Economia

IPCA

Capital fecha agosto com inflação perto de zero

Habitação (-1,04) e Alimentação e bebidas (-0,6) impulsionaram a queda do IPCA

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o mês de agosto em 0,03 em Campo Grande, índice 0,26 ponto percentual abaixo da taxa de julho, que foi de 0,29%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (10).

No ano, o IPCA acumula alta de 2,64% na Capital, e nos últimos 12 meses, de 4,33%.

Quatro dos novo grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), Artigos de residência (-0,35%) e Comunicação (-0,34%).

Os maior índice foi do setor de Transportes (1,12%), seguido por Vestuários (0,88%) e Saúde e cuidados pessoais (0,52%).

Despesas pessoais e Educação tiveram índice de 0,01%. Confira:

Em Alimentação e bebidas (-0,60%), a alimentação no domicílio (-0,91%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,59% em julho. Foram observadas quedas nos preços da cebola (-26,51%), a batata inglesa (-22,28%), do tomate (-15,95%) e dos ovos de galinha (-3,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (21,85%), a banana-d’agua ou nanica (8,85%) e o café moído (4,31%).

A alimentação fora do domicílio (0,32%) apresentou alta em agosto após o registro de queda em julho (-0,50%). O subitem lanche desacelerou de 2,38% em julho para 1,72% em agosto, enquanto a refeição apresentou variação próxima de julho, com 2,93%. Grupo Transportes tem o maior impacto no índice com aumento de 1,12%, impulsionado pelo transporte de
aplicativo

O grupo Transportes teve aumento (1,12%), com impacto de 0,24 p.p. no índice. A maior variação veio do transporte de aplicativo (5,95%), seguido pelo conserto de automóvel (3,56%). O preço do etanol e da gasolina aumentaram em 3,11% e 1,75% respectivamente. As passagens aéreas foi o artigo que registrou a maior queda (-17,48%), acompanhado pelo transporte escolar (-2,92%) e o transporte publico (-2,05%).

Em Campo Grande, o grupo Habitação apresentou queda de 1,04% em agosto, influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,81% em julho para -3,67% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. O subitens que mais contribuíram no campo positivo, foram os artigos de limpeza como, o sabão em barra (2,53%), o detergente (1,80%) e a água sanitária (1,49%). No lado das quedas, além da energia elétrica residencial, se destacaram os subitens: tinta (-2,78%) e cimento (-1,41%).

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,52%), o resultado foi influenciado pelos subitens óculos de grau (2,92%), produto para cabelo (2,75%) e pelo psicotrópico e anorexígeno (2,74%). No lado oposto, as maiores quedas vieram dos subitens exame de laboratório (-2,86%), artigos de maquiagem (-2,68%) e perfume (-1,92%).

No grupo Despesas Pessoais (0,01%), o destaque vai para as altas nos subitens como, bicicleta (2,66%), serviço de higiene para animais (2,52%) e sobrancelha (1,70%). As principais quedas vieram dos subitens brinquedo (-3,07%), pacote turístico (-2,67%) e tratamento de animais (clínica) (-2,65%). O acumulado no ano foi para 4,14%.

O grupo Artigos de residência teve variação mensal de -0,35% em agosto. Os subitens com as maiores baixas foram artigos de iluminação (-3,28%), utensílios para bebê (-3,26%) e roupa de cama (-2,91%). Na contramão, as maiores altas foram encontradas em ar-condicionado (3,29%) e roupa de banho (3,02%).

O grupo Comunicação apresentou variação de -0,34% em agosto, influenciado pela queda no subitem aparelho
telefônico (-1,92%).

As maiores variações, em Educação (0,01%), vieram da autoescola (2,26%) e da creche (0,79%). As principais
quedas registradas no grupo são dos artigos de papelaria (-2,01%), Caderno (-1,88%) e de atividades físicas (-
1,08%).

Panorama nacional

A nível nacional, o IPCA de agosto foi de –0,02% e ficou 0,40 ponto percentual abaixo da taxa de julho (0,38%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,85% e, nos últimos 12 meses, de 4,24%, abaixo dos 4,50% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2023, a variação havia sido de 0,23%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram queda e influenciaram o resultado de agosto: Habitação (-0,51%) e Alimentação e bebidas (-0,44%), que contribuíram com -0,08 pontos percentuais (p.p.) e -0,09 p.p, respectivamente. No lado das altas, o maior impacto veio de Educação (0,73% e 0,04 p.p. de contribuição). Os demais grupos ficaram entre o 0,00% de Transportes e o 0,74% de Artigos de residência.

No grupo Habitação (-0,51%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de 1,93% em julho para -2,77% em agosto, com o retorno da bandeira tarifária verde. Além disso, foram verificados reajustes tarifários nas seguintes áreas: Porto Alegre (-0,69%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias a partir de 19 de agosto; Vitória (-1,49%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Paulo (-3,07%), com redução média de 2,43% nas tarifas de uma das concessionárias a partir de 4 de julho; São Luís (-4,52%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (-5,63%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.

Ainda em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,44%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 8,05% em Fortaleza (6,49%), a partir de 5 de agosto; de 5,81% em Salvador (5,43%), a partir de 1° de agosto; de 4,31% em Vitória (4,03%), a partir de 1º de agosto; e redução média de 0,61% em São Paulo (-0,47%), a partir de 23 de julho.

Em Alimentação e bebidas (-0,44%), a alimentação no domicílio (-0,73%) apresentou o segundo recuo consecutivo, após queda de 1,51% em julho. Foram observadas quedas nos preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). No lado das altas, destacam-se o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

A alimentação fora do domicílio (0,33%) registrou variação abaixo do registrado no mês anterior (0,39%). O subitem lanche desacelerou de 0,74% em julho para 0,11% em agosto, enquanto a refeição acelerou de 0,24% para 0,44%.

No grupo Transportes (0,00%), a estabilidade de preços no grupo foi influenciada por movimentos de preços em sentidos opostos. Em relação aos combustíveis (0,61%), gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%) apresentaram altas, enquanto o etanol recuou 0,18%. Além disso, as passagens aéreas registraram queda nos preços (-4,93%).

Em Educação (0,73%), os cursos regulares subiram 0,76%, principalmente por conta dos subitens ensino superior (1,09%) e ensino fundamental (0,57%). A alta dos cursos diversos (0,47%) foi influenciada principalmente pelos cursos de idiomas (0,98%).

Regionalmente, a maior variação ocorreu em Porto Alegre (0,18%), influenciada pela alta da passagem aérea (21,59%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em São Luís (-0,54%), por conta dos recuos da energia elétrica residencial (-4,52%) e do tomate (-23,78%).

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de julho a 29 de agosto de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (base). Calculado desde 1980, o indicador se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Com IBGE.

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IPCA

Após se aproximar de zero, inflação volta a subir em Campo Grande

No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% na Capital; em setembro, foi impulsionado pelo setor de Habitação, com alta no preço da energia elétrica

09/10/2024 10h40

Os maior índice foi do setor de Habitação (2,06%), impulsionado pela alta no valor da energia elétrica residencial

Os maior índice foi do setor de Habitação (2,06%), impulsionado pela alta no valor da energia elétrica residencial Foto: Divulgação

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No mês de agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 0,03 em Campo Grande, uma queda de 0,26 ponto percentual se comparado com a taxa de julho. Em setembro, o índice voltou a subir, fechando o mês em 0,58%.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (9).

No ano, o IPCA acumula alta de 3,23% na Capital, e nos últimos 12 meses, de 4,45%, acima dos 4,33% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação: Vestuário (-0,24%), Despesas Pessoais (-0,25%) e Comunicação (-0,22%).

Os maior índice foi do setor de Habitação (2,06%), seguido por Alimentação e Bebidas (1,13), Artigos de residência (0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,30%) e Educação (0,15%).

Transportes tiveram índice de 0,03%. Confira:

Análise

Em Alimentação e Bebidas (1,13%), a alimentação no domicílio teve alta de 1,44%, após dois meses consecutivos de queda. Foram observados aumentos nos preços do mamão (23,63%), da laranja-pera (17,97%), do café moído (8,40%) e do acém (7,92%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-15,55%), a batata-inglesa (-8,45%) e o tomate (-7,88%).

A alimentação fora do domicílio registrou alta de 0,24%. O subitem refeição teve queda de 0,05%, enquanto o lanche acelerou de -0,64% em agosto para 0,70% em setembro. 

No grupo Habitação (2,06%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de -3,67% em agosto para 5,47% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$4,463 a cada 100kwh consumidos. Além da energia elétrica residencial, os subitens que mais contribuíram no campo positivo, foram o material hidráulico (1,74%) e o gás de botijão (1,18%).

No lado das quedas, além da energia elétrica residencial, se destacaram os subitens: tinta (-0,99%) e sabão em barra (-0,97%).

No grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,30%), a queda foi influenciada pelos subitens óculos de grau (-3,70%), fralda descartável (-2,98%) e pelo hipotensor e hipocolesterolêmico (-2,08%). No lado oposto, as maiores altas vieram dos subitens exame de imagem (3,04%), papel higiênico (2,74%) e anti-infeccioso e antibiótico (2,36%).

O grupo Transportes registrou aumento (0,03%), com impacto de 0,01 p.p. no índice. Entre as quedas, ganham destaque conserto de automóvel (-0,82%), com impacto de -0,02 p.p., ônibus interestadual (-1,63%) e motocicleta (-0,75%).

Os maiores aumentos vieram de passagem aérea (7,12%), e do seguro voluntário de veículo (3,59%). Também subiu o automóvel novo (0,66%), que teve o maior impacto positivo no grupo (0,01 p.p.).

O grupo Vestuário apresentou queda de 0,24% no mês passado. Contribuíram para o resultado do mês os itens calçados e acessórios (-0,92%) e roupa masculina (-0,29%). Dentre os subitens, ganham destaque o tênis (-2,33%), camisa/camiseta masculina (-1,42%) e sapato feminino (-2,66%). No lado das altas, joia (1,79%) e calça comprida feminina (2,15%) se destacam.

O grupo Artigos de residência teve variação mensal de 0,33% em junho. Os subitens com as maiores altas foram encontrados em ar-condicionado (3,84%) e reforma de estofado (3,79%). Na contramão, as maiores baixas foram conserto de celular (-2,31%), computador pessoal (-2,24%) e roupa de banho (-2,21%).

O grupo Despesas Pessoais (-0,25%) apresentou o primeiro valor negativo no ano, com destaque para a queda nos subitens como, cinema, teatro e concertos (-10,80%), alimento para animais (-1,81%) e bicicleta (-1,67%). No campo oposto, as principais altas vieram dos subitens sobrancelha (2,55%), e tratamento de animais (clínica) (2,17%). O acumulado no ano foi para 4,14%.

O grupo Educação subiu 0,15%. Esse resultado foi influenciado pelo aumento dos seguintes subitens: autoescola (1,99%), atividades físicas (0,89%) e livro não didático (0,51%). Não houve quedas neste grupo.

O grupo Comunicação apresentou variação de -0,22% em setembro, influenciado diretamente pela queda no subitem aparelho telefônico (-1,3%).

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Economia

FCO libera R$ 441 milhões acima do previsto para MS

Total de investimentos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste agora supera os R$ 2,8 bilhões

09/10/2024 08h55

Divulgação: Governo do Estado

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Inicialmente previsto em R$ 2,410 bilhões para Mato Grosso do Sul, o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) ampliou o aporte financeiro para o Estado em mais R$ 441 milhões, a serem divididos entre as linhas Empresarial e Rural.

O anúncio foi feito na última terça-feira (8) pelo secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, logo após a 10ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO (CEIF/FCO), realizada na parte da manhã.

“A Sudeco (Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste) fez uma reprogramação orçamentária em setembro e decidiu ampliar o valor total de recursos para os Estados. Mato Grosso do Sul tinha R$ 2,4 bilhões para investir em partes iguais nas linhas Rural e Empresarial e agora ganhamos um aporte de mais R$ 220,5 milhões para cada linha”, anunciou o secretário.

Na reunião, também foi decidido que serão remanejados R$ 300 milhões da linha Empresarial, que tinha recursos sobrando, para reforçar a linha Rural, que já estava se esgotando. 

Dessa forma, com a ampliação dos limites anunciados pela Sudeco, a linha FCO Rural tem disponível mais R$ 520 milhões que precisam ser contratados até o fim do ano.

Apesar do remanejamento, há muito recurso disponível na linha FCO Empresarial, frisou o secretário.

“Temos que aplicar R$ 350 milhões do FCO Empresarial nos próximos 40 dias”, acrescentou. “Importante que o empreendedor seja rápido, procure a rede bancária para garantir o financiamento”, completou.

O secretário executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Semadesc, Rogério Beretta, lembra que os recursos do FCO podem ser contratados nas agências do Banco do Brasil do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE), do Sicredi e do CrediCoamo.

“Estávamos com valor escasso para a linha do FCO Rural, mas agora com esse reforço, as agências já estão liberando novos financiamentos. É importante o empresário, tanto da cidade quanto do campo, procurarem o banco o mais rápido possível”, concluiu.

Reunião

Na 10ª Reunião Ordinária realizada nessa terça-feira (8), os membros do CEIF/FCO aprovaram 95 cartas consulta que pleiteiam R$ 187 milhões em financiamentos. Foram 35 cartas consulta para a linha FCO Empresarial, no total de R$ 43.123.422,83, e 60 cartas consulta do FCO Rural, somando R$ 143.972.912,56.

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