Acontece neste domingo (10) o segundo dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024. Os portões foram abertos às 11h, com fechamento ao meio-dia e início de aplicação às 12h30 e duração máxima de cinco horas.
Preparados para enfrentar mais um dia de Enem, muitos estudantes chegaram no horário de abertura dos portões para evitar possíveis atrasos e se dirigir à sala de provas com tranquilidade.
Em entrevista ao Correio do Estado, candidatas que realizam a prova no polo Estácio Campo Grande avaliaram o primeiro dia de Enem como tranquilo, e disseram temer mais o segundo dia.
Julia Abreu, que comemora 18 anos neste domingo, faz o terceirão no Colégio Harmonia, e pretende cursar medicina. Mesmo não tendo a redação - que é motivo de apreensão por parte da maioria dos estudantes -, ela considera o segundo dia de provas mais difícil do que o primeiro.
"Eu não estava preparada para o tema [da redação], mas foi tranquilo de escrever. O segundo dia é pior, a preparação é diferente, porque eu tenho mais dificuldade", afirmou.
Além das aulas preparatórias da escola, Júlia contou com os amigos para estudar.
"A gente fazia muito isso de estudar junto para se ajudar, porque está todo mundo no mesmo barco, todo mundo pensando a mesma coisa (...) eu fiz bastante exercício e estudei mais o que eu não sabia, e o que eu sabia eu revisei", explicou Júlia.
Kaillany Feijó, de 20 anos, natural de Rio Branco, no Acre, e residente de Mato Grosso do Sul há quase cinco anos, também sonha com a vaga no curso de medicina, e avaliou o segundo dia de provas como seu "calcanhar de Aquiles".
"O primeiro é sempre um dia mais tranquilo para mim, porque é mais interpretativo. A redação também foi super tranquila. O que 'me pega' é o segundo dia mesmo, que é natureza e matemática, que é o meu calcanhar de Aquiles", revelou.
E para se preparar, não teve segredo: muitas questões e simulados.
"Faço cursinho há três anos, e é uma rotina bem cansativa. Me dediquei muito, fiz muitos simulados, muitas questões, redações. O que me pega mesmo é o nervosismo", concluiu.
As amigas Maria Luiza e Pâmela Anauany, ambas de 17 anos, são estudantes do terceirão da escola estadual Paulo Francisco Cândido de Rezende, de Anhanduí, e foram juntas realizar a prova.
Maria Luiza, que quer cursar psicologia, disse ter gostado do tema "Desafios para a valorização da herança africana no Brasil" para a redação do primeiro dia da prova, e afirmou que esse era um assunto que ela já estava esperando que fosse abordado.
"O primeiro dia foi tranquilo, eu acho. Não estava difícil. O tema da redação também estava bem 'de boa', a gente já estava imaginando um tema relacionado a isso ou a meio ambiente. Foi um tema bem bacana, bem fácil", comentou.
Quanto à preparação, a estudante afirmou ter dedicado dois turnos para estudar por conta, além dos aulões já oferecidos pela escola.
"Sendo de escola pública, achei minha preparação boa até. A gente teve aulão, mas estudei bastante sozinha em casa, então foi bom. Ia à escola à tarde, então estudava de manhã e de noite para a prova", disse Maria Luiza, que quer cursar psicologia.