Cidades

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Com a proibição de murta em MS, conheça outros tipos de dama-da-noite

Amantes de damas da noite, tem outras opções de cultivo sem afetar a produção de citros no Estado; confira

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É bem comum ouvir falar da planta chamada Dama da Noite, no entanto, ao pedir para as pessoas descreverem ou até mesmo pesquisando na internet, você vai se deparar com diferentes espécies que também são chamadas por esse nome popular.

O nome "Dama da Noite" é associado a diversas plantas que compartilham uma característica em comum: a abertura das flores durante a noite. Esse comportamento, bastante singular, pode ser encontrado em uma ampla variedade de espécies, incluindo a famosa “murta”, proibida no Mato Grosso do Sul desde agosto deste ano. 

Para ajudar, a equipe do Correio do Estado separou outras espécies de murta para não haver erros na hora do plantio. Confira

Epiphyllum oxypetalum - Cacto Orquídea

 

Epiphyllum oxypetalum

A espécie mais conhecida no Brasil, trata-se de um cacto com flores brancas “gigantes”. É conhecida também como cacto-orquídea, sendo uma planta trepadeira, que forma cascatas de ramos uma sobre a outra.

Seus ramos são achatados, afilados nas pontas, e dão flores que se abrem ao final da noite, por volta de 23 horas. Vale lembrar que essas flores normalmente se fecham muito rápido, ou seja, para conseguir vê-las, é necessário prestar atenção assim que os botões começarem a abrir.

 

Cestrum nocturnum

WhatsApp Image 2024 12 27 at 17.42.55Cestrum nocturnum

A segunda dama-da-noite surpreende a uma boa parte da população, ela é da família do tomate e da batata inglesa, chamada cientificamente de Solanaceae, da espécie Cestrum nocturnum. 

Essa planta produz uma infinidade de flores em cachos na temporada de primavera-verão, é um tipo de arbusto semi-lenhoso, com um caule ereto e ramificado. Por conta do seu nome, pode ser confundida com o cacto dama-da-noite, Epiphyllum oxypetalum, que dá apenas uma flor.

Geralmente é usada isolada, mas fica bem em pequenos grupos. São ótimas aliadas nas decorações de áreas externas, como sacadas, terraços, varandas e jardins por exalar um cheiro forte e adocicado

Ainda existem lendas que na época de florescimento, suas pétalas brancas podem realizar desejos. 

 

Murraya paniculata - Murta de cheiro

Murraya paniculata - proibida em MS

A mais famosa e temida dama da noite, é a Murta de Cheiro (Murraya paniculata), da família Rutaceae, a mesma do limão, laranja e mexerica (bergamota ou tangerina). Essa planta produz flores muito parecidas com as das outras espécies, abrindo também a noite e com um cheiro único e adocicado. 

Comumente usada como “cercas vivas” a planta natural da região asiática compõe atualmente o top 3 de espécies com essa finalidade de cobrir muros e trazer privacidade.

No entanto, em Mato Grosso do Sul, esse tipo de dama da noite está proibido desde julho, isso porque a murta é hospedeira da bactéria causadora da doença dos citros, "denominada  huanglongbing (HLB), que é uma das doenças mais graves e destrutivas da citricultura mundial, tendo em vista que ataca todos os tipos de citros e que, até o momento, não existe tratamento curativo para as plantas doentes".

Mato Grosso do Sul foi incluído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) como estado com ocorrência desta doença. O governo também considera que sido ampliada a citricultura no Estado, no contexto de diversificação da produção agrícola, e que a restrição da plantação de murta visa fortalecer a fruticultura e promover ambiente favorável a novos investimentos privados para a geração de emprego e renda neste setor.

Enquanto a medida de extermínio não é regulamentada, a planta está sendo substituída aos poucos pela população. 

Outras opções

Caso a pessoa opte por não ter a dama da noite em casa, é possível substituí-la por outras plantas que possuem também um cheiro marcante como: 

Aroeira-pimenta

Aroeira pimenta

A Aroeira Pimenteira é uma planta pioneira, frequentemente encontrada em margens de rios, córregos e várzeas, mas também capaz de prosperar em terrenos secos e pobres. Seus frutos são pequenas drupas globosas de cor vermelho-brilhante, muito apreciadas pela avifauna e amplamente utilizadas como condimento na culinária.

Espécies nativas como a Aroeira Pimenteira são altamente recomendadas para projetos de reflorestamento, preservação ambiental, arborização urbana, paisagismo e até plantios domésticos. O reflorestamento, por exemplo, consiste na recuperação de áreas degradadas, seja por ação humana, por fenômenos naturais ou pela passagem do tempo.

No caso de arborização urbana ou paisagismo, é fundamental considerar o espaço disponível para o plantio, evitando problemas como interferência na fiação elétrica ou danos às calçadas.

Bálsamo

Balsámo

O bálsamo (Sedum dendroideum), originário das Antilhas, é uma planta suculenta de até 60 cm de altura, com folhas brilhantes que enriquecem qualquer jardim. Além de suas características ornamentais, a planta possui propriedades medicinais, sendo utilizada como anti-inflamatório e cicatrizante. No entanto, especialistas alertam: antes de usar medicinalmente, consulte um profissional de saúde.  

  • Local de plantio: Prefere sol pleno, mas também se adapta à meia-sombra. Pode ser cultivado em vasos ou jardineiras com furos para evitar encharcamento.  
  • Substrato: Use um substrato poroso, de baixa densidade, para garantir a drenagem da água.  
  • Regas: Devem ser espaçadas para evitar o excesso de umidade, que pode causar apodrecimento das raízes e infestações fúngicas.  
  • Adubação: Reforce a nutrição com adubação orgânica de 3 a 4 vezes ao ano, complementada por adubos minerais de liberação lenta, seguindo as orientações do fabricante.  

Com esses cuidados simples, o bálsamo pode prosperar e oferecer beleza e funcionalidade ao seu jardim.

Como já noticiado pelo Correio do Estado, a murta pode ser substituída por diversas plantas, sejam elas com um cheiro marcante ou com quase a mesma aparência. 

Murta proibida

Essa novela da novela da proibição em Mato Grosso do Sul começou há cerca de quatro meses, após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) listar MS como com registro de ocorrência da chamada doença dos citros. 

Após isso, deputados estaduais aprovaram um projeto de lei que proibia o plantio; comércio; transporte e produção de murta em MS, seguindo onda proibitiva que atingiu várias cidades Estado brasileiros, devido ao potencial destrutivo da hospedeira da doença. 

Com a sanção pelas mãos do governador Eduardo Riedel saindo no fim de agosto, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) ficariam encarregadas de uma série de "próximos passos". 

Seriam funções da Pasta: 

  • Fiscalizar e elaborar um plano de supressão e erradicação da murta em áreas próximas ao cultivo de citrícolas (com substituição por outra);
     
  • Celebrar convênio de cooperação com outros órgãos para conscientizar a população;
     
  • Gestão e operacionalização das medidas necessárias para o cumprimento do plano de supressão e de erradicação de todas as árvores da espécie exótica murta.

Além disso, a Semadesc pode impor condenação, apreensão e destruição da planta, bem como multar de acordo com a quantia em Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul (UFERMS). 

Caso o infrator seja primário, a pena pode ser convertida em medida socioeducativa com participação em um seminário. 

Setor em desenvolvimento

Resultados do MS Day Internacional em Nova Iorque, feito em maio deste ano, Mato Grosso do Sul tem confirmado a posição de "nova cinturão citrícola" do Brasil, diversificando sua base produtiva e trazendo investimentos para o Estado. 

Como divulgado recentemente pelo Governo do Estado, um desses investimentos somam R$1,2 bilhão, confirmado por representantes da empresa Cambuhy Agropecuária (Grupo Moreira Salles) na data de ontem (05). 

O plantio de laranja na área de Ribas do Rio Pardo, perto de Água Clara, tem investimento previsto ao longo de quatro anos em busca da meta de colher 9 milhões de caixas. 

Conforme o diretor-geral da Cambuhy Agropecuária, Alexandre Tachibana, que traz o negócio de São Paulo para Mato Grosso do Sul, a previsão é que o empreendimento movimente 3,6 mil empregos diretos e indiretos.

Não somente esse empreendimento, como o também gigante do setor, Grupo Cutrale, anunciou em abril deste ano o investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranja em Mato Grosso do Sul. 

Considerada líder em exportações no País, a plantação às margens da rodovia BR-060, na fazenda Aracoara, que fica divisa entre Sidrolândia e Campo Grande, a empresa já previa o plantio de 1.730 milhão de pés de laranja. 

No mesmo mês, Paranaíba recebeu a intenção de plantio de 1.500 hectares do Grupo Junqueira Rodas, que já tinha à época mais 2,5 mil ha previstos para o segundo semestre em Naviraí. 

Titular da Semadesc, como bem esclarece Jaime Verruck, a doença bacteriana conhecida como "greening", que afeta a produtividade, fez muitas empresas migrarem de São Paulo para Mato Grosso do Sul. 

“A citricultura vai bem nas áreas mais arenosas, com menor teor de argila e isso é importante. Como a laranja está vindo com sistemas de irrigação, nós temos aí uma perspectiva de investimentos altos, mas com alta produtividade. Além do clima, solo e áreas disponíveis, notamos em especial a migração de produção de laranjas de São Paulo para MS em função da doença”, explicou.

**(Colaborou Laura Brasil e Leo Ribeiro)

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Doe Sangue

Hemosul do Hospital Regional fará "hora extra" no sábado para atrair doadores

Interessados em ajudar no reabastecimento do estoque do Hemosul podem realizar a doação das 7h às 12h

10/01/2025 12h30

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Com o intuito de atender doadores que trabalham durante a semana, o Hemosul do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) abrirá as portas neste sábado (11), das 7h às 12h.

O local funciona normalmente de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h. A  ampliação do horário de atendimento vai possibilitar que os doadores que não conseguem fazer a doação durante a semana, colaborem com o reabastecimento do estoque do Hemosul.

Especialmente nesta época do ano, as doações caem, e ações de incentivo às doações precisam ser intensificadas. 

A unidade de hemoterapia do HRMS recebe, em média, 170 doações de sangue por mês.

De acordo com a enfermeira Erica Cristine Rosa, responsável pela unidade de hemoterapia, a abertura no sábado representa uma oportunidade a mais para quem deseja contribuir com essa causa nobre.

“Nós sabemos que a rotina agitada de muitas pessoas pode tornar difícil a doação durante a semana. Por isso, estamos oferecendo mais uma opção de horário para que os cidadãos possam ajudar quem precisa, sem comprometer suas atividades diárias. No sábado, as pessoas têm a chance de fazer a diferença, de salvar vidas e ainda assim manter a conveniência do fim de semana”, destaca Erica.

Os interessados em doar devem se dirigir ao Hemosul HRMS, localizado nas dependências do hospital, com documento de identidade e estar em boas condições de saúde. O HRMS fica na Avenida Engenheiro Luthero Lopes, nº 36, no Aero Rancho.

Dicas para doações

Para quem for doar sangue pela primeira vez, observe algumas dicas importantes para tornar a experiência simples e segura:

– É necessário ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 precisam estar acompanhados do pai, mãe ou responsável legal, e a primeira doação deve ser até 60 anos – a partir de 61, a doação pode ser feita apenas por pessoas que já são doadores), pesar 51 kg ou mais, e estar em boas condições de saúde;

– Durma bem na noite anterior e faça uma refeição leve antes da doação. Evite alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem;

– Beba bastante água antes da doação para facilitar o processo;

– É essencial apresentar um documento oficial com foto;

– Após a doação, descanse e evite esforços físicos nas primeiras horas.

O Hemosul também reforça que doenças respiratórias deixam o doador inapto enquanto estiver doente. Homens podem doar sangue até quatro vezes ao ano com intervalo mínimo de dois meses. Mulheres podem doar até três, com intervalo mínimo de três meses.

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SAÚDE

MS integra o Centro de Operações de Emergência no combate a Dengue

COE auxilia na definição de diretrizes de vigilância, com o objetivo de ampliar a prevenção e o monitoramento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika)

10/01/2025 12h00

Larvas do mosquito da Dengue

Larvas do mosquito da Dengue ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), do Ministério da Saúde, foi instaurado para auxiliar os 79 municípios de Mato Grosso do Sul no combate as arboviroses.

O COE auxilia na definição de diretrizes de vigilância, com o objetivo de ampliar a prevenção e o monitoramento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika) e orientar ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e controle de vetores.

O projeto tem servidores da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS).

O COE pode convidar representantes de órgãos públicos e entidades privadas, especialistas e técnicos, para participarem de reuniões, com o objetivo de prestar assessoramento sobre temas específicos relacionados às arboviroses.

DIRETRIZES

Veja quais são as diretrizes do COE, de acordo com o governo de MS:

  • Planejar, coordenar e articular ações de resposta às emergências de saúde pública relacionadas a Arboviroses;
  • Monitorar a situação epidemiológica e entomológica das Arboviroses no território estadual e avaliar e propor medidas de controle, prevenção e mitigação de impactos;
  • Definir as estratégias e procedimentos na esfera estadual para o enfrentamento da situação epidemiológica das Arboviroses, com a finalidade de reduzir os potenciais impactos dessas doenças, por meio de uma resposta coordenada, estruturada, eficiente e oportuna;
  • Apoiar os municípios na estruturação das Vigilâncias em Saúde, bem como realizar o monitoramento, acompanhamento e avaliação de sua atuação;
  • Mobilizar instituições de sua governança e convidar as parceiras para participarem de ações de conscientização e de combate contra o vetor;
  • Estimular a sociedade quanto a importância da atuação de cada cidadão nos cuidados preventivos necessários para evitar a proliferação do mosquito;
  • Avaliar os resultados das ações e estratégias, com o intuito de mantê-las, substituí-las ou aprimorá-las, conforme cada caso;
  • Capacitar profissionais da saúde envolvidos na resposta às Arboviroses e fornecer orientações técnicas para enfrentamento de surtos e epidemias;
  • Desenvolver outras ações inerentes à sua área de atuação, necessárias ao enfrentamento da crise;
  • Analisar dados epidemiológicos, consolidar informações para subsidiar a tomada de decisão e divulgar boletins epidemiológicos e relatórios periódicos.

De acordo com a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o Centro de Operações de Emergência em Saúde tem como foco o planejamento, organização, coordenação e controle das medidas a serem adotadas durante a resposta às emergências.

“O COE para Dengue e outras Arboviroses visa fortalecer a capacidade de resposta diante dos desafios de saúde pública, garantindo uma atuação eficaz e coordenada para proteger a saúde da população e evitar casos graves e óbitos”, detalhou.

Em 2025, medicamentos para tratamento sintomático de arboviroses, como dipirona, paracetamol, sais de hidratação e soro fisiológico, serão distribuídos.

“Para 2025, é essencial que continuemos essa colaboração, focando em duas situações específicas. Primeiramente, muitos municípios estão passando por uma nova gestão e têm novos secretários de saúde. Esses profissionais precisam estar integrados ao nosso projeto estadual, garantindo que todos estejam alinhados com as estratégias e metas estabelecidas. Em outra frente, devemos prestar atenção especial àqueles municípios que, por diversos motivos, apresentaram números maiores de casos em 2024 em comparação com o restante do Estado. Um trabalho específico e direcionado será realizado nesses locais, com o objetivo de melhorar os resultados e promover a saúde da população. Com essa abordagem colaborativa e focada, acreditamos que poderemos alcançar resultados ainda mais significativos neste ano”, pontuou o titular da SES.

CASOS, MORTES E VACINAÇÃO

Mato Grosso do Sul registrou 16.229 casos de dengue e 919 de Chikungunya em 2024.

Números ainda apontam que 32 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Segundo o documento, 121.368 doses da vacina contra dengue foram aplicadas no Estado. MS recebeu 207.796 doses do imunizante até o momento.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses. A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

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