Cidades

Caso Sophia

Mãe e padrasto de Sophia serão julgados na próxima semana; relembre o caso

Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim, apontados como responsáveis pela morte da menina, passarão por Júri Popular nos dias 4 e 5 de dezembro

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Nesta quarta e quinta-feira, dias 4 e 5 de dezembro, acontece o julgamento de Stephanie de Jesus da Silva (26) e Christian Campoçano Leitheim (27), mãe e padrasto de Sophia de Jesus Ocampo, réus pela morte da menina em janeiro de 2023.

A expectativa é de que, no primeiro dia de julgamento, sejam ouvidas doze testemunhas de acusação e defesa, dentre elas médicos legistas e policiais que investigaram o caso. Também é esperado que os réus sejam interrogados, mesmo que o juri precise acabar tarde da noite.

Já no segundo dia, a acusação e os advogados de Cristian Campoçano e Stephanie de Jesus devem apresentar suas versões. 

Sophia tinha apenas aos 2 anos e 7 meses de idade quando foi morta. A responsabilização da mãe e do padrasto pela morte da menina, se deve ao fato de que o laudo necroscópico do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) concluiu que ela morreu devido a um traumatismo na coluna, causado por agressão física. Além das diversas lesões no corpo, a criança apresentava, ainda, sinais de estupro.

Posteriormente, investigações concluíram que as agressões faziam parte da "rotina" da casa da família, e que eram, inclusive, relatadas via aplicativos de mensagem.

Além disso, o pai da menina já havia tentado a guarda e acionado o conselho tutelar diversas vezes, mas o caso foi negligenciado pelas autoridades que deveriam proteger as crianças.

O caso, que aconteceu em Campo Grande, chocou todo o Mato Grosso do Sul, e repercutiu a nível nacional. Agora, quase dois anos após o crime, os apontados como responsáveis pela morte da menina finalmente serão julgados, e o caso será concluído.

Stephanie de Jesus da Silva responde por homicídio doloso e omissão por motivo fútil, meio cruel, contra menor de 14 anos e está sendo assistida pela Defensoria Pública. Christian Campoçano Leitheim foi denunciado pela promotoria de justiça por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, meio cruel e contra menor de 14 anos, e estupro de vulnerável.

Desde o dia em que a morte de Sophia veio à tona, o Correio do Estado tem acompanhado o caso. A seguir, relembre os desdobramentos e confira alguns dos acontecimentos destes últimos 23 meses.

Últimas horas de Sophia

Em fevereiro de 2024, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul fez um relatório sobre as últimas horas de vida da criança, baseado em mensagens encontradas no celular do padrasto, Christian Campoçano.

O documento foi apresentado pela promotora Ana Lara Camargo de Castro, e incluído nos autos do processo judicial.

25 de janeiro - 14h30

Christian envia mensagem para Stephanie dizendo que estava irritado porque a internet da residência estava lenta e por isso não conseguia se conectar aos jogos onlines.  

Neste momento, o réu relatou que Sophia estaria chorando,dizendo à mulher que a menina estaria “endemoniada”, e que por isso havia mandado a criança se deitar. Ainda conforme relatado nas mensagens, Sophia não obedeceu, e por isso ele teria a agredido. Segundo a promotora, foi nesse momento que a vítima sofreu as agressões que a levaram a óbito.  

Ana Lara Camargo afirma que “tal conclusão se dá” porque algumas horas depois de relatar que estaria irritado, o réu enviou mensagens por volta das 18h, relatando que Sophia apresentava febre e quadro de vômito.

25 de janeiro - 18h

Após a mensagem relatando que Sophia estaria com febre e vomitando, Christian contou que ministrou soro e dois tipos de medicamentos, além de ter dado um pano para a criança não se sujasse, já que ela havia vomitado diversas vezes.   

“Sophia foi agredida com tapas e “quebra-costela”, como forma de punir a vítima, agressões que eram seguidas de sufocamento como forma de interromper o choro da criança, cujo pranto era silenciado pela ânsia de respirar enquanto tinha seu rosto pressionado contra um colchão”, diz o relatório.

O documento relata as falas de Christian ao ver Sophia passando mal. 

“Dá uns tapão nela, aí você vira a cara dela pro colchão e fica segurando porque aí ela para de chorar. É sério. Parece até tortura mais [sic] não é, porque aí ela fica sem ar para chorar e para de chorar. Entendeu?”, orienta o réu acusado, conforme relata o relatório. 

26 de janeiro - 0h

Stephanie e um amigo, saem em busca de remédios. Ela retorna algumas horas depois, e Christian vai dormir por volta das 5h.  

26 de janeiro - 16h: 

O acusado relatou que teve conhecimento geral sobre o estado de Sophia somente nesse horário, quando foi acordado por Stephanie dizendo que a filha estava com a boca roxa e convulsionando.  

26 de janeiro - 18h

Christian, após o conhecimento de que a vítima estaria passando mal, liga para a própria mãe dizendo que Sophia estava convulsionada e não conseguia respirar e que a menina seria levada para o Pronto Socorro.  

Chegada à Unidade de Pronto Atendimento

Quando chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Coronel Antonino, em Campo Grande, Sophia já estava morta a pelo menos 7 horas.

As enfermeiras que realizaram os primeiros atendimentos constataram que a menina já apresentava rigidez cadavérica quando chegou à unidade. Posteriormente, a perícia constatou que o corpo estava sem vida a 7 horas.

O laudo necroscópico do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicou que Sophia morreu por um traumatismo na coluna causado por agressão física. Além das diversas lesões no corpo, a criança apresentava, ainda, sinais de estupro.

Mensagens trocadas entre a mãe de Sophia e o padrasto, no momento em que a mulher estava na UPA, indicam que a dupla já sabia que a menina estava morta.

“Eu não tenho condições de cuidar de filhos. [...] Eu te avisei que sua vida ia ficar pior comigo, mas você não acreditou”, disse Christian Leitheim à mãe de Sophia. 

Na mesma conversa, o homem ainda ameaça tirar a própria vida após Stephanie o informar que Sophia está morta.

“Tô saindo. Não vou levar o celular e nem identidade para, quando me acharem, demorar para reconhecer ainda. Desculpa, Stephanie, vou sair da sua vida”, disse o padrasto em uma das mensagens.

Ainda de acordo com o documento a que o Correio do Estado teve acesso, logo após dar a notícia da morte da criança, Stephanie conta que exames constataram que Sophia tinha sido estuprada. Esse fato foi relatado pela mãe à polícia quando prestou os primeiros esclarecimentos e confirmado por meio de laudo necroscópico.

“Disseram que ela foi estuprada”, disse Stephanie, ao que Christian respondeu: “Nunca. Isso é porque não sabem o que aconteceu com ela e querem culpar alguém. Sei que você não vai acreditar em mim”. 

O padrasto completou: “Se você achar que é verdade, pode me mandar preso, pode fazer o que quiser”

Durante o diálogo, ele ainda dá a entender que não teria sido a primeira vez que Sophia havia sofrido algum tipo de agressão grave, já que ele disse para a mãe “inventar qualquer coisa” que justificasse os hematomas.

“Fala que se machucou no escorregador do parquinho, igual da outra vez”, sugeriu. 

Em dois anos e sete meses de vida, Sophia já havia passado por pelo menos 30 atendimentos nas unidades de saúde.

Audiências

primeira audiência de instrução - um ato processual que serve, principalmente, para colher todas as provas das partes e depoimentos das testemunhas - do "Caso Sophia" foi realizada no dia 17 de abril.

Foram ouvidas seis testemunhas: o pai biológico da vítima, um investigador de Polícia Judiciária, pai e mãe de Stephanie, e uma ex-namorada de Christian.

Avô e avó maternos de Sophia, pais de Stephanie de Jesus da Silva, foram os primeiros a serem ouvidos.

Rogério Silva relatou o choque de ver a neta no velório, e afirmou que, ao passar a mão no rosto da criança, era possível sentir que os ossos de sua face estavam quebrados.

"Eles desfiguraram ela. Eu senti os farelos dos ossos no crânio e no maxilar, entre a testa e o nariz. A gente colocava a mão e afundava, não tinha osso", disse, emotivo.

Silva explicou que não era muito próximo de sua filha, já que se divorciou da mãe de Stephanie há 21 anos. Segundo ele, a filha sempre reclamou da ausência dos pais. Apesar de não haver tanta proximidade, o homem afirmou já ter visto hematomas na criança, mas nunca imaginou que Sophia era espancada. 

O avô da vítima ainda acrescentou que ele e a avó da menina tinham medo da Sophia ser estuprada, porque desde que Stephanie havia passado a morar com Christian, a casa "vivia cheia de homens".

A mãe de Stephanie, Delziene da Silva de Jesus, relatou que a filha se afastou depois de ter conhecido Christian, e que chegou a proibi-la de entrar na residência do casal.

"Depois que ela conheceu o Christian mudou por completo. Ela se afastou de mim porque não gostava que eu interferia, ela me proibiu de entrar na casa dela".

Por conta do contato reduzido, Delzirene afirmou não ter conseguido notar os sinais de violência, e só constatou as agressões quando viu o laudo médico. 

Stephanie procurou pela mãe no dia em que Sophia morreu.

"Eu fui recebendo mensagens de que a Sophia estava passando mal, e recebi uma foto da menina dormindo. Sthephanie informou que iria esperar para levar a menina para o UPA", afirmou a testemunha.

Chegando à Unidade, Stephanie ligou para sua mãe para informar que Sophia estava morta. Delzirene acredita que Stephanie foi conivente com a violência sofrida pela criança.

"Por conta das mensagens que ela foi me mandando durante o dia, por conta da enfermeira relatar que Sophia estava há mais de quatro horas morta, não tinha como ela não saber que ela estava morta", disse. "Nas mensagens ela estava com a voz apavorada, de uma forma diferenciada. Ela estava chorando quando me mandou um áudio falando que a Sophia tinha morrido", concluiu Delziene.

Além dos avós, foram ouvidos o pai biológico de Sophia, um investigador e a ex-namorada de Cristian, que já tem medida protetiva contra ele por violência doméstica.

Andressa Fernandes, a ex-namorada, foi ouvida como informante. Ela teve um casamento de dois anos com Christian, com quem tem um filho. No depoimento, afirmou que Christian sempre bateu nela e no filho do casal

Em uma ocasião, Andressa foi chamada para limpar a casa em que Sophia morava com Stephanie e Christian, e relatou que o ambiente era extremamente sujo. A testemunha ainda confirmou que os tutores eram agressivos com a criança.

"Eu sei dizer que as poucas coisas que eu presenciei foi que eles eram agressivos com a Sophia".

Nesse dia, a mulher afirmou não ter dito nada a ninguém por medo de que Christian agredisse o filho.

A segunda audiência precisou ser suspensa após uma confusão generalizada entre os advogados de defesa de Christian Leitheim, padrasto de Sophia e o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Carlos Alberto Garcete. 

Antes da suspensão, cinco testemunhas tiveram tempo de ser ouvidas. A primeira foi a vizinha do casal, que relatou que os dois agrediam os cachorros, e que as crianças choravam muito.

Ela confirmou ainda que a casa era suja e mantida em péssimas condições. Além disso, afirmou que não reparava se a casa costumava receber muitas pessoas de fora, mas que seu pai, que frequenta um bar nos arredores, já havia comentado sobre a movimentação na residência.

"Meu pai disse que às vezes eles amanheciam, e entravam muitos homens na casa", afirmou.

No dia da morte de Sophia, Elisângela viu o momento em que Stephanie saiu com a menina para a Unidade de Pronto Atendimento, e disse durante a audiência que havia pensado que Sophia estava "desfalecida" no colo da mãe.

A segunda testemunha, Lauricéia Amaral de Carvalho, atua como agente de saúde na região em que Sophia morava com a mãe. Durante o depoimento, afirmou que quando esteve na casa não conseguiu notar se as crianças eram agredidas, já que apenas uma filha de Christian com Stephanie estava no local.

"Eu passei dia 11 de janeiro, era uma área nova. O Christian estava em casa, fiz o cadastro, mas ele não encontrou as carteirinhas de vacinação. Apenas a filha dos dois estava em casa", afirmou.

Outro vizinho do casal, Ronaldo Correa, afirmou que morou ao lado da família por cinco meses, mas que não se recorda de brigas entre o casal. Além disso, pontuou que "de vez em quando" havia festa na residência.

Testemunhas de defesa

A quarta testemunha a depôr na segunda audiência foi uma colega de trabalho da mãe de Sophia, chamada Micauani Amorim, gerente da loja onde Stephanie trabalhava. Ela disse que a mulher costumava faltar, alegando que levaria a menina no posto de saúde. Inclusive, essa foi a justificativa apresentada quando faltou no dia da morte da Sophia.

"Antes da morte da Sophia, a Stephanie era tranquila e parecia uma pessoa sem problemas. Antes dela começar a faltar era a melhor vendedora da loja", afirmou.

Micauani explicou que mantinha apenas relações profissionais com Stephanie, mas que já havia presenciado agressões à Sophia em uma ocasião.

A última testemunha foi a melhor amiga de Stephanie, e madrinha de Sophia. Ela afirmou que antes da mulher conhecer Chritian ela era outras pessoa. Contou ainda que sempre foi próxima da mãe da vítima, principalmente quando ela ainda morava no Jardim Columbia. Na época em que o casal morava no local, a testemunha afirma nunca ter visto Christian maltratando a menina.

"Depois de mudar de casa ela se afastou, e era difícil até de conversar com ela pelo celular", comentou.

A testemunha acrescenta ainda que achava que Stephanie não estava muito feliz, e que o casal chegou a se separar. Quando reataram, a mãe de Sophia teria se afastado mais ainda.

Depois que a família se mudou para a Vila Nasser, a amiga fez apenas duas visitas, e afirmou que da última notou que Sophia estava quieta e "diferente de como ela era antes".

Ao ser questionada sobre a possibilidade de Stephanie ter matado Sophia, a amiga respondeu que a mulher era sim capaz de agredir a filha, mas não de matar. Ela concordou que Stephanie foi omissa.

"Ela deveria ter pedido ajuda".

A amiga revelou que na maior parte do tempo, enquanto Stephanie trabalhava, Sophia ficava com Christian. Por isso, ela acredita que o padrasto pode sim ter matado e abusado da criança, mas não descarta a possibilidade de que outra pessoa possa ter cometido os crimes, já que "homens viviam entrando e saindo da casa".

No final de seu depoimento, a testemunha ainda mencionou que poucos dias antes de morrer Sophia estava triste, porque não queria ficar na casa da mãe, mas sim voltar para a casa de sua avó paterna.

Júri Popular

O Tribunal do Júri, que definirá as penas de Stephanie e Christian, é um mecanismo democrático que permite a participação de cidadãos comuns no julgamento de crimes de interesse social.

O júri é composto por um juiz presidente e vinte e cinco jurados, dos quais sete serão sorteados para compor o conselho de sentença e que terão o encargo de afirmar ou negar a existência do fato criminoso atribuído à pessoa.

Assim, é o cidadão, sob juramento, quem decide sobre o crime. Essa decisão do jurado é de acordo com a sua consciência e não segundo a lei. Aliás, esse é o juramento, de examinar a causa com imparcialidade e de decidir segundo sua consciência e justiça.

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MPT

Acrissul é notificada sobre a proibição de trabalho infantil em suas dependências

Endereçada ao presidente da Acrissul, a recomendação é para que a legislação que proíbe o trabalho infantil seja cumprida nas dependências do Parque de Exposição durante os dias do evento. 

07/04/2025 16h15

MPT recomenda cessar, caso haja, trabalho infantil na Expogrande

MPT recomenda cessar, caso haja, trabalho infantil na Expogrande Divulgação

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O Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) notificou a organizadora da Expogrande, a Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrisul), sobre o cumprimento da proibição do trabalho infantil durante o evento.

Endereçada ao presidente da Acrissul, a recomendação é para que a legislação que proíbe o trabalho infantil seja cumprida nas dependências do Parque de Exposição durante os dias do evento. 

A Notificação Recomendatória foi assinada pela Coordenadoria de Combate ao Trabalho Infantil e de Promoção e Defesa dos Direitos de Crianças e Adolescentes do MPT-MS.

Segundo o documeto, a Acrissul deve observar alguns procedimentos, como a não permissão de qualquer trabalho de criança ou adolescente com idade inferior a 16 anos, salvo na condição de aprendiz; não tolerar de pessoas com menos de 18 anos realizando trabalho noturno, perigoso, penoso ou insalubre; e fazer cessar imediatamente, caso existente, o trabalho de crianças e adolescentes em seu estabelecimento. 

O cumprimento ou não das recomendações serão monitorados pelo Ministério Público do Trabalho e, caso seja necessário, pode requisitar a adoção de medidas legais. 

Trabalho infantil

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é proibido qualquer trabalho a menores de 14 anos de idade e a condição de aprendiz só pode ser atribuída a partir desta idade e regulamentada, com direitos trabalhistas e previdenciários.

Aos adolescentes empregados, aprendizes, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental, é proibido o trabalho noturo, perigoso ou insalubre e realizado em locais que prejudiquem a formação e desenvolvimento do adolescente.  
 

SAÚDE

Drive de vacinação segue até dia 17 de abril em Campo Grande

Iniciativa tem agradado os campo-grandenses que conseguem se proteger contra a influenza com agilidade

07/04/2025 15h30

O drive de vacinação segue em funcionamento até o dia 17 de abril, no Quartel do Corpo de Bombeiros

O drive de vacinação segue em funcionamento até o dia 17 de abril, no Quartel do Corpo de Bombeiros FOTO: Governo MS

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O Drive-thru de vacinação contra a Influenza, lançado pelo Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da SES (Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul), tem caído no gosto da população, que consegue se vacinar no centro da cidade de maneira rápida e eficaz para se protegerem contra a doença.

No primeiro dia da ação, 360 doses foram aplicadas em integrantes do grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde. Até o momento, a vacinação está liberada para idosos, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde, professores, pessoas com comorbidades, entre outros públicos prioritários. A iniciativa conta com a parceria do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, que apoia a logística da campanha.

A pedagoga Zélia Aparecida dos Santos, de 64 anos, compareceu no drive-thru do Quartel dos Bombeiros com a mãe, de 87 anos, e o pai, de 93 anos, para se vacinarem. Segundo ela, não há questionamento quanto à eficácia das vacinas.

“ É necessário se vacinar contra a Influenza para evitar os problemas e complicações por gripe ou outras doenças respiratórias, e é importante quando o governo cuida da população e se preocupa em disponibilizar essa vacinação por drive-thru para facilitar quem tem dificuldade de mobilidade”, disse.

Além dela, o servidor público aposentado, Francisco Assis dos Santos também compareceu ao local de vacinação e expressou sua satisfação com os resultados. “Tomo a vacina contra Influenza há muito tempo e sinto que ela me faz muito bem. Até agora, não tive nenhum problema ou efeito colateral”, afirmou.

Segundo ele, desde que atualiza a vacina contra a Influenza todos os anos, quando eventualmente contrai um resfriado, apresenta apenas sintomas leves. “Às vezes, ainda pego um resfriado, mas os sintomas são bem mais leves. Por isso, faço questão de me vacinar todo ano”, enfatizou.

Conforme a SES/MS – (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), o engajamento da população evidencia a importância da vacinação como medida de proteção individual e coletiva contra a influenza, e ressalta que, a vacinação é fundamental para prevenir complicações graves da doença, especialmente em grupos de risco como idosos, crianças e profissionais da educação.

O drive de vacinação segue em funcionamento até o dia 17 de abril, no Quartel do Corpo de Bombeiros da Rua 14 de Julho, em Campo Grande. O horário de atendimento de segunda a sexta-feira será das 18h às 22h; e aos sábados e domingos em dois períodos: das 7h às 11h e das 13h às 17h.

Além da iniciativa na Capital, o Governo do Estado garantiu o envio de 524 mil doses recebidas do Ministério da Saúde para os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, assegurando o abastecimento e o avanço da campanha de imunização em todo o território estadual.

Além dos grupos prioritários já previstos no Calendário Nacional de Vacinação, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos, a estratégia de vacinação também inclui os seguintes públicos:

  • Trabalhadores da Saúde;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores dos Correios;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  • População privada de liberdade;
  • Adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

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