Polícia

OPERAÇÃO BLECAUTE

Combate a furto de energia em Corumbá mapeou 45 casas e comércios que fazem 'gatos'

Prejuízos no sistema de fornecimento chega a R$ 145 milhões e flagrantes resultam em prisões

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A Polícia Civil e a concessionária de energia que atua em Corumbá está com ação para desligar ligações clandestinas em ao menos 45 alvos mapeados. Operação deflagrada nesta quarta-feira (21) e que prossegue com fiscalização resultou na prisão em flagrante de uma pessoa por furto e em outros 9 imóveis houve a constatação do crime. Os responsáveis pelas contas de energia elétrica podem ser indiciados criminalmente nos artigos 155 e 171 do Código Penal, que prevê pena de detenção e pagamento de multa.

Os endereços identificados são de residências e comércios, tanto no Centro de Corumbá, como em bairros afastados. Em uma das fiscalizações, a Polícia Civil atuou na rua América, uma das principais da cidade, onde havia um fio puxado do poste para fornecer energia elétrica a um restaurante.

As averiguações dos furtos de energia foram possíveis depois que investigações do Núcleo Regional de Inteligência analisou dados da concessionária de energia elétrica. Nesse estudo, houve identificação de divergências de informações sobre o consumo de energia e a estrutura da residência ou do comércio. Também houve apuração nos endereços, onde em alguns locais o “gato”, como é conhecido a ligação ilegal, estava visível na rua e ligando energia direta do poste de transmissão para o estabelecimento comercial ou residência. Em outros casos, a ligação ilegal ocorre a partir do relógio de energia. 

Em ambos os casos, é preciso haver intervenção de um técnico para que exista a ligação ilegal da rua até o sistema de abastecimento do imóvel. O delegado chefe da 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá Elton Alves de Sá Júnior pontua que esse tipo de ocorrência tem prejuízos coletivos. “O crime de furto de energia traz um prejuízo para toda a sociedade e esperamos que esse trabalho faça com que as pessoas pensem duas vezes antes de praticar.”

Conforme o delegado, a fiscalização em Corumbá faz parte de uma ação ampla, que abrange outros municípios. “A Operação Blecaute está ocorrendo em todo o Estado, além de Corumbá ela tem ações em Jardim, Aquidauana, Campo Grande. Esse crime consiste em furto mediante fraude e tem uma pena de reclusão prevista de 2 a 8 anos. Com apoio da concessionária, é possível identificar como está a ligação e se o consumo daquele endereço está dentro de uma normalidade ou não. Quando é constatada a materialidade do crime, com apoio da perícia, o autor é autuado e conduzido para a delegacia.”

Em Corumbá, a prisão ocorrida foi de um homem morador do bairro Guarani, que tinha um “gato” instalado na própria residência. Também houve a condução de outra pessoa para prestar depoimento. Para conseguir dar amplitude na fiscalização, a Polícia Civil está atuando com diferentes equipes vistoriando locais distantes ao mesmo tempo. Só na Capital do Pantanal há o empenho de quatro delegados, 10 investigadores, seis peritos, dois agentes de polícia científica e 40 funcionários da empresa concessionária.

“No caso do furto de energia, é um crime permanente, enquanto a ligação estiver ligada, está ocorrendo e por isso fazemos o flagrante. É um tipo de caso que não depende de mandado da Justiça para que haja a fiscalização”, detalha o chefe da 1ª DP de Corumbá. Depois que o furto é constatado, funcionários da concessionária desligam a ligação ilegal e reestrabelecem o funcionamento de energia normal. A pessoa que tem o CPF vinculado à conta de energia ainda pode ser cobrado, futuramente, pelo valor sonegado.

Dados apurados apontam que o furto de energia em Mato Grosso do Sul causou prejuízo ao sistema estimado em R$ 175 milhões ano passado. Essas ligações clandestinas entram em um cálculo sobre perda da concessionária e fazem parte de base de informações para haver solicitação de aumento da conta, que é feito para à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Ano passado, a Energisa, que atua em 73 cidades de Mato Grosso do Sul, apontou que o governo estadual deixa de arrecadar mais de R$ 32 milhões anuais em impostos sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) com os furtos de energia. Se houve redução dos furtos a tarifa poderia ser reduzida em pouco mais de 1% também.

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DOURADOS

Jovem é estuprada ao sair da faculdade no interior do Estado

Estudantes protestaram por mais segurança, iluminação pública e rondas policiais na região

11/04/2025 14h40

Estudantes da UFGD realizaram um protesto nas proximidades do crime

Estudantes da UFGD realizaram um protesto nas proximidades do crime FOTO: Portal UFGD

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No início da noite da última quarta-feira (09), uma jovem de 18 anos, foi arrastada para dentro de um terreno baldio e estuprada ao sair da faculdade, em Dourados, distante aproximadamente 223 quilômetros de Campo Grande.

Conforme as informações da Polícia Civil, a estudante seguia a pé para a casa de um amigo por volta das 18h, quando foi surpreendida por um motociclista, que a arrastou para um terreno baldio e cometeu o estupro e fugiu.

Logo após o crime, a jovem foi até a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), onde registrou o boletim de ocorrência e a delegada responsável pelo caso, Thays Bessa, informou que as equipes policiais seguem em diligências e já recolheram imagens de câmeras de segurança da região na tentativa de identificar e localizar o agressor.

PROTESTO

Após o ocorrido, na quinta-feira (10), os estudantes da UFGD – (Universidade Federal da Grande Dourados), realizaram um protesto nas proximidades do crime, solicitando mais segurança, iluminação pública e rondas policiais no local, tendo em vista que, ali transitam diversos estudantes todos os dias.

Os acadêmicos se reuniram em uma passeata pela rua Manoel Santiago, um dos principais acessos à região das universidades, com cartazes e gritos, exigindo justiça, direito à vida, iluminação pública e segurança. Em nota, os acadêmicos destacam a falta de iluminação nas imediações da universidade e reforçam repúdio a qualquer tipo de importunação e violência sexual.

Durante a manifestação, os estudantes apontaram problemas como a presença de terrenos baldios na região e a falta de policiamento constante.

Em contrapartida, o comandante da 9ª Companhia Independente da Polícia Militar de Dourados, tenente-coronel Teodoro Caramalac, negou falta de patrulhamento e afirmou que o trabalho preventivo na área foi reforçado há mais de um mês.

“Iniciamos esse reforço após um boato sobre um possível ataque em um estacionamento de uma das universidades, que não se confirmou. Mesmo assim, mantivemos o patrulhamento intensificado, principalmente em pontos considerados sensíveis, como áreas com poucas iluminações próximas às universidades”, explicou.

Já a Prefeitura Municipal de Dourados, afirmou que, os proprietários dos terrenos baldos da região já foram notificados para que realizem a limpeza, em até 30 dias. “Aqueles que não cumprem, são multados, e os valores são incluídos no carnê do IPTU”, explicou.

Além disso, no que diz respeito à iluminação pública, o Poder Executivo informou que existe um processo de licitação em andamento, e enquanto isso, a troca de lâmpadas está sendo feita de forma improvisada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), conforme a demanda.

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PREFEITURA

Servidor público é preso ao desviar R$ 800 mil dos cofres públicos

Ele exercia o cargo de fiscal de tributos municipais e diretor da tesouraria

10/04/2025 11h45

Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, sul de MS

Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema, sul de MS DIVULGAÇÃO

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Servidor público de Ivinhema, de 50 anos, foi preso por policiais civis da Seção de Investigações Gerais (SIG), após desviar R$ 800 mil dos cofres públicos do município.

Ele exercia o cargo de fiscal de tributos municipais/diretor da tesouraria e controlava as finanças do município de 2019 a 2021.

Conforme apurado pela reportagem, a Polícia Civil, por meio do SIG, prendeu o servidor, na tarde desta quarta-feira (9), em Ivinhema, município localizado a 290 quilômetros de Campo Grande.

Ele foi condenado a 11 anos e 4 meses em regime fechado e vai responder pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Ele está na Delegacia de Polícia (DP) aguardando por audiência de custódia e transferência a penitenciária masculina para o início do cumprimento da pena.

Peculato é um crime cometido por funcionário público que desvia ou se apropria de dinheiro, bens ou valores públicos ou particulares. O crime é praticado contra a administração pública.

Lavagem de dinheiro é um conjunto de práticas financeiras que visam esconder a origem ilícita de bens, direitos e valores. A colocação insere o dinheiro sujo no sistema financeiro.

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