Cidades

CASO CHOCANTE

Homem que estuprou e matou passou 3 horas com Emanuelly

Após ter abusado da criança, Marcos Willian Teixeira Timóteo voltou para o trabalho, ao lado do pai e do tio da criança, onde passou o dia todo

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A menina Emanuelly Victória de Souza, de apenas 6 anos, foi estuprada e morta por um conhecido da família, Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos, apelidado de Gordinho, que foi morto pela Polícia Civil um dia depois de sumir com a criança.

Com ela, ele passou cerca de três horas, quando teria abusado da criança por mais de uma vez, antes de matá-la. Após a morte, ele ainda foi trabalhar com a pai da vítima.

Imagens de câmera de segurança mostram que Marcos Willian passa com Emanuelly às 8h34min de quarta-feira em direção a sua casa. Os dois sumiram após o rapaz estar na casa da família da criança.

“Era conhecido por causa do trabalho do pai da menina. Ele passava por aqui, ficava um pouquinho e ia embora. Mas ele mentia em tudo, mentia o nome dele, mentia de onde veio, mentia sobre muita coisa”, disse Kenya Pantaleão, tia da menina, ao Correio do Estado.

Os parentes não demonstraram desespero naquele momento, achando que a menina estava com a avó paterna e a tia, que moram no mesmo bairro, a Vila Taquarussu.

“Nós tínhamos certeza de que ela tinha saído acompanhada com alguém. Acharam que ela estava na minha casa, comigo e com a minha mãe, porque ela passava muito tempo lá, passou as férias escolar dela com a gente. A minha cunhada [mãe de Emanuelly] está gestante, ela tem uma gestação complicada. Então, desde o início da gestação, a menina ficava lá com nós duas”, disse a tia à reportagem.

Aproximadamente três horas depois de passar com a menina, Marcos volta, desacompanhado, para trabalhar com o pai e tio de Emanuelly. Por volta do meio-dia, um erro de comunicação entre Kenya e sua prima resultou em longas horas de tranquilidade da família.

“A minha prima mandou uma mensagem falando assim ‘o seu irmão falou para sua mãe trazer a Emanuelly, sua mãe não vai voltar não?’ Só que aí eu li a mensagem e eu mandei assim ‘a minha mãe não vai embora agora, ela acabou de chegar’ e tinha uns quatro dias que eu não via a minha mãe e só mandei assim. Então deu a entender que a Emanuelly estava lá”, explicou Kenya.

A tia afirmou que a “ficha caiu” apenas à noite, quando perguntaram para ela o porquê de a menina não ter voltado para casa para ir para a escola. Durante toda a tarde, o assassino estava com o pai e tio da criança, trabalhando.

Às 18h51min, Marcos se despediu dos “companheiros” de trabalho e foi em direção a uma casa, localizada na Rua Dracena, que fica na rua de trás da viela onde é a residência da família da menina.

Naquele momento, o criminoso aparentou falar, durante poucos segundos, com o morador do casebre e pegou uma ferramenta chamada cavucate, utilizada para cavar. Essa, até agora, foi a última imagem do assassino antes de ser morto em confronto com a polícia.

Às 22h43min, Miguel Borjas, proprietário da Barbearia do Miguel e um dos principais personagens do caso, chega no seu empreendimento. Logo ao chegar, é abordado pela família de Emanuelly, que, naquele momento, estavam em busca pela criança e viram a câmera de segurança do local.

Miguel e toda a família entraram no estabelecimento para verificar as imagens, e constataram o momento exato em que o rapaz fugiu com a criança. Poucos minutos depois, às 23h18min, a mãe, Patrícia Rayana, também chegou à barbearia e viu a filmagem, entrando em desespero ao saber que Emanuelly foi levada.

É por volta dessa hora que a família comunica à Polícia Civil o desaparecimento da menina, aproximadamente 15 horas depois dela efetivamente ter sumido. Diante das informações e das imagens, os agentes chegaram à casa de Marcos, localizada na Rua Joaquim Manoel de Carvalho, na Vila Carvalho.

Com aspectos de abandono, os policiais adentraram o endereço e avistaram o chão da cozinha sujo de barro e com marcas de chinelo. Em um dos cômodos, embaixo da cama, a polícia localizou uma banheira de bebê, contendo um volume grande enrolado em uma coberta marrom, presa com fita adesiva.

Ao desenrolar o cobertor, foi encontrada Emanuelly, sem vida e com sinais de violência sexual, às 1h30min da madrugada de ontem. Segundo a delegada titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), Anne Karine Trevizan, ela foi morta por estrangulamento.

Horas depois, por volta das 9h, Marcos foi localizado pela equipe do Grupo de Operações e Investigações (GOI), na Região do Inferninho, saída para Rochedo. 

Após entrar em confronto com os agentes, o criminoso foi baleado. Ele foi socorrido pela polícia até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida, mas não resistiu aos ferimentos.

Durante a tarde, os pais de Emanuelly foram até o Instituto Médico Legal (IML) para reconhecer o corpo e passar pelas diligências legais, para então ser realizado o velório e sepultamento da criança.

ESTAVA ESCRITO

Marcos Willian tinha apenas 20 anos de idade, mas já acumulava diversas passagens por crimes variados, incluindo outros estupros de vulneráveis. Em 2018, quando tinha apenas 13 anos, “Gordinho” estreou no mundo do crime com um furto qualificado.

No ano seguinte, com 14 anos, o criminoso estuprou um bebê de 1 ano e 5 meses e jogou o corpo no matagal. Nesta ocasião, a criança sobreviveu.

Em 2020, ele voltou a praticar outro estupro, desta vez com a enteada, de apenas 11 anos. A mãe da menina descobriu quando desconfiou do comportamento estranho da criança, após ela voltar da escola. Ao ser questionada, ela contou para a mãe sobre o ocorrido.

Como observado, Marcos era menor de idade quando praticou esses três crimes. Como previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ele foi considerado inimputável penalmente, ou seja, não responsabilizado criminalmente como adulto. Por isso, foram aplicadas duas medidas socioeducativas aplicadas para ele, na Unidade Educacional de Internação (Unei).

No ano passado, depois de quatro anos “longe” do crime, Marcos praticou injúria cometida no contexto de violência doméstica, que é quando o agressor utiliza palavras para ofender a dignidade ou o decoro da vítima, afetando sua honra subjetiva.
 

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

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O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

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MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

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Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

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