Política

ELEIÇÕES 2022

Lula e Bolsonaro disputarão segundo turno na corrida presidencial

Com mais de 96% das urnas apuradas, os candidatos não alcançaram o necessário para vitória em 1º turno

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A eleição presidencial será decidida em um segundo turno entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com dados do TSE. 

Com mais de 96% das urnas apuradas até 20h15 (de MS), Lula havia recebido 54 milhões de votos válidos, ou 47,71% do total contabilizado pela Justiça Eleitoral até aquele momento. 

O presidente e candidato à reeleição havia recebido 49,6 milhões de votos, ou 43,82% do total.

O segundo turno ocorre quando nenhum candidato consegue atingir a maioria da soma total dos votos computados, somando 50% mais um.

O encontro entre os dois principais rivais está marcado para o dia 30 de outubro, último domingo deste mês. 

A realização da segunda etapa do pleito frustra principalmente a campanha do petista, que, na reta final do primeiro turno, investiu na defesa pelo voto útil na intenção de encerrar a disputa neste domingo, 2.

Em retórica de contestação das pesquisas eleitorais - cujos resultados vão se confirmando nas urnas -, Bolsonaro dizia que a eleição se encerraria na primeira fase e seria ele o vencedor. 

Como mostravam as sondagens, e agora os números oficiais, o prognóstico não se realizou.

Mais de 156 milhões de brasileiros estavam aptos a votar e, de novo, colocaram entre os dois primeiros colocados um petista e Bolsonaro.

Neste ano, Lula chegou à frente e é apontado, segundo pesquisas de intenção de voto, como o favorito para voltar à Presidência. 

Em 2018, Bolsonaro liderou a corrida e venceu Fernando Haddad (PT), que substituiu Lula nas urnas em razão de o ex-presidente cumprir pena na Polícia Federal, em Curitiba.

O petista havia sido condenado pelo ex-juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá (SP) no âmbito da Lava Jato. 

Lula passou 580 dias na cadeia, e o tema corrupção se torno espinhoso para o petista na atual campanha.

Em 2021, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as condenações impostas pela Justiça Federal do Paraná. 

O plenário referendou, por oito votos a três, a decisão de Fachin. Neste domingo, o petista relembrou o tempo na cela.

"Há quatro anos atrás eu não pude votar porque eu tinha sido vítima de uma mentira neste país e eu estava detido na Polícia Federal exatamente no dia da eleição", disse Lula ao votar em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. 

"Tentei fazer com que a urna fosse até a cela para eu votar, não levaram. E quatro anos depois eu estou aqui, votando com reconhecimento da minha total liberdade e com a possibilidade de voltar a ser presidente da República deste País", afirmou o petista, que se disse "muito feliz".

Já Bolsonaro se mostrou confiante neste domingo e voltou a dizer que seria reeleito ao apelar a uma narrativa baseada na dúvida das informações. 

"Tenho certeza de que, em uma eleição limpa, ganharemos com no mínimo 60% dos votos", afirmou o presidente ao votar no Rio. 

Ele também afirmou que a eleição representa uma "luta do bem contra o mal" e disse que, "com eleições limpas, tudo bem, que vença o melhor".

O centro político não logrou êxito, apesar de a chamada terceira via ter apresentado ao País a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS), em coligação com PSDB e Cidadania. 

Isolado, Ciro Gomes (PDT), em sua quarta disputa, fala em deixar a cena política.

Nos debates em que os candidatos estiveram frente a frente, Lula acenou a Ciro e a Simone - ainda que ambos tivessem feito duros ataques às gestões petistas, inclusive com denúncias de corrupção e crítica à recessão registrada no governo Dilma Rousseff (PT), alvo de impeachment em 2016. 

Nos bastidores, interlocutores do PT também conversam com nomes do PDT e do MDB - uma ala do partido, inclusive, já declarou voto no petista no primeiro turno.

Esse espectro de apoios é fundamental para definir o segundo turno e a formação de um eventual governo Lula. 

No sábado, 1º, o petista já sinalizava a necessidade de ampliar o leque de apoio, até agora majoritariamente formado por partidos de esquerda e líderes do centro. 

"A gente não tem de ficar com melindre de conversar com quem quer que seja. Nosso barco é que nem a Arca de Noé. Basta querer viver para entrar lá dentro e nós iremos salvar todo mundo", disse Lula, em entrevista coletiva.

Já Bolsonaro dificultou o diálogo que poderia estabelecer com Soraya Thronicke (União Brasil), ao expor a candidata no debate promovido pela TV Globo. 

Em 2018, a senadora foi eleita declarando apoio ao então candidato à Presidência. 

Luiz Felipe d’Avila (Novo) já avisou que vai anular o voto.

Enquanto isso, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, manteve em aberto uma possibilidade de conversa com qualquer candidato que vença as eleições. 

Ele destacou as alianças que o partido tem no âmbito estadual com o PT, por exemplo.

 "O PSD, felizmente, é um partido de centro, partido do diálogo. Nós temos uma excelente relação com o Partido dos Trabalhadores, aliança em diversos Estados com eles. Então, é mais do que natural um diálogo", disse após a votação em um colégio da zona oeste da cidade de São Paulo, na manhã deste domingo, 2.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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