Política

ELEIÇÕES 2022

Simone e Soraya se unem em defesa das mulheres e contra Bolsonaro em debate

Sul-mato-grossenses candidatas à presidência mantiveram tom amistoso entre elas no primeiro debate presidencial

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As senadoras sul-mato-grossenses e candidatas à Presidência da República, Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) mantiveram tom amistoso entre si no primeiro debate presidencial, realizado nesse domingo (29).

Ambas defenderam pautas a favor das mulheres e se manifestaram contra o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PSL), mas também teceram críticas ao governo do PT.

Além de colegas na bancada feminina do Senado e ex-integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Simone e Soraya também são advogadas e a emedebista já foi professora da candidata do União Brasil, fato que foi destacado por ambas no debate.

Únicas mulheres presentes, no primeiro bloco ambas perguntaram entre si e não houve ataques. 

Nas redes sociais, ambas se destacaram e houve memes sobre a formação de uma dupla sertaneja, devido à similaridade de nomes com a ex-dupla Simone e Simaria.

Em determinado da entrevista, o presidente atacou a jornalista Vera Magalhães que fez um questionamento para Ciro Gomes (PDT) e Bolsonaro sobre a desinformação na cobertura vacinal no Brasil.

Bolsonaro não respondeu a pergunta e atacou a jornalista.

"Vera, não podia esperar outra coisa de você. Acho que você dorme pensando em mim. Você tem alguma paixão por mim. Você não pode tomar partido num debate como esse, fazer acusações mentirosas ao meu respeito. Você é uma vergonha para o jornalismo brasileiro", disse 

Simone Tebet e Soraya Thronicke saíram em defesa de Vera e criticaram o presidente por ofender mulheres.

Na sua vez de perguntar, Simone escolheu Bolsonaro e questionou o motivo dele ter “tanta raiva de mulheres”.

"Quero dizer ao presidente que fabrica fake news e diz inverdades: eu não tenho medo de você, dos seus robôs ou dos seus ministros", declarou Simone.

Bolsonaro reagiu às críticas, negando ataques.

"A senhora [Simone] é uma vergonha para o Senado, não vem com essa historinha de que eu ataco mulheres, de se vitimizar", afirmou.

Ele afirmou ainda que Tebet estava escondida quando as médicas Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro, que defenderam o tratamento precoce para covid-19, foram atacadas na CPI da Covid e disse que a candidata estava fazendo mimimi e vitimismo.

"Eu defendo as mulheres. Quando eu defendo a arma, em especial no campo, é para dar chance de a mulher se defender", afirmou.

Tebet respondeu que Bolsonaro destila ódio e é uma fábrica de fake news. "Lugar da Presidência é lugar de exemplo, de coisa séria."

Bolsonaro, então defendeu uma agenda conservadora: a favor da propriedade privada, contra aborto e contra liberação das drogas.

Soraya não teve a chance de perguntar diretamente ao presidente, devido as regras do debate que estabeleceram a ordem, e não houve embate direto.

Bolsonaro poderia escolher entre Simone e Soraya para responder a uma pergunta, mas direcionou o questionamento à Ciro Gomes.

Soraya, no entanto, em seu momento de fala, disse que em Mato Grosso do Sul as mulheres viram onça e que ela é uma delas, acrescentando que o presidente é “tchutchuca com outros homens, mas vira tigrão com as mulheres”.

A senadora também criticou várias medidas adotadas por Bolsonaro em seu governo e afirmou que teria coisas a entregar, sem detalhar o que seria.

"Do jeito que está, eu vou começar a entregar muita coisa aqui. Reforça minha segurança, delegado!", disse.

Simone Tebet e Soraya Thronicke também criticaram várias medidas adotadas no governo do PT, especialmente a corrupção.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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