudar a amenizar o clima, com mínima de 20ºC e máxima de 25ºC, msa sem chuvas. 
 

Assine o Correio do Estado

Tensão

Conflito deixa três indígenas feridos no interior de MS

Confronto com a PM teve início na tarde de ontem, e se estende até esta sexta-feira, com indígenas cercados na sede de uma fazenda; veja vídeo

13/09/2024 10h45

Reprodução: Aty Guasu/Instagram

Continue Lendo...

Através das redes sociais, a Aty Guasu, Assembleia Geral do povo Kaiowá e Guarani, vem denunciando conflitos na aldeia Marangatu, localizada no município de Antônio João, distante aproximadamente 280,8 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul.

Em nota, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) informou que a comunidade foi atacada pela Polícia Militar. Três pessoas, uma mulher e dois homens, ficaram feridas, e uma delas permanece internada no hospital.

"Após os eventos, a Força Nacional foi para a região. Os indígenas resistem cercados na sede da fazenda", diz texto do Cimi.

Na legenda de uma de suas publicações, a Aty Guasu relembrou os confrontos em Douradina, em julho deste ano, e pediu apoio. 

"Mais uma vez o povo Guarani Kaiowá não tem sossego, mês passado era no município de Douradina no qual teve conflito durante dois meses, e agora na outra região. Guarani Kaiowá precisa de apoio", diz legenda da publicação feita pela Aty Guasu.

Já na manhã desta sexta-feira (13), por volta das 8h, a Aty Guasu publicou um novo vídeo do confronto, dizendo que a situação persiste no local. "Urgente: Guarani Kaiowá está sob ataque no momento", diz legenda.

No vídeo, é possível ouvir diversos disparos. A Aty Guassu atribui os ataques à "milícia do agronegócio". Confira:

Segundo o Cimi, essa é a propriedade que ainda faltava ser retomada pela comunidade, sendo que a última tentativa ocorreu em 2016. Na ocasião, houve confronto com fazendeiros da localidade.

O conflito resultou na morte, a tiros, de Simião Vilhalva. Na TI Nhanderu Marangatu também foram assassinados Dorvalino Rocha, em 24 de dezembro de 2005, e Marçal Tupã, em novembro de 1983.

Decisão da Justiça

Após a tentativa de retomada, a Justiça Federal de Ponta Porã, através de decisão publicada ainda na quinta-feira (12), autorizou a atuação da polícia estadual para proteger a propriedade privada, o que foi considerado pelo Cimi a "legitimação da violência" contra a comunidade. O órgão considerou ainda a decisão "controversa e apressada".

 

 

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).