Política

CAMPO GRANDE

Bolsonaro indicará vice de Beto e nome será Coronel Neidy ou a filha de Portela

A oficial do PM é a preferida pelo PSDB, porém, pesa o fato do lobby feito pelo suplente de senador junto ao ex-presidente

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A expectativa de que o PSDB poderia anunciar durante a convenção partidária da noite de hoje em Campo Grande (MS) o nome de quem será a candidata ou candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo deputado federal Beto Pereira já não existe mais.

O Correio do Estado conversou com o presidente estadual da legenda, o ex-governador Reinaldo Azambuja, que descartou tal possibilidade e revelou que o anúncio deve ficar para ao longo da campanha eleitoral de Beto Pereira a prefeito da Capital.

No entanto, Reinaldo Azambuja revelou à reportagem que a escolha ficará a cargo do PL e não ao MDB, como alguns interlocutores tucanos e emedebistas estariam comentando depois que o ex-governador André Puccinelli abriu mão da pré-candidatura a prefeito para apoiar Beto.

“O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) será o responsável por indicar o nome para a vaga de candidata a vice-prefeita na chapa do Beto”, declarou com exclusividade ao Correio do Estado, explicando que a indicação foi alinhada quando foi costurado o acordo para o ex-presidente apoiar o PSDB.

FAVORITAS

A reportagem apurou que as favoritas para ser a indicada de Bolsonaro para a vaga de candidata a vice-prefeita de Campo Grande são a coronel PM Neidy Nunes Barbosa Centurião, ex-subcomandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul (PMMS), e a arquiteta e urbanista Ana Cláudia Portela, presidente municipal do PL e filha do 1º suplente de senador Aparecido Andrade Portela, o “Tenente Portela”, presidente estadual.

Para a ala do PL ligada ao deputado estadual Coronel David e também para o PSDB, a preferia é a Coronel Neidy em virtude da experiência dela à frente do comando da Polícia Militar e por ser a primeira mulher a alcançar o posto de coronel PM no Estado.

Além disso, durante os 27 anos na PM do Estado, a Coronel Neidy teve uma jornada marcada por valores familiares e, antes de ser exonerada a pedido para poder disputar as eleições municipais deste ano, ocupava o cargo de subcomandante-geral da PMMS

Ao longo de sua carreira, a policial militar desempenhou funções relevantes em diversas áreas da Polícia Militar, incluindo a Companhia de Trânsito, Policiamento Montado, 1° Batalhão, Comunicação Social e comando da Cavalaria, além de fundar o Centro de Equoterapia da PMMS em 2002. 

Ela também assumiu, por 60 dias, o comando da PMMS no ano passado, em razão do afastamento do comandante-geral, o coronel PM Renato dos Anjos Garnes, que sofreu um acidente, tornando-se a primeira mulher no posto.

LOBBY DO PAI

Apesar do extenso currículo da Coronel Neidy, é muito grande a possibilidade de a escolhida para o cargo de candidata a vice-prefeita de Beto Pereira ser a presidente do PL municipal, Ana Cláudia Portela, pelo fato de o pai dela, o Tenente Portela, estar fazendo lobby por ela junto ao ex-presidente e também junto ao presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto.

Interlocutores ouvidos pelo Correio do Estado informaram que o caso de Ana Cláudia Portela lembra o do pai dela em 2022, quando Bolsonaro exigiu que o 1º suplente da então candidata a senadora Tereza Cristina fosse o Tenente Portela, seu amigo de caserna desde 1970, quando serviram juntos no 9º Grupo de Artilharia de Campanha do Exército, em Nioaque (MS).

Como não pesou nas eleições de 2022 na indicação do Tenente Portela a falta de qualificação política, agora nas eleições deste ano também não deve ser como parâmetro para que Bolsonaro indique a filha do velho amigo, mesmo com a bagagem política dela ainda ser inexpressiva em razão da pouca idade e por estar começando agora sua trajetória na vida pública.

O exemplo disso é que o currículo incipiente de Ana Cláudia Portela não impediu Bolsonaro de aceitar a indicação do pai dela para assumir a presidência do PL em Campo Grande. Ela ficou conhecida entre os apoiadores de Jair Bolsonaro por participar ativamente das ações que levaram o ex-presidente ao comando da nação em 2018 e a vencer em 66 dos 79 municípios do Estado há dois anos.

Ela também coordenou a caminhada do Tenente Portela, que percorreu dezenas de municípios defendendo o nome de Tereza Cristina, buscando apoio para a eleição ao Senado. A reportagem tentou sem sucesso falara com Portela.

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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