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Chuva espanta turistas e gera prejuízos milionários em Bonito

Com um volume de 495 mm registrado apenas no mês de fevereiro, o município ontem decretou situação de emergência; 15 atrativos permanecem fechados

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Principal referência de ecoturismo no Estado, Bonito acumula prejuízos milionários. As recorrentes chuvas desde o dia 24 de fevereiro inviabilizaram passeios já contratados em diversas atrações da cidade. 

Ao Correio do Estado, o prefeito do município, Josmail Rodrigues (PSB), explicou que pelo menos 15 atrativos turísticos estão fechados por tempo indeterminado. Para conter os danos que o temporal causou, a cidade decretou situação de emergência na tarde de ontem. 

“Um levantamento preliminar aponta prejuízos de pelo menos R$ 350 mil em deques e passarelas no passeio do Parque das Cachoeiras. Outros empresários tiveram prejuízos acima de R$ 1 milhão, e com isso estou citando o prejuízo de apenas um passeio”, relatou Josmail.

Para se ter uma ideia do impacto das chuvas no principal destino turístico do Estado, levantamento do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec) aponta que eram esperados 189,5 mm de chuva em janeiro e 140 mm em fevereiro, no entanto, o município registrou 234,5 mm de precipitação em janeiro e 495 mm em fevereiro deste ano. 

Em apenas seis horas, as chuvas do dia 24 de fevereiro resultaram em volume de 173 mm na área urbana e deaté 180 mm em alguns pontos da área rural.

Rodrigues explicou ainda que o levantamento total dos prejuízos no setor turístico estão sendo elaborados pela Associação dos Atrativos Turísticos de Bonito e Região (Atratur). Após a finalização, o documento será enviado para o governo de Mato Grosso do Sul. 

“O prejuízo é grande, e agora mesmo [ontem] está chovendo em Bonito, a previsão indica que entre quinta e sexta-feira teremos um acumulado entre 56 mm e 100 mm. Caso isso se concretize, teremos novos alagamentos”, disse o prefeito.

De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há previsão de chuvas intensas em Bonito pelo menos até segunda-feira. 

IMPACTO

O Balneário Municipal de Bonito segue fechado para visitação, bem como os demais atrativos do Rio Formoso e boa parte dos que são banhados pelo Rio Mimoso. A régua instalada no município mostra que o Rio Formoso ainda está mais de 20 cm acima do nível normal.

Segundo a Secretaria de Turismo, Indústria e Comércio de Bonito, o nível normal do rio no local onde a régua está instalada é de 120 cm a 125 cm, mas até a manhã de ontem seguia em 148 cm. Para que o atrativo seja aberto, o nível deve ser de no máximo 130 cm.

“No mês de fevereiro, o balneário municipal esteve fechado 18 dos 28 dias do mês. Eu calculo que, se o tempo melhorar, em torno de 10 dias Bonito volta a operar normalmente. Mas estamos com uma média de 15 passeios interditados dos 36”, salientou o prefeito.

Com as chuvas acima do esperado, houve aumento do nível de diversos rios, especialmente os rios Miranda, Formoso, Mimoso e Anhumas e os córregos Restinga, Bonito e Saladeiro. 

OCORRÊNCIAS

O Corpo de Bombeiros registrou, no dia 24 de fevereiro, seis ocorrências de alagamento e, no dia 25, mais cinco ocorrências na área urbana do município e na ponte do Córrego Anhumas, a cerca de 15 km da cidade.

A Guarda Municipal e a Secretaria de Assistência Social atenderam outras três ocorrências de alagamento em residências no dia 24 do mês passado. 

Na área rural, a chuva provocou erosão em estradas vicinais, formação de dolinas, carreamento de sedimentos e assoreamento em diversos rios, o que resultou em danos nas pontes e interdições temporárias de estradas vicinais.

PASSEIOS COMPRADOS

O prefeito de Bonito esclareceu que os passeios já comprados pelos turistas poderão ser reagendados para outro dia ou serem ressarcidos, caso seja a opção dos visitantes. 

Os turistas podem entrar em contato com as agências para que sejam disponibilizadas as opções de reagendamento ou estorno.

Em entrevista ao Correio do Estado no início desta semana, a secretária de Turismo de Bonito, Juliane Ferreira Salvadori, explicou que vários atrativos do município funcionam também no período de chuva, como grutas, flutuações e passeios de aventura. 

“É algo que acontece há muitos anos já [as fortes chuvas], principalmente em época de verão, quando chove muito. Então, os passeios estão bem-adaptados e lidam bem com essa situação”, pontuou. 

Ainda que as fortes chuvas tenham deixado alguns rios turvos, a representante da empresa Ecotur, Bella Schwind, afirmou que, sempre que possível, os passeios são adaptados em função das precipitações. 

“Algumas atividades realizadas em nascentes [continuam funcionando], independentemente de clima, temperatura ou chuva, as águas permanecem cristalinas. Atividades que antes eram feitas em 2 km, o pessoal está fazendo em 800 m, pegando área mais cristalina do rio, e o restante fazem por trilha. Passeios de caverna não são afetados, pois são contemplativos”, disse Bella sobre as adaptações necessárias. (Colaborou Leo Ribeiro)

Saiba: Entre os atrativos que continuam abertos em Bonito estão as grutas do Lago Azul, São Miguel e Catedral. Também é possível visitar o abismo Anhumas, o Recanto do Peão, o Bio Park e o Buraco das Araras. O Balneário Praia da Figueira também permanece aberto. 

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"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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