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DIFICULDADES

Ainda não foi recenseado? Veja as orientações do IBGE

O IBGE afirmou que a operação só deve ser concluída em janeiro de 2023

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A coleta do Censo Demográfico 2022 caminha para a reta final, mas não vai terminar neste ano.

Com dificuldade para contratar e manter em campo os recenseadores, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) afirmou na terça-feira (6) que a operação só deve ser concluída em janeiro de 2023.

Além da escassez de mão de obra, as recusas de parte da população em responder ao Censo também atrasaram a coleta.

Até o início desta semana, o IBGE contou 168 milhões de pessoas no Brasil, quase 80% da população estimada em 2021 (213 milhões).

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Juliane Penteado: é preciso esperar muito para obter uma revisão da aposentadoria?

19/12/2025 00h05

Juliane Penteado

Juliane Penteado

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Pedir a revisão da aposentadoria é um direito de todo segurado do INSS que acredita ter recebido um benefício calculado de forma incorreta ou com valor menor do que o devido.

De acordo com a Lei nº 8.213/1991 e o Decreto nº 3.048/1999, o INSS tem até 90 dias para analisar requerimentos administrativos, incluindo os pedidos de revisão.

Um acordo recente do Supremo Tribunal Federal (STF), fixou prazos mais claros para a análise dos pedidos administrativos.

No Tema 1066 da Repercussão Geral foi firmado um termo de compromisso entre o INSS, o MPF, a DPU e a União, definindo limites para a apreciação de requerimentos previdenciários.

O acordo determina que, mesmo quando houver necessidade de diligências complementares, como juntar documentos ou realizar perícias, o prazo máximo de análise deve ser de 45 dias.

Além disso, a cláusula 7ª do mesmo acordo trata da implantação de revisões judiciais, estabelecendo o prazo de 90 dias para cumprimento das determinações judiciais, prazo contado a partir da intimação regular.

Por que então, demora mais que o prazo estabelecido na lei?

O INSS recebe diariamente milhares de requerimentos, aposentadorias, auxílios, pensões e revisões, muito além da capacidade de análise imediata dos servidores. A demanda ainda supera a estrutura disponível, o que acarreta numa fila gigante.

Além disso, os pedidos de revisão variam muito em dificuldade. Alguns envolvem cálculos simples; outros exigem análises detalhadas de vínculos antigos, tempo especial, conversão de tempo rural ou documentos complexos.

Documentos incompletos são pontos cruciais. Quando o segurado não apresenta todos os documentos necessários, o processo é interrompido até a regularização.
O INSS pode emitir uma exigência, e enquanto o segurado não cumpre, o prazo fica suspenso.

A necessidade de perícia médica, nos casos que envolvem invalidez ou incapacidade, pode atrasar semanas ou meses, de acordo com a disponibilidade da agenda do INSS.

Por isso, quando o pedido administrativo é negado ou não é analisado em tempo razoável, o segurado pode recorrer à Justiça. Neste caso, o processo pode se prolongar por anos, especialmente se houver perícia judicial ou recursos. Uma advogada previdenciarista, neste casos, pode ser imprescindível.

Então, quanto tempo o processo leva?

Na prática, o tempo de análise de um pedido de revisão varia entre 6 meses e 1 ano, dependendo do tipo de revisão e da localidade da Agência da Previdência Social (APS) ou do juízo responsável.

Em casos simples e bem instruídos, a resposta pode chegar em poucos meses.
Já processos mais complexos, com necessidade de diligências ou perícias, podem ultrapassar 12 meses.

Acompanhe o andamento da revisão

Desta forma:

  1. Acesse meu.inss.gov.br ou baixe o app “Meu INSS”;

  2. Faça login com a conta gov.br;

  3. No menu, clique em “Consultar Pedidos”;

  4. Localize o protocolo referente à revisão da aposentadoria.

É possível verificar se o pedido está em análise, se há exigências pendentes ou se já foi concluído.

Não se esqueça de consultar com frequência, para que não deixe de cumprir nenhuma exigência e tenha o processo arquivado.

E se demorar muito?

Neste caso, consulte a:

Ouvidoria do INSS e registre uma reclamação. Isso pode ajudar a destravar o processo, chamando atenção para a demora.

Se houver excesso de prazo, é possível ingressar com um mandado de segurança para obrigar o INSS a analisar o pedido. Essa ação não decide o mérito da revisão, mas garante uma resposta.

Ainda, se o pedido for negado ou analisado incorretamente, o segurado pode entrar com uma ação judicial de revisão.

Atenção, segurado!

  • Organize todos os documentos antes de pedir a revisão;

  • Acompanhe pelo Meu INSS;

  • Conte com uma advogada previdenciarista (no escritório temos várias) ;

Enfim, mesmo que a lei determine que o INSS tem até 90 dias para analisar pedidos de revisão, na prática o prazo raramente é respeitado.

Com acompanhamento de uma advogada previdenciarista e organização, é possível evitar atrasos desnecessários e garantir que o direito à revisão seja reconhecido da forma mais rápida possível.

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Você foi Vítima de Fraude Pix ou no cartão?

Saiba o Passo a Passo do que fazer AGORA

18/12/2025 00h05

Leandro Provenzano

Leandro Provenzano Foto; Montagem / Correio do Estado

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Se você acabou de sofrer uma fraude bancária, cada minuto conta — e agir certo nos primeiras momentos aumenta muito a chance de bloquear, reaver valores e provar o ocorrido.

O que fazer AGORA

Nos primeiros minutos

  1. Bloqueie tudo no app: cartão, Pix, limite de transferências; ative “perda/roubo”. Isso evita com que o prejuízo aumente, caso o bandido ainda esteja tentando usar seu dinheiro.

  2. Avise o banco imediatamente (app/chat/telefone), além de anotar o protocolo, grave a ligação, pois dificilmente o banco irá entregá-las para você.

  3. PIX: peça a abertura do MED – Mecanismo Especial de Devolução e bloqueio cautelar no recebedor. O MED permite que os bancos retirem valores da conta de destino quando há fundada suspeita de fraude; o bloqueio cautelar pode durar até 72 horas para análise.

Até 2 horas

  1. Conteste as transações (cartão/débito/transferências) no canal oficial do banco.

  2. Troque senhas (e-mail, banco, lojas, redes) e revise aparelhos logados (remova sessões).

  3. Registre Boletim de Ocorrência (delegacia física/online). Quanto antes, melhor.

Ainda no mesmo dia

  1. Guarde provas: prints de conversa/comprovantes, números, e-mails, áudios.

  2. Se o banco negar ajuda, abra reclamação no Banco Central e no consumidor.gov.br (força o banco a responder por escrito em prazo curto).

Nos próximos dias

  1. Acompanhe o MED do Pix e as devoluções;

Dica: organize um dossiê em PDF com uma linha do tempo, protocolos, BO e prints. Isso facilita acordos e convence o juiz numa eventual ação judicial, se for preciso.

Responsabilidade dos bancos

Muito embora a jurisprudência nesses casos não encontre um consenso, há maiores probabilidades de êxito numa demanda judicial quando:

  • Houver transações atípicas (fora do seu perfil de valores, horários, aumento de limite repentino, quantidade de transações etc.): o STJ tem decidido que é dever do banco identificar e bloquear movimentações suspeitas; falha de segurança por parte do banco gera responsabilidade civil.

  • Quando há vazamento de dados por parte da instituição financeira: Há casos em que a instituição financeira deixou brechas em seu sistema de segurança, que permitiu o vazamento de dados. Nesses casos o judiciário tem reconhecido a culpa do banco – ainda que parcial – e condenado a indenizar o cliente vítima do vazamento.

  • Demora do banco em adotar as devidas medidas de segurança: Caso no processo judicial fique provado que a transação bancária fraudulenta foi realizada após a instituição financeira ser formalmente comunicada sobre o golpe, ela certamente será condenada por não adotar as medidas de segurança cabíveis em tempo hábil. Por isso é importante registrar todos os comunicados e procedimentos, de preferência com o dia e a hora de cada um deles.

Quais são os erros mais comuns cometidos pelos bancos nesses casos?

  • Liberar dezenas de transações em curto espaço de tempo fora do seu padrão (horário, valor, geolocalização).

  • Aumentar limite/conceder crédito instantâneo sem checagem durante o ataque.

  • Ignorar alertas e não abrir MED/bloqueio com rapidez em Pix fraudulento.

  • Entender que “a culpa é do cliente” sem analisar logs (IP, device, biometria, tentativas).

  • Falta de transparência sobre o incidente e não entrega de extratos/logs solicitados (com base no Código de Defesa do Consumidor e na LGPD).

Casos envolvendo golpes e fraudes bancárias estão cada vez mais comuns, e as dicas acima podem ser fundamentais para você recuperar o seu dinheiro com ou sem um processo judicial.

Fraude bancária não é azar: é risco do sistema que os bancos têm dever de gerenciar. Aja rápido, peça MED no Pix, conteste formalmente, documente tudo e acione o Banco Central para forçar respostas. Se necessário, busque o Judiciário, de preferência com um especialista em fraudes bancárias, pois isso aumentará sua chance de recuperar o que lhe foi subtraído

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