Colunistas

Cláudio Humberto

"Ele tem falado basicamente igual a um esquerdista do Psol"

Eduardo Bolsonaro sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta, enrolando a anistia

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Consignado vira cilada para endividar trabalhador

Lançado com barulho pelo presidente Lula (PT) como “fórmula mágica” para tirar os trabalhadores do sufoco, cada vez se parece mais como uma arapuca o empréstimo consignado para trabalhadores com carteira assinada. O crédito, porém, será condicionado à garantia o FGTS da vítima. Apesar de operação tão segura, com risco de calote próximo de zero, os bancos fixaram juros de até 89% para esse consignado. Ficou claro que a arapuca faz a alegria dos bancos e não dos trabalhadores.

 

Empréstimo carcará

Os juros anuais do consignado para servidor somam 24,2%, beneficiário do INSS 23,2% e de 48,9% a 87% para trabalhadores do setor privado.

 

Assim não dá

Dados do Banco Central apontam que o juro médio do crédito pessoal em janeiro de 2025, 45,6%, um escândalo, foi menor que do consignado.

 

Quebrado e sem FGTS

Especialistas advertem: o trabalhador corre o duplo risco de ficar endividado e negativado, e ainda perder o saldo de FGTS.

 

Governo banqueiro

Como no caso do consignado, os governos Lula são conhecidos por garantir lucros siderais aos bancos. Está acontecendo de novo.

 

PE: Assembleia gastou milhões em mês de recesso

Deputados estaduais de Pernambuco parecem não estar nem aí com o dinheiro do pagador de impostos e torraram mais de R$2,3 milhões em janeiro, mês em que suas excelências da Assembleia Legislativa gozavam férias. Curiosamente, os quatro maiores gastadores torraram o mesmo valor, até os centavinhos: Diogo Moraes (PSB), Gustavo Gouveia (SDD), Nino de Noque (PL) e France Hacker (PSB) gastaram, cada um, R$60.073,27 na boquinha chamada de “verba indenizatória”.

 

O negócio é gastar

Cabe quase tudo cabe na regalia: paga assessoria jurídica, consultoria, divulgação do mandato, segurança, imóveis e, claro, aluguel de carrões.

 

Só carrão

O custo de carrões para os nobres desfilarem foi de R$504,5 mil. O rei da gastança foi Joãozinho Tenório (PRD), R$33.025 em janeiro.

 

Segurou o gasto

Dos que apresentaram nota, o gabinete mais econômico em janeiro é o de Mário Ricardo (Republicanos): R$38.368,00.

 

Mãos do destino

Está nas mãos do ministro Nunes Marques, indicado de Bolsonaro ao STF, o destino do ex-ministro Antonio Palocci, cuja delação devastadora detalhando esquemas de pagamento de propina a Lula. Inclusive através do banco Safra, de Joseph Safra, citado 68 vezes pelo ex-ministro.

 

Convescote do atraso

Lula viajará de novo na quarta-feira (9), desta vez para Honduras, para um convescote da esquerda mais atrasada do planeta: Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, onde ditadores dão as caras.

 

Tutti buona gente

Foi o próprio Lula quem inventou a Celac, em 2010, com os ditadores Hugo Chávez e Evo Morales e Cristina Kirchner, também condenada por corrupção, a fim de criar uma “organização internacional das Américas”, espécie de OEA paralela, cujo objetivo era só excluir EUA e Canadá.

 

La dolce vita

Esta será a última semana completa de trabalho na Praça dos Três Poderes, antes da Semana Santa. Com folgas na sexta (18) e segunda (21), o calendário dessas figuras será mais curto por 15 dias.

 

Fim do caminho

Maurício Neves (PP-SP) não acredita em recuperação na popularidade de Lula e avalia que o eleitor perdeu a confiança no petista. O deputado prevê cenário de renovação: “Um novo ciclo político vai surgir em 2026”.

 

Caso Ramagem

O deputado Paulo Azi (União-BA), presidente da CCJ da Câmara, irá definir o relator do pedido para suspender a ação penal contra Alexandre Ramagem (PL-RJ), no caso do suposto “golpe”.

 

Padrinho da autonomia

José Sarney será homenageado em maio por integrantes da Advocacia-Geral da União. A turma vai aproveitar o evento para pedir a bênção do ex-presidente para o que eles chamam de “autonomia da AGU”.

 

Cota trans

Guto Zacarias (União-SP) pediu à Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo para barrar a cota trans na Unicamp. O deputado estadual diz que a cota cria um privilégio e contraria o princípio da isonomia.

 

Pensando bem...

...espionar amigos não tem nada de paralelo.

 

PODER SEM PUDOR

Como driblar o vice

Prestes a viajar ao exterior, o presidente Juscelino Kubitschek foi advertido pelo ministro da Casa Civil, Antonio Balbino: atos pendentes seriam assinados pelo vice, João Goulart. O mais importantes era o preenchimento de uma ambicionada vaga de tabelião de notas no Rio de Janeiro. JK pediu uma lista telefônica de Curitiba, correu os dedos numa página qualquer e se fixou num nome repleto de consoantes. Acrescentou outras e ordenou: “Faça o ato de nomeação desse sujeito aqui.” O ministro ironizou: “Mas, presidente, ninguém vai encontrar essa pessoa para a posse...” JK sorriu, mineiramente: “Exato. Quando eu voltar, revogarei o decreto e nomearei outro.”

ARTIGOS

Às portas do Judiciário conquistas e desafios pós-reforma do CPC

10/04/2025 07h45

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O Código de Processo Civil (CPC) atual completou 10 anos de vigência em março deste ano e, mesmo já tendo produzido diferentes efeitos no mundo jurídico, quando comparado ao anterior (o de 1973), ainda impõe muitos desafios.

Quando de sua gestação, o referido código, promulgado sob a Lei nº 13.105/2015, já era alvo de questionamentos acerca de temas processuais que ainda não teriam sido entregues em sintonia com a realidade e, portanto, com a necessidade jurídico-social de então.

Somadas umas coisas e outras, foram mais de quatro décadas de vida do antigo código e, considerando o contexto histórico, político e social do seu nascedouro, somado à velocidade empreendida às relações humanas a partir da década de 1990, já era ressentida uma atualização condizente com as mudanças advindas na pós-modernidade.

Há uma inegável relação entre o Direito e o fato social, como já apontava o sociólogo francês Émile Durkheim, sendo, portanto, natural a ocorrência perene de atualização das normas jurídicas, já que para a vida em sociedade é imperiosa a existência de regras.

Entretanto, algumas leis, no sentido amplo, levam anos ou décadas a fio de tempo de discussão, a ponto de, quando eclodirem, já se apresentarem um tanto obsoletas, em face das alterações das necessidades que a vida social reclama.

Com a Lei nº 13.105/2015 não poderia ser diferente, embora ainda hoje, após 10 anos de vigência, seja comum que a chamemos nós, os operadores do Direito, por “novo CPC”.

Questões como prazos processuais, conciliação e mediação, Direito de Família, desistência de ação, prioridade de julgamento do mérito, entre outras importantes mudanças, foram recepcionadas de forma positiva pela comunidade jurídica, mas nunca bastante o suficiente para se considerar que os imbróglios jurídicos tenham sido resolvidos. 

Ainda hoje, por exemplo, é possível se defrontar com questões processuais que não receberam o devido tratamento quando da edição do atual CPC, o que acaba trazendo certo prejuízo à marcha processual ou ao próprio direito nela buscado.

Algumas lacunas legislativas são relativamente preenchidas pela jurisprudência ou mesmo pela doutrina correlata, como é natural ocorrer em todos os ramos do Direito, mas isso não traz a segurança jurídica almejada, já que esses preenchimentos são feitos ao sabor das interpretações e compreensões, em um dado tempo e por um dado ser, as quais nem sempre se traduzem em acerto e justiça.

Uma das questões que não foi devidamente enfrentada pelo CPC de 2015, por exemplo, e que é um dos temas mais incômodos em matéria jurídica é o crônico problema da morosidade no julgamento das lides.
Embora a Constituição Federal de 1988 tenha apontado as diretrizes com que os processos devem ser processados e julgados, a dicção nela apontada ainda carece de normatização objetiva, concreta e, sobretudo, eficaz.

No artigo 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal, estabeleceu-se (desde a Emenda Constitucional nº 45, de dezembro de 2024, batizada de Reforma do Judiciário), que a todos seria garantida a razoável duração do processo. 

No entanto, embora prevista tal garantia fundamental lá na Carta Magna, até hodiernamente, passado tanto tempo e mesmo com a vinda ao mundo jurídico da lei aqui comentada, não se definiram os meios, os instrumentos, a eficiência e eficácia jurídica, tampouco o esperado conceito do que se pode considerar como “razoável”.

ARTIGOS

Donald Trump, o tarifaço e o momento de olhar para Dubai

10/04/2025 07h30

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Com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025, o mundo empresarial enfrenta um velho conhecido: o protecionismo tarifário. As novas medidas anunciadas neste mês, com tarifas variando entre 10% e 25%, conforme a reciprocidade comercial percebida por Washington, reacendem incertezas em cadeias de suprimentos globais e pressionam custos de produção em diversos setores. Para países exportadores como o Brasil, o impacto vai muito além da relação bilateral com os EUA: ele força uma urgente diversificação de mercados e estratégias.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cerca de 20% das exportações brasileiras de manufaturados têm como destino os Estados Unidos. Com os novos entraves tarifários, o setor industrial brasileiro já projeta uma retração de até 2,3% no volume exportado ao país em 2025, especialmente em segmentos como autopeças, máquinas e equipamentos. O agronegócio, embora menos afetado diretamente, também deve sofrer com o encarecimento do transporte e a volatilidade cambial.

É nesse contexto que a busca por novos mercados se torna mais do que uma estratégia – torna-se uma necessidade. E é aí que Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, surge como uma alternativa robusta, ainda subexplorada por brasileiros.

Dubai não é apenas um destino turístico ou um ícone de arquitetura futurista. É, hoje, um dos hubs logísticos e financeiros mais dinâmicos do mundo. Em 2024, o emirado atraiu 6,7 mil milionários, superando os 3,8 mil dos Estados Unidos, segundo o Henley & Partners Wealth Report. São pessoas e empresas em busca de um ambiente seguro, estável e economicamente inteligente. Com zero imposto de renda, isenção sobre ganhos de capital e uma política ativa de atração de investimentos – incluindo o golden visa –, Dubai tem pavimentado o caminho para se consolidar como um polo de negócios global.

Não à toa, Dubai abriga mais de 72 mil milionários em uma população de apenas 3,6 milhões de habitantes. E esse poderio não se resume ao capital financeiro. O emirado é um ponto de conexão estratégica entre Ásia, Europa e África, com mais de 2,5 bilhões de consumidores ao alcance de um voo de quatro horas. Sua infraestrutura portuária e aeroportuária de classe mundial facilita o escoamento de produtos brasileiros e globais para mercados antes logisticamente inacessíveis ou economicamente menos vantajosos.

Apesar desse potencial, o empresariado brasileiro ainda conhece pouco sobre as oportunidades que Dubai e todo os Emirados Árabes Unidos oferecem. Segundo levantamento da GCS Capital – gestora de investimentos com presença física no emirado –, nos últimos 12 meses, mais de 50 pessoas físicas e jurídicas procuraram a empresa para entender melhor como acessar esse mercado. O interesse crescente reflete não apenas o cenário geopolítico atual, mas também uma maior consciência sobre a necessidade de internacionalização patrimonial e diversificação geográfica dos investimentos.

Setores como tecnologia, energia limpa, agronegócio, logística e real estate têm se consolidado entre os mais promissores para investidores brasileiros em Dubai. Além da reconhecida vantagem fiscal, o ambiente local oferece segurança jurídica robusta e processos governamentais ágeis e desburocratizados, além de incentivos estruturais que facilitam a abertura e a expansão de empresas internacionais. Tudo isso dentro de uma política econômica focada na inovação, na sustentabilidade e no crescimento de longo prazo – fatores que tornam Dubai um verdadeiro hub global de oportunidades.

Nesse novo xadrez econômico mundial, esperar que o protecionismo americano recue pode ser ilusório no curto prazo. Em vez disso, o momento exige ação e visão de futuro. A conexão está feita – agora, é hora de usá-la.

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