Cidades

Levantamento

Letalidade policial em Mato Grosso do Sul cai 34%

Até maio de 2023, 56 mortes foram registradas contra 37 neste ano

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As mortes causadas por policiais em Mato Grosso do Sul registraram queda nos primeiros cinco meses do ano. Há uma semana do fim do mês, dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) mostram redução de 33,93% após recorde do ano passado, quando MS contou com 56 óbitos ocorridos durante confronto policial ante aos 37 registrados até o momento.

Levantamento da Sejusp detalha que o maior número de mortes em 2024 aconteceu no mês de março, quando foram 13 pessoas morreram por meio e intervenção policial no Estado. No ranking do ano está na sequência o primeiro mês do ano com 9 óbitos, seguido por fevereiro (6), maio (5) e abril com 4.

No ano passado, somente até abril o total de 2024 já havia sido superado, tendo em vista que 46 mortes já haviam sido constatadas. O maior número durante os primeiros cinco meses do ano anterior ocorreu em fevereiro, com um total de 17 baixas.

Neste ano, do acumulado total, 18 mortes se deram em Campo Grande, enquanto de janeiro a maio de 2023 foram 26, um aumento de 44,44%.

FRONTEIRA


Localizado na fronteira com a Bolívia e o Paraguai, a faixa de fronteira do Estado é responsável por uma grande parcela das mortes durante confrontos com a força de segurança pública.
Em 2023, ano com maior número de mortes, um total de 53 foram registradas em municípios como Ponta Porã, Amambai, Paranhos e Sete quedas, municípios esses que também pertencem à rota do tráfico de drogas e contribuem para o aumento de vítimas e responderam a 40,46% do total identificado nos 12 meses do ano passado.

Uma análise da diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública Samira Bueno, a Folha de São Paulo destaca que o número é considerado muito alto. "É um indicador usado internacionalmente para medir o uso da força. Alguns estudos apontam que, se esse índice passa dos 10%, há uso excessivo dessa força.", pontua.

Samira explica ainda que as variações da letalidade exigem análises específicas sobre os contextos locais. “Mato Grosso do Sul e Mato Grosso: os conflitos entre o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) nas disputas por rotas de tráfico de drogas são exemplos”, aponta.

 

DEZ ANOS


Ao ampliar a análise para os últimos 10 anos, é possível verificar que o ano de 2023 se mantém como recorde histórico do Estado, cujo período contou com 131 pessoas mortas durante confronto com policiais.

Antes disso o maior número de vítima havia sido registrado em 2019, com 70 vítimas. Em oposição, conforme a Sejusp, o menor índice se deu em 2014 com apenas 3 mortes.

Dentre as mortes por intervenção de agentes do Estado, uma maioria esmagadora se tratava de pessoas do sexo masculino, fato que se dá em todos os anos anteriores informados no levantamento que teve início em 2014. Por faixa etária, adultos e jovens representam a maioria.

 

Dados de mortes durante confronto policial em MS em 10 anos

 

HOMICÍDIOS


Outro indicador que também registrou queda em Mato Grosso do Sul é o de homicídios dolosos. Na comparação entre janeiro e maio deste ano e do ano passado foram contabilizados 37 crimes a menos.
Neste ano, segundo dados da Sejusp foram 152 homicídios ante a 189 no mesmo período de 2023, o que resulta em queda de 19,58%.

Resultado segue a tendência de queda, tendo em vista que nos 12 meses do ano passado 449 pessoas foram assassinadas no Estado, menor número de homicídios dolosos da última década.

Na comparação com 2022, quando 498 homicídios foram registrados, a redução ficou em 9,84%. Na última década, o ano com menos mortes havia sido 2019, com 455 casos, segundo os dados disponíveis no site da Secretaria de Justiça e Segurança Pública.

De 2014 até 2023 o ano mais violento em Mato Grosso do Sul foi 2014, com 721 registros. Na comparação com aquele ano, a queda em 2023 chega a 37,73%.

 

Cidades

Criança morre após carro em que estava com a família bater em caminhão na BR-267

Outras três pessoas ficaram feridas e foram transferidas para o hospital local

13/04/2025 12h32

Criança estava com a família em veículo que bateu em caminhão

Criança estava com a família em veículo que bateu em caminhão Foto: Nova Alvorada Informa

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Uma criança morreu após o carro em que estava com a família, bater de frente com um caminhão prancha, neste domingo (13), na BR-267, na região de Nova Alvorada do Sul.

Segundo informações do portal Alvorada Informa, o acidente aconteceu no km 189 da rodovia. Com o impacto, a vítima foi arremessada para fora do veículo.

A família viajava em um carro do modelo Celta e havia pernoitado no Distrito de Pana, devido a problemas mecânicos no carro.

O motorista do caminhão relatou ao Alvorada Informa que o carro  trafegava em zigue-zague pela pista e que ele tentou frear para evitar a batida, mas não conseguiu.

O caminhoneiro ficou em estado de choque após o acidente, mas não sofreu ferimentos graves.

A suspeita é que os ocupantes do Celta estivessem sem cinto de segurança, pois vários foram lançados para fora do veículo.

Além da criança que foi a óbito, outras três pessoas que estavam no veículo ficaram feridas, entre elas a mãe da criança, que foi atendida ainda às margens da rodovia e, até a publicação desta reportagem, aguardava transferência para uma unidade de saúde. 

As demais vítimas foram levadas ao Hospital Municipal Francisca Ortega com ferimentos graves. O trânsito na BR-267 foi liberado, mas com lentidão nos dois sentidos.

A PRF compareceu ao local, assim como equipes da Polícia Civil e a perícia, que foram acionadas para apurar as causas do acidente.

Cidades

Após deixar presídio, Brazão ja cumpre prisão domiciliar em casa

De acordo com informações inicias, Brazão já está em sua residência na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro

13/04/2025 12h00

Após deixar presídio de Campo Grande, Brazão cumpre prisão domiciliar em sua casa no RJ

Após deixar presídio de Campo Grande, Brazão cumpre prisão domiciliar em sua casa no RJ Divulgação STF

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O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por ser apontado como um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, já está em sua residência na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro, cumprindo prisão domiciliar. As informações são do portal CNN.

Após 385 dias detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), Brazão deixou a unidade na tarde de sábado (12), após o ministro Alexandre de Moraes autorizar a substituição da prisão preventiva pelo regime domiciliar. A decisão foi motivada por um laudo médico que apontou agravamento em seu quadro de saúde, incluindo doenças cardíacas, diabetes, hipertensão, insuficiência renal e episódios de angina. 

A defesa do parlamentar havia solicitado a prisão domiciliar alegando que o sistema prisional não oferecia condições adequadas para o tratamento de suas comorbidades, especialmente a necessidade de uma cirurgia cardíaca.

Agora em casa, Brazão está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica e deve cumprir uma série de restrições impostas pelo STF, como a proibição de acessar redes sociais, conceder entrevistas à imprensa, receber visitas que não sejam de familiares ou advogados, e manter contato com outros investigados no caso Marielle.

Paralelamente, a defesa do deputado enfrenta duas frentes jurídicas: busca barrar o processo de cassação de seu mandato na Câmara dos Deputados e tenta sua absolvição no processo criminal que tramita no STF, também sob relatoria do ministro Moraes.

Durante o período em que esteve preso em Campo Grande, a família do parlamentar ficou hospedada em um hotel na cidade e retornou com ele ao Rio de Janeiro neste domingo (13).

Prisão em Campo Grande 

Chiquinho Brazão chegou a Campo Grande em 27 de março de 2024, após ser transferido do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, para o Presídio Federal de Segurança Máxima de Campo Grande. A transferência ocorreu três dias após sua prisão, em 24 de março de 2024, sob a acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro.

A decisão de transferi-lo para Campo Grande visava separá-lo de seu irmão, Domingos Brazão, também acusado no caso e enviado para o presídio federal de Porto Velho. Essa estratégia tinha como objetivo evitar comunicação entre os investigados e facilitar as investigações. 

Durante sua permanência em Campo Grande, Chiquinho Brazão enfrentou problemas de saúde, incluindo hipertensão, diabetes e doenças cardíacas. Em fevereiro deste ano, ele foi submetido a um cateterismo no Hospital do Coração, na capital sul-mato-grossense, com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Caso Marielle Franco

O deputado chegou no final da manhã de 27 de março de 2024 a Campo Grande, onde ficou preso no presídio federal da Capital, em uma cela de 7 m².

Ele é acusado de ter sido um dos mandantes da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O parlamentar foi preso no dia 24 de março de 2024, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito sobre o crime.

Além dele, seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, também foram presos.

Acusações

Após as delações de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz (que dirigiu o veículo que levou o atirador), a Polícia Federal concluiu que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão contrataram o ex-policial militar Ronnie Lessa para executar a vereadora Marielle Franco, em 2018. O motorista dela, Anderson Gomes, também foi morto.

Para a PF, o assassinato de Marielle está relacionado ao posicionamento contrário da parlamentar aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, que tem ligação com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.

Segundo a PF, Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, “planejou meticulosamente” o crime.

Conforme o relatório, as tratativas ocorreram de forma clandestina e em breves encontros, em locais desertos.

A primeira reunião ocorreu em 2017, quando, segundo a PF, os irmãos Brazão contrataram Edmilson Macalé, um miliciano que atua na Zona Oeste do Rio. Foi ele quem convidou Ronnie Lessa para participar do crime.(Com agências)

**Com Laura Brasil**

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