Colunistas

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Com a chegada do novo ano, é comum ver amigos e familiares entusiasmados com projetos que estavam apenas no papel. Surgem promessas como: “Vou perder 20 quilos!”, “Vou à academia todos os dias!” ou “Vou economizar para aquela viagem dos sonhos!”. Mas, ao longo do ano, a maioria dessas resoluções acaba abandonada. Por quê?

O problema está nas metas em si ou na forma como as encaramos? Minha dica é substituir objetivos grandiosos e imediatos por um compromisso mais significativo: a criação de novos hábitos.

Por que os hábitos superam as metas? As metas, especialmente as mais ambiciosas, muitas vezes nos levam à frustração quando não são alcançadas rapidamente. Pense na clássica situação: “Já que comi uma fatia de bolo, a dieta está perdida”. Esse tipo de pensamento, baseado no imediatismo, acaba sendo o maior inimigo dos nossos planos.

Por outro lado, os hábitos são construídos gradualmente. Eles não exigem resultados instantâneos, mas consistência. Imagine trocar o foco de “perder cinco quilos por mês” para a adoção de uma caminhada diária de 20 minutos. Pequenas ações diárias, que parecem simples no início, são as que nos levam às grandes transformações.

Outro fator que prejudica nossos planos são metas mal estruturadas. Ao criar objetivos pouco realistas, colocamos sobre nós mesmos uma pressão desnecessária. Por exemplo, alguém que planeja uma viagem internacional sem planejamento financeiro pode retornar com belas fotos, mas também com dívidas que aumentam o estresse e anulam o prazer do momento.

Como evitar frustrações? Em primeiro lugar, seja honesto consigo mesmo. Crie metas simples, mensuráveis e alcançáveis. Em vez de dizer “Vou emagrecer 20 quilos”, pense em melhorar sua relação com a comida e incluir exercícios na sua rotina. Lembre-se: o progresso acontece quando focamos no processo, e não apenas no resultado final.

Da mesma forma, se o objetivo é economizar dinheiro, em vez de definir um valor alto como meta, comece monitorando suas finanças semanalmente e identificando onde pode cortar gastos. E não se deixe levar pelo pensamento do “já que” – como em “Já que fiz um gasto desnecessário, vou gastar mais”. Perdoe-se pelos deslizes e continue no caminho.

Escolher um hábito de cada vez é essencial. Tentar mudar muitos aspectos da vida simultaneamente pode levar ao desgaste e à desistência. Utilize atividades já inseridas na sua rotina como aliadas. Por exemplo, enquanto toma o café da manhã, reserve um momento para organizar mentalmente o dia. Essas pequenas mudanças ajudam a criar um efeito cumulativo positivo.

Lembre-se de que listas intermináveis e metas inalcançáveis são mais fáceis de abandonar. Prefira transformar cada etapa em uma oportunidade de investir em você mesmo. Encontre significado nas mudanças e priorize a construção de hábitos que tragam benefícios duradouros.

O segredo não está em prometer o impossível, mas em valorizar cada passo dado. As grandes mudanças acontecem com constância, paciência e determinação – um dia de cada vez.

ARTIGOS

Infância: é preciso explorar a vida fora das telas

03/01/2025 07h45

Arquivo

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O uso excessivo de telas na infância é uma preocupação crescente. Embora a tecnologia traga benefícios, como o acesso à informação e ao aprendizado interativo, sua utilização descontrolada pode acarretar problemas para o desenvolvimento físico, mental e social das crianças. 

Na primeira infância, as conexões neurológicas são moldadas pela interação com o mundo. O acesso livre ao celular e tablets nessa fase pode retardar a evolução e prejudicar essa dinâmica neurológica, representando atraso na fala, comprometimento de habilidades motoras, redução na capacidade de formar laços e maior dificuldade em regular emoções e comportamentos. 

A frequente exposição aos eletrônicos altera o circuito de recompensas do cérebro e gera a busca constante por estímulos rápidos e imediatos, o que compromete a capacidade de atenção, as formas de lidar com frustrações e até o engajamento em atividades não digitais. 

Esse cenário pode levar a quatro comprometimentos fundamentais: deficit de atenção (incapacidade de manter o foco que afeta muitas funções cognitivas e de desenvolvimento); privação do sono, o que dificulta a aprendizagem e o controle emocional; redução da interação social; e, por último, a grande questão do vício. 

Hoje, muitas crianças que vão à praia, lugar com uma série de estímulos para brincar, consideram o passeio extremamente chato. A consequência disso é o aumento brutal de adoecimento mental, transtornos de ansiedade e depressão. 

As telas e os algoritmos têm mecanismos altamente aditivos feitos para causar dependência, com o objetivo de nos vender produtos e fazer com que a nossa atenção fique cada vez mais vinculada a elas, o que é particularmente prejudicial nas fases do desenvolvimento infantil. 

Um dos antídotos, portanto, é o brincar livre, principal maneira de exploração da vida. E, muitas vezes, essa prática pressupõe uma experiência não supervisionada, o que é um fator interessante. A gente não só expõe muito à tela como hiperprotege as crianças em uma fase em que elas precisam estabelecer e descobrir limites, físicos e sociais. 

Por isso, as famílias precisam estimular atividades exploratórias, em que a criança vai testar caminhos, eventualmente vai se machucar, se arranhar, e isso faz parte do processo. Em casa, os pais devem estabelecer limites claros para o uso de tela e oferecer alternativas, como jogos de tabuleiro, leitura, esportes, interações no brincar na rua, nos parques, principalmente com a natureza.

É necessário criar um ambiente rico de interações humanas e desafios não digitais, dialogar e monitorar conteúdo, caso seja oferecido. Eu falo aqui não só como psicólogo, mas principalmente como pai de uma criança de dois anos e oito meses que sabe das dificuldades de fazer isso. 

No livro “O Leão da Bochecha de Balão e a Redescoberta do Play!”, abordo, de maneira lúdica e infantil, a questão do uso excessivo de telas. O personagem principal, um leãozinho, acaba aprisionado por sua dependência e fica triste. Ele e suas bochechas de balão simbolizam essa criatividade potencial que vai murchando. 

A ideia é trazer à tona um debate. É um livro para ser lido em voz alta, entre pais e filhos. E ele tem uma mensagem clara, inspiradora, reforçando um estilo de vida mais ativo. Quando o leão redescobre o brincar, ele percebe o prazer das interações genuínas, recupera a energia, a criatividade e a conexão com a vida. E é exatamente isso que queremos para nossas crianças. Sem dúvidas, cabe a nós, pais, escola e sociedade, oportunizar essa qualidade de vida a elas.

CLÁUDIO HUMBERTO

"É o Brasil deixando evidente o triste rumo que estamos trilhando"

Deputada Júlia Zanatta (PL-SC) sobre ida do governo Lula à posse de Nicolás Maduro

03/01/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Influência de Janja atrasa mudança na Secom

Está bem adiantada a conversa sobre a ida de Sidônio Palmeira para a Secretaria de Comunicação da Presidência, hoje ocupada pelo ministro Paulo Pimenta, que já toma café frio na Secom. O marqueteiro resistiu no início principalmente por dois motivos: ganha muito mais trabalhando na iniciativa privada e avalia que a Secom é tribo com muito cacique e pouco índio. Sidônio não “exige” carta branca para assumir a pasta, mas quer o comando da pasta centralizado, o que não acontece hoje.

Pistolão

Um grande problema é o pitaco da primeira-dama Janja, que faz lobby para Brunna Rosa, que hoje cuida das redes sociais da Presidência.

Não entra mosca

Sidônio também tem problemas com declarações de Janja que contratam uma crise que não existia, como as ofensas ao empresário Elon Musk.

Cada um por si

Até Ricardo Stuckert, o fotógrafo, entra como peso. Com acesso direto a Lula, tem trabalho independente e controla as redes sociais do chefe.

Ministro sem força

Um dos motivos que empurrou Pimenta para fora da Secom é justamente a falta de comando. Dos sete secretários, o atual ministro só indicou dois.

Brasil notifica ingleses sobre acordo em Mariana  

O governo brasileiro notificou em 11 de dezembro, pela primeira vez, a Justiça de Londres sobre o acordo de repactuação pela tragédia de Mariana, assinado com as empresas BHP, Vale e Samarco. O Ministério de Relações Exteriores enviou a íntegra do documento aos cuidados da juíza Finola O'Farrell, responsável pelo caso na corte britânica, com todos os detalhes da homologação do acordo, pelo qual as famílias vitimadas no desastre serão indenizadas em R$132 bilhões.

Valores recordes

A expectativa é que a Juíza considere na sua sentença os valores (recordes) que estão sendo pagos pelas empresas no Brasil. 

Indenização única

As vítimas que receberem pelo acordo brasileiro não podem também receber via processo na Inglaterra, de acordo com a notificação.

Cidades caem fora

Os municípios de Sobralia, Córrego Novo, São Mateus e Conceição de Barra já abandonaram a ação da Pogust Goodhead no Reino Unido.

Troca no Senado

A liderança do PT no Senado vai mudar este ano. Sai o senador Beto Faro (PA) e entra o colega Rogério Carvalho (SE). No PSD, sai Otto Alencar (BA) e entra Omar Aziz (AM).

Fatura

Como nada é de graça, o PT já começa a escolher um nome para ocupar um naco de poder na Prefeitura de Belo Horizonte. Pelo apoio a Fuad Noman (PSD), o partido vai ficar com uma secretaria com atuação social.

Fuga de dólares

Dezembro registrou saída recorde de dólares do País, a maior da série histórica, iniciada em 2008. O fluxo cambial foi negativo em US$ 24,314 bilhões. Os dados são do Banco Central e conta valores até o dia 27.

Defumou

O ano de 2024 entra para a história como um dos piores para os biomas brasileiros. Foram 278.229 focos de incêndio, o período de maior incidência desde 2010. Subiu 46% em relação a 2023 (189.891 focos).

Deu Teixeira

Pesou o veto do prefeito Ricardo Nunes (MDB) a Rubinho Nunes (União) para presidência da Câmara de São Paulo e Ricardo Teixeira (União) ficou com a cadeira. Confirmou favoritismo percebido desde novembro.

Tunga

Já no primeiro dia útil do ano o Impostômetro ultrapassou a marca dos R$25 bilhões tungados do bolso do pagador de impostos. O marcador é mantido pela Associação Comercial de São Paulo.

Climão

A coisa não anda muito bem entre o vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ausente na diplomação de Nunes, Mello não vai mais levar a Secretaria de Projetos Estratégicos.

É a boca

Constatação da deputada Adriana Ventura (Novo-SP) sobre a disparada do Dólar e a falta de confiança na economia brasileira, “Cada vez que Lula abre a boca pra falar dos juros e do câmbio só piora a situação”.

Pensando bem...

... para o Dólar o ano já começou.

PODER SEM PUDOR

O segredo do poder

Empossado governador de Minas, nos anos 40, Milton Campos marcou audiência com uma comissão de correligionários de Curvelo, à frente o deputado Raimundo Sapateiro, o único trabalhador eleito pela UDN. Como Campos demorou a receber o grupo, Sapateiro acabou cochilando numa confortável poltrona da antessala. O próprio Milton Campos o despertou:
- Então, Raimundo, já conhecia o palácio? Gostou?
- Gostei muito, governador. E só agora entendi por que os políticos brigam tanto pelo poder. É porque ele é muito macio...

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