Colunistas

CLAUDIO HUMBERTO

"Essa situação é irreversível"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre a irresponsabilidade de Lula com o Congresso

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Gleisi aposta em reforma e cava cargo de ministra

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), tenta cavar um cargo de ministro, mas com gabinete no Palácio do Planalto, na reforma ministerial que ela acredita estar prestes a acontecer, talvez no início de 2025.

Ela sonha com o lugar de Rui Costa na Casa Civil. Além de abrigar as mudanças no tabuleiro do poder provocadas pelas eleições municipais, o governo pretende acomodar também qualquer alteração após as eleições das presidências na Câmara dos Deputados e Senado.

Desarticulação

Gleisi quer a Casa Civil, mas topa substituir Alexandre Padilha (Relações Institucionais), muito criticado até mesmo pelos próprios governistas.

Metralhadora no pé

Padilha admitiu, em entrevista, que a avaliação de Lula no final do terceiro mandato será pior que a avaliação nos mandatos anteriores.

Alvo fácil

Outro cargo que pode sobrar para Gleisi é a Secretaria-Geral da Presidência: já criticado publicamente por Lula, Márcio Macedo deve cair.

Mudanças certas

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, é cotado para o Itamaraty. O presidente da Câmara, Arthur Lira, avisou que não será ministro de Lula.

Visitas dos Batista ao Planalto precedem benesses

Só em maio deste ano a imprensa brasileira conseguiu flagrar os notórios Joesley e Wesley Batista rondando pelo Planalto, mas a dupla já circulava pelo palácio de Lula há pelo menos sete meses.

O registro da portaria do Planalto, em poder da coluna, mostra quatro visitas de Joesley e uma de Wesley. O primeiro esteve no palácio por duas vezes em 2023 e pelo menos mais duas no início deste ano. Wesley foi registrado uma vez, junto com o irmão, em 4 de outubro de 2023.

Estranha coincidência

Já em outubro de 2023, após a primeira visita, a CVM livrou os irmãos acusação de lucrar no mercado de ações desvalorizadas com a delação.

Acordão com Maduro

Em 8 de novembro, lá estava Joesley outra vez e, 22 dias depois, a Âmbar, dos Batista, foi autorizada a importar energia venezuelana.

Conveniente

Em dezembro, a vitória foi no STF, que suspendeu multa de mais de R$10 bilhões da J&F do acordo de leniência da empresa.

Zero surpresa

Após a vaia estrondosa de corretores de seguros a Fernando Haddad, no Rio, o ministro foi defendido por Armando Vergílio, da Fenacorde, que em 2022 doou R$15 mil ao Solidariedade, federado ao PT.

Dois pesos...

Na campanha presidencial de 2022, os ministros da corte proibiram Bolsonaro de participar de live na internet a partir de sua casa, o Palácio Alvorada. Mas não viram nada de mais Lula gravar no mesmo lugar vídeo pedindo votos para Guilherme Boulos. Nada como ter aliados.

Prerrogativa

O senador Rogério Marinho (PL-RN) lembra que é prerrogativa constitucional do Legislativo propor leis que aperfeiçoam as instituições, o que inclui o Supremo Tribunal Federal. Mas o choro é livre.

Denúncia grave

Chamou atenção de Osmar Terra (MDB-RS) fala o ministro José Múcio sobre "questão ideológica" minar acordo entre Brasil e Israel: "Se eu entendi bem, o ministro da Defesa fez uma denúncia gravíssima".

PSDB ladeira abaixo

Em 2020, o PSDB conseguiu eleger 513 prefeitos e se tornou o 4º maior partido, com 9,2% de todas as prefeituras. Em 2024, os tucanos foram depenados nas urnas, desabando para 276 prefeitos (4,9% do total).

Reeleições recordes

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios mostra que o número de reeleitos nas eleições deste ano já é o maior da história. A cada 10 candidatos que tentara a reeleição, 8 obtiveram êxito.

Tour no Sul

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro faz um tour nesta segunda-feira (14) pelo Rio Grande do Sul. Passa por Canoas (9h30), segue para Porto Alegre (12h30) e fecha o dia em Caxias do Sul (18h).

Ativismo sem limites

O Delegado Marcelo Freitas (União-MG) não acredita em mobilização da sociedade contra as ações anti-STF no Congresso, "Ninguém suporta mais o ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal!", diz o deputado.

Pensando bem...

...punir milionários com impostos é uma velha demagogia que os faz tirar o dinheiro do país.

 

PODER SEM PUDOR

Homem de visão

Penalizado com o ostracismo e admirador do estilo do ex-presidente, o jornalista Boris Casoy marcou uma visita por telefone, quando Jânio avisou que estava "cego".

Ao chegar, viu Jânio numa cadeira falar alto: "Viva o jornalista Casoy!" Estranhou ter sido reconhecido com total precisão e rapidez, e Jânio tratou de se explicar: "Não enxergo, mas vejo sombras, e a sua é inconfundível!"

 

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Cláudio Humberto

"Chamam de sorte, mas a gente sabe que é pura incompetência"

Evair de Mello (PP-ES) lista dólar e juros altos, rombo nas estatais, dívida alta etc. sob Lula

29/12/2024 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Congresso faz a festa com ‘ressarcimento’ bilionário

Desde 2020, senadores e deputados federais conseguiram torrar mais de R$1,11 bilhão apenas com “ressarcimento de despesas”, que batizaram de “cota para exercício da atividade parlamentar”, o popular “cotão”. Essa criação malandra, na prática, multiplica os ganhos dos parlamentares, que podem ressarcir quaisquer despesas, do pãozinho de queijo aos aluguéis, propaganda, almoços e jantares, aluguel de jatinhos etc. Em cinco anos, o gasto cresceu mais de 42%, na Câmara e no Senado. 

Estrutura caríssima

Os salários dos (muitos) assessores parlamentares, que não se queixam dos salários, estão de fora do “cotão”.

Ele contrata, você paga

Cada deputado ou senador pode gastar um total de R$125 mil por mês para contratar assessores de livre escolha, sem concurso.

Conta milionária

No Senado, o cotão já consumiu R$18 milhões em ressarcimentos para suas excelências, mas, calma, o ano ainda não acabou.

Pisando na jaca sem dó

Os deputados federais não se importam em pisou na jaca sem piedade: em 2024, eles já tiveram R$209 milhões em despesas “ressarcidas”.

Governo Lula é ouro e prata em gasto com viagens

Dois anos após a posse em seu terceiro governo, o presidente Lula (PT) voltou a fazer História no quesito gastança, sem qualquer compromisso com economia: o ano de 2024 nem acabou, mas o governo petista já torrou em viagens R$1,78 bilhão do suado dinheiro dos impostos. Mas o recorde foi registrado em 2023, primeiro ano do atual governo, quando os gastos siderais com passagens e diárias atingiram R$2,3 bilhões. Isso não inclui a farra principal das viagens e passeios de Lula e Janja e seus 40 ministros e de outras autoridades que só viajam em jatinhos da FAB.

‘Business trips’

Desse total bilionário, cerca de R$263 milhões foram destinados a bancar viagens internacionais dos funcionários do governo Lula.

Recorde absoluto

No ano de 2023, o primeiro do atual governo, os petistas embolsaram R$1,44 bilhão só em diárias, maior valor de todos os tempos.

Funcionário recebe

Em 2024, enquanto Deus e o mundo clamavam por corte de gastos, a turma do governo Lula embolsava R$1,12 bilhão somente em diárias.

Momento decisivo

Os futuros presidentes da Câmara e Senado têm a difícil missão de negociar auto-contenção ao STF. Após anular prerrogativas e de legislar, só falta declarar o Congresso “inconstitucional”, passível de extinção.

Dívida só aumenta

O governo está tão quebrado que já vende títulos que prometem mais de 15% de retorno já em 2025. Cada mil reais rendem R$153 em um ano, aponta o simulador do Tesouro Direto. Imaginem bilhões.

Efeito dominó

Praticamente todas as ferramentas de conversão de moedas online apresentaram erros, após o Google virar alvo da Polícia Federal, na caçada a responsáveis imaginários pelos erros do governo.

Adeus, reservas

O Banco Central torrou mais de US$30 bilhões (R$190 bilhões), desde o dia 19, para tentar conter a alta do dólar, após o fracasso do pacote fiscal e da verborragia do presidente e do ministro da Fazenda.

Dólar na cabeça

O governo Lula (PT) e o Banco Central se esforçaram para conter o dólar (e o noticiário), mas, segundo o Google Trends, a moeda americana está entre os assuntos mais buscados da internet no Brasil (número 8).

Cuidado aí

Lula (PT) recebeu o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito na sucessão de Arthur Lira (PP-AL), somente depois da reunião com o atual presidente, o maior eleitor da Câmara dos Deputados.

Tempus fugit

Tramitam no Congresso 26 medida provisórias assinadas por Lula. Duas delas estão na agenda inicial de problemas dos futuros presidentes da Casa: irão trancar a pauta antes do fim de fevereiro.

Muda nada

Sem Lei Orçamentária sancionada pelo presidente Lula ainda em 2024, o Poder Executivo só está autorizado a realizar despesas consideradas essenciais ou obrigatórias. Até o Congresso discutir e aprovar a lei.

Pensando bem...

...após se espantar com as leis de mercado, só falta a AGU acionar a Polícia Federal para apurar quem está por trás da lei da gravidade.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

A dona da voz

Interventor em Minas, Benedito Valadares era apaixonado pela voz melodiosa de uma locutora de Belo Horizonte, como lembra o escritor Petrônio Souza. Mas se a voz era bonita, a moça era feia de dar dó. Como a paixão é cega, os assessores de Valadares resolveram promover um encontro da locutora com o fã ilustre. Foi um desastre: ao ser apresentado à moça, no Lacmè, antigo point político e cultural da cidade, a paixão de Valadares parece ter entrado em estado de choque. Tosco, ele apenas balbuciou: “É este fantasma que tem aquela voz maravilhosa?” A pobre locutora morreu com raiva do fã que preferia não ter conhecido.
 

ARTIGOS

Expectativas da energia solar para 2025

28/12/2024 07h45

Arquivo

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Desde 2012, a energia solar gerou investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil e resultou na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Essa fonte de energia evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico no País, segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Agora, o Brasil acaba de superar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar, tornando-se o sexto país a alcançar esse nível, junto aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão. A fonte solar representa hoje 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, estando em segundo lugar entre os sistemas disponíveis, só perdendo para a energia hidrelétrica, ainda de acordo com a Absolar.

No entanto, recentemente, o mercado de energia solar no Brasil enfrentou mudanças significativas após a publicação da Resolução Gecex nº 666, que alterou as regras do Imposto de Importação para módulos fotovoltaicos. A alíquota, que antes era de 9,6%, subiu para 25%, aumentando os custos de equipamentos importados e impactando diretamente a viabilidade econômica de projetos solares, contribuindo para que o setor enfrente um dos maiores desafios de sua história. 

A taxação desestimula os investimentos e compromete o ritmo de crescimento da fonte limpa de energia em um momento de transição energética, uma vez que aumenta os custos dos projetos de energia solar e dificulta o acesso a equipamentos essenciais para a geração distribuída e centralizada. Com isso, muitos integradores enfrentam desafios financeiros, enquanto clientes finais podem sofrer com preços mais elevados e prazos ampliados.

O governo federal justificou o aumento por acreditar que a mudança poderá estimular o crescimento econômico, gerar empregos e reduzir a dependência de produtos importados. Mas o setor solar brasileiro ainda sofre com questões estruturais, já que a produção local não consegue atender à alta demanda. 

Sem dúvida alguma, a energia solar no Brasil não é apenas uma tendência, mas uma necessidade emergente. Graças à vasta extensão territorial e às condições climáticas favoráveis, o País oferece um potencial imenso, que vem se consolidando como uma das alternativas mais viáveis para atender à crescente demanda energética.

Por isso, o aumento do Imposto de Importação pode gerar um efeito contrário no curto prazo, limitando o avanço de novos projetos e a expansão do setor, que vinha crescendo com rapidez, por conta do aumento de investimentos em geração distribuída e centralizada.

Para evitar esse cenário, é essencial que governo e empresas trabalhem juntos para criar políticas que incentivem a produção nacional dos insumos necessários para gerar energia solar, garantindo um futuro mais sustentável e inclusivo para todos.

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