Política

CÂMARA DE CAMPO GRANDE

Carlão deve enterrar pedido de cassação de vereador réu por peculato e corrupção

O presidente da Câmara Municipal justificou que Claudinho Serra teria cometido os crimes antes de ser diplomado

Continue lendo...

Mesmo sendo réu pelos crimes de peculato, corrupção passiva, organização criminosa, fraude ao caráter competitivo de licitação pública, fraude ao contrato decorrente da licitação e concurso material de crimes, o vereador Cláudio Jordão de Almeida Filho (PSDB), o “Claudinho Serra”, não deve perder o mandato na Câmara Municipal de Campo Grande.

Pelo menos foi o que deixou transparecer o presidente da Casa de Leis, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), o “Carlão”, ao conversar com o Correio do Estado depois que o empresário Elenilton Dutra de Andrade protocolou, na manhã de ontem, pedido de cassação de Claudinho Serra, que foi colocado em liberdade na sexta-feira passada com uso de tornozeleira eletrônica.

“Olha, eu cumpro o regimento interno da Casa. Ele (Claudinho Serra) está sendo acusado de ato ilícito antes de ter sido diplomado como suplente de vereador. Eu não trabalho com suposições”, afirmou Carlão, explicando que, como o vereador é acusado de chefiar organização criminosa no período em que foi secretário municipal de Finanças, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia (Sefate), não teria cometido crime algum como parlamentar.

O presidente ainda repetiu para a reportagem que as acusações que estão sendo imputadas a Claudinho Serra são de antes dele assumir o mandato de vereador por Campo Grande.

“Devido à pandemia de Covid-19, ele foi diplomado depois, então, a gente não trabalha com esse negócio de suposição de que o vereador será condenado pela Justiça. Tem que ter fato”, reforçou sobre o fato de aceitar ou não o pedido de cassação de mandato.

No entanto, Carlão informou que a Procuradoria Jurídica da Câmara de Campo Grande analisará o pedido de cassação de Claudinho Serra, que foi denunciado à Casa de Leis com base no Decreto nº 201/67, que dispõe sobre as responsabilidades dos parlamentares municipais da Capital, em um prazo de 20 dias para dar um parecer.

“O procurador jurídico vai analisar e, se tiver alguma coisa que incorre no regimento interno, tem que, mesmo assim, abrir um processo, pois temos de cumprir um rito. No meu entendimento, não tem nada que resulte em aceitar um pedido de cassação de mandato”, declarou, completando que a Procuradoria Jurídica deve arquivar o pedido, uma vez que a denúncia contra o vereador não tem relação com o mandato.

De acordo com a apuração do Correio do Estado, o último pedido de cassação analisado pela Procuradoria Jurídica da Casa de Leis foi a do vereador Professor André Luís (PRD) contra o vereador Sandro Benites (PP).

André Luís fez o pedido porque o colega Sandro Benites  participou do ato considerado antidemocrático em frente ao quartel do Comando Militar do Oeste (CMO), pedindo intervenção militar após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições gerais de 2022. 

Na época, a Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal  opinou pela improcedência e o pedido nem foi à votação, o que também deve ocorrer com essa nova solicitação contra Claudinho Serra.

IMAGEM MANCHADA

Questionado sobre o fato de Claudinho Serra frequentar as sessões da Câmara Municipal usando tornozeleira eletrônica, não provocaria uma mancha na imagem da Casa de Leis, o presidente foi sucinto: “ele usar tornozeleira não causará qualquer tipo de impedimento”.

"Só fato de ser acusado de um crime não vale, ele precisa ser condenado. Então, a gente não pode querer que a pessoa que está sendo acusada seja afastada, seja cassada”, pontuou.

Sobre a mancha na imagem da Casa de Leis, Carlão manteve o mesmo argumento.

“Ah, mas você vai manchar a imagem da Câmara e eu respondo que não foi feito dentro da Casa. Não tem nada que haver com o mandato dele como vereador, não tem nada inerente a isso. Então, assim que chegar às minhas mãos o parecer da Procuradoria Jurídica, eu vou cumprir, seja uma punição ou não, vou cumprir”, garantiu.

Ou seja, apesar de não ser ilegal, conforme o regimento interno da Casa de Leis, a simples presença do Claudinho Serra usando tornozeleira eletrônica durante as sessões é imoral, pois se trata do Poder Legislativo, que tem como missão representar o povo.

No entanto, ao não afastar o parlamentar, o presidente abre um precedente perigoso ao permitir que um dos vereadores frequente a “casa do povo” sendo réu por inúmeros crimes e, ainda pior, usando tornozeleira eletrônica, afinal, de agora em diante, qualquer parlamentar em situação semelhante, ou até mesmo pior, terá o direito de continuar representando a população.

COMISSÃO DE ÉTICA

Para agravar ainda mais a situação, Claudinho Serra é membro do Conselho de Ética da Câmara Municipal de Campo Grande e, pelo menos por enquanto, não será afastado da função, conforme informou ao Correio do Estado o presidente, vereador Epaminondas Vicente Silva Neto (PSDB), o “Papy”.

Questionado pela reportagem se o parlamentar seria afastado pelo menos da Comissão de Ética da Casa de Leis, Papy disse que para fazer isso a comissão teria de ser provocada, pois não trabalha de ofício, referindo-se ao pedido de cassação protocolado junto à presidência da Câmara.

“A gente precisa que algum parlamentar, ou alguém, inclusive da sociedade civil, protocolar na Câmara o pedido de afastamento junto à Comissão de Ética. A partir daí, nessa sequência, a Comissão de Ética pode atuar”, declarou, explicando que o pedido do empresário foi para a cassação do mandato e não para a suspensão do vereador da comissão.
 

Papy completou que o presidente Carlão e a Mesa Diretora estão tomando as devidas providências sobre o caso.

“A Comissão de Ética é subordinada às decisões da Mesa Diretora e da presidência. Então, também tem essa hierarquia para a tomada de decisão por parte das comissões permanentes da Casa”, alegou.

Conforme o presidente da Comissão de Ética, chegando qualquer tipo de pedido contra qualquer vereador na Comissão de Ética, o caso será deliberado.

“Nós precisamos de ser provocados nesse sentido”, finalizou.

O PEDIDO

No pedido de cassação feito por Elenilton de Andrade, é citado que Claudinho Serra foi preso no dia 3 de abril durante a terceira fase da “Operação Tromper”, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc) e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), órgãos do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) que investigam a organização criminosa que operava em Sidrolândia (MS), onde a prefeita Vanda Camilo (PP) é sogra do parlamentar.

No documento, endereçado ao presidente Carlão, o empresário e ex-servidor municipal faz a denúncia na condição de eleitor do município e pede a “imediata abertura do processo administrativo” para cassar o mandato do vereador. 

Ele citou o Decreto-Lei nº 201/67, que dispõe sobre a responsabilidade dos vereadores, entre elas, cassar o mandato de um parlamentar quando o mesmo incorrer nas seguintes situações: utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade administrativa; fixar residência fora do Município; proceder de modo incompatível com a dignidade, da Câmara ou faltar com o decoro na sua conduta pública.

Também foram citados no pedido o histórico recente de Claudinho Serra, no âmbito da operação, narrando a prisão, a denúncia posterior do MPMS, a aceitação da denúncia pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, da Vara Criminal de Sidrolândia, que tornou o parlamentar réu, e a decisão do desembargador José Ale Ahmad Netto, que atendeu o pedido de reconsideração para soltar o vereador do PSDB, provisoriamente, com uso de tornozeleira eletrônica.

Da mesma forma, o denunciante elenca os supostos crimes de associação criminosa, fraudes em contratos e licitações, peculato, corrupção passiva e concurso material de crimes, pelos quais o vereador foi denunciado e alvo de mandado de prisão.

SIDROLÂNDIA

A situação de Claudinho Serra também chegou até à prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo, sogra do vereador. Com 12 votos favoráveis e apenas um contra, a Câmara Municipal de Sidrolândia aprovou a instauração de uma Comissão Processante (CP) contra a chefe do Executivo, pré-candidata à reeleição, para apurar possíveis indícios de desvio de recursos públicos, má gestão financeira, irregularidades em contratos e omissão ou negligência identificadas pela “Operação Trompers”.

Caso a comissão comprove a prática de infração político-administrativo por parte da chefe do Executivo municipal, a punição pode ser perda de mandato e, neste caso, ela ficará impedida de tentar a reeleição e será afastada do cargo, assumindo a vice-prefeita Rosi Fiuza (MDB), esposa do ex-prefeito Daltro Fiuza (MDB), que venceu a eleição em 2020, mas acabou cassado pela Justiça Eleitoral provocando a realização de uma eleição suplementar, na qual Vanda Camilo foi eleita.

Segundo o autor do requerimento pela instauração do procedimento, vereador Enelvo Felini Júnior (PRD), a CP terá três componentes e será composta nesta semana.

Na votação, conforme ele, a CP foi aprovada e apenas o vereador Izaqueu de Souza Diniz (PSD), o “Gabriel Auto Car”, citado na investigação da “Operação Tromper”, votou contra, por motivos óbvios.

“O presidente da Câmara, vereador Otacir Pereira Figueiredo (PP), o “Gringo”, também no votou, pois só precisaria votar em caso de empate, e eu, por ter sido o proponente”, explicou.

Enelvo Jr. informou ainda ao Correio do Estado que nesta semana será realizada uma reunião para escolher os três integrantes da CP, o que terá de ser feito por meio de sorteio, que apontará o presidente, o relator e o secretário.

**Colaborou Laura Brasil

ASSINE O CORREIO DO ESTADO
 

Repasse

Bancada Federal prevê R$ 528 milhões em emendas para MS

Verba deve contemplar áreas como saúde, infraestrutura, habitação e abastecimento de água em aldeias indígenas

04/12/2024 12h03

Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira, em Brasília

Reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira, em Brasília Foto: Divulgação

Continue Lendo...

Os senadores e deputados que compõem a bancada definiram a destinação dos R$ 528 milhões em emendas para saúde, habitação,  infraestrutura, abastecimento de água, obras e rodovias do Estado.

A bancada federal se reuniu na manhã desta quarta-feira (4), encontro que ocorreu no gabinete da senadora Soraya Thronicke (Podemos), em Brasília, e contou com a presença dos deputados Luiz Ovando (PP), Dagoberto, Beto Pereira e Geraldo Resende, todos do PSDB, além dos petistas Camila Jara e Vander Loubet. O encontro contou com os senadores Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP).

Entre os projetos que devem ser contemplados, está a obra de extensão da rede de abastecimento de água em Dourados para atender aldeias indígenas da região.

"Queremos atender o máximo de instituições e obras possíveis. Como coordenadora da bancada, posso dizer que é um desafio fazer o recurso render para atender todas as áreas que gostaríamos, mas conseguimos chegar num consenso que beneficie o maior número de pessoas possível. A população sul-mato-grossense pode ter certeza que estamos trabalhando em prol do desenvolvimento, do bem-estar e da prosperidade de todos", afirmou Soraya Thronicke, em nota. 

Além disso, há previsão de recursos para o custeio da saúde no estado, o que inclui as entidades mantidas com recursos estaduais . Os parlamentares também pretendem destinar verba ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), com recursos para andamento de obras importantes nas principais rodovias do Estado.

Assine o Correio do Estado 
 

A PORTAS FECHADAS

Conflito indígena e privatizações são tratados por Riedel com os deputados

Governador esteve reunido com os parlamentares na manhã de ontem, na Assembleia Legislativa, por quase três horas

04/12/2024 08h00

O governador Eduardo Riedel (PSDB) na reunião com os deputados estaduais na Assembleia

O governador Eduardo Riedel (PSDB) na reunião com os deputados estaduais na Assembleia Foto: Saul Schramm/Gerson Oliveira

Continue Lendo...

Na manhã de ontem, o governador Eduardo Riedel (PSDB) reuniu-se, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), por quase três horas e a portas fechadas, com os deputados estaduais, para apresentar um balanço do ano sobre os investimentos, os projetos e as ações do Estado, além de adiantar as perspectivas para 2025.

Porém, como ele saiu da reunião sem falar com a imprensa, não foi possível confirmar se a pauta foi somente para apresentar o balanço do ano. Entretanto, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, os temas que mais dominaram o encontro foram outros.

De acordo com a apuração da reportagem, eles trataram sobre o conflito da Polícia Militar com os indígenas na região de Dourados (MS), as privatizações das rodovias BRs 262 e 267 e MS-040, na região leste do Estado, e a formação de uma parceria público-privada (PPP) para administração do Hospital Regional Rosa Pedrossian (HR) (leia mais na editoria Cidades).

Na oportunidade, os parlamentares aproveitaram para questionar o governador sobre vários assuntos, mas o foco acabou ficando nesses três temas, conforme o Correio do Estado levantou com fontes presentes na reunião. 

QUESTÃO INDÍGENA

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) questionou o governador sobre a ação da Polícia Militar contra os indígenas das comunidades Jaguapiru e Bororó, no município de Dourados, que bloquearam a rodovia estadual MS-156 para protestar a respeito da falta de fornecimento de água.

Durante o desbloqueio da rodovia, alguns indígenas ficaram feridos, e o parlamentar afirmou que isso ocorreu por excesso do uso da força por parte da PM.

Porém, neste momento, o deputado estadual Coronel David (PL) saiu em defesa dos policiais militares, reforçando que é fácil criticar a atuação das forças de segurança estando a quilômetros de distância do conflito, mas o policial precisa tomar uma decisão na hora e sob forte comoção.

Riedel também fez questão de responder ao deputado petista, reforçando que os policiais militares estavam cumprindo uma ordem direta do governador.

“O que aconteceu lá não foi culpa da PM, pois eles receberam uma ordem direta minha para desocupar a rodovia e garantir o direito de ir e vir dos cidadãos”, teria dito o governador, completando que a situação tinha de ser resolvida. 

Kemp ainda cobrou uma solução para a falta de água nas duas comunidades indígenas e a criação de uma comissão de conflito para evitar futuras ações mais truculentas das forças de segurança, entretanto, Riedel lembrou ao deputado que, sobre a falta de água, serão construídos novos poços de captação de água potável.

Além disso, completou o governador, serão ofertados caminhões-pipa diariamente nas aldeias até que as obras dos poços sejam concluídas. A respeito da criação de uma comissão de conflito, Riedel não teria deixado claro se vai acatar ou não a sugestão do parlamentar.

PREFEITOS ELEITOS

Uma quarta questão que também foi levantada pelos parlamentares ao governador na reunião dizia respeito a reivindicações dos prefeitos eleitos neste ano, que cobravam os deputados estaduais para marcarem um encontro com Riedel para falar sobre os investimentos do Estado previstos para 2025 nos seus municípios.

No entanto, de acordo com o apurado pelo Correio do Estado, o governador disse que era para os deputados estaduais falarem para os prefeitos “primeiro assumirem os cargos e depois tomarem conhecimento das demandas dos seus municípios, para só então buscar uma reunião”.

Riedel pediu ainda que os parlamentares falassem para os prefeitos esperarem uns 60 dias após a posse para solicitarem esse encontro, e reforçou que os gestores municipais podem ficar tranquilos que os acordos assumidos pelo Estado serão cumpridos. 

Ele frisou que a “gestão municipalista”, com investimentos em diferentes setores nos 79 municípios, está em pleno vigor, e que todos os projetos e obras firmados com os gestores municipais terão sequência e serão concluídos na sua gestão.

Por meio do programa MS Ativo, também seguem em andamento políticas públicas na saúde, na educação e na assistência social nas cidades, em parceria com os municípios.

O governador também deixou as “portas abertas” da Governadoria aos prefeitos eleitos que assumirem seus mandatos a partir de 2025.

“Estaremos abertos ao diálogo e à conversa para projetos futuros, assim como para discutirmos as obras e os projetos que já estão em andamento nas cidades”, reforçou.

CLIMA AMISTOSO

Em release distribuído pela área de comunicação do Estado, o governador destacou a contribuição do Poder Legislativo para o ambiente de estabilidade institucional em Mato Grosso do Sul, que tem sido determinante para o Estado atrair grandes investimentos privados. 

“A Assembleia tem sido protagonista nos grandes debates de interesse da sociedade, construindo soluções consensuais, aprimorando e aprovando os projetos que o Executivo envia à deliberação do parlamento”, afirmou Riedel, agradecendo o apoio dos parlamentares e frisando o compromisso da Casa de Leis com a entrega de resultados para a população.

Pela assessoria de imprensa, o governador teria feito um balanço dos projetos e das obras concluídos e iniciados neste ano, além de detalhar o planejamento para 2025. Entre os projetos em destaque, mencionou a projeção de mais de R$ 1 bilhão de investimento em obras de infraestrutura, além da entrega para a iniciativa privada, via concessão, da gestão da chamada Rota da Celulose, abrangendo trechos das rodovias das BRs-267 e 262, além da MS-040. 

“Estamos entregando à sociedade um volume de ações, e o resultado é o crescimento do Estado, que é hoje o que mais investe no Brasil, tendo um dos menores índices de pobreza. O Estado tem quatro eixos definidos [verde, digital, próspero e inclusivo], mas tem como prioridade fazer entregas diretas à população”, afirmou o governador.

Riedel citou que uma das prioridades é “perseguir” o fim da pobreza extrema no Estado, com uma série de ações transversais, desde os programas sociais até o momento de qualificação profissional e acesso ao emprego. “Esta é uma missão, as pessoas precisam ter comida na mesa, dignidade e depois seguir em frente”, assegurou.

Sobre o momento de crescimento do Estado, o governador destacou os investimentos bilionários na área da celulose, que colocaram Mato Grosso do Sul como destaque nacional e mundial do setor. Citou ainda a ampliação do turismo em diferentes regiões e a chegada da nova fronteira agrícola, que é a citricultura, com grandes investimentos para produção de laranja.

CASA DE LEIS

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gerson Claro (PP), disse que a reunião com o governador foi produtiva e uma demonstração “de que Mato Grosso do Sul vive um momento de ação harmoniosa entre os Poderes”. 

Para Gerson, os deputados não têm deixado que o ambiente de polarização política experimentado pelo País “contamine o compromisso dos deputados de trabalhar em favor da construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos”.

Em pauta, no encontro do governador com os deputados, temas como a proposta de PPP na área da saúde. De acordo com Gerson Claro, antes da votação do projeto da PPP, os técnicos que estão trabalhando no projeto vão até a Casa de Leis discutir o modelo a ser proposto. 

“A PPP não vai atingir a atividade-fim, que é o atendimento prestado pelos profissionais da saúde. A terceirização deve abranger a parte administrativa, a lavanderia, a hotelaria, o restaurante e a segurança nos hospitais do Estado”, explicou o parlamentar. 

O presidente da Assembleia mostrou confiança de que em 2025 será retomado e concluído o projeto de entregar à iniciativa privada, em regime de concessão, a gestão da Rota da Celulose, que teve leilão suspenso porque não atraiu investidores interessados no negócio. 

“O momento econômico do País, com o dólar em alta, várias ofertas de PPPs, são fatores que podem ter inibido potenciais investidores. O edital será refeito, sofrerá provavelmente adequações de metas de investimento que impactarão diretamente no preço final do pedágio a ser cobrado. A iniciativa privada não faz caridade, só vai ter interesse em empreendimentos com potencial de lucratividade. O ideal é que todas as rodovias fossem duplicadas, mas, para isso, é preciso viabilizar recursos para os projetos saírem do papel”, comentou.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).