Cidades

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Smart 125 enfrenta a campeã Lead 110

Smart 125 enfrenta a campeã Lead 110

Redação

26/02/2010 - 06h18
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Veículo urbano de fácil pilotagem, equipado com transmissão automática, o scooter vem conquistando o consumidor brasileiro em função de sua praticidade e agilidade. Febre há décadas na Europa, dois novos modelos de scooters desembarcaram em 2009 no mercado nacional: Honda Lead 110 e o Dafra Smart 125. Comparamos essas duas “práticas” novidades para driblar o trânsito mais que carregado de São Paulo. A gigante japonesa, líder do setor de motocicletas no Brasil, trouxe o Lead 110, seu scooter mais vendido em todo o mundo. Já a caçula do mercado de duas rodas, a Dafra resolveu montar no País o Smart 125, primeiro produto da parceria com a Haojue, líder do mercado chinês de motocicletas. Ambos trouxeram como grande diferencial a alimentação por injeção eletrônica de combustível. Confira quem se deu melhor na guerra da mobilidade. Motores simples Os modelos Lead e Smart têm propulsores com a mesma arquitetura simples: motor de um cilindro, comando simples no cabeçote (OHC). Mas o scooter Honda tem arrefecimento líquido, enquanto o Dafra Smart aposta na refrigeração a ar. Mas as diferenças não param por aí. O propulsor do modelo Honda tem 108 cm³ e oferece 9,2 cv de potência máxima a 7.500 rpm e torque de 0,97 kgf. m a 6.000 rpm. Já o do Smart 125 tem capacidade e potência maiores: 124,6 cm³ e 10,3 cv a 8.000 rpm. O torque máximo é o mesmo – 0,97 kgf.m –, mas só aparecendo a 7.000 rpm. No dia a dia fica evidente que o Smart leva vantagem na velocidade final, chegando a 90 km/h. O modelo Honda traz um limitador de velocidade, que não permite que o veículo ultrapasse 80 km/h. Por outro lado, o Lead tem mais torque em baixas e médias rotações, o que facilita a vida do piloto principalmente no momento de arrancar na frente dos carros quando a luz verde do semáforo acende. A velocidade maior e o torque em uma rotação mais alta no Smart 125 acabam comprometendo o consumo: a média foi de 31 km/l no modelo Dafra, enquanto o Honda Lead fez 34 km/l. Mas essa diferença não chega a atrapalhar a autonomia dos dois modelos. No scooter Honda cabem 6,5 litros, enquanto no Dafra vão 6,9 litros. Ao guidão Na parte ciclística, propostas bastante similares. O Lead 110 é montado sobre um chassi monobloco. Na dianteira, tem garfo telescópico de 90 mm de curso e roda de 12 polegadas, enquanto na traseira, usa roda de 10 polegadas e suspensão monoamortecida, com 84 mm de curso. O peso a seco do modelo Honda é de 109 kg. Com 110 kg e montado também sobre um chassi monobloco, o scooter da Dafra também adotou soluções tradicionais: na frente, garfo telescópico de 70 mm de curso e, na traseira, monoamortecedor com 50 mm de curso. Os dois scooters copiam bem as imperfeições do piso, já que os conjuntos de suspensões são firmes, porém confortáveis. Claro que nas “costelas de vaca” e em obstáculos maiores, ambos chegaram a dar fim de curso. Nesse quesito, o scooter Dafra acaba levando certa desvantagem sobre o Honda, já que tem as duas rodas de 10 polegadas. Outro ponto positivo do Lead é o sistema de freios formado por disco de 190 mm de diâmetro na frente e tambor de 130 mm atrás, além de freio de estacionamento. O conjunto merece destaque, pois traz o sistema CBS (Combined Brake System). Ou seja, ao acionar o manete do freio traseiro, o disco dianteiro também entra simultaneamente em ação, o que representa menor espaço de frenagem e mais segurança para o piloto. Já o Dafra Smart tem freios tradicionais: disco simples de 180 mm de diâmetro na frente e tambor de 130 mm, atrás. Também garantem boas Smart 125 enfrenta a campeã Lead 110 A Honda Lead 110 (vermelha) tem estilo um pouco mais conservador e carrega a confiabilidade da marca que é lider de vendas no País. Já a Dafra Smart 125 (amarela) tem motor mais forte e detalhes mais arrojados, como a carenagem frontal e os espelhos retrovisores que acompanham a cor da scooter. A Dafra é equipada com rodas de 10 polegadas e a Honda tem rodas com tamanho diferentes: 12 polegadas na dianteira e 10 na traseira, o que proporciona maior conforto e seguras frenagens, mesmo em situações extremas, porém sem o advento do CBS. Mas, cá entre nós, o sistema da Honda é útil para iniciantes, mas chega a atrapalhar quem tem mais experiência, principalmente em manobras de baixa velocidade quando se deseja apenas frear a traseira. Completam o conjunto ciclístico pneus sem câmara Pirelli SL 26 no Smart e pneus fabricados em Taiwan pela Cheng Shin no Lead. Nesse tópico ponto para o modelo Dafra. Conforto e praticidade No quesito conforto, os dois modelos estão perfeitamente de acordo com sua proposta de veículo urbano. O piloto fica sentado, com os pés bem apoiados no assoalho e protegidos pelo escudo frontal. Assim, o condutor pilota de forma bastante ergonômica, exceção, é claro, para motociclistas com mais de 1,85m, que ficam espremidos entre guidão e banco. Para facilitar ainda mais a vida dos pilotos, os modelos oferecem comandos de fácil acionamento. Apesar do visual bastante harmônico do painel de instrumentos do Lead, a peça desenvolvida para o Smart 125 leva vantagem na iluminação – principalmente para deslocamento noturno -, além de contar com um pequeno display de cristal líquido, que indica nível de combustível, hodômetro (parcial e total) e hora. Como diferencial, o scooter Dafra também tem lampejador de farol alto e um indicador de troca de óleo (Oil Change), que informa ao piloto a hora certa de trocar o óleo do motor. Para estacionar, o Dafra Smart 125 traz ainda descanso lateral e cavalete central. O modelo Honda oferece apenas o cavalete central. Segundo o fabricante, por medida de segurança. Mas já é possível instalar um “pezinho” no Lead, que pode ser encontrado o mercado de motopeças por cerca de R$ 70,00. O scooter da Honda leva vantagem sobre o Dafra em três itens quando o assunto é praticidade. Em primeiro lugar, sob o banco há espaço suficiente para acomodar dois capacetes abertos e algumas outras quinquilharias. No modelo Dafra, mal cabe um capacete aberto. No Lead o bocal do tanque de combustível fica no assoalho, enquanto no Smart é preciso levantar o assento para abastecer. Outro diferencial é que no modelo Honda as pedaleiras retráteis oferecem mais conforto para a garupa. Os dois modelos trazem ainda “porta luvas” na parte traseira do escudo frontal, que pode ser trancado com chave, e bagageiro de série. Para finalizar, o scooter Honda Lead 110 tem preço sugerido de R$ 6.062. Enquanto o Dafra Smart 125 tem preço fixado em R$ 5.660. Os valores sugeridos são válidos até 30 de março, data que acaba a isenção da Cofins para modelos até 150cc. Além do preço que pode pesar na hora da compra, o consumidor pode optar pela maior praticidade do scooter Honda Lead 110 ou no desempenho melhor do Dafra Smart 125.

FISCALIZAÇÃO

Em meio a crise, TCE faz pente fino em postos de saúde

Fiscalização do Tribunal de Contas começou nesta terça-feira (16) por unidade do Guanandi e vai avaliar 74 UBS e unidades de saúde da família em Campo Grande

16/12/2025 11h45

Ao todo, 74 unidades de saúde da Capital serão avaliadas ao longo da ação

Ao todo, 74 unidades de saúde da Capital serão avaliadas ao longo da ação Marcelo Victor

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Em meio às reclamações da população e denúncias de desabastecimento de medicamentos, o Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) iniciou, na manhã desta terça-feira (16), mais uma etapa da II Fiscalização Ordenada da Atenção Primária à Saúde nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família de Campo Grande. A primeira unidade visitada foi a UBS Dona Neta, localizada no bairro Guanandi.

Ao todo, 74 unidades de saúde da Capital serão avaliadas ao longo da ação, que integra o calendário anual de fiscalizações do órgão e ocorre em um momento considerado sensível para a rede pública municipal de saúde.

Equipes formadas por auditores do TCE-MS percorrem as unidades para inspeção física, registros fotográficos, análise documental, entrevistas com servidores e usuários, além da aplicação de questionários técnicos.

Segundo o Tribunal, o objetivo é levantar um diagnóstico situacional detalhado das unidades, identificar falhas e apontar oportunidades de melhoria, como a elaboração de planos de ação que garantam atendimento mais eficiente à população.

A Atenção Primária à Saúde é considerada a principal porta de entrada dos usuários no Sistema Único de Saúde (SUS) e responde, em média, por cerca de 80% das demandas de saúde da população, resolvendo diretamente os casos ou encaminhando para níveis mais especializados de atendimento.

De acordo com o chefe de fiscalização de saúde do TCE-MS, Haroldo Oliveira Souza, a escolha pela atenção primária não é aleatória. “A nossa estratégia foi começar pela atenção primária porque ela impacta diretamente a população. É o primeiro contato que as pessoas têm com o SUS e onde muitos problemas podem ser resolvidos de forma mais rápida”, explicou.

Ele destacou ainda que a fiscalização em Campo Grande representa a etapa final de um trabalho iniciado ao longo do ano em municípios do interior do Estado. “Nós somos divididos por regiões de atuação e a Capital fecha esse ciclo de fiscalizações em 2025”, afirmou.

Infraestrutura, medicamentos e recursos 

Durante as visitas, os auditores seguem uma metodologia baseada em critérios da Política Nacional de Atenção Básica. Entre os principais pontos avaliados estão a infraestrutura das unidades, a distribuição e o acondicionamento de medicamentos, a disponibilidade de recursos humanos, além de itens como atendimento à gestante, imunização, equipamentos, informações aos usuários e fluxo assistencial.

A fiscalização funciona como um checklist. “O auditor confere item por item. Se algo não estiver de acordo com os critérios, isso vira um achado de auditoria”, explicou Haroldo. Esses achados são consolidados em um relatório que será encaminhado ao conselheiro relator, responsável por definir as providências, que podem incluir recomendações, orientações e até sanções.

A ação também foi impulsionada por denúncias recentes de desabastecimento de medicamentos em unidades da Capital, amplamente divulgadas por entidades médicas e pela imprensa.

“Dentro da nossa teoria do controle externo, a oportunidade é um fator importante. Nós já tínhamos a metodologia pronta, mas, diante das notícias sobre desabastecimento e da crise aparente na saúde de Campo Grande, decidimos ampliar e concluir esse trabalho agora, para colaborar com a solução do problema”, afirmou o chefe de fiscalização.

População cobra fiscalização

Para o TCE-MS, a iniciativa atende a uma demanda direta da sociedade. Segundo a diretora de controle externo do TCE-MS, Valéria Saes Cominale, que participa da ação, a saúde pública foi apontada como uma das principais áreas que a população deseja ver fiscalizada.

“Quase 50% da população, em consultas do nosso Plano Anual de Fiscalização Participativa, clamou por fiscalizações na área da saúde. Diante das denúncias e do que temos observado nas nossas matrizes de risco, ficou claro que Campo Grande precisava entrar nesse circuito de auditorias”, explicou.

Ela reforçou que o impacto da fiscalização é direto na vida dos usuários. “Avaliamos desde a estrutura física até a forma como a população é recepcionada. O cidadão tem direito a um bom serviço público, e é dever do Tribunal fiscalizar como esse serviço está sendo prestado.”

Na prática, os problemas apontados pelo Tribunal refletem o dia a dia de quem depende da rede básica. A doméstica Sueli Moreira de Oliveira, que buscava atendimento em uma unidade da Capital, relatou dificuldades para conseguir consulta médica.

“É a terceira vez que eu tento. Vim ontem e hoje de novo. Cheguei hoje às 5h30 da manhã e estou esperando até agora, sem saber que horas vou ser atendida”, contou. Segundo ela, a falta de médicos e a demora no atendimento acabam gerando prejuízos financeiros. “A gente perde o dia de serviço, paga Uber para vir e ainda corre o risco de ter o salário descontado.”

Apesar das dificuldades, ela avalia positivamente a fiscalização. “Eu acho excelente. Não só na saúde, mas em todo o Estado. Se levarem a sério, vai dar resultado. Não é possível passar ano após ano e continuar faltando medicamento.”

Além de Sueli, quem também estava aguardando um médico é a dona de casa, Edivânia Rodrigues dos Santos, que contou estar esperando antes das 6h um encaixe para sua filha, de acordo com ela, o médico havia saído para outro atendimento. 

"Não sei que horas ele chega, conversei com outra senhora que já tentou a consulta também e ela saiu 15h da tarde, eu não posso esperar até esse horário, é a primeira que estamos precisando", disse.

Maria da Silva também estava presente e afirmou que nem sempre consegue retirar o medicamento que precisa. “Não é qualquer remédio que tem. Alguns a gente consegue, outros não e aí todo mês tem que sair do nosso bolso né.”

Interior já revelou falhas graves

A primeira etapa da II Fiscalização Ordenada da Atenção Primária à Saúde ocorreu em municípios do interior, como Jaraguari, Rio Negro, Bandeirantes, São Gabriel do Oeste, Camapuã, Rochedo, Corguinho e Rio Verde de Mato Grosso. Ao todo, 40 unidades foram avaliadas por 12 auditores.

Entre os principais problemas identificados estavam a ausência de médicos no momento da fiscalização, precariedade na infraestrutura, falta de alvarás sanitários e do Corpo de Bombeiros, armazenamento inadequado de medicamentos, uso de geladeiras domésticas para imunização, equipamentos inoperantes e ausência de canais formais para reclamações dos usuários.

Agora, a expectativa é que o diagnóstico em Campo Grande sirva como base para correções imediatas e para o monitoramento contínuo das unidades, garantindo que a Atenção Primária cumpra seu papel de prevenir doenças, evitar a sobrecarga dos hospitais e assegurar atendimento digno à população.

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TEMPO

Capital amanhece nublada e com chuvas que se estendem por todo Estado

Inmet registrou somente pela manhã mais de 140 milímetros de chuva apenas em Campo Grande

16/12/2025 11h03

Campo Grande amanhece nublada e chuvosa, previsão indica que semana seguirá da mesma forma

Campo Grande amanhece nublada e chuvosa, previsão indica que semana seguirá da mesma forma Gerson Oliveira

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Em meio ao clima natalino, greves e paralisações, Mato Grosso do Sul a 5 dias para o verão enfrenta grandes volumes de chuvas e trovoadas. Na manhã desta terça-feira (16), na Capital já foram registrados mais de 140 milímetros desde o início da manhã.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campo Grande registra chuva desde às 4h, com 147,8 milímetros até o momento. Na região da estação Santa Luzia foram 52 milímetros, já no Universitário foram registrados até agora 39,6 milímetros, e 56,2 milímetros na região do Panamá.

Ainda de acordo com o Inmet, na região do Anhanduizinho não houve registros de chuva nessa manhã, até o momento de publicação da matéria.

A previsão, de acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), é que a chuva não pare ao longo do dia e nem durante a semana.

Interior

Pelo Estado, as cidades do interior também registraram números expressivos de volume de chuva durante a última segunda-feira (15). Na região sudoeste, Guia Lopes da Laguna registrou 84,8 milímetros, Maracaju com 60,2 milímetros e Rio Brilhante que registrou 20,4mm com ventos a 54,8 km/h.

Na região Leste, Bataguassu também registrou ventos fortes, que chegaram a 55,1 km/h, com 31 milímetros de chuva. Em Dourados, na região Sul, foram registrados 30,2 milímetros e em Paranhos, faixa de fronteira e região Cone-Sul, também cena de estragos noticiado pelo Correio do Estado nos últimos dias, registrou ontem 36,5 milímetros.

Anteriormente, a cidade chegou a registrar 181 milímetros em apenas 14h, e deixou ponte caída, além de ruas interditadas por alagamento.

Apenas na região pantaneira, desde o início do dia de hoje, já foram registrados 101,6 milímetros de chuva em Corumbá.

Previsão

Segundo o mapa do Inmet, hoje as condições de chuva perduram ao longo da tarde e também durante a noite por todo o Estado.

Para a tarde, a chuva continua em todo o estado. Na parte de cima, na região Pantaneira, além de Campo Grande e regiões Centro-Norte, Norte e Bolsão, as condições são de muitas nuvens, com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas. O restante segue com tempo fechado e chuvas isoladas.

Já à noite, as condições se mantêm as mesmas na região Norte e Centro-Norte, em Campo Grande, e chega também o tempo fechado com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas nas regiões do Bolsão, Leste, Grande Dourados e Cone-Sul. O restante segue com chuvas isoladas e tempo fechado.

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