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LEANDRO PROVENZANO

A cilada do cartão de crédito consignado

Entenda por que sua dívida continua a crescer, mesmo após anos de pagamento

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Você, servidor público, aposentado ou pensionista, já parou para analisar o tipo de empréstimo consignado que contratou? Muitas pessoas estão descobrindo da pior maneira possível que o empréstimo que parecia simples e seguro, na verdade, esconde uma armadilha financeira perigosa. Se você fez um empréstimo consignado através de um cartão de crédito, como o famoso BMG Card, é hora de prestar muita atenção.

A diferença entre o empréstimo consignado comum e o via cartão de crédito

O empréstimo consignado comum é conhecido por ter juros baixos e ser uma opção mais segura para quem precisa de dinheiro extra. No entanto, o empréstimo consignado via cartão de crédito é bem diferente – e muito mais perigoso.

Quando você pega um empréstimo via cartão de crédito, na prática, o banco oferece um valor para você gastar, mas esse valor não é um empréstimo comum.

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

Juliane Penteado: Pensão por morte: como comprovar a união estável para recebê-la?

13/06/2025 00h05

Juliane Penteado

Juliane Penteado

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A pensão por morte é um tema muito recorrente no escritório. Com as novas configurações de casamento e direito a benefícios, cada dia mais dúvidas surgem. Esse é um benefício pago pelo INSS aos dependentes de um segurado falecido. 

Como o mundo tem caminhado, e os casamentos, modernizado, a união estável, que é recente, também dá direito a Pensão Morte, de acordo com o que está previsto na Lei n.º 8213/91.

A União Estável

Alguns requisitos são necessários para que realmente haja uma União Estável, de acordo com o artigo 1723 do Código Civil  e são eles:

  • Convivência pública: a união ser conhecida por amigos, comunidade, familiares;
  • Convivência contínua: sem interrupções constantes, ou seja, términos e voltas;
  • Convivência duradoura: Mesmo sem um tempo determinado, é preciso que haja estabilidade no relacionamento;
  • Objetivo de constituir uma família.

E para que o parceiro tenha direito à pensão por morte na união estável, é preciso:

  • Que o falecido seja segurado do INSS no momento do óbito;
  • A união estável deve ter os requisitos acima no momento do óbito.

Veja quais documentos ajudam a comprovar união estável em casos de pensão por morte

Pode ser que o companheiro (a), e o segurado falecido não tenham feito uma escritura de união estável em cartório, porém, existem outras formas de comprovação, que são: 

  • Conta conjunta;
  • Cartão de crédito adicional;
  • Certidão de nascimento de filhos em comum;
  • Apólice de seguro;
  • Comprovante de mesmo domicílio;
  • Declaração de imposto de renda onde conste o nome do outro como dependente;

Ainda:

  • Fotos em redes sociais;
  • Divisão de contas de streaming. 

Qual a duração do benefício?

Caso o falecimento do segurado tenha ocorrido antes de completar 18 contribuições, o benefício durará quatro meses, e ainda, pelo mesmo tempo, se a união começou apenas dois anos antes do falecimento.

Já para o segurado falecido que cumpre todos os requisitos:

  • Três meses para quem tem menos de 22 anos;
  • Seis anos para quem tem entre 22 e 27 anos;
  • 10 anos para quem tem entre 28 e 30 anos;
  • 15 anos para quem tem entre 31 e 41 anos;
  • 20 anos para quem tem entre 42 e 44 anos;
  • E vitalícia para quem tem 45 anos de idade ou mais.

O escritório Penteado Santana tem as profissionais certas para dar mais informações sobre este tema.

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Leandro Provenzano: "Contrato de Gaveta"

Entenda os riscos envolvidos

12/06/2025 00h05

Leandro Provenzano

Leandro Provenzano

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Imagine a seguinte cena: você compra um imóvel, paga tudo direitinho, recebe as chaves, até começa a reformar. Mas... um dia, descobre que o imóvel foi penhorado por causa de uma dívida do antigo dono.

E o pior: a Justiça manda você desocupar o imóvel. Isso parece absurdo? Pois acontece todos os dias no Brasil — e tudo por causa de um documento que muita gente ainda confia: o famoso contrato de gaveta.

Segundo informações do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, cerca de 60% dos imóveis brasileiros estão irregulares, seja porque não possuem escritura, ou por algum problema na matrícula.

O que é o contrato de gaveta?

É aquele contrato informal de compra e venda que as partes assinam entre si, muitas vezes com firma reconhecida, mas sem registro no cartório de imóveis. Em outras palavras: para a Justiça, esse imóvel ainda não é seu.

Enquanto o imóvel continuar no nome do antigo proprietário na matrícula do cartório, é ele quem responde por dívidas, hipotecas, ações judiciais e até execuções fiscais. Você só passa a ser, de fato, o proprietário, quando registra a escritura de compra no Cartório de Registro de Imóveis e tem seu nome na matrícula do imóvel.

Os principais riscos de um contrato de gaveta

1. Perda do imóvel por dívida do antigo dono

Esse é o maior risco de todos. Se o vendedor tiver uma dívida e der o imóvel como garantia (hipoteca, por exemplo), ou se ele for executado judicialmente, o imóvel pode ser penhorado e leiloado, mesmo que você tenha pago por ele. E sim, a Justiça pode reconhecer a penhora, porque no papel (no cartório), o imóvel continua sendo dele.

Um caso recente no STJ confirmou isso: um comprador perdeu o imóvel porque nunca registrou a compra, e o antigo dono hipotecou o bem depois da venda. Como a hipoteca foi registrada e a compra não, a hipoteca teve prioridade legal.

2. Impossibilidade de vender o imóvel legalmente

Se você quiser revender o imóvel, vai encontrar dificuldades. Afinal, você não é o dono legal. Não há escritura registrada no seu nome. O comprador exigirá isso para fechar negócio. E, muitas vezes, é preciso pagar impostos e taxas atrasadas para regularizar a situação.

Hoje no mercado imobiliário, os imóveis vendidos por meio de contratos de gaveta são negociados em média por 60% do valor de mercado, exatamente por não possuir documentação, o que impede inclusive do comprador realizar o financiamento.

3. Problemas com inventário ou partilha

Se o antigo dono falecer antes de passar o imóvel para o seu nome, você terá que entrar em disputas com os herdeiros, muitas vezes precisando ingressar na Justiça para tentar comprovar a compra. Isso pode levar anos, além de correr o risco de perder o imóvel que você já pagou.

4. Sem acesso a financiamentos ou uso do imóvel como garantia

Você não pode usar esse imóvel para pegar um financiamento ou empréstimo, porque ele não está no seu nome. Imóveis com contrato de gaveta ficam fora do sistema bancário formal.

Como regularizar: o que fazer para ser dono de verdade?

  1. Providencie a escritura pública de compra e venda em cartório de notas;

  2. Pague o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis), que é exigido para transferir o imóvel;

  3. Registre a escritura no Cartório de Registro de Imóveis da comarca onde está o imóvel.

Só depois do registro você se torna, de fato e de direito, o dono.

Não arrisque seu patrimônio! Comprar um imóvel e não registrá-lo é como andar de carro sem freio: parece que está tudo bem… até que o acidente acontece. E, quando acontece, o prejuízo é enorme.

Se você comprou um imóvel, mas ainda não fez a transferência oficial, procure um cartório de registro de imóveis o quanto antes para fazer a regularização. Se não conseguir fazer isso sozinho, procure um advogado de sua confiança, pois proteger o que é seu exige mais do que um contrato assinado com firma reconhecida — exige segurança jurídica. 

Só é dono quem tem o nome na matrícula.
 

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