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Leandro Provenzano: Problemas para Receber a Indenização do Seguro Rural?

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O seguro rural é fundamental para proteger agricultores e pecuaristas contra eventos imprevistos, como desastres naturais. No entanto, muitos enfrentam dificuldades para receber a indenização. Saiba como evitar esses problemas e garantir seus direitos.

Principais Desafios

  • Falta de Documentação: A ausência de registros adequados pode atrasar ou impedir o pagamento da indenização. É essencial ter relatórios meteorológicos e laudos técnicos que comprovem o sinistro.
  • Diferenças no Valor: Muitas vezes, o valor pago não corresponde às expectativas do segurado. Verifique sua apólice e consulte um corretor antes de contratar qualquer seguro para evitar surpresas.
  • Demora na Avaliação: Após um sinistro, a vistoria pode demorar, especialmente em casos de grandes desastres que atingem várias áreas simultaneamente. Caso haja uma demora excessiva por parte da seguradora, ela pode ser obrigada a indenizar o produtor rural.

Como Evitar Problemas

  • Revise a Apólice: Leia atentamente as cláusulas antes de assinar. Um corretor especializado pode ajudar a interpretar as condições e te alertar sobre os riscos excluídos.
  • Documente Suas Operações: Mantenha um registro detalhado de todas as atividades agrícolas. Guardar as notas fiscais de compra de insumos e defensivos, análise e correção de solo, notas de venda, de transporte e romaneios podem ser decisivos para que o produtor consiga receber a indenização. Isso facilita a comprovação de perdas.
  • Escolha Seguradoras com Boa Reputação: Opte por empresas com histórico de bom atendimento no setor rural, ao invés daquelas que possuem um número grande de reclamações e recusas no pagamento da indenização.

O Que Fazer em Caso de Recusa

Se a seguradora negar o pagamento ou oferecer um valor inferior, você pode:

  • Recorrer à SUSEP: A Superintendência de Seguros Privados fiscaliza abusos. Faça sua reclamação no site da SUSEP para que ela possa fiscalizar a conduta da seguradora.
  • Consultar um Advogado: Muitas vezes, a demonstração de interesse no ajuizamento de ação judicial já é suficiente para que a seguradora revise sua decisão e conceda a indenização ao produtor rural.

Para finalizar, lembre-se: quando se trata de seguro rural, o maior investimento não é apenas no campo, mas na proteção do seu patrimônio e na segurança de sua colheita. Estar bem assessorado e informado pode ser a diferença entre uma colheita perdida e uma compensação justa. Afinal, no jogo do imprevisto, vence quem planta prevenção e colhe direitos.
 

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A Reforma do Seguro Rural

Projeto de Lei nº 2951/2024 e Suas Vantagens para o Agronegócio

10/10/2024 00h05

Leandro Provenzano

Leandro Provenzano

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A cada ano que passa, o clima tem afetado mais o agronegócio brasileiro. O excesso ou falta de chuvas são os eventos que trazem a maior quantidade de perdas das produções rurais por todo Brasil.

Para combater estes riscos, os governos têm buscado medidas para mitigar esses prejuízos, seja oferecendo incentivos à irrigação das lavouras, como o projeto do governo “MS IRRIGA”, seja com medidas de compensação de perdas, à exemplo deste projeto de lei.

Diante desse cenário, o Projeto de Lei nº 2.951/2024, de autoria da Senadora Tereza Cristina (PP/MS), traz um conjunto de mudanças essenciais que visam fortalecer a estrutura de segurança rural no Brasil, oferecendo mais segurança e previsibilidade para os produtores rural e para o governo.

O que propõe o PL 2951/2024?

O projeto de lei promove uma verdadeira reforma nos marcos legais do seguro rural, alterando leis estratégicas, como a Lei nº 8.171, de 1991 (Política Agrícola), a Lei nº 10.823, de 2003 (Subvenção Econômica ao Seguro Rural) e a Lei Complementar nº 137, de 2010 (Fundo de Cobertura Suplementar para Riscos Rurais). Entre os principais pontos, destaque-se:

  1. Maior acesso ao crédito rural com seguro: O projeto altera a Lei nº 8.171/91, instituindo o seguro rural como elemento essencial da política agrícola e permitindo que as apólices de seguro rural sirvam como garantia nas operações de crédito. Isso significa que os produtores rurais poderão usar suas políticas de seguro como garantia, facilitando o acesso ao financiamento em condições mais vantajosas. Hoje são colocadas como garantias do crédito bens do próprio produtor, como imóveis, colheitadeiras e em alguns casos até mesmo a propriedade rural.

  2. Subvenção econômica mais eficiente: O PL se ajusta à Lei nº 10.823/03, tornando a subvenção econômica ao prêmio do seguro rural mais eficiente. As operações de crédito rural amparadas por seguro certificação benefícios e incentivos adicionais, como taxas de juros reduzidas e prioridade no acesso ao crédito, além de possibilitar o financiamento do prêmio do seguro. Com isso, o produtor poderá contar com as melhores condições para proteger sua produção, sem comprometer seu orçamento.

  3. Aperfeiçoamento do Fundo de Catástrofe: O projeto amplia e fortalece o Fundo de Cobertura Suplementar dos Riscos do Seguro Rural, instituído pela Lei Complementar nº 137/2010. O fundo passa a ter um papel crucial na proteção contra perdas extraordinárias, como desastres climáticos de grandes proporções. A União poderá aportar até R$ 4 bilhões no fundo, o que também poderá receber novos recursos, como títulos públicos ou ações de sociedades onde a União tenha participação minoritária. Essa estrutura robusta garante que os produtores tenham uma rede de segurança adicional em momentos de crise, garantindo a continuidade da produção.

  4. Transparência e gestão de riscos: A criação de um banco de dados públicos com informações sobre operações subvencionadas e zoneamento de riscos agropecuários permitirá o desenvolvimento de um seguro rural mais ajustado à realidade de cada região. Com dados mais precisos, será possível precificar as políticas de forma mais justas e implementar práticas agrícolas mais adequadas às condições climáticas de cada local.

  5. Participação obrigatória das seguradoras: Para garantir a solidez do sistema, o projeto torna obrigatória a participação de seguradoras e resseguradoras no Fundo, permitindo que o mercado de seguros privados se fortaleça e opere de forma integrada com o fundo público. Isso reduz os riscos tanto para o setor público quanto para o privado, além de beneficiar o agricultor com agências mais acessíveis e coberturas mais amplas.

As alterações propostas pelo Projeto de Lei nº 2951/2024 trazem diversas vantagens estratégicas ao agronegócio brasileiro, como previsibilidade financeira e segurança ao produtor. Com certeza o maior benefício foi possibilitar que as apólices de seguro sejam usadas como garantia em operações de crédito, de modo que o produtor não tenha que dar como garantia algum bem que é essencial para o exercício de sua atividade rural.

Desta forma, caso algo dê errado e alguma intempérie climática, por exemplo, afete sua produtividade, o produtor não terá que perder um bem de trabalho para garantir o pagamento ao banco, ou até mesmo pedir um alongamento rural.

O Projeto de Lei nº 2.951/2024, caso aprovado representará um grande avanço para a estrutura de segurança rural no Brasil, promovendo segurança, eficiência e previsibilidade tanto para os produtores quanto para o governo.

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Um chefe de estado profissional: O caso do Top Voice de Cingapura

08/10/2024 00h05

MIchel Constantino

MIchel Constantino Divulgação

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Estamos prestes a escolher o gestor ou gestora da nossa cidade, e. realizando uma pesquisa em outros países sobre perfil de chefes de estado, encontrei o perfil do Primeiro-Ministro da Cingapura – Lawrence Wong.

A imagem abaixo é perfil do Primeiro-Ministro da Cingapura - é Top Voice do Linkedin. Neste país, esse cargo é ocupado por um profissional, que inclusive ganha um bom salário (US$ 2,2 milhões/ano), sendo o chefe de estado mais bem pago do mundo. Ao mesmo tempo, acumula o cargo de Ministro das Finanças. Antes de ter esses cargos, foi Diretor do GIC, o fundo soberano da Cingapura, que investe quase US$ 1 trilhão. 

MIchel Constantino

Uma formação em Economia pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, além de Mestrado em Economia Aplicada por Michigan e Mestrado em Administração Pública em Harvard. 

Mas isso é comum na Cingapura, pois todos os primeiros-ministros têm a melhor formação acadêmica possível. E não é só o Primeiro-Ministro. Praticamente todos os cargos do governo são ocupados por profissionais, para funcionar como se fosse uma empresa. 

Todos sabemos que a Cingapura sempre figura no topo dos exames do PISA. Tem a melhor educação do mundo. Alguém vai dizer que é fácil administrar um país pequeno, mas existem dezenas e dezenas de países pequenos que não tem o sucesso desse país. E trata-se de uma ilha que não possui água potável e cria várias tecnologias para purificar e dessalgar a água do mar. Antes de se tornar um país independente nos anos 60, era uma região pobre e dominada pelo crime.

MIchel Constantino

O Primeiro-Ministro Lawrence Wong apresenta uma dedicada particularidade, ele mesmo dá notícias de seu governo no Linkedin, como se estivesse prestando contas para seus clientes. 

Esse exemplo mostra que é possível mudarmos o modelo atual de escolha e alocação dos recursos humanos que cuidam da gestão do país. Escolhas profissionais, com metas, alta remuneração e principalmente, uma formação sólida, pode mudar o rumo de um país. 
 

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