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ASSISTÊNCIA SOCIAL

Campo Grande encerra 'ponto de apoio' do frio até a próxima geada

Recomendação é que a ação seja retomada somente quando a Defesa Civil emitir algum novo alerta, apontando para uma temperatura mínima de 12 graus ou menos

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Com a quinta e sexta-feira (26 e 27 de junho) prevendo mínimas entre 17 e 19 graus célsius, o chamado "Ponto de Apoio" do frio que fica no Parque Ayrton Senna (localizado na rua Jorn. Valdir Lago, 512 - no conjunto Aero Rancho em Campo Grande) terá suas atividades encerradas, pelo menos até que a Capital volte a sentir outro "frio de doer". 

Conforme repassado pela Secretaria de Assistência Social (SAS) de Campo Grande, já na noite de hoje (25) não haverá mais acolhimento no ponto de apoio. 

Segundo a SAS, a recomendação é que a ação seja retomada somente quando a Defesa Civil emitir algum novo alerta, apontando para uma temperatura mínima de 12 graus ou menos. 

Nesta última madrugada, de terça para quarta-feira (24 para 25 de junho), um total de 61 pessoas se deslocaram até o ponto de apoio, diante das 72 acolhidas no dia anterior

Desse total de 61 pessoas acolhidas nessa última madrugada de quarta-feira (25), uma maioria esmagadora (55) conforme dados da SAS se tratavam de homens, enquanto apenas seis eram mulheres. 

Em detalhamento, a demanda espontânea durante essa última madrugada trouxe 10 pessoas até o ponto de apoio, com outras oito abordagens executadas pelo chamado Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas).   

Outro recorte dessa mesma parcela mostra que, cerca de duas dessas pessoas que buscavam sair do frio se tratavam de imigrantes, enquanto os idosos respondiam por cinco indivíduos dentre os 61 totais. 

"Frio de doer"

Entre as madrugadas de terça e quarta-feira, Mato Grosso do Sul passou dois dias consecutivos batendo temperaturas negativas em pelo menos um de seus municípios. 

A própria Defesa Civil Municipal alertou sobre a queda brusca de temperatura, com riscos de hipotermia que poderiam levar à morte, pedindo que a população mais vulnerável buscasse abrigo 

De acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), há uma elevação da temperatura observada para os próximos dias, com os termômetros na Capital, por exemplo, batendo mínimas entre 17 e 19°C e máximas de 26 e 28 . 

Como a próxima ativação do centro de apoio dependendo de um alerta para geadas por parte da Defesa Civil, aqui cabe explicar que, diferente da onda de frio, onde há queda na temperatura do ar por dias consecutivos, a geada é caracterizada pela formação de uma camada de cristais de gelo sobre plantas ou sobre outras superfícies. 

Causada pela advecção (transmissão no sentido horizontal do calor pelo deslocamento de massa atmosférica) de massa de ar polar, a geada têm o poder reduzir o potencial de produção de lavouras e, nesse caso, levar a população de rua à morte. 
 
Com o "Ponto de Apoio" ativado por três edições neste ano, sendo a primeira na semana de 28 de maio, a SAS soma 464 acolhimentos até então. 

Importante destacar que, nessas situações mais extremas, caso alguém encontre pessoas em situação de rua expostas ao frio, é possível avisar os órgãos competentes pelos telefones: (67) 99660-6539, 99660-1469 ou 156. 

Sendo responsáveis por buscas ativas que cobrem toda a Cidade Morena, as equipes do chamado Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) atuam 24 horas por dia, todos os dias da semana. 
**(Colaboraram Felipe Machado e Naiara Camargo)

 

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Cidades

Com 2,5 milhões de doses aplicadas, MS é líder nacional de vacinação

Campanhas nas escolas foram o principal meio utilizado para ampliar a cobertura vacinal em crianças e adolescentes

16/12/2025 15h00

Arquivo/SES

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Segundo um levantamento divulgado pelo Centro de Liderança Pública CLP, Mato Grosso do Sul atingiu a marca de 100 pontos, nota máxima, no Ranking de Competitividade dos Estados 2025. Ao todo, foram mais de 2,5 milhões de doses de vacinas aplicadas em todo o estado.

Para atingir esse marco, houve um trabalho integrado entre Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), municípios e Governo Federal, com campanhas planejadas, profissionais capacitados e gestão estratégica, para garantir a proteção coletiva e o controle de doenças.

“Essa nota máxima em cobertura vacinal é fruto de um trabalho consistente e coletivo. Esse resultado não se explica em um único dado, mas na soma de profissionais preparados, campanhas planejadas com responsabilidade e uma gestão que coloca a saúde pública como prioridade. Cada dose aplicada representa proteção, confiança e futuro para nossa população”, destaca Frederico Moraes, gerente de Imunização da SES.

Metas atingidas

Diversos indicadores positivos na cobertura vacinal de Mato Grosso do Sul foram responsáveis pelo estado se destacar nacionalmente. Veja os dados extraídos da Rede Nacional de Dados em Saúde RNDS, referentes às doses aplicadas até o dia 01/10/25 às 00:00.

  • Cobertura vacinal infantil acima da meta: BCG (104,68%), Hepatite B >30d (103,80%), Pneumocócica 10 (96,23%), Rotavírus (93,51%) e a Tríplice Viral D1 (96,28%).
  • Campanhas sazonais de sucesso: mais de 1 milhão pessoas vacinadas contra Influenza, destas mais de 400 mil em grupos prioritários (crianças, gestantes e idosos).
  • Vacinas especiais e proteção ampliada: imunização contra dengue com mais de 200mil doses aplicadas, atingindo 100% da meta em 23 municípios do estado;
  • Introdução da dose zero contra sarampo; oferta da meningocócica ACWY dose de reforço aos 12 meses em todos os municípios; extensão da vacina contra o HPV para jovens e adolescentes não vacinados de 15-19 anos até dezembro de 2025 e dez anos sem casos humanos de febre amarela

Um ponto chave para a ampla cobertura vacinal foi o programa “Aluno Imunizado”, que intensificou as ações nas escolas para imunizar alunos e professores. A participação das escolas permitiu alcançar públicos estratégicos, reforçando a cultura de prevenção e a importância da vacinação desde cedo. 

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Padronização para horário de entrada e saída de hotéis começa a valer

Portaria do Ministério do Turismo deu 90 dias para estabelecimentos se ajustarem a novas regras para check-in e check-out

16/12/2025 14h00

Foto: Álvaro Rezende / Arquivo

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Começaram a valer nesta terça-feira (16) as novas regras para entrada e saída (check-in e check-out) de hóspedes em hotéis brasileiros. A mudança, promovida pelo Ministério do Turismo (MTur), define que a diária cobre 24 horas, dentro das quais os hotéis têm três horas para a arrumação dos quartos.

A regra permite que os hotéis definam seus próprios horários de check-in e check-out dentro desses critérios, e essas informações devem ser comunicadas ao hóspede de forma clara e prévia, tanto pelos hotéis como pelas agências de turismo e as plataformas digitais intermediárias de reservas.

A medida foi modificada por meio de uma portaria do MTur publicada em setembro, com prazo de 90 dias para vigorar.

Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Manoel Linhares, a prática já era adotada pelas redes de hotéis usualmente, mas havia um pedido do setor para que o assunto fosse regulamentado e incluído nas últimas mudanças promovidas na Lei Geral do Turismo.

“São três horas de intervalo entre as saídas e entradas dos hóspedes, para que nossos colaboradores tenham tempo de preparar a hospedagem e para que a gente possa receber melhor. Isso no Brasil já era de praxe, mas, com a regulamentação exata, serve para tirar qualquer dúvida”, explica.

Além das três horas de intervalo para limpeza da hospedagem, a regulamentação também flexibiliza a cobrança de tarifas diferenciadas para entrada antecipada ou saída postergada e detalha a comunicação sobre horários e frequência dos serviços de arrumação, higiene e limpeza da unidade habitacional.

Por meio de nota, a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), que reúne agências de viagens e operadoras, avaliou de forma positiva a regulamentação do tema.

“A definição objetiva do período de hospedagem ajuda a alinhar expectativas do viajante no momento da compra e reduz ruídos na comercialização de pacotes turísticos, trazendo mais segurança para toda a cadeia”, destaca.

Além de maior transparência, a flexibilização quanto às tarifas diferenciadas permite ajustes conforme a disponibilidade de cada meio de hospedagem informa a nota da Abav.

“Embora a adaptação possa exigir ajustes, especialmente para pequenos empreendimentos, a entidade entende que a medida acompanha práticas já adotadas internacionalmente e contribui para a modernização e competitividade do turismo brasileiro”, conclui.

Registro de Hóspedes

As mudanças promovidas pelo MTur incluem ainda a adoção do novo modelo digital da Ficha Nacional de Registro de Hóspedes (FNRH), em substituição ao modelo de papel. A portaria que trata do assunto foi publicada em novembro, com prazo de 90 dias para começar a valer em 13 de fevereiro.

Com a adoção da nova ferramenta, os estabelecimentos terão um QR Code, com link para a página de pré-check-in, que poderão ser preenchidas pelos hóspedes. No momento de entrada, o estabelecimento só precisará conferir os dados com os documentos apresentados.

“Fica o check-in mais tranquilo, tanto para a hotelaria como para o hóspede que, na sua chegada, já vem de um voo cansativo e, às vezes, pega um grupo e fica em uma fila esperando para preencher uma ficha, aquela coisa toda”, afirma Manoel Linhares.

A versão digital da ficha ficará também disponível na Plataforma FNRH Digital, com outras funcionalidades, como elaboração de relatórios analíticos, módulo de reservas e módulo de consulta para os hóspedes.

Demandas

De acordo com Manoel Linhares, as mudanças são regulamentações importantes para o setor, mas ainda há demandas a serem incluídas nas leis que tratam do turismo no país, como a regulamentação de aplicativos de hospedagem, como os que alugam imóveis por temporada.

“Nós, hoteleiros, geramos emprego e temos uma carga tributária muito alta, como é do conhecimento de todos. Nós temos a responsabilidade de dar o melhor aos nossos hóspedes, desde o check-in ao check-out. E o que acontece? Esses aplicativos não ficam nem no Brasil, então a operação é desigual”, avalia.

A demanda é antiga, mas com o surgimento de diferentes plataformas e o impacto sentido pelo setor, a avaliação da ABIH é de urgência.

“Só em Fortaleza, do ano passado para cá, fecharam seis hotéis. Se nós não tivermos essa demanda, vão fechar muitos hotéis, como já estão fechando no Brasil todo”, conclui Linhares.

A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do MTur sobre a regulamentação das plataformas para locação de imóveis por temporada. Até a publicação, não houve resposta. O espaço permanece aberto.

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