Polícia

Ifood

Polícia de MS só investigou morte de entregador atropelado por Porsche após repercussão na mídia

O inquérito policial só foi aberto 10 dias após acidente, depois da publicação da reportagem do Correio do Estado

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Após uma espera de 10 dias, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul deu início à investigação da morte de Hudson Oliveira Ferreira, de 39 anos, entregador do iFood, atropelado pelo condutor de um Porsche Cayenne que fugiu sem prestar socorro. A resposta só veio após a matéria do Correio do Estado viralizar nacionalmente, mas o motorista ainda não foi identificado.

No dia do acidente, em 22 de março, na Rua Antônio Maria Coelho, tanto a Polícia Civil quanto a perícia não compareceram ao local. O moto entregador, gravemente ferido, foi socorrido com fratura exposta e perda de sangue, mas faleceu dois dias depois, em 24 de março, no Hospital da Santa Casa de Campo Grande.

A família denunciou ao Correio do Estado a demora na investigação policial, que até então não identificou o autor do crime. Segundo a apuração da reportagem, os documentos foram anexados ao inquérito policial apenas em 2 de abril, e a primeira testemunha do caso, a policial militar Simoni Mascarenhas, foi ouvida apenas ontem (3).

"Se o motorista não tivesse fugido e prestado os primeiros socorros, meu esposo poderia estar vivo hoje. E em vez de irem atrás do acusado, a polícia foi atrás de Hudson como se ele fosse fugir. De alguma forma estão querendo desumanizar a vítima por ser pobre e moto entregador", lamentou a esposa do entregador, Kelly Ferreira.

Apesar de investigações preliminares indicarem um mandado de prisão em aberto para a vítima (por atraso de pensão alimentícia), até o momento não houve identificação do autor do crime de trânsito, que fugiu sem prestar socorro, causando a morte do trabalhador.

Hudson deixa quatro filhos e quatro enteados.

Outro Porsche?

Conforme noticiado pelo Uol, no blog do colunista Leonardo Sakamoto, tal como em São Paulo, um vídeo — no caso de Campo Grande, de uma câmera de segurança de um imóvel em frente — mostra o momento exato em que um carro atingiu Hudson.

 

 

A morte de Hudson ocorreu uma semana antes do falecimento de Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, também trabalhador de aplicativo, mas motorista. Ele estava na avenida Salim Farah Maluf, na zona leste da capital paulista, quando seu Renault Sandero foi destruído pelo Porsche 911 Carrera de Fernando Sastre de Andrade, de 24 anos, na madrugada deste domingo (31). A causa da morte também foram fraturas múltiplas.

O colunista ligou para a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, mas não conseguiu a informação se há uma investigação aberta e se diligências estão ou não sendo realizadas. 

Em São Paulo, Andrade também evadiu-se do local, mas de outra forma. Dois policiais que atenderam à ocorrência permitiram que sua mãe o levasse embora para tratar de um ferimento na boca. Só depois, PMs foram ao hospital para fazer o teste do bafômetro e foram informados de que ele nunca deu entrada no local informado. Tampouco atendeu aos telefonemas, muito menos respondeu à campainha de casa.

Sua mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrada, afirma que ele estava em choque e com dores e acabou não sendo levado para o hospital. Ambos teriam dormido sob efeito de medicamentos na residência de Fernando.

Ele se apresentou ao 30º Distrito Policial no Tatuapé mais de 38 horas depois, quando o exame do bafômetro não seria mais eficaz. O delegado do caso o indiciou por homicídio doloso, com intenção de matar, e pediu sua prisão, mas a Justiça a negou.

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CAMPO GRANDE

Homem que assaltou carro-forte no CE morre em confronto com a PM em MS

Autor era procurado pela polícia por assaltar um carro-forte, no mês de junho de 2024, em Icapuí (CE)

15/10/2024 08h45

Material apreendido em assalto a carro-forte

Material apreendido em assalto a carro-forte DIVULGAÇÃO: Ficco/CE

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Homem, de 34 anos, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), na noite desta segunda-feira (14), na rua Timbiras, bairro Jokey Clube, em Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o homem assaltou um carro-forte, em 27 de junho de 2024, em Icapuí (CE), município localizado a 201 quilômetros de Fortaleza. Ele estava sendo procurado pela polícia.

Com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a Polícia Militar (PMMS) descobriu a localização do criminoso. Com isso, se deslocaram até o endereço.

O autor estava na frente de casa, sem camisa, sendo possível reconhecer as diversas tatuagens que tem no braço e peito.

Os policiais deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu e tentou fugir pulando o muro da residência.

De acordo com a PM, o criminoso viu que estava cercado e que não tinha escapatória e, então, sacou uma arma e apontou em direção aos policiais.

Os militares revidaram, balearam e desarmaram o bandido. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 61 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 26 de setembro de 2024, em Mato Grosso do Sul. O sistema está fora do ar e não foi possível levantar os números de setembro.

Das 61 mortes,

  • 33 ocorreram em Campo Grande
  • 28 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 2 em outubro
  • 52 são homens
  • 1 mulher
  • 6 não tiveram o sexo divulgado
  • 30 são jovens
  • 20 são adultos
  • 3 são adolescentes
  • 6 não tiveram a faixa etária divulgada

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

 

 

Polícia

Batalhão de Choque prende autor de feminicídio em Campo Grande

Homem matou a companheira, de 33 anos, com um tiro na cabeça, em casa, enquanto as crianças dormiam, na noite de quinta-feira (10)

13/10/2024 16h05

PMs apreenderam revólver calibre .32, munição calibre .32 e dois aparelhos celulares (Redmi Note 10 e Infinix Hot 11S) durante a ocorrência

PMs apreenderam revólver calibre .32, munição calibre .32 e dois aparelhos celulares (Redmi Note 10 e Infinix Hot 11S) durante a ocorrência DIVULGAÇÃO/BPMChoque

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Homem, de 28 anos, que matou a esposa na quinta-feira (10), foi preso por policiais militares do Batalhão de Choque (BPMChoque), na manhã deste domingo (13), no bairro Estrela Dalva, em Campo Grande.

Revólver calibre .32, munição calibre .32 e dois aparelhos celulares (Redmi Note 10 e Infinix Hot 11S) foram apreendidos com o autor.

O homem, de 28 anos, matou a companheira, de 33 anos, com um tiro na cabeça, em casa, enquanto as crianças dormiam, na noite de quinta-feira (10), no bairro Jardim Presidente, na Capital. Logo após o crime, o homem fugiu.

Conforme apurado pela reportagem, a Polícia Militar recebeu uma denúncia, via 190, de um possível homicídio ocorrido no Jardim Presidente.

Ao chegarem ao local, os policiais encontraram uma mulher caída no chão, com sangramento na cabeça.

Equipes do Corpo de Bombeiros (CBMMS) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas e a vítima foi encaminhada ao Hospital Santa Casa, sem nenhum documento de identificação.

Ela deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave, com ferimento na cabeça provocado por projétil de arma de fogo.

Mas, não resistiu aos ferimentos e a uma parada cardiorrespiratória e acabou falecendo na manhã de sexta-feira (11).

O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL). O caso foi registrado como Feminicídio, Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Permitido, Favorecimento Pessoal e Favorecimento Real na Delegacia de Polícia Civil.

O Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (FICCO/MS) auxiliou com compartilhamento de informações nesta ocorrência.

FEMINICÍDIO

Dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 24 mulheres foram vítimas de feminicídio, entre 1º de janeiro e 13 de outubro de 2024, em Mato Grosso do Sul. 

Desse número, 7 ocorreram em Campo Grande e 17 no interior. As mortes foram registradas em janeiro (3), fevereiro (5), março (3), abril (5), junho (3), agosto (1), setembro (3) e outubro (1). Em 2023, 31 mulheres foram mortas.

DENUNCIE!

Violência contra mulher deve ser denunciada em qualquer circunstância, seja física, psicológica, sexual, moral ou patrimonial.

Os números para denúncia são 180 (Atendimento à Mulher), 190 (Polícia Militar) e 153 (Guarda Civil Metropolitana).

O sinal "X" da cor vermelha, escrita na mão, significa que a vítima quer alertar que sofre violência doméstica. Portanto, o cidadão deve ficar atento, acolhê-la e acionar as autoridades. 

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