Colunistas

Cláudio Humberto

"Essa maluquice é novidade"

Vereador Carlos Bolsonaro (PL) sobre suposto envolvimento no caso da "Abin paralela"

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Esquizofrenia’ marca chapas à sucessão de Lira

As costuras para sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara seguem à risca fórmula assumida pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) de “fazer o diabo” na hora da eleição. O partido de Lira é do mesmo bloco do União Brasil, sigla do candidato Elmar Nascimento (BA), que, ex-amigo de Lira, foi rifado após o presidente da Câmara declarar apoio ao deputado paraibano Hugo Motta (Republicanos), partido de centro que faz parte de outro bloco parlamentar.

Tô fora

PSDB, Cidadania, PDT e PSB também são do bloco de 161 deputados que Elmar lidera na Câmara, mas todos pularam para o lado de Motta.

Na disputa

O PSD é do mesmo bloco do partido de Motta, mas ainda não o apoiou porque o líder Antônio Brito (BA) mantém a candidatura, sem chances.

Adversário em comum

Brito e Elmar, de blocos diferentes, até firmaram acordo de apoio recíproco para enfrentar o favoritismo de Motta. Fracassaram.

Traição em casa

Mesmo o União Brasil já coloca um pé na canoa de Motta. No PSD, com aval de Gilberto Kassab, dono do partido, Brito quer se manter no pleito.

Atraso do corte de gastos enfraquece Haddad

Fernando Haddad (Fazenda) engoliu mais uma derrota, após atrasar o suposto plano de corte de gastos do governo. Forçado a cancelar seus planos para viajar à Europa, o ministro virou alvo de ameaças de ministros como Carlos Lupi (Previdência) e Luiz Marinho (Trabalho), que prometem se demitir caso os cortes em suas áreas sejam concretizados. Mas Haddad não acredita na lorota da dupla de colegas: considera-os vaidosos demais para abrirem mão das boquinhas e suas vantagens.

Mercado desconfia

Ministra “sem lugar de fala”, Simone Tebet (Planejamento) prometeu, sem poder, que os cortes sairiam após as eleições. Até agora, nada.

Derrota do governo

Haddad tem sofrido derrotas sucessivas na Fazenda. Tentou emplacar a reoneração da folha e perdeu cinco vezes no Congresso Nacional.

É refresco

A inabilidade de Haddad na hora de “cortar na própria carne” não lembra em nada o ágil Taxadd que criou o imposto das blusinhas importadas.

Cabo eleitoral

O senador Jaques Wagner (BA) faz lobby por Edinho Silva, prefeito de Araraquara (SP), para a presidência do PT. Gleisi Hoffmann, humilhada pelo desempenho pífio do PT nas eleições municipais, inclusive no Paraná, seu Estado, tenta empurrar José “dólares na cueca” Guimarães.

Ativismo não cessa

A parcela lacradora da mídia brasileira se refere ao criminoso executado por seus desafetos do “PCC” como “empresário”. É uma forma sutil dessa gente desqualificar e até criminalizar quem empreende no Brasil.

Receita trágica

O deputado Beto Richa (PSDB-PR) acha que o rombo nas contas do governo Lula, R$105,2 bilhões só este ano, decorre de gastos descontrolados e gestão irresponsável. “Isso não pode continuar”, diz.

Havan, um sucesso

Luciano Hang, o “veio da Havan”, é só alegria. Seu grupo cresceu 26,3% no terceiro trimestre deste ano. Nos nove primeiros meses de 2024, a receita operacional bruta da Havan superou os R$11 bilhões.

Demorou

Ciro Nogueira (PP-PI) até vê algum esforço na PEC da Segurança do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça), mas diz que a proposta chega com atraso e não ataca as organizações criminosas.

Novos americanófilos

Após eleger só 12% dos prefeitos, a esquerda brasileira abandona o negacionismo da derrota alegando que a direita é que perdeu. Acabou no Irajá, aplaudindo Kamala Harris como focas amestradas. Que fase...

Administração do...

A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) informou que na última década, tirando a pandemia, o comércio com os EUA só diminuiu duas vezes: entre 2015 e 2016; e 2022 e 2023.

Restos de campanha

Continua no ar o site de doações para a milionária campanha derrotada de Boulos (Psol) em São Paulo. O ex-ativista de invasões do alheio não atingiu a última meta e estacionou em R$440,6 mil.

Pergunta na lógica

O Brasil deve se preparar para o êxodo de americanos fugindo da “ditadura Trump” e em busca da “proteção da CLT”?

PODER SEM PUDOR

Medo mineiro

O senador Milton Campos, da antiga UDN mineira, não era conhecido apenas pela honestidade. Também era conhecido o seu cuidado excessivo, para não dizer medo, nas viagens aéreas. Uma vez, voando de Belo Horizonte para Brasília, ao passar por turbulência preocupante, ele levou a mão à garganta e ficou pálido. A aeromoça, gentil, perguntou: “O senhor está com falta de ar?” Milton Campos respondeu amavelmente: “Não, minha filha. É falta de terra mesmo.”

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ARTIGOS

Caminhos da vida

23/11/2024 07h30

Arquivo

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A humanidade foi criada em meio a forças provisórias, buscando possíveis maneiras de construir ambiente favorável a seus anseios de eterno. Sempre haverá pela frente um início, um meio e um fim. E tudo leva a um novo construir e a um reiniciar rumo ao eterno.

Enquanto caminha, descobre sempre novas possibilidades tanto para si quanto para a história que vai acrescentando valores às suas conquistas. Essa história vai se concretizando na medida em que cada qual aceitar doar um pouco do que seja seu e contribua na perfeição de todos os sonhos dessa mesma humanidade.

Mesmo com o avanço progressivo da ciência, sempre permanecerão interrogações buscando respostas e explicações que satisfaçam tantas inquietudes e tantas dúvidas. Querendo desvendar certos mistérios. Entre eles buscam saber para onde caminharia essa humanidade. Caminhará para um possível fim ou a um eterno recomeço?

Analisando os últimos capítulos do Evangelho de São João (Jo. 18:33-37), certas sentenças proferidas pelo Mestre dos mestres exigem atitudes de grande confiança e profunda fé. Dando atenção ao Rei Herodes como representante das dúvidas do povo que se sentia incomodado pela presença do Mestre, ele profere uma pergunta ousada: “Então, tu és rei?”. Prontamente respondeu “sim” decidido a qualquer consequência.

Contudo, advertiu que era Rei, não como os reis do mundo. Era e é um Rei diferente. Assumiu o título de tantos que, ou por herança ou por proclamação do povo, constituiria um tipo de governar. E tal personagem levava consigo muitos troféus, muito ouro e muitos escravos.

Esses reis eram respeitados por seus súditos e temidos por seus inimigos. Criavam invejas pelas perdas e pelos sonhos de novas conquistas. Nada satisfazia. A busca de novas conquistas estava no sangue desses reinados. Buscavam sempre mais e mais terras e riquezas. A inveja gerava novas guerras. E as guerras geravam novos inimigos.

O Mestre, mais do que ninguém, conhecia em profundidade essa realidade. Sabia e conhecia o seu sofrimento. Por isso, não permitiu que observassem a composição do seu reinado como os demais. Sua declaração revelaria que o seu Reino não se igualaria com os demais. Os reinos comuns tinham seus exércitos defendendo seus patrimônios, suas armas para combater os seus inimigos.

Os reinos desse mundo são governados pela ganância do poder e do permanente enriquecimento, não importando com a guerra, com as injustiças, com as violências que forem necessárias, com a finalidade de domínio. Felicidade dependerá do tanto de bens e posses a conquistar.

O Reino que o Mestre vem anunciar não tem nada disso. O reino do mundo luta pelo ter, enquanto o reino de Deus luta para ser. O mundo quer ter sempre mais, e Deus quer ser sempre mais. Com o querer mais, o ser humano se escraviza mais aos bens materiais. Já os irmãos do Reino dos céus se fazem mais solidários partilhando tudo entre si.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Delinquentes eram os seus amigos"

Senador Sérgio Moro (União-PR) trocando farpas com o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ)

23/11/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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‘Rival’ de Musk que Lula arrumou não tem internet

Para concorrer no Brasil com a Starlink, empresa de Elon Musk de acesso à internet de alta velocidade via satélite, o governo Lula arrumou acordo com suposta “rival” chinesa chamada SpaceSail. Mas é tudo fake: a chinesa nem sequer dispõe de serviço de internet. Não tem nem site na internet. Para piorar, a SpaceSail não é empresa, é só projeto da China Great Wall Industry Corporation, “organização comercial” autorizada pelo governo chinês a oferecer o serviço que ainda não disponibiliza.

Sem comparação

A Starlink tem 7.062 satélites, mais da metade de todos os satélites existentes na órbita na Terra. O SpaceSail tem apenas 36.

Apurar é preciso

SpaceSail é “rival” de Musk só em manchetes brasileiras. Não é páreo para a Starlink, que opera com 250 mil clientes só no Brasil.

Tudo do governo

A CGWIC é subsidiária da China Aerospace Science and Technology Corporation, estatal que constrói os foguetes chineses.

Concorrência desleal

O SpaceSail começou testes em agosto, com 18 satélites, e outros 18 lançados em outubro. Internet talvez em 2026 ou 2027.

Sobrou para Lewandowski explicar jogada no Cade 

Deputados do partido Novo notificaram o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a explicar a exótica decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), cujo chefe Alexandre Barreto, a pedido da J&F dos irmãos Joesley e Wesley Batista, proibiu a empresa Paper Excellence de exercer os direitos de sócios da Eldorado Celulose. É mais uma jogada dos Batista, após derrotas na Justiça e em tribunais arbitrais, brigando para não entregar o controle da empresa vendida a Paper.

Todo cuidado é pouco

Conhecendo a reputação dos beneficiados, que andaram presos como corruptores, os deputados suspeitam de qualquer favor oficial à dupla.

Lorota oficializada

A Paper sequer atua no Brasil, mas o burocrata do Cade alegou, como quis a J&F, que a empresa pode “causar prejuízos” à concorrência.

Instrumentalização

Barreto foi indicado ao cargo pelo presidente do TCU, Bruno Dantas, genro do dono de empresa de eventos parceira dos irmãos Batista.

Crime e castigo

O Ministério Público do DF denunciou o dirigente petista Wilmar Lacerda, preso em 24 de outubro passado, por fazer sexo com menores. Segundo a denúncia, meninas de 12 ou 13 anos estão entre as vitimas.

Reino da hipocrisia

Os petistas dizem respeitar mulheres, mas na ONU, esta semana, negou apoio a resolução (aprovada) contra perseguição e matança de mulheres no Irã. Preferiu se unir a ditaduras reais ou disfarçadas para passar pano. 

Boicote ao Carrefour

O ministro Carlos Fávaro (Agricultura) sugeriu ao agro não fornecer carne para o Carrefour e Atacadão venderem no Brasil, como resposta à demagogia francesa. Para fazer média com os ineficientes produtores da França, a rede anunciou boicote à carne do Brasil e Mercosul.

Voto auditável

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Carol De Toni (PL-SC) convocou para quinta (28), às 10h, audiência pública sobre voto impresso, que desmascarou a fraude eleitoral na Venezuela.

Norte e Sul

Dois estados brasileiros registraram alta na taxa de trabalhadores na informalidade, comparando o último trimestre com o mesmo período de 2023: Roraima (alta de 3,6%) e Rio Grande do Sul (1,4%).

A língua de Malddad

Marca R$2 bilhões ao ano na calculadora de Fernando Haddad (Fazenda) o que o ministro espera economizar com o arrocho que sobrou para os militares. Malddad chama de “ajuste fiscal”, mas é corte mesmo.

Barraco

Uma publicação do juiz Marcelo Bretas causou um barraco entre o prefeito Eduardo Paes (PSD-RJ) e o senador Sérgio Moro (União-PR). No meio da baixaria, insultos como “lixo” e “delinquente”.

Cadê a vacina?

Enquanto o Ministério da Saúde insiste em dizer que há vacinas suficientes, 11 estados registram falta de algum imunizante: AL, MG, MS, MT, PB, PE, PI, RS, SC, SE e TO.

Pensando bem...

...empresa de internet sem internet não precisa importar da China.

PODER SEM PUDOR

O deputado que falava japonês

Deputado estadual do PTB de Minas, Saulo Diniz queria abrir a Usiminas a investidores japoneses. O governador Bias Fortes condicionou seu apoio à ida de uma delegação japonesa a Minas. No dia da audiência, Saulo Diniz traduzia a conversa dos japoneses. Bias ficou admirado: “Sabia de suas qualidades, mas não imaginava que falasse japonês...”
Não falava. Ele juntou três japoneses no cinturão verde de Belo Horizonte, vestiu-os de paletó e gravata e levou-os à audiência. Mas manteve a pose: “Meu irmão comunista, muito culto, sabe idiomas e me ensinou alguns...”

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