Influenciada pela conta de luz, mais pesada no bolso da população local, a cidade de Campo Grande teve uma inflação de 0,55% no mês de setembro, 0,83 pontos percentuais acima da taxa de -0,28% do mês anterior, agosto, quando houve deflação na cidade.
A variação inflacionária na Capital de Mato Grosso do Sul foi superior à resto do Brasil, que em setembro teve um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,48%. No ano, a inflação acumula alta de 3,64% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,17%. Em setembro de 2024, a variação havia sido de 0,44%.
Na capital de Mato Grosso do Sul o IPCA acumula alta de 2,82% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,64%, acima dos 4,45% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2024, a variação mensal havia sido de 0,58%.
Em Campo Grande, o peso maior para o aumento na conta de luz veio do grupo habitação, que abrange entre outros segmentos, o da conta de luz. O gerente de IPCA no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fernando Gonçalves, comentou o impacto dos custos com energia nas residências para a alta na inflação.
“A alta da energia ocorreu em decorrência do fim do Bônus de Itaipu, que concedeu descontos nas faturas de agosto. Além disso, permaneceu em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos”, disse.
A pressão do segmento habitação foi na contramão de outro segmento importante que tradicionalmente pesa no custo de vida da população, o de alimentação e bebidas. Em setembro houve nova queda, de 0,53%, queda pelo quinto mês consecutivo.
Destacam-se as reduções no cebola (-21,99%), tomate (-12,74%) batata-inglesa (-11,74%), laranja-pera (-10,36%), alho (-9,23%) e o mandioca (-8,17%). “O grupamento dos alimentos para consumo em casa segue com variações negativas, dada a maior oferta dos produtos”, observou Fernando Gonçalves.
Assine o Correio do Estado


