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GIBA UM

"Até quando vai dormir com sua esposa, Lula fala de mim"

De JAIR BOLSONARO // dizendo que o presidente petista fala dele o dia inteiro.

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A Nissan quer fazer do Brasil um hub de exportação. De largada, o alvo é a América Latina, especialmente México, Argentina, e Paraguai. São países com os quais o Brasil já possui acordos automotivos, só que a Nissan vislumbra a oportunidade de colocar veículos aqui em outros mercados, como África. 

MAIS: o com novo ciclo de investimento, a Nissan consolidará sua vocação como um hub de exportação. A montadora desembolsará R$ 2,8 milhões no período 2024/2025 para a produção de dois novos SUVs e um motor turbo. A fábrica da Nissan no Brasil fica em Rezende, Rio.

In –  Molho de tangerina
Out – Molho de amendoim

Musa do Carnaval

A apresentadora, ex-BBB3 (no qual tem orgulho), ex-bailarina do Faustão e jurada do The Masked Singer Brasil, Sabrina Sato tem mais um item para acrescentar neste vasto currículo: o de musa do carnaval. É rainha de bateria de duas escolas do samba, Gaviões da Fiel, em São Paulo desde 2010 e Vila Isabel, no Rio de Janeiro desde 2011.

Capa da revista Vogue ela revelou: “Sonhava quieta. Antes de desfilar pela primeira vez, nunca imaginei que uma menina do interior como eu, caipira e com descendência japonesa e libanesa, pudesse fazer parte da festa. A verdade é que eu tinha tudo para não ser do Carnaval”.

Apaixonada por moda ela se envolve na criação de suas fantasias, como se fosse uma peça de roupa do dia a dia.

“Nas provas, gosto de checar alguns fatores importantes. O peso da fantasia, a harmonia, as cores, a minha mobilidade usando a peça com o costeiro e, claro, se a virilha está cavada o bastante”.

Mais: seu carisma transcende as telas e a avenida, hoje é embaixadora de grandes marcas como Calzedonia Brasil, Tresemme, Hering e Havaianas, além de estrelar diversos comerciais e posar para diversas marcas como Always, Beleza na web, Aiwa Brasil, Lenny Niemeyer entre outras.

Ainda pelo terceiro ano consecutivo ela mostrou os bastidores do Carnaval no programa Carnaval da Sabrina que é exibido na Globoplay. 

Especialista em anulações

Quando o ministro Dias Toffoli brindou o grupo J&F com a suspensão de uma penalidade de R$ 10,3 bilhões (sua mulher  Roberta Rangel é advogada do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista), muita gente poderosa apostava que outras ações do gênero viriam em seguida.

Agora, o mesmo Toffoli decidiu sustar os pagamentos do acordo de leniência de R$ 3,8 bilhões firmado pela antiga Odebrecht e atual Novonor com a Operação Lava Jato. Em setembro do ano passado, invalidou provas do acordo da mesma Odebrecht, no qual a empresa admitiu crimes e deu informações sobre a Operação Spoofing.

Toffoli achou que houve conluio entre o Ministério Público e Justiça Federal, chamou a Lava Jato de “armação” e disse que a condenação e prisão de Lula foi “um dos maiores erros judiciários da História” (no passado, o ministro foi advogado do petista e trabalhou no seu governo). Virou, para muitos, um “especialista em anulações”. 

Mesmo argumento

O mesmo argumento usado por Dias Toffoli foi usado na nova anulação que beneficia a Novonor (ex-Odebrecht).

O ministro apontou que houve conluio entre Sérgio Moro e procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba para “elaboração de cenário jurídico-investigativo que conduzisse os investigados à adoção de medidas que melhor conviesse a tais órgãos e não à defesa em si”.

Muito jurista ironizou e achou que o texto parecia “extraído de um manual”. Resultado: já tem fila se formando de mais empresas condenadas e muito bem multadas atrás de anulações semelhantes. 

 A ex-jogadora de vôlei Márcia Fu, 54 anos, foi uma das atrações do reality-show A Fazenda 15, ficando em terceiro lugar, e levando um prêmio de R$ 50 mil, que usará para os estudos do filho Gabriel de 11 anos.

“A primeira coisa que eu penso é no meu filho, Gabriel. Quero proporcionar uma educação de qualidade para ele, para que ele cresça seguindo o caminho que ele desejar”.

Pouco mais de um mês do final do programa a Márcia viveu duas emoções. A primeira foi passar por uma  transformação patrocinado pelo programa Fofocalizando, do SBT. Transformação completa, com ajuda de dentistas, médicos dermatologistas, cabeleireiros e outros profissionais de estética.

A segunda foi encontrar a cantora Tetê Espíndola proporcionado pela Caras. A ex-jogadora de vôlei cantava a música Escrito nas Estrelas, vencedora  do Festival dos Festivais da Globo (1985) durante todo tempo na casa. 

Analistas de plantão, que acompanham as surpreendentes anulações assinadas pelo ministro Dias Toffoli, acham que o STF não se incomoda com a confusão, criando insegurança jurídica.

Ou seja: casos diferentes não podem ser colocados no mesmo balaio. A J&F não fez acordo com a Lava Jato, mas com outras operações e acaba se criando uma novela de que tudo que aconteceu no pretrolão foi uma invenção: não foi.

Se for, a Corte que peça desculpas aos brasileiros. Não pode deixar virar pizza e ficar por isso mesmo. 

Novo Aliado

Arthur Lira, presidente da Câmara e um dos líderes do Centrão e Rui Costa, ministro da Casa Civil, posam para fotos sorrindo um para o outro e apertando as mãos como se estivessem finalizando um trato.

E não é muito diferente: Lira se afastou do ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o governo escalou Rui Costa para negociações em torno da recomposição do veto de R$ 5,6 bilhões às emendas de comissão feito por Lula ao sancionar o Orçamento de 2024.

Lira avisa que, sem soluções, o programa do governo correrá risco entre deputados. Costa acha que o valor travado pode ser reconstituído ao longo do ano. 

Grande amizade

Rui Costa (Casa Civil) convenceu Lula a não incluir Luiz Fernando Corrêa, hoje no comando da Abin, da recente lista de demissões no segundo escalão da agência. Sabe que o presidente também considera Corrêa “homem de sua confiança”.

Entre Costa e ele, existiria “uma grande amizade”. Petistas acham que existe mais do que “uma grande amizade” e tratam de rotular o episódio como grande obstáculo para os sonhos de Costa chegar ao Planalto.

Em mais de 40 anos de PT, o ministro da Casa Civil coleciona inimigos. Agora, muitos não entendem os holofotes ligados a ele por causa do Novo PAC.

Matar pela raiz

Numa live dominical, junto com três filhos, Jair Bolsonaro voltou a pregar o voto impresso – e isso a cerca de oito meses das eleições municipais.

Do seu lado, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, quer “matar o mal pela raiz”, ou seja, novos ataques e suspeições à segurança da urna eletrônica.

No próximo dia 20, uma comissão de especialistas da área de TI designada pelo Senado fará uma inspeção no código-fonte do sistema eleitoral. Na semana passada, técnicos da Sociedade Brasileira de Computação procederam uma averiguação no código-fonte. 

Passado condena

Pode ser coincidência, mas muita gente aposta que as providencias de Alexandre de Moraes sobre as urnas eletrônicas ocorrem justamente no momento que as investigações contra o clã Bolsonaro e integrantes da “Abin paralela” avançam.

Moraes (e também Gilmar Mendes) teria sido mesmo uma das autoridades monitoradas ilegalmente pela “Abin paralela”, supostamente a pedido da própria Presidência da República. Eventualmente, de Carluxo Bolsonaro levando mensagem do pai.

Também ovos

A JBS atua no mundo inteiro nos mais diversos segmentos e agora está negociando a compra da Mantiqueira, a maior produtora de ovos da América do Sul.

É uma empresa que produz mais de 3 bilhões de ovos por ano e fatura R$ 2 bilhões. O fundador e dono da empresa, Leandro Pinto, continuaria sócio da companhia.

Nas redes sociais, à título de gozação, muitos internautas dizem que, à título de gratidão, dando certo a compra, o grupo abastecerá infinitamente os apartamentos de Dias Toffoli e sua esposa (moram separados) de ovos frescos.

Ausência

O PL de Valdemar Costa Neto planeja realizar um megaevento para promover a filiação de Carlos (Carluxo) Bolsonaro ao partido. A legenda deseja contar com a presença de suas maiores lideranças nacionais (com tudo pago pela legenda), incluindo o pai de Carluxo, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não vai comparecer: ela e o 02 do marido não se falam. O evento reforçará o discurso de que o governo Lula e o STF estão promovendo “uma perseguição política” à família Bolsonaro.

Mistura fina

  • MARCELO Odebrecht, que comandava a empresa, atualmente Novonor, quando as práticas de corrupção vieram à tona, citou Dias Toffoli no acordo que agora o mesmo Toffoli esvazia.

O magistrado era chamado, na época, nos e-mails, de “amigo do amigo do meu pai”, referência à amizade de Toffoli a Lula, amigo de Emílio Odebrecht, pai de Marcelo.

Mais: com anuência de Toffoli, a Odebrecht usou sua máquina de lobby no Congresso para ajudar na aprovação do nome do ministro para assumir uma cadeira no Supremo, em 2009.

  • FERNANDO Haddad (Fazenda) está negociando diretamente com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para que a Casa acelere a votação da MP 120/23.

Enviada pelo governo, prevê perdão de dívidas tributárias referentes à importação de produtos automotivos do Paraguai, uma renúncia fiscal de R$ 500 milhões.

Haddad tem receio que a tramitação tranque a pauta do Senado e atrase a votação de outras MPs de maior interesse do governo.

  • DURANTE o recesso do Judiciário, o ministro Dias Toffoli, do STF, priorizou a ação de suspensão por tempo indeterminado os pagamentos referentes a um acordo de leniência fechado entre Odebrecht e o MPF entre 1.426 processos que tinha em seu gabinete.

A decisão de 62 páginas, está datada de 31 de janeiro e beneficiou a empreiteira envolvida em casos de corrupção.

  • ESCOLHIDA como peça-símbolo e entregue no ato Democracia Inabalada que recordava o vandalismo de 8 de janeiro e o planejamento de um golpe, a tapeçaria de Burle Marx, que foi arrancada da parede do Salão Negro do Congresso (depois rasgada e coberta de urina), levou 300 dias para ser restaurada.

O Senado desembolsou R$ 243 mil pelo trabalho, que foi realizado manualmente, sem acrescentar novos tecidos à peça, que mede 3,28m por 4,83m.

  • AS notificações de vítimas de crimes cibernéticos bateram recorde, despontando como nova fonte de receita para os cartórios.

No ano passado, foram 121,5 mil atas, 12% a mais do que no ano anterior. As apostas são de que o movimento cresça ainda mais neste ano, após a inclusão de bullying e cyberbullying entre os crimes previstos no Código Penal.

As atas dão respaldo jurídico porque são redigidas por agente imparcial com fé pública.

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Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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