A busca e a defesa da verdade é tarefa de todo o ser humano que faça parte dessa humanidade consciente de suas obrigações como criatura e como ser pensante. Desde a descoberta dessa necessidade até o compromisso com ela e nela, haverá um longo e difícil caminho a percorrer.
Antes de prová-la e antes de manifestá-la à humanidade, terá também o trabalho de estudá-la, a fim de ter algo precioso para apresentar. Caso contrário, poderá ter a triste surpresa de se enganar e enganar os demais. E isso não ficaria bem nesse ambiente de pessoas adultas no pensar e no agir.
Examinando essa comunidade pensante, será necessário manter-se com a atenção voltada para essa realidade. Sabemos que a verdade existe. Sabemos que a falsidade também existe. E ambas se encontram espalhadas, tanto no âmbito humano, quanto no âmbito espiritual.
Embora haja empenho sincero na escolha entre uma e outra, haverá, infelizmente, alguém que, seja por não conhecer essa diferença, seja por receio de comprometer-se, sofra e seja enganado.
Não foi esse o motivo que levara o Mestre dos mestres a repreender o grupo de seguidores que escutava atentamente suas pregações. Chegara uma oportunidade em que ele deixou bem claro o objetivo. Queria que todos soubessem que o Reino a quem se referia não era um reino político e desse mundo.
O Reino ao qual se referia era o Reino de Deus, seu Pai. Como o povo se encontrasse em situações de abuso do poder, impostos ferozes e exploração por parte dos chefes do povo, muitos se escandalizavam dizendo que tudo estaria difícil e que assim não aguentaria. Resolveram sair do grupo.
E o Mestre, respeitando essa atitude, declarou solenemente e reafirmou que se alguém mais quisesse se afastar, as portas estavam abertas. Suas palavras continuariam firmes e fortes. Estava vigiando para que a verdade prevalecesse.
Quem decidiu abandonar estava representando tantos e tantas que se encontram na comunidade querendo novidades, satisfação de interesses, fazer bons negócios, e tantas outras coisas que satisfaçam em seus negócios ou em suas promessas.
A vontade de seguir o Mestre estava embrulhada em motivos egoístas. Conseguindo algum favor seria como uma graça alcançada. Caso não conseguisse, seria razão de abandonar tudo, inclusive Deus.
Pessoas fracas na fé. Pessoas marcadas por interesses econômicos, saúde e bem-estar. Enquanto forem servidas de acordo com seus interesses, colaboravam em tudo. Se não fossem, seriam motivos para mudar de rumo e buscar outros ambientes.
Essa é a hora de olhar o seu coração e colocar-se à disposição de Deus com atitudes e obras que revelem gratidão. Agradecer a paciência com que ele (Deus) aguarda nossos gestos de louvor, mesmo nas dificuldades e nas doenças.
Mesmo nas contrariedades e desgostos, reconhecer que sem ele não somos nada. Sem suas bênçãos não vamos a lugar algum. Existem pessoas que ainda não o conhecem. Tenha paciência. Não desista. Continue procurando. A surpresa virá um dia, pois tudo que vem de Deus é graça e benção.