Campo Grande tem um jeito especial de ser. Os moradores da cidade morena que já tiveram a experiência de morar em outras capitais brasileiras, sabe bem das diferenças e das especificidades locais que levaram Campo Grande ser uma das melhores cidades para se morar, pela sua qualidade de vida.
As pessoas sabem que o tempo passa mais devagar por aqui, o sol é radiante, o tereré é fonte inspiradora de rodas de conversa, de reunião de família e causos do churrasco. Com o crescimento da cidade muitos hábitos foram se adaptando, como acontece em todos os lugares, as famílias na porta de casa, os encontros com carros abertos na Afonso Pena e aos bailes de chamamé foram se limitando, ficando menos constante e outros tipos de lazer entraram na vida do campo grandense.
Agora temos uma cidade crescendo horizontalmente e verticalmente, atraindo novos moradores, novas lojas e novos conceitos. É verdade que estamos acostumados com a diversidade cultural, aqui convivemos com paraguaios, bolivianos, venezuelanos e uma mistura constante de brasileiros de outros estados, que vem e que vão.
Esse contexto estrutural, cultural e econômico muda o tecido social, emergem novos hábitos, novas culturas e comportamentos, criando dinâmicas de vida mais rápidas, complexas e desafiadoras. O mercado de trabalho cada vez mais digital propõe desafios para as empresas e para a mobilidade, o custo da mobilidade aumenta e os negócios crescem nos bairros, na busca por proximidade dos corredores gastronômicos e comerciais.
O mercado vai se ajustando conforme a necessidade das pessoas, conforme seus novos hábitos e atendendo as vontades latentes da sociedade cada vez mais mergulhada no mundo digitalizado, tecnológico e da inclusão social e econômica via pix.
Neste contexto as políticas públicas vão se tornando obsoletas, pois elas são lentas, amarradas por legislações arcaicas e que necessitam de atualização. As legislações federais são universais, como se todos fossem iguais, a mesma lei vale pra todos e tudo, sem olhar as especificidades, então, cabe ao estado (Mato Grosso do Sul), e, principalmente o município “cuidar” das pessoas que estão aqui.
A legislação, os planos, as políticas públicas municipais devem ser dinâmicos para atender esse novo contexto, essa nova Campo Grande, que quer crescer de forma ordenada, digital, sustentável, próspera e inclusiva.
Os próximos 4 anos são desafiadores. A prefeita terá que:
Montar um novo time de especialistas em gestão e dados
Esses especialistas devem criar uma estrutura (agência) de decisões baseadas em dados. Formando uma rede de pessoas com variados conhecimentos que podem analisar dados de forma rápida e auxiliar a prefeita e seus secretários(as) a tomarem decisões.
Realizar uma pesquisa participativa com as comunidades
Para entender as novas demandas da população, é necessário se aproximar das comunidades, entender deus anseios e suas reais demandas, de forma participativa. Uma pesquisa participativa realizada com metodologia científica vai auxiliar a tomar decisões de políticas públicas e investimentos da prefeitura nos próximos 4 anos.
Reestruturação fiscal
A gestão terá que realizar um ajuste fiscal nas contas públicas e trajetória dos gastos. Deverá promover um choque de gestão, principalmente nas questões administrativas e readequar a governança para reduzir custos e aumentar a arrecadação.
Fazer parceria com governo do estado para readequar o repasse do ICMS conforme metas de crescimento e expansão de políticas públicas alinhadas com as estratégias estaduais. Campo Grande é o principal município de Mato Grosso do Sul – o alcance das metas do governo estadual passa pelo sucesso em Campo Grande.
Ser a melhor capital brasileira em ......
Algumas capitais brasileiras são reconhecidas por ser melhor em algum setor ou indicador, é hora de escolhermos o que queremos ser melhores, e colocar essa meta como combustível para a prefeitura, secretarias, população e estado.
Podemos mais, é hora de aproveitar o crescimento estadual, a Rota Bioceânica e a localização privilegiada da Capital do Pantanal.