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CAMPO GRANDE

Contrato de compra de frango fica 54% mais caro um mês após assinatura

Valor contratual firmado em 23 de abril saltou para mais de R$ 2 milhões e reequilíbrios recentes entre Semed e empresa S.E de Oliveira somam R$ 847.129,23

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Através do Diário Oficial de Campo Grande, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) tornou público ontem (05), que um contrato firmado há pouco mais de um mês para carne de frango está 54% mais caro devido a reequilíbrio entre o município e a Empresa S.E. de Oliveira Avila Ltda.  

Conforme o texto, publicado em edição extra do Diogrande desta quarta-feira (06), o valor pago referente à carne de frango, corte sassami, ficou R$ 705.939,93 mais caro graças ao primeiro termo aditivo. 

Ou seja, cerca de um mês e treze dias após firmado o contrato (em 23 de abril), o valor da contratação, que era de R$ 1.305.505,35, saltou para R$ 2.011.445,28. 

Além desse aumento após cerca de um mês, como destaca o texto oficial, outro contrato entre a Semed e a Empresa S.E. de Oliveira Avila, que data de 24 de outubro do ano passado, referente também à carne de frango, também teve seu primeiro termo aditivo divulgado ontem (05). 

Nesse caso, a contratação inicial no valor de R$ 652.722,30 foi para R$ 793.911,60, ou seja, um acréscimo total de R$ 141.189,30, que representa um aumento de 21%.

Sem justificativa? 

Conforme portais especializados em cotações, 2024 abriu o ano com preços estáveis no mercado nacional de frango, ainda mais baixos para cortes negociados no atacado. 

Em janeiro, o preço do quilo vivo do frango em Mato Grosso do Sul manteve estabilidade no valor registrado anteriormente, R$ 4,65, enquanto até abril tinha subido apenas cerca de trinta centavos, segundo levantamento mensal especializado. 

Ainda no início da manhã a prefeitura municipal foi contatada, para esclarecer o que justifica o reequilíbrio entre as partes, principalmente no negócio fechado há cerca de um mês, além de apontar qual destinação, ou seja, para onde vai essa carne de frango, porém, até o fechamento dessa matéria não foi obtido retorno. 

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Até fim do ano, Petrobras terá projeto de transição energética interessante aprovado, diz Magda

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero

05/12/2025 22h00

Sede da Petrobrás

Sede da Petrobrás Imagem: Agência Petrobras

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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o Conselho de Administração da estatal vai aprovar, até o final do ano, um projeto de transição energética "interessante, e que não é greenwashing (sem impacto efetivo)". A declaração foi realizada em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero.

Magda também destacou os investimentos no Estado do Rio de Janeiro, com foco no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, que segundo ela vai ganhar uma petroquímica "moderníssima", mas também não deu detalhes.

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Novo Bolsa Família reduziu beneficiários e valor total de benefícios entre 2023 e 2025

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família

05/12/2025 21h00

Crédito: Lyon Santos / MDS

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Um novo estudo com dados administrativos do governo federal mostra que, entre o início de 2023 e outubro de 2025, o número total de beneficiários do Novo Bolsa Família diminuiu, assim como o número de famílias e o valor total gasto em benefícios. O levantamento, conduzido pelos professores da Escola de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE) Valdemar Pinho Neto e Marcelo Neri, chama atenção para os fluxos mensais, que indicam mais saídas do que novas entradas. Isso apontaria "sustentabilidade e rotatividade saudável no programa".

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família - Uma Análise da Última Década", lançado hoje no Rio de Janeiro. Entre os beneficiários observados no início de 2023, 31,25% já não estavam mais no programa em outubro de 2025. De acordo com a pesquisa, o Bolsa Família oferece proteção em momentos de vulnerabilidade de renda, não se configurando como uma política de dependência permanente. "Mesmo em um horizonte inferior a três anos, o programa segue associado à transição para arranjos de renda mais autônomos, sobretudo nas idades em que o ingresso no mercado de trabalho é mais intenso".

A análise diz que a Regra de Proteção, que permite que a família permaneça no programa por um período quando a renda do trabalho ultrapassa o limite de entrada no programa, tem funcionado como um "amortecedor" entre o Bolsa Família e o mercado de trabalho.

"Isso evita quedas bruscas de renda, diminui o medo de aceitar empregos formais ou registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) e, ao mesmo tempo, garante que, em caso de nova perda de renda, a família possa retornar com prioridade ao programa", cita a publicação.

O lançamento do estudo foi acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento, Assistência social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

"Quando a gente vê a elevação do PIB no Brasil, surpreendendo muitas vezes a área econômica e técnica, ali tem o PIB dos mais pobres. Aquelas pessoas que lá atrás viviam de transferência de renda, agora tem consumo", afirmou.

Segunda geração

O estudo sustenta que o Bolsa Família conjuga proteção social "robusta" e mobilidade socioeconômica. A evidência, de acordo com o pesquisador, é que muitos filhos do programa deixam de receber o benefício futuramente.

A pesquisa acompanha, ao longo da última década (2014-2025), os membros de famílias que recebiam o benefício em 2014, com foco em crianças e adolescentes. Os resultados indicam que uma parcela expressiva da chamada "segunda geração" de beneficiários deixou de depender da transferência de renda. Entre todos os beneficiários de 2014, 60,68% não recebiam mais o Bolsa Família em 2025. As taxas são ainda mais altas entre os que eram adolescentes naquele ano: 68,8% entre jovens de 11-14 anos e 71,25% entre 15-17 anos. Nas áreas urbanas, a taxa de saída para jovens de 6-17 anos chega a 67,01%.

A escolaridade do adulto responsável também faz diferença: quando a pessoa de referência concluiu o ensino médio, quase 70% dos jovens que tinham 6-17 anos em 2014 deixaram o Bolsa Família ao longo da década.

"Essa emancipação do Bolsa Família é acompanhada por uma saída relevante do Cadastro Único e por aumento da participação no mercado de trabalho formal", cita o estudo. Entre os jovens que tinham 15-17 anos em 2014, por exemplo, mais da metade deixa o CadÚnico até 2025, e 28,4% possuem vínculo formal de emprego no ano de 2023.

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