Colunistas

Cláudio Humberto

"A tentativa de explorar tais tragédias para criminalizar opositores agrava o sofrimento das pessoas

Deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) sobre o uso político das explosões em Brasília

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Só duas autoridades não usaram mordomia da FAB

Apenas duas das 45 autoridades com o poder de exigir voos nos jatinhos do Grupo de Transporte Especial da Força Aérea Brasileira (FAB) não o fizeram, em 2024: General Amaro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional de Lula (PT), e o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno. Até esta semana, os demais poderosos realizaram 1.369 voos nos jatinhos da FAB. O campeão de viagens é o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso: 110 voos.

Pódio

Arthur Lira, presidente da Câmara, realizou 105 voos em 2024. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) assumiu o 3º lugar: 102 voos.

Chefe da Aeronáutica

O comandante Damasceno está no cargo desde o início do mandato de Lula. Em 2023, requisitou jatinhos 15 vezes.

Com o chefe

Chefe do gabinete encarregado pela segurança do presidente, o general Amaro também não requisitou voos no ano passado.

Tem muito mais

A Transparência da FAB não divulga os voos dos jatinhos que atendem a Lula e Janja, tampouco os voos do vice-presidente Geraldo Alckmin.

STJ quer turbinar cargos técnicos em analistas

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) quer transformar cargos vagos de Técnico Judiciário em Analista Judiciário. O pedido já foi formalizado ao Congresso Nacional e, se aprovado, como costumam ser os pedidos do Judiciário, sem a menor resistência, as 104 vagas de técnicos devem virar 63 cargos de analistas. Para justificar, o STJ diz que houve “elevação significativa do nível de complexidade das atividades”, ocorrida pela “evolução natural da sociedade e do mundo do trabalho”.

O diabo no detalhe

Só em salário básico, sem penduricalhos, um técnico do STJ ganha entre R$3,5 mil até R$5,3 mil. O analista, entre R$5,8 mil a R$8,7 mil.

Onde rende

Adicionando penduricalhos, chamados de “gratificações e similares” um técnico embolsa até R$7 mil. Para o analista o valor sobe: R$11,5 mil

Explica essa

Difícil entender o que o vão fazer os pretendidos novos analistas. O STJ está até com concurso aberto para o posto, mas tudo cadastro reserva.

O Adélio da esquerda

O criminoso que explodiu bombas na Praça dos Três Poderes já virou o “Adélio Bispo da esquerda”, cujo atentado será usado contra a oposição tanto quanto os bolsonaristas usam o autor das facadas.

Grades de volta

Governadora em exercício do DF, Celina Leão (PP) defendeu a volta das grades na Praça dos Três Poderes. Os chefes dos Poderes federais até fizeram cerimônia para a retirada do equipamento, em 2023. Já voltaram.

PL na América

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), agora secretário de Relações Internacionais do PL, não quer perder votos brasileiros em outros países e defende criar escritórios do partido em Miami (EUA).

Sem comentário

Lula (PT) demorou a se posicionar sobre a explosão-suicídio em frente ao STF. O ministro Paulo Pimenta disse que o petista só comentaria o assunto caso fosse perguntado “publicamente”.

Mais que ruim

Apesar de nenhum admitir publicamente, o consenso entre diplomatas estrangeiros em Brasília é que a explosão em frente ao STF às vésperas do G20 no Brasil “pega muito mal”, admitiu um deles à coluna, sob sigilo.

Brasil é Brasil

Mesmo após a explosão-suicídio em frente ao STF, o futebol dominou as buscas na internet, 48h após o ocorrido, diz o Google Trends. O termo “stf” chegou à segunda colocação, mas perdeu para “seleção brasileira”.

Desonestidade

O discursinho lacrador derrotado nas urnas, aqui e alhures, chama de “empresário” o sujeito morto pelos ex-comparsas, colocando-o no mesmo balaio de gente séria, que trabalha, gera empregos e renda e impostos.

Briga baiana

O União Brasil deve reservar a ACM Neto a vaga para disputar o governo da Bahia, em 2026. Ele foi um dos prefeitos mais bem avaliados da história de Salvador. Mas o atual, Bruno Reis, reeleito, também.

Pergunta na burocracia

Quem se habilitaria a chefiar um “Departamento de Eficiência” no Brasil?

PODER SEM PUDOR

Juiz desobediente

O deputado Ney Lopes (PFL-RN) certa vez contou a um grupo de juízes federais um fato que havia testemunhado no início da carreira. Ele havia chegado a Alexandria e foi logo chamado pra uma conversa com o chefe político local. “Você conhece essa coisa de Justiça? Não estou gostando do juiz daqui.” Ney Lopes estranhou: “Por que? Há denúncias contra o seu comportamento moral?” O coronel esclareceu: “Não é isso, é que ele tem dado sentenças sem falar comigo...”
 

CLÁUDIO HUMBERTO

"Ela está afirmando que Adélio não agiu sozinho?"

Nikolas Ferreira (PL-MG) ironiza suspeita de Simone Tebet sobre o suicida-bomba em Brasília

16/11/2024 07h00

Arquivo

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Especialistas questionam veto a bets e não loterias

A decisão do Supremo Tribunal Federal de ratificar a proibição imposta pelo governo Lula (PT) a beneficiários do Bolsa Família de apostarem nas “bets” suscitou a discussão em torno da gigantesca arrecadação da Caixa, um banco público, com as loterias e Mega Sena. O advogado Gustavo Biglia, especialista em regulamentação de jogos, questiona: “em nenhum momento o governo federal veda o cidadão em pegar o dinheiro do Bolsa Família e apostar nas loterias ou na Mega Sena… Por quê?”.

Muitos outros vícios

Biglia lembra também que “cigarro e bebida alcoólica também não são vedados” para os beneficiários do Bolsa Família.

Impraticável

Especialista em jogo responsável, Felipe Crisafulli aponta problema fundamental: a própria lei do Bolsa Família não impede o uso da grana.

A lei não proíbe

Nenhuma das condições impostas pela própria lei que instituiu o Bolsa Família parece justificar a decisão do STF, segundo Crisafulli.

Como proibir o indivíduo?

A Lei do Bolsa Família “estabelece um dos objetivos do programa: ‘respeito à privacidade das famílias beneficiárias’”, aponta o advogado.

Lewandowski sabe nada de segurança, diz deputado

Para o deputado Capitão Alden (PL-BA), no governo Lula (PT) “muito se fala sobre segurança pública, mas pouco se escuta”. Em entrevista ao podcast Diário do Poder, o parlamentar cravou: o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) “não entende nada de segurança”. Alden admite que o ministro é um quadro intelectual, que entende o processo penal e outros aspectos jurídicos, mas não ouve os profissionais da segurança, disse o deputado, aqueles que estão na ponta dos planos do governo.

Polícia de artifício

Alden, que foi policial militar por mais de 20 anos, critica a “pirotecnia” em torno da “Polícia Ostensiva Federal (POF)”, inventada por Lewandowski.

Não é bem assim

“Lewandowski disse que se a POF estivesse funcionando, o 8 /jan não teria ocorrido. Isso é fala de alguém que sequer leu o projeto” criticou.

PEC não prevê

Alden lembra que a PEC (da Segurança), que tramita no Congresso, não prevê atuação da POF na proteção de prédios públicos.

Doido de pedra

Sobre a explosão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, Gustavo Gayer (PL-GO) não acredita em ataque ao STF ou Câmara. “Ato de desespero de alguém com claro distúrbio mental”, avalia o deputado.

Dá em nada

Com potencial apenas de passar vergonha, o MST e outros porraloucas que se apresentam como “movimentos sociais”, preparam uma arruaça durante o G20, no Rio de Janeiro, “em defesa do povo palestino”.

Milei não perdoa

Acabou a mamata da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, com generosa aposentadoria privilegiada. Condenada por corrupção, teve o benefício cassado pelo atual presidente, o libertário Javier Milei.

Duvi-dê-ó-dó

Ex-integrante da equipe econômica dos governos Lula fez previsão à coluna sobre a tal “proposta de cortes” de despesa de Fernando Haddad: “Corte de gastos? Talvez, quem sabe, a partir de 2026. E olhe lá”.

Celular só na rua

Pesquisa Nexus aponta que a maioria dos brasileiros é contra o uso de celular em escolas: 86% apoiam algum tipo de restrição ao uso dos aparelhos, enquanto 54% defendem a proibição total.

Já começou

O Departamento de Eficiência que será liderado por Elon Musk e Vivek Ramaswamy no governo Donald Trump conquistou 1,2 milhão de seguidores na rede ‘X’ em dois dias. É por onde receberá currículos.

É só até amanhã

A visitação conjunta ao Congresso Nacional está suspensa desde esta sexta-feira (14) até o domingo (17), mas a partir desta segunda-feira (18), a visitação de turistas volta ao normal.

Metástase

Não é só São Paulo que sofre com a distribuição de energia sob gestão da Enel. Nesta terça, partes de Niterói, São Gonçalo e Maricá ficaram no escuro. Motivo: incêndio na subestação da Enel em Alcântara.

Pergunta na Praça

Perdoar antes de condenar é como condenar antes de processar?

PODER SEM PUDOR

Prestes, um elitista

Transcorriam acalorados os debates na Constituinte de 1945. O líder comunista Luís Carlos Prestes ocupava a tribuna quando foi interrompido mais uma vez pelo deputado Barreto Pinto, que desejava estabelecer uma polêmica. Prestes não lhe deu confiança. Sem retirar os olhos do discurso, o líder comunisa expressou uma visão elitista: “Não dou aparte a deputado de 400 votos.” E seguiu em frente.

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artigos

Decisão histórica do STJ garante importação e cultivo de cânhamo para fins medicinais

15/11/2024 07h30

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Por: Claudia de Lucca Mano - Advogada e consultora empresarial, atuando desde 1999 na área de Vigilância Sanitária e Assuntos Regulatórios

A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) tomou uma decisão histórica, ao declarar legal a importação de sementes e o cultivo de cânhamo (hemp) para fins medicinais em território brasileiro. A decisão unânime foi tomada em um julgamento que respondeu à ação movida pela empresa DNA Soluções, que contestava a proibição do cultivo da variante de Cannabis sativa conhecida como cânhamo, imposta pelos regulamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O julgamento representa um marco para o mercado canábico brasileiro, destacando que a permissão para o cultivo nacional de cânhamo permitirá ao País produzir matéria-prima para medicamentos, reduzindo a dependência de importação e facilitando o acesso dos pacientes a produtos de cannabis de qualidade.

A ministra relatora, Regina Helena Costa, fundamentou seu voto com base na distinção científica entre variantes da planta Cannabis sativa. Ela apontou que a Anvisa, ao incluir genericamente a planta na lista de substâncias proibidas, não diferenciou adequadamente as variantes com potencial psicoativo (drogas) daquelas desprovidas desse efeito, como o cânhamo. Dessa forma, o entendimento da ministra foi de que o cânhamo não se enquadra na definição de droga e que seu manejo, cultivo e a extração de insumos farmacêuticos não deveriam ser restringidos no Brasil.

Entretanto, o STJ delimitou a abrangência da decisão, autorizando exclusivamente o cultivo para fins farmacêuticos, excluindo outros usos industriais, como na indústria têxtil e alimentícia. A Corte entendeu que o processo analisado não incluía esses objetivos.

Importante ressaltar que a decisão também definiu um prazo de 180 dias, a partir da publicação do acórdão, para que a Anvisa, em conjunto com os Ministérios da Saúde e da Agricultura e Pecuária, e possivelmente outros órgãos do governo, estabeleçam regulamentações específicas para viabilizar o cultivo de cânhamo no País. 

Essas regulamentações deverão tratar de exigências como o cultivo em ambiente indoor, áreas de plantio, licenças e outras condições necessárias para o cultivo em escala industrial.

Esta decisão do STJ representa um avanço para o mercado medicinal brasileiro e para pacientes que dependem de produtos à base de cannabis, criando perspectivas de desenvolvimento econômico e inovação no setor de saúde.

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