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cláudio humberto

"É um absurdo atrás do outro"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reage à abertura de processo contra o ex-presidente

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“É um absurdo atrás do outro”
Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reage à abertura de processo contra o ex-presidente

Calote no plano de saúde pode parar os Correios
Na base da pressão, a pelegada sindical dos Correios conseguiu marcar reunião com o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, para cobrar solução sobre o plano de saúde dos servidores.

A coluna obteve o áudio de um dirigente sindical da Fentec que detalha a situação crítica: “Desde novembro que os Correios não repassam os valores para a Postal Saúde [operadora do plano de saúde da empresa]”. A reunião será quarta (16), em Brasília. Se não resolver, ameaçam fazer greve.

Calculadora
O sindicalista diz que o débito da Postal Saúde é de R$178 milhões. Fontes dos Correios acham essa conta conservadora, o rombo é maior.

Cadê o dinheiro?
De tudo o que deve, os Correios só repassaram R$30 milhões, apesar do desconto no salário seguir religiosamente. O serviço acabou suspenso.

Como papagaios
Os Correios e a Postal Saúde repetem que estão empenhados “para regularizar a situação o mais breve possível”.

Noves fora, nada
A ANS, que fiscaliza o setor, disse à coluna que está de olho. Informou que a Postal Saúde estaria sob monitoramento “econômico-financeiro”.

Esquerda se cala sobre chantagem de Janones 
Cinco dias depois do vazamento da denúncia contra o deputado André Janones (Avante-MG), na Justiça de Minas Gerais, por ameaças e chantagem contra a prefeita de Ituiutaba (MG), Leandra Guedes, sua ex-companheira, o PT e seus puxadinhos e os movimentos de mulheres que esses partidos controlam continuam a fazer vergonhoso silêncio.

Janones foi enquadrado na Lei Maria da Pedra e pode até ser preso, caso descumpra a medida protetiva decretada pela Justiça mineira.

Esconde o que é ruim
O silêncio de petistas et caterva repete o padrão de omissão de outros escândalos, como o caso do ex-ministro assediador de Lula.

Direito de assediar?
O caso do assédio do ex-ministro a Anielle Franco foi levado ao Planalto dois anos antes de vir a público. O governo não tomou qualquer atitude.

Cúmplices no abuso
Quem ganha votos e dinheiro “em defesa das mulheres” revela, com sua omissão, que autoriza abusos e assédio de correligionários e aliados.

Bate-cabeça
O clima entre Rui Costa e Jaques Wagner, já não era lá essas coisas, piorou. Costa soltou no PT que quer lançar candidatura ao Senado em 2026. Senador, Wagner está em fim de mandato e também quer a vaga.

Oi, sumida
Ressurge no Rio Grande do Sul a OAB velha de guerra, que orgulhava os brasileiros. Repercute artigo do seu presidente Leonardo Lamachia "Não à ditadura: a do fuzil e a do Judiciário", no site Diário do Poder.

Fake news
Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) rechaçou qualquer desentendimento com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB). Há suspeita que a lorota foi plantada na imprensa governista para melar o projeto da anistia. 

Apoio do centro
A lista de apoiadores pela urgência do projeto que anistia os presos pelo 8 de janeiro teve assinatura de deputados de cinco partidos com ministros no governo Lula: MDB, PP, PSD, Republicanos e União Brasil.

Tem coisa aí
O Senado também reagiu a estatal Correios, tecnicamente falida, pagar patrocínios milionários a artistas como “cachê” pelo apoio na campanha de 2022. Eduardo Girão (Novo-CE) cobrou pente-fino nos contratos.

Era só fofoca
Sumiu a falante Simone Tebet (Planejamento) após dados do IBGE desmentirem a ministra, que prometeu queda no preço dos alimentos “nos próximos 60 dias”. IPCA mostrou o contrário: alta nos produtos.

Olho no oráculo
O Banco Central divulga o novo Boletim Focus, nesta segunda-feira (14). Há um ano, no segundo boletim de abril 2024, a pesquisa do BC previa o dólar a R$5 dali a um ano. Na sexta-feira (11) chegou a R$5,91.

Maré sobe?
A Fundação Getúlio Vargas divulga, nesta terça (15), o IGP-10 de abril, índice que mede a inflação dos primeiros dez dias do mês. Outro índice da inflação, o IPCA do IBGE já registrou alta de 0,56% em março.

Pensando bem…
…e a picanha?

PODER SEM PUDOR

Lados sempre a favor
A jornalista mineira Ângela Carrato conversava com Hélio Garcia, então prefeito de Belo Horizonte e governador indicado por Tancredo Neves. Na época, Tancredo articulava sua candidatura a presidente, no colégio eleitoral, e pregava o “entendimento”. Estava na moda a frase politicamente correta “ver as coisas sempre pelos dois lados”. Garcia, sempre sincerão, garantiu, solene: “Eu sempre vejo as coisas pelos dois lados: o meu e o dos meus amigos.”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br
 

ARTIGOS

Os caminhos de Bolsonaro

23/04/2025 07h45

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A pergunta é recorrente: Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, será preso? Se for condenado pelo Supremo Tribunal Federal e preso, haverá uma convulsão social? E se for anistiado pelo Congresso Nacional, ganhando condição de elegibilidade, seria um candidato competitivo à Presidência da República em 2026?

Para tentar responder às questões, este analista se ancora em alguns condicionantes, a começar pela hipótese da prisão do capitão.

Vamos lá. O julgamento de Bolsonaro correrá por alguns meses. Não será curto, como se pode imaginar, mesmo que o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, tenha conseguido apoio ao pedido de urgência de votação do projeto de lei da anistia. Passando na Câmara, vai ao Senado, voltará à Câmara se houver alterações, devendo cair no Supremo antes de receber a sanção do presidente. Endossada por 262 deputados federais dos 513 que integram a Câmara, a solicitação de urgência virou um cabo de guerra entre oposicionistas e situacionistas. Vejamos as razões.

Assinaram o pedido 146 deputados de partidos que compõem a base do governo Lula, representando mais da metade (56%) do total de assinaturas, viabilizando sua tramitação. Surge a primeira dúvida: deputados da base governista votariam contra a orientação do governo? A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, já está em campo, tentando convencer os correligionários da base governista a retirar seu apoio à votação do projeto. O presidente da Câmara, Hugo Motta, que tem a prerrogativa de compor a agenda de votação, prometeu submeter a questão ao colégio de líderes. Não quer decidir sozinho.

Quanto às manifestações de rua, teriam o condão de influenciar ministros do STF ou o corpo parlamentar? Ora, se há no País um grande contingente de eleitores bolsonaristas, há também um considerável número de eleitores que se opõe ao capitão e um terceiro grupo que mantém certa distância dos dois protagonistas. É o que se lê nas pesquisas: há, no País, 30% de eleitores bolsonaristas ou de direita, 30% de eleitores lulistas ou de esquerda e 30% de eleitores que se posicionam no centro do arco ideológico. Os restantes 10% se repartem entre os três blocos, mudando de posição ao sabor das circunstâncias.

Os parlamentares, por seu lado, têm um olho voltado para o altar de São Francisco (... é dando que se recebe...) e outro para as ruas. Até meados do próximo ano, estarão na fila do balcão de recompensas. Depois, olharão para as ruas.

Continuemos a análise. Consideremos que Bolsonaro, por um desses artifícios que só a arte da política pode explicar, venha a ser candidato. Consideremos, também, que Lula, mesmo sob o peso dos 80 anos, a completar em outubro de 2026, decida enfrentar o pleito (hoje, 62% do eleitorado acha que o presidente não deveria concorrer à reeleição por causa da idade). Seriam competitivos? Qual o adversário mais conveniente para ambos?

Para Bolsonaro, o melhor adversário seria Lula, com o qual pretende transformar o pleito em um terceiro turno. O presidente, da mesma forma, gostaria de ter o capitão como adversário. Para eles, um repeteco da campanha de 2022, com o País dividido e polarizado, seria mais conveniente. Que chances teriam? A resposta pede uma olhada nos compartimentos da geladeira. Se estiverem cheios em setembro e outubro de 2026, Lula será favorito, se estiverem vazios, Bolsonaro liderará a linha de frente da corrida.

Explico. O fator de maior significação na planilha da viabilidade eleitoral é o estado geral da economia. Daí a insistência deste escriba em usar a recorrente equação com que analisa as possibilidades dos protagonistas.

Recorro à equação BO+BA+CO+CA: BOlso, BArriga, COração, CAbeça. Se o bolso do consumidor, nas proximidades do pleito, garantir a geladeira sempre cheia, a barriga saciada e satisfeita e o coração agradecido levarão a cabeça do eleitor a votar no candidato que lhe proporcionou bem-estar. A recíproca é verdadeira.

Se Bolsonaro for impedido de se candidatar, seu legado político caiará no colo do governador Tarcísio de Freitas, de São Paulo, um perfil técnico que conta com a simpatia do eleitorado paulista, o maior do País, com 36 milhões de eleitores. Suas chances de chegar ao Planalto são boas. E se Lula declinar da candidatura, quem entraria em seu lugar? O PT sinaliza um nome asséptico, fiel ao ideário socialista. Fernando Haddad poderia ser esse nome? Sim, mas sua viabilidade dependerá do desempenho no Ministério da Fazenda. 

Mais uma questão relevante: a situação mundial terá impacto sobre o quadro eleitoral? A resposta também é sim. O tarifaço de Donald Trump abriu acirrada guerra comercial. Com a menor tarifa de importação aos produtos vendidos aos Estados Unidos, o Brasil, ao lado de outros, terá condições de se beneficiar da crise desses tempos de “trumpulência”. Mais dúvidas persistem: saberá o Brasil aproveitar a oportunidade de expandir sua balança comercial? O País deve incrementar seus negócios com a China? Qual seria a reação norte-americana ante o estreitamento de relações do Brasil com a China? Haveria retaliação por parte dos EUA?

Tudo isso deve pesar na balança eleitoral. Lula continuará a atirar em Trump, coisa que tem feito em suas falas de palanque? O eleitorado parece aprovar o papel de Davi (Lula) contra Golias (Trump). A “Guerra do Tarifaço”, como se pode inferir, impactará sua candidatura. O candidato à reeleição, com o manto de São Jorge, o Santo Guerreiro, tem condições de vencer o Dragão da Maldade, cujo embaixador no Brasil é um ex-capitão do Exército chamado Jair Messias.

ARTIGOS

A decadência ideológica do MST

23/04/2025 07h30

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Todos os anos, no mês de abril, o MST intensifica as ações em busca de maior visibilidade para a agenda da reforma agrária no Brasil. O período é escolhido para relembrar o chamado Massacre de Eldorado do Carajás, que resultou na morte de 21 pessoas. Mas o fato é que, apesar do forte potencial de apelo social, o movimento entrou em um claro processo de decadência ideológica junto à opinião pública e não encontra apoio popular significativo.

Essa percepção foi confirmada por meio de recente levantamento do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data. O resultado mostrou que apenas 32% dos brasileiros declararam estar de acordo ou apoiar as demandas no MST. Por outro lado, 66% afirmaram ser contrários às pautas do movimento, enquanto 2% não souberam ou não quiseram responder.

O Real Time Big Data também quis saber se o governo federal deve ajudar o MST. A essa pergunta, 62% responderam não, enquanto apenas 29% disseram sim e 9% não opinaram. Para finalizar, 70% dos cidadãos consultados acreditam que o apoio do governo ao movimento dos sem-terra não deve ajudar Lula nas eleições presidenciais de 2026. Apenas 22% consideraram que o apoio é eleitoralmente positivo e 8% não responderam.

A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. No total, 1.200 pessoas foram ouvidas entre os dias 15 e 16 de abril, em todas as regiões do País. Se considerarmos que Lula venceu as últimas eleições com mais de 50% dos votos, na prática, a pesquisa nos mostra que, mesmo para uma camada dos eleitores com perfil ideológico de esquerda, a imagem do MST é negativa.

A falta de apoio popular ao movimento dos sem-terra pode ser explicada por meio da análise de sua evolução histórica. O MST nasceu na década de 1980, defendendo a reforma agrária por meio da distribuição de terras ociosas a trabalhadores rurais. Na teoria, a mensagem era irretocável, mas ela acabou se perdendo na execução prática e as ocupações violentas ocorridas com o passar do tempo conferiram alta carga negativa ao MST.

Ainda estão vivas na memória das pessoas as notícias sobre propriedades invadidas, como, por exemplo, as fazendas da família do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e da empresa Suzano Papel e Celulose.

Além disso, também vieram a público as listas com nomes das pessoas à espera de serem assentadas, manipuladas pelo movimento para participação de atos organizados. Tais erros de estratégia fizeram nascer entre os brasileiros o conceito de que o MST é político e radicalizado.

Mesmo assim, Lula não abre mão de sua ligação com o movimento e tem atuado para beneficiá-lo no atual mandato. Ele acredita que o MST seja um apoio importante para 2026, mas essa pode ser uma jogada arriscada, especialmente quando precisar sair em busca de votos dos eleitores de centro e indecisos. Não estamos mais na década de 1980, os tempos mudaram. E os cidadãos brasileiros sabem disso.

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