Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Entregador furta cartão de idoso e gasta R$ 12 mil no interior de MS

Homem de 18 anos gastou em estabelecimentos no município e veio até a Capital para fazer uma tatuagem e comprar celulares, envolvendo irmão de 11 anos e "namorada" de 14 nas ações

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Acusado de furtar o cartão de um idoso e gastar cerca de R$ 12 mil, um jovem de 18 anos que trabalha como entregador foi preso pela Polícia Civil ontem (06), longe cerca de 47,1 km da Capital de Mato Grosso do Sul. 

Esse crime foi registrado no município de Jaraguari, vitimando um homem de 76 anos que, conforme a PCMS em nota, só descobriu ter sido furtado depois de sentir a falta do cartão e, posteriormente, verificar seus extratos bancários. 

Ciente de que havia sido furtado, o homem procurou a delegacia do município, quando foi iniciada as diligências e equipes policiais passaram a buscar por gravações. 

Os alvos eram justamente os estabelecimentos em que o homem havia usado o cartão do idoso, com as imagens possibilitando a identificação não só do acusado como também de seus comparsas. 

Crimes e prejuízo

Identificado, o homem foi localizado pela polícia e flagrado na posse de um dos celulares comprados com o cartão da vítima. 

Questionado pelos policiais, em um primeiro momento o homem negou ter cometido o crime, confessando posteriormente que realizou o furto e contou com a ajuda de três outras pessoas menores de idade. 

Sendo um dos envolvidos o próprio irmão de 11 anos, o homem confessou que ainda estavam presente sua cunhada, de 12, além de uma adolescente de apenas 14 anos identificada como "namorada" do criminoso. 

Aproximadamente 12 mil reais foram retirados da vítima, com uma quantia bem menor sendo recuperada, pouco mais de três mil em valores totais após o indivíduo preso e alguns itens apreendidos. 

Sobre como cometeu o crime, o homem afirmou que aproveitou que o idoso tinha dificuldades de locomoção e, ao entregar a marmita que a vítima regularmente comprava, pediu para entrar na casa e beber um copo d'água. 

Segundo a Polícia Civil, os suspeitos passaram mais de 10 dias usando o cartão nos mais variados estabelecimentos do município de Jaraguari, como: 

  • Mercados, 
  • Padarias,
  • Conveniências, 
  • Lanchonetes e 
  • Sorveterias

Como se não bastasse, com uma das transações o homem pegou mil reais em espécie em uma conveniência, dinheiro com o qual veio para Campo Grande para comprar três aparelhos celulares, além de fazer uma tatuagem. 

Preso, o homem foi levado ao Poder Judiciário enquanto os menores foram entregues aos responsáveis legais, com a polícia recuperando pouco mais de três mil reais, sendo R$ 700 em alguns itens e R$ 2.350 de objetos comprados com o cartão. As investigações seguem em curso. 

Golpes em MS

Sendo essa prática inicialmente enquadrada no crime de furto, os chamados "golpes" têm sido frequentes em Mato Grosso do Sul, que há pelo menos três anos mantém um volume anual de mais de 14 mil casos de estelionato registrados em seu território.

Entre as modalidades de golpe denunciadas, já abordadas pelo Correio do Estado, aparecem, por exemplo: 

Por isso, é preciso estar atento pois, como bem abordou o Correio do Estado, estelionatários têm se passado até por "pecuarista galanteador que promete caminhonetes", usando até mesmo o celular do professor esfaqueado em 13 de dezembro, Roberto Figueiredo, para pedir dinheiro

Portanto, desconfie de qualquer facilidade; não compartilhe informações com desconhecidos; confirme os dados antes de qualquer transação financeira e confirme sempre a veracidade de quem entrou em contato. 

 

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Campo Grande

Investigada por desvio recebeu R$ 1,7 milhão para iluminar "Cidade do Natal"

Construtora JCL venceu licitação há dois meses e será responsável pela decoração natalina da Capital

19/12/2025 17h50

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Investigada em operação que apura suspeitas de fraudes em licitações e contratos de iluminação pública em Campo Grande, a Construtora JCL Ltda. venceu há dois meses a disputa para iluminar a decoração natalina da Capital neste ano, orçamento de R$ 1,7 milhão.

Conforme o Portal da Transparência, a empresa será responsável por fornecer, instalar e desinstalar a decoração natalina na Capital, contrato firmado no dia 17 de novembro e que expira no dia 15 de fevereiro. 

Conforme o edital, a iluminação abarca trechos da Rua 14 de Julho, Avenida Afonso Pena local de apresentações culturais, gastronomia e lazer. Para a decoração natalina está prevista a instalação de mangueiras luminosas de led branco quente (âmbar), verde e azuis pelas avenidas Afonso Pena, Duque de Caxias e Mato Grosso.

Na 14 de Julho, a decoração possui flâmulas natalinas, bolas metálicas iluminadas, árvores naturais de porte médio, árvores em formato de cone, anjo iluminado e pórticos metálicos.

As luzes foram acesas no dia 1º de dezembro deste ano, com desligamento previsto para o dia 15 de janeiro de 2026, datas que, conforme contrato, podem ser adiadas ou antecipadas.

De acordo com a prefeitura, a iluminação decorativa natalina tem como objetivo "trazer o espírito natalino para as ruas, praças e avenidas da Capital, aliando beleza, lazer e sentimento de pertencimento urbano".

Iluminação natalina

A Praça Ary Coelho também foi decorada com os portais de entrada até o coreto, além de iluminação nas árvores naturais.

Complementam a decoração em outras vias estrelas dos mais variados tamanhos, árvores de arabesco, cometas, botas, bicicletas, pirâmides e pórticos, entre outros.

Além dessas, receberão decoração as rotatórias da Ceará com Joaquim Murtinho; Duque de Caxias com a Entrada da Nova Campo Grande; da João Arinos com Pedrossian; Três Barras com Marques de Lavradio; Consul Assaf Trad com Zulmira Borba; Gury Marques na rotatória da Coca-Cola; Filinto Muller no Lago do Amor; dentre outras. A iluminação compreende ainda o Paço Municipal.

 

Contradição

A assinatura do contrato entre a prefeitura e a construtora contraria uma lei sancionada pelo próprio Executivo em agosto deste ano, que detinha o objetivo reduzir gastos e otimizar recursos públicos.

A Lei 7.464/25, sancionada em 4 de agosto, previa que a iluminação e ornamentação natalina em espaços públicos fosse patrocionada por empresas privadas, sem custos para a Prefeitura.

Conforme a lei, as empresas interessadas em iluminar a "Cidade do Natal" em troca, poderiam divulgar suas marcas nos locais iluminados. O programa "Natal de Luz", inserido na lei, tem vigência anual, entre 1º de novembro e 10 de janeiro. 

*Colaborou João Pedro Flores

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Operação

Apagar das Luzes: Pecuarista investigado por Gecoc é solto após pagar fiança

Jorge Lopes Cáceres, 72 anos, foi detido em sua residência no Jardim Auxiliadora com um revólver calibre .38 e seis munições; ele pagou fiança de R$ 2 mil e foi liberado para responder ao processo

19/12/2025 17h45

Operação Apagar das Luzes foi deflagrada nesta sexta-feira (19)

Operação Apagar das Luzes foi deflagrada nesta sexta-feira (19) FOTO: Marcelo Victor/Correio do Estado

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O pecuarista e empresário Jorge Lopes Cáceres, 72 anos, foi preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo na manhã de 19 de dezembro de 2025, durante a Operação Apagar das Luzes, do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), do MPMS.

Cáceres é proprietário da Construtora JLC, investigada pelo Gecoc por fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de R$ 62 milhões em contratos com a prefeitura de Campo Grande.

Após ser conduzido à Depac, o delegado de plantão arbitrou fiança no valor de R$ 2 mil. Com o pagamento, Cáceres foi liberado e responderá ao processo em liberdade.

A prisão ocorreu quando policiais militares, em apoio a uma equipe do Gecoc, cumpriam um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça. Durante as buscas na residência do pecuarista, foi encontrado um revólver calibre .38, municiado com seis projéteis e sem documentação.

Na delegacia, Jorge Lopes Cáceres declarou que é engenheiro civil, empresário e pecuarista, com uma renda mensal de aproximadamente R$ 50 mil. Sobre a arma, ele explicou que a adquiriu em 1997 de um familiar e que, na época, chegou a registrá-la na Polícia Federal, mas admitiu que deixou de renovar o registro ao longo do tempo.

Cáceres afirmou que não possui porte de arma e que, durante a operação do Gecoc, quando os policiais perguntaram sobre a existência de armas na casa, ele respondeu afirmativamente e entregou o revólver e as munições espontaneamente.

Após o interrogatório, o delegado João Cleber Dorneles ratificou a prisão em flagrante. Ao menos nove contratos relacionados ao serviço receberam reajustes próximos de 25%, percentual máximo permitido pela legislação, mesmo em um período de crise financeira enfrentada pela prefeitura.

Os contratos foram assinados inicialmente entre maio e junho de 2024 e, menos de um ano depois, receberam aditivos em 13 de março, elevando significativamente os valores.

Os reajustes ocorreram menos de uma semana após a prefeita Adriane Lopes publicar decreto determinando a redução de 25% nos gastos com água, luz e combustíveis, além da revisão para menor de todos os contratos com prestadores de serviço.

Ainda assim, no dia 13 de março, seis contratos com empresas do setor foram elevados, garantindo repasse extra de R$ 5,44 milhões apenas com os aditivos.

Os aumentos variaram entre 24,92% e 24,98%, muito acima da inflação oficial acumulada nos 12 meses anteriores, que era de 5%, segundo o IBGE. Quando da assinatura inicial, as empresas B&C e JLC tinham direito a faturar R$ 21,82 milhões. Após os reajustes, o valor saltou para R$ 27,27 milhões.

Dos seis contratos reajustados naquele momento, quatro tratam da manutenção, implantação e ampliação do sistema de iluminação pública nas regiões do Anhanduizinho, Lagoa, Bandeira e região central, áreas que já contavam com luminárias de LED.

Os outros dois contratos referem-se à implantação de luminárias públicas LED Solar, com fornecimento de materiais, nas avenidas José Barbosa Rodrigues e Amaro Castro Lima, além da instalação do mesmo tipo de luminárias nos parques Soter, Ayrton Senna, Jacques da Luz e no poliesportivo da Vila Nasser.

Dias depois, em 19 de março, outros três contratos com a empresa B&C, receberam novos aditivos, novamente com reajustes próximos de 25%. Apenas nesses contratos, a empresa obteve faturamento extra de R$ 2,77 milhões.
 

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