No dia a dia o destaque está no duro e pesado composto de medidas governamentais que impactam o custo de vida e qualidade de vida da maioria dos brasileiros.
O atual governo lançou em 2023 a Nova Industria Brasil e prometeu 360 bilhões em investimentos públicos para reindustrializar o país. Passados 2 anos, temos que o agronegócio continua sendo o motor da economia brasileira, mesmo sendo impactado pelo clima, desastres, pouco apoio do governo e uma taxa de juros de mercado que desincentiva a produção.
A anunciada safra recorde de grãos, combinada com investimentos públicos que deveriam ser em infraestrutura logística, como a modernização de portos, ferrovias, menos impostos e seguros de safra eficientes poderiam aumentar a competitividade e o escoamento da produção.
Com alta expansão monetária desde a posse, o governo colhe os efeitos de não seguir a ciência econômica, a inflação, que fechou 2024 em 5,8%, segue pressionando o bolso dos brasileiros. O índice de preços ao consumidor subiu 0,6% apenas em fevereiro, puxado pelo aumento nos custos de energia elétrica e combustíveis. O Banco Central, já sinalizou mais um aumento da taxa Selic, e o mercado já aposta em 15% para 2025-2026, sinalizando falta de controle fiscal e cenário global.
No mercado de trabalho, a taxa de desemprego caiu para 7,9%, a menor em três anos, mas a informalidade mostra que muitos dos novos empregos são precários, sem carteira assinada ou benefícios. O governo, anuncia pacotes e ações na área de economia, todos com pouca informação de impacto, de cunho eleitoreiro e que aumentam o fluxo monetário e endivida as pessoas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima sua projeção de crescimento do Brasil em 2025, estimando 2,5%, mas alertou para os riscos de uma possível desaceleração global.
Enquanto os números de crescimento parecem positivos para o governo federal que vive numa realidade paralela, a verdade é que as pessoas e famílias mais pobres já sentem o peso dos preços, e a sensação nas ruas ainda é de incerteza e preocupação com o custo de vida. “O preço do supermercado não para de subir, e o salário não acompanha”. Para muitos brasileiros, a recuperação econômica ainda parece distante da realidade cotidiana. O dia a dia desmonta a realidade paralela que vive este governo.