Economia

ANEEL

Consumidor pagará em média 17,49% a mais pela energia

Consumidor pagará em média 17,49% a mais pela energia

CLODOALDO SILVA/ROSANA SIQUEIRA

06/04/2011 - 00h02
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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem. em reunião em Brasília reajuste em média de 17,49% na tarifa de energia dos consumidores residenciais em Mato Grosso do Sul.

Na realidade a agência aprovou alta de 12,33% na tarifa, mas por conta de alta de 5,16% dos componentes financeiros o valor cobrado na conta dos consumidores residenciais ficará em 17,4%, podendo chegar a 18,57% nos consumidores de baixa tensão.

As novas tarifas entrarão em vigor no dia 8 de abril de 2011 para 815 mil unidades consumidoras, distribuídas em 72 municípios do Mato Grosso do Sul.

O efeito médio a ser percebido pelos consumidores cativos da Enersul será de 17,49%.

Confira abaixo os índices que serão aplicados às contas de luz dos consumidores dessa distribuidora.

Baixa tensão (abaixo de 2,3 kV)...................... 18,57%
Por ex: residências

Alta tensão (de 2,3 a 230 kV).........................14,82%
Por ex: indústrias 



Ao calcular os índices de reajuste, a Agência considera a variação de custos que a empresa teve no decorrer do período de referência. A fórmula de cálculo inclui custos típicos da atividade de distribuição, sobre os quais incide o IGP-M e o Fator X*, e outros custos que não acompanham necessariamente o índice inflacionário, como energia comprada de geradoras, encargos de transmissão e encargos setoriais.

O pleito enviado à Agência pela Enersul solicitou efeito médio para os consumidores de 17,56%.Os índices aprovados são o máximo que as empresas podem praticar.

(Atualizada às 11h35min para acréscimo de informações

Economia

Campo Grande sai na frente e tem a gasolina mais barata de MS

Os dados foram coletados em 53 postos de combustíveis da capital e do interior

20/11/2024 12h30

Campo Grande sai na frente e tem a gasolina mais barata de MS

Campo Grande sai na frente e tem a gasolina mais barata de MS Gerson Oliveira

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O combustível, um produto essencial no dia a dia de muitos cidadãos, pode impactar significativamente o orçamento mensal de um motorista devido às variações de preço. Um levantamento realizado pelo Procon de Mato Grosso do Sul revelou diferenças de 22,98% a 32,25% nos valores médios da gasolina comum e do etanol comum entre as diversas regiões do Estado.

Segundo o Procon/MS , a pesquisa revelou que a maior variação nos preços de combustíveis foi registrada na gasolina comum para pagamentos em dinheiro. Em Campo Grande, o litro custava R$ 5,74, enquanto em Corumbá o valor chegava a R$ 7,05.  

Para pagamentos no cartão de crédito, Campo Grande também apresentou o preço mais baixo, R$ 5,74, enquanto o valor mais alto foi encontrado em Jardim, a R$6,45. Já na modalidade débito, os preços variaram de R$5,74, novamente na Capital, até R$6,45 em Jardim.

No caso do etanol comum pago no dinheiro, a diferença nas bombas pode chegar a 32,35%, variando entre R$3,75 e R$4,96 nos municípios de Campo Grande e Corumbá, respectivamente. No caso dos cartões de débito, as médias são de R$3,75 e R$3,87
no crédito.

Em relação ao diesel S10 comum, as variações foram de R$5,97 e R$7,42, apresentando 24,40%. A aditiva, pode chegar a R$5,89 a R$7,42.

Os dados foram coletados em 53 postos de combustíveis na capital e no interior, como Coxim, Ponta Porã, Três Lagoas, Jardim, Aquidauana e Corumbá.

Confira a tabela de variação e preço completa, abaixo: 

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Tratativas

Gás natural argentino é fundamental para o pleno funcionamento da UFN3

Há a necessidade de aumentar a oferta do gás no País; o transporte via Gasbol é a melhor opção para MS

20/11/2024 09h30

MARCELO VICTOR

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Com o avanço das tratativas para a retomada das obras da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 (UFN3), outra preocupação é o aumento da oferta do gás natural, matéria-prima da fábrica de fertilizantes. O acordo firmado entre os governos do Brasil e da Argentina para viabilizar a importação do combustível argentino ao País pode ser fundamental para consolidar a produção dos nitrogenados em Mato Grosso do Sul. 

Conforme adiantou o Correio do Estado na edição de ontem, uma das possibilidades é que o gás natural da região de Vaca Muerta, na Argentina, chegue ao Brasil por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), via Corumbá.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, a ampliação da oferta do combustível é essencial para o funcionamento da indústria em Três Lagoas. 

“Temos que aumentar a oferta de gás para atender a UFN3, que serão 2,5 milhões de metros cúbicos diários necessários daqui a dois anos. Claramente tem um grande cenário a ser discutido, e Mato Grosso Sul tem que estar olhando isso de uma maneira muito próxima, de tal forma a ampliar a oferta de gás.

E no curto prazo, o que está mais disponível e com preço mais competitivo é o gás natural argentino. Estamos com o olhar bastante atento, procurando fazer as articulações nacionais e internacionais para que a gente tenha aumento da oferta de gás pelo Gasbol”, explica Verruck ao Correio do Estado.

Algumas rotas estão em estudo para o envio de gás da Argentina ao Brasil. A primeira delas envolve a reversão do fluxo do Gasbol, transportando o gás da Argentina para a Bolívia e, de lá, para o Brasil. 
A segunda opção seria a construção de um gasoduto atravessando o Chaco paraguaio, cuja viabilidade ainda precisa ser estudada. A terceira rota prevê a conexão direta dos gasodutos argentinos com a cidade de Uruguaiana (RS). Outra alternativa seria uma passagem pelo Uruguai. 

Como noticiado pelo Correio do Estado em maio deste ano, o Paraguai avança nas tratativas para uma via alternativa, para construir um novo gasoduto, que conecte os três países – Argentina, Paraguai e Brasil –, e a construção dessa via beneficiaria MS também.

Por fim, também é considerada a possibilidade de transformar o produto em gás natural liquefeito (GNL) para exportação via navios, embora essa opção aumente os custos.

Para Mato Grosso do Sul, a melhor opção seria a reversão do fluxo e o transporte via Gasbol, uma vez que a cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o gás natural ocorre na entrada em Corumbá.

“Achamos que é uma boa opção, dado que o Gasbol está ocioso. Ele tem capacidade para 30 milhões de metros cúbicos [diários] e tem passado entre 13 e 15 milhões de m³/dia, quer dizer, uma ociosidade de 50%. E no curto prazo, o que nós consideramos a mais importante para Mato Grosso do Sul seria a reversão do gasoduto. Como a Bolívia não tem sinalizado a ampliação da oferta nem novos investimentos, esse seria o cenário de curto prazo mais adequado, porque teríamos uma oferta de gás mais barato, aumento da arrecadação de ICMS, devido ao aumento do volume, e seria uma excelente opção para atender a UFN3”, avalia Verruck. 

O governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou ontem, durante agenda pública, que pretende trabalhar para que o produto chegue ao País por Mato Grosso do Sul: “Nossa gestão é que essa entrada de gás seja por Mato Grosso do Sul. Nós teríamos muitos ganhos se entrasse por aqui e vamos trabalhar para isso”.

ACORDO

O acordo foi assinado pelos ministros Alexandre Silveira, de Minas e Energia, e Luis Caputo, da Economia da Argentina, durante um evento paralelo à cúpula do G20, no Rio de Janeiro (RJ).

A iniciativa prevê a utilização do gás proveniente de Vaca Muerta, uma das maiores reservas argentinas, para ampliar a oferta e reduzir os custos no mercado brasileiro. 

A operação deve começar já neste ano, com a importação de 2 milhões de m³/dia. O volume será ampliado gradualmente, alcançando 10 milhões de m³ diários em três anos e chegando a 30 milhões de m³/dia até 2030, o equivalente a quase um terço do consumo diário atual no Brasil.

Segundo analistas ouvidos pelo Correio do Estado, isso pode fortalecer a competitividade industrial do Estado, gerando ativos como emprego e renda, além de auxiliar na transição energética.

“Ter um novo país para comprar o gás é importantíssimo, uma vez que a balança comercial do Estado tem quase 90% de importação de gás. Como é um produto internacional, para se trazer, há um custo. Contudo, [ele é] necessário, uma vez que MS necessita desse gás para energia, para empresas. Ou seja, é importantíssimo”, pontua o doutor em Economia Michel Constantino.

O doutor em Administração Leandro Tortosa corrobora que uma das questões mais importantes é a atração de empreendimentos e a segurança energética: “Se a gente tiver energia com uma matriz mais diversificada, com mais opções, como seria nesse caso, e com uma redução de custos, mais investimentos podem ser atraídos para Mato Grosso do Sul”.

FÁBRICA

Como publicado pelo Correio do Estado no mês passado, a aprovação da retomada da obra ocorreu oficialmente em 26 de outubro, data em que o Conselho de Administração da Petrobras aprovou o retorno das obras da UFN3. A empresa já provisionou R$ 3,5 bilhões e agora vai a mercado em busca de um parceiro.

A expectativa é de que, na fase de construção, a obra deverá empregar 8 mil pessoas, enquanto na fase de operação serão 600 trabalhadores, entre empregados da Petrobras e terceirizados.

O cronograma de obras da empresa tem como prioridade inicial a busca de parceiros no mercado até o primeiro semestre do ano que vem. Os R$ 3,5 bilhões aprovados pela Petrobras significam o provisionamento do valor para que a estatal vá a mercado em busca de contratar parceiros para a conclusão da obra.

A planta de fertilizantes, paralisada em 2014 com 80% das obras concluídas, já conta com R$ 3,9 bilhões investidos no empreendimento.

Inicialmente, o plano era de que as obras fossem finalizadas até 2026, antes do fim do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB). Porém, considerando que o período de construção deverá ser de 12 a 18 meses, o prazo já começa a ficar apertado. 

A unidade será capaz de transformar os 2,5 milhões de m³ de gás natural em 3.600 toneladas de ureia e 2.200 toneladas de amônia por dia.

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