Cidades

Enem

Resultado do Enem já está disponível; saiba onde utilizar a nota

Desempenho serve como ingresso em instituições de ensino superior públicas e particulares, do Brasil e da Europa

Continue lendo...

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgaram nesta segunda-feira (13) os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024.

As provas foram aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro de 2024, e as notas podem ser conferidas na Página do Participante do site do Inep, basta que o candidato preencha seus dados pessoais.

A partir do resultado, é possível participar de processos seletivos que utilizam as notas do Enem, são eles:

SiSU

O Sistema de Seleção Unificada é um programa do Ministério da Educação que unifica o processo seletivo para ingresso em instituições públicas de ensino superior de todo o Brasil: Universidades Federais, Universidades Estaduais, Institutos Federais, Institutos Estaduais.

As inscrições para o Sisu serão abertas no dia 17 de janeiro, e seguem até o dia 25 do mesmo mês. O resultado da chamada regular será divulgado dia 26 de janeiro.

Em Mato Grosso do Sul, serão disponibilizadas 4.880 vagas pelo Sisu.

Para se inscrever no processo seletivo, é necessário que o estudante tenha o ensino médio completo, tenha participado da edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tenha zerado a prova de redação. Confira como se inscrever e mais informações sobre o Sisu aqui.

ProUni

O Portal Único de Acesso ao Ensino Superior se assemelha ao Sisu, com a diferença de que o programa é destinado a bolsas de estudo, que podem ser integrais ou parciais, em instituições privadas.

Para se inscrever é preciso ter realizado pelo menos uma das duas últimas edições do Enem, realizada antes do processo seletivo, e ter alcançado, no mínimo, 450 pontos de média nas notas das cinco provas do exame. Além disso, o estudante não pode ter tirado zero na prova de redação do Enem e nem ter participado do exame na condição de treineiro.

Para se inscrever é necessário que o candidato comprove renda familiar bruta mensal, por pessoa, de até 1,5 salário mínimo, para obter a bolsa integral, que cobre a totalidade do valor da mensalidade do curso. Já para a bolsa parcial, que cobre (50%) do valor da mensalidade, a renda mensal per capita exigida é de até 3 salários mínimos.

Fies

O Fundo de Financiamento Estudantil também é um programa para ingresso em instituições privadas. Nele, o aluno pode pagar o curso com valores mais baixos e depois de formado. Neste programa, o perfil socioeconômico exigido é de dois salários mínimos e meio por pessoa.

USP

A Universidade de São Paulo também permite o Enem como processo de seleção para ingresso. Em 2024, foram destinadas 1,5 mil vagas para candidatos que utilizaram as notas do Exame Nacional do Ensino Médio.

Universidades privadas

Diversas universidades privadas também permitem ingresso a partir do desempenho no Enem. Basta que o candidato procure pela universidade de preferência e verifique se há possibilidade de ingresso nessa modalidade.

Portugal

Um acordo entre o Inep e universidades portuguesas também permite que brasileiros consigam ingressar nessas instituições por meio do Enem. Ela é restrita a apenas algumas universidades de Portugal, por isso, o candidato também precisa verificar a possibilidade em sua instituição portuguesa de interesse.

Assine o Correio do Estado.

Cidades

"Temos que ter liberdade de atuar sobre as forças de segurança", diz Riedel sobre PEC

Governador afirmou que a PEC da segurança apresentada pelo ministro Lewandowski é importante, mas que ações tem que ser debatidas entre estados e a União

16/01/2025 12h30

Eduardo Riedel disse que PEC é importante, desde que não tire autonomia dos estados

Eduardo Riedel disse que PEC é importante, desde que não tire autonomia dos estados Foo: Marcelo Victor / Correio do Estado

Continue Lendo...

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), afirmou que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, apresentada nesta terça-feira (15) pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, é importante pela institucionalização, mas que é necessário diálogo para estabelecer a liberdade de cada estado em atuar sobre as forças de segurança.

"A gente está em um momento de negociação, de diálogo. O ministro tem razão quando coloca que a segurança pública deve ser institucionalizada do ponto de vista constitucional, é uma diretriz importante. Agora, isso tem que ser dialogado e debatido porque ela envolve um conceito basilar da própria Constituição, onde o Estado hoje é responsável pela segurança pública. Então, como é que eu vou ser responsável diante de ações que muitas vezes eu não possa tomar ou decidir?, disse Riedel.

"A PEC é uma discussão que não é ruim, é importante institucionalizar a segurança pública, mas, ao mesmo tempo, nós temos que negociar as ações colocadas pelo governo federal e aquelas que são prerrogativas do Estado, e é esse o momento que a gente se encontra agora. Nós temos que ter, a partir do momento que nós somos responsáveis, a liberdade de atuar sobre as nossas forças de segurança", acrescentou o governador.

Riedel reforçou a importância de uma diretriz centralizada e unificada, principalmente no serviço de inteligência, e defendeu a integralização desses sistemas de inteligência entre as diferentes polícias.

"Essa é a minha maior crítica ao governo federal, porque a gente tem que integralizar os sistemas de inteligência de Polícia Federal, Forças Armadas, Polícia Militar, todas as especializadas, Forças Federais e Estaduais, Rodoviária Federal, Rodoviária Estadual, para que a gente possa ter um resultado mais efetivo", disse.

"Então, eu louvo a iniciativa do ministro, mas que a gente tenha esse diálogo avançado para deixar claro as atribuições, senão fica aquela história do deixa que eu chuto, de quem é a bola, se é sua, é minha, se você faz, você pede, eu faço, ou não, não tem autonomia, isso tem que estar claro. Eu acho que essa é a questão", concluiu o governador.

Na apresentação da PEC, Lewandovski disse que haverá autonomia dos governadores no que diz respeito ao comando das forças de segurança estaduais, que era uma preocupação de vários administradores estaduais, além de Riedel.

"Nós percebemos que a principal preocupação dos governadores, que entendemos que tenha sido atendida nessa proposta agora, que estamos enviando à Casa Civil, para depois ser enviada ao Congresso Nacional, é a suposta perda de autonomia dos governadores no que diz respeito ao comando das polícias civis, militares e dos corpos de bombeiros militares. Nós entendemos que sanamos isso", afirmou o ministro, em coletiva de imprensa nessa quarta-feira (15), em Brasília.

"Estamos escrevendo com todas as letras que essas competências atribuídas à União não restringirão a subordinação das polícias militares, civis e penais, e a dos corpos de bombeiros militares, aos governadores dos estados e do Distrito Federal. Assim, nós entendemos que estamos afastando quaisquer dúvidas com relação a isso. A autonomia dos estados e do DF, nesse aspecto, está completamente preservada, se [a PEC] for aprovada pelo Congresso Nacional", acrescentou Lewandowski.

PEC da Segurança

A PEC altera a redação dos artigos 21, 22, 23 e 24 da Constituição Federal – que tratam das competências da União, privativas ou em comum com os estados, municípios e Distrito Federal – e muda o Artigo 144, sobre os órgãos que cuidam da segurança pública em todo o país.

Com a proposta, o governo federal pretende dar status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado por lei ordinária em 2018 (Lei 13.675).

Além disso, quer levar para a Constituição Federal a previsão do Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário, que atualmente estão estabelecidos em leis próprias. A nova redação deixa claro que os recursos desses fundos "serão compartilhados entre todos os integrantes da Federação, na forma da lei, vedado o seu contingenciamento".

A discussão sobre as fontes de financiamento dos dois fundos, que era uma das reivindicações dos secretários estaduais de Segurança Pública, ficará para um outro projeto de lei específico.

O texto da PEC também aumenta as atribuições da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). No caso da PRF, na primeira versão da proposta, passaria a se chamar Polícia Ostensiva Federal, mas agora o governo sugere que o nome seja Polícia Viária Federal, que terá como atribuição ordinária o patrulhamento ostensivo das rodovias, ferrovias e hidrovias federais.

Além dessas atribuições, a nova PRF poderia atuar em calamidades públicas e desastres naturais, bem como na proteção de bens, serviços e instalações federais, mediante autorização do ministro da Justiça.

A força ainda poderia ser utilizada no apoio às polícias estaduais de segurança, desde que solicitado pelos governadores.

Outro ponto importante da nova versão da PEC é a previsão constitucional de que todas as forças de segurança do país, sejam federais, estaduais ou municipais, disponham obrigatoriamente de corregedorias (que apuram infrações funcionais) e ouvidorias (para receber denúncias e sugestões da população). Esses dois órgãos deverão ser autônomos e não subordinados à hierarquia das forças policiais.

* Com Agência Brasil

BALANÇO

Receita Federal apreendeu R$ 180 milhões em drogas em 2024

Segundo balanço do órgão público, foram 6 toneladas de ilícitos confiscados (5 de maconha, 700 kg de cocaína e 1kg de MDMA) em cinco municípios sul-mato-grossenses

16/01/2025 12h15

Apreensões de drogas em MS realizadas pela Receita Federal ultrapassaram 6 toneladas em 2024

Apreensões de drogas em MS realizadas pela Receita Federal ultrapassaram 6 toneladas em 2024 Foto: Divulgação/RF

Continue Lendo...

Nos 365 dias do ano passado, a Receita Federal apreendeu cerca de R$ 180 milhões em drogas no Mato Grosso do Sul, em ações que aconteceram em cinco municípios: Corumbá, Mundo Novo, Dourados, Campo Grande e Ponta Porã.

Segundo balanço divulgado pelo órgão público, apenas em 2024 foram confiscadas 6 toneladas de ilícitos, sendo 5 toneladas de maconha e derivados, 700 kg de cocaína e 1 kg de MDMA, droga sintética popularmente conhecida como ecstasy, proibida na maioria dos países, incluindo o Brasil.

A Receita Federal destaca as apreensões realizadas nas fronteiras com outras nações, como é o caso de Ponta Porã, que faz divisa com Pedro Juan Caballero (Paraguai), e Corumbá, que é vizinho da Bolívia.

No caso da divisa com o Paraguai, o país é um dos principais produtores de maconha do mundo. Com isso, traficantes costumam pegar a droga “no vizinho” e transportar para Campo Grande ou até outros estados brasileiros, e Ponta Porã costuma ser a porta de entrada do ilícito.

Já na situação da fronteira com a Bolívia, a nação estrangeira é um dos maiores exportadores de cocaína do mundo, ou seja, Corumbá é muito utilizada como um dos principais corredores para tráfico internacional da droga, crime que pode resultar de 5 a 15 anos de reclusão para o condenado, além de multa de R$ 500 a R$ 1,5 mil por dia.

Guerra ao contrabando

Em outubro do ano passado, a Receita Federal de Mato Grosso do Sul intensificou as ações na fronteira, concentradas nos municípios de Dourados, Corumbá e Mundo Novo, do qual visavam combater o tráfico de drogas e a comercialização de mercadorias contrabandeadas.

Como parte da ação, foram realizadas fiscalizações em estradas, estabelecimentos comerciais, Correios e residências utilizadas como depósitos.

Em Corumbá e em Dourados, por exemplo, duas apreensões nos Correios somaram mais de 2.400 itens ilegais retirados de circulação.

Comparativo

Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), do qual não leva em consideração apreensões feitas por órgãos federais, como o caso da Receita Federal, Mato Grosso do Sul obteve 579,4 toneladas de maconha e 17,6 toneladas de cocaína apreendidas em 2024. Além desses dois, cerca de 151 kg de "outras drogas" também foram confiscadas no estado no ano passado.

Acerca das ocorrências, 2.867 foram para "Apreensão de Maconha", 1.798 para "Apreensão de Cocaína" e somente 26 para "Apreensão de Outras Drogas".

*Colaborou Alexandra Cavalcanti

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).