Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Não podemos tolerar que a Justiça seja usada como instrumento de perseguição"

Marcel van Hattem explica denúncia ao CNJ contra auxiliares de Alexandre de Moraes

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BNDES quintuplica farra com propaganda em 2024

Sem entregar nada de relevante sob o comando do ex-senador do PT Aloizio Mercadante, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) multiplicou em cinco vezes os seus gastos com propaganda até este momento, em 2024.

Só este ano, já foram torrados R$32,4 milhões em publicidade irrelevante em veículos governistas e redes sociais. Representam cinco vezes mais os gastos de R$6,2 milhões entre janeiro e julho de 2023, para vender não se sabe o quê.

Tem para todos

Emissoras, sites, jornalões etc recebem os maiores valores, mas Google, Facebook e até Beach Park também estão entre beneficiados na farra.

Até no exterior

Se não tem o que “vender” no Brasil, o BNDES castigou na propaganda em veículos estrangeiros como Financial Times, Economist etc.

Divulgando o nada

Outro gasto do BNDES é com “mídia exterior”, quase todos anúncios como cartazes, outdoors etc. em aeroportos, pontos de ônibus etc.

Presente natalino

O BNDES gastou R$38,8 milhões com publicidade em 2023, mas quase tudo (R$30,7 milhões) foi distribuído somente no mês de dezembro.

Batalha entre Poderes afeta eleição, sucessão...

A disputa aberta entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário em torno do pagamento (ou não) das emendas parlamentares colocou sobre a mesa todos os temas mais queridos da classe política nos últimos dias.

Do pagamento ‘extraordinário’ de auxílio-moradia nos tribunais à assinatura de proposições contra a vontade de Lula (PT), sem esquecer das disputas eleitorais regionais e as eleições que vão definir os novos presidentes da Câmara e do Senado. Tudo ‘entrou no ringue’ em Brasília.

Extraordinário demais

A comissão mista de Orçamento rejeitou crédito de R$1,3 bilhão ao Judiciário para pagar auxílios supostamente atrasados de 2017 a 2019.

Fogo trocado

O STF chancelou por unanimidade a decisão do ex-ministro de Lula, atual ministro do STF Flávio Dino de suspender as emendas impositivas.

Tudo é bala

Até as disputas pela sucessão de Rodrigo Pacheco no Senado e Arthur Lira na Câmara viraram “munição” na Praça dos Três Poderes.

Só pancada

“Não recebi a decisão d[o presidente do STF, Luis] Barroso como uma afronta, afronta é quando você briga de igual para igual. Eles não brigam, eles batem”, criticou o deputado José Medeiros (PL-MT).

Nem com esforço

A semana de “esforço concentrado” no Congresso rendeu embates entre poderes e nada da reforma tributária. A próxima vez que parlamentares vão se reunir será apenas na última semana de agosto.

Movidos a pó

Candidato do PRTB a prefeito de São Paulo, Pablo Marçal voltou a dizer que apresentará “na hora certa” provas da acusação de que candidatos são viciados em cocaína. “O povo já sabe quem é o aspirador de pó”.

Muito cuidado

Para Domingos Sávio (PL-MG), vice da Frente do Livre Comércio, o país “vive prenúncio de ditadura do Judiciário e se o Congresso não reagir em pouco tempo o Brasil corre o risco de mergulhar em ditadura de fato”.

Chefe tem

Ricardo Salles (Novo-SP) acha natural questionamento legal na eleição paulista: “todo jogo eleitoral tem isso: batalhão de advogados pedindo a impugnação de candidaturas”. Mas quem manda é o partido, lembrou.

Crescimento rápido

Até a noite de sexta (16), o pedido de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes na plataforma Change.org já havia acumulado mais de 326 mil assinaturas. Cerca de 250 mil na própria sexta.

Semiparlamentar

Estão previstas “sessões semipresenciais” para o Congresso Nacional, esta semana. Parlamentares estão autorizados a não trabalharem em Brasília para se concentrar no que realmente importa: eleições.

Sem muro

Surpreendeu tanto bolsonaristas, quanto petistas no Legislativo a defesa do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que já foi do Rede e do PSDB, do impeachment de um ministro do Supremo.

Pergunta na lógica

Se crítica é ataque e palavras, violência, agir ‘fora do rito’ é o quê?

 

PODER SEM PUDOR

Promessas, promessas

Em campanha para a prefeitura de Campina Grande (PB), Severino Cabral, pai do ex-senador e embaixador Milton Cabral, muito intuitivo, tinha uma equipe para fazer seus discursos e auxiliá-lo ao pé-de-ouvido nos palanques.

Num comício, ele desatou a fazer promessas, até anunciou que, eleito, levaria para a cidade um grande empreendimento. Ao seu ouvido, baixinho, o ex-deputado Raimundo Asfora orientou: “...em convênio com a Sudene.”

E ele repassou para a multidão o que havia entendido: “...e vou construir também um convento para a Sudene!”

 

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CLÁUDIO HUMBERTO

"O Brasil não aguenta mais dois anos de Lula"

Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) após sucessivas propostas de taxação do petista

15/01/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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PT e centrão disputam o Ministério da Saúde

É quase unanimidade no governo Lula que Nísia Trindade, ministra da Saúde, tem desempenho muito aquém no comando da pasta e tem tudo para sair da Esplanada na reforma ministerial que Lula deve deflagrou ao demitir Paulo Pimenta da Secom. Ao menos dois partidos já estão de olho na cadeira de Nísia: o PT, que sempre quer mais um naco de poder no governo, e o Progressistas, que oficialmente nem mesmo está na composição da base aliada de Lula no Congresso Nacional.

Dilma 3

Com possível saída de Alexandre Padilha das Relações Institucionais, o PT quer acomodá-lo na Saúde, cadeira que ocupou no governo Dilma.

Interesse especial

Com Flávio Dino (STF) travando as emendas parlamentares, o centrão cresceu o olho em ministérios com emendas obrigatórias, como Saúde.

Tudo nosso

O PT não pensa em perder o ministério de Padilha, vai apresentar outro nome para o posto: José Guimarães (PT-CE), líder de Lula na Câmara.

Tem que dividir

A base de Lula até reconhece o bom trânsito de Guimarães, mas já reclamou que não faz sentido manter a articulação política com o PT.

Tributarista prevê mais imposto ao agro em reforma

Especialistas em direito tributário e agrário alertam que a regulamentação da reforma tributária, na agenda do governo Lula em 2025, pode trazer prejuízos ao agronegócio. O risco é de elevação da carga tributária. Tributaristas como Lâmid Porto, Leandro Marmo e Luciano Faria, avaliam que a tributação em cascata sobre a cadeia produtiva e o aumento da burocracia podem prejudicar a competitividade do setor, que é fundamental para o bom desempenho do PIB brasileiro.

Vai apertar

Os tributaristas alertam que grande parte dos produtores que não pagam ICMS, PIS e COFINS, IPI, ISS, terão que pagar o IBS e a CBS.

Crédito escasso 

Com o IBS e a CBS incidindo sobre operações bancárias, há expectativa de dificuldade na hora de tomar crédito para produção rural.

Empregos em risco 

Lâmid explica que a exclusão de benefícios sob bens agrícolas, reduzem lucros de produtores e podem afetar a geração de empregos no campo.

Janjapalooza de milhões

É ainda maior a sangria nos caixas de estatais brasileiras para bancar o Janjapalooza, inicialmente estimado em R$33,5 milhões. O evento contou com injeção de ao menos R$83,45 milhões de empresas públicas

Cota Janjista

Mariah Queiroz, assessora do prefeito do Recife, João Campos (PSB), é quem vai assumir as redes socias na Secom e, consequentemente, o lugar de Brunna Rosa, apadrinhada por Janja e demitida por Sidônio.

Boquinha de siri

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até foi perguntado por jornalistas sobre a compensação de eventual isenção do imposto de renda para dois salários mínimos. Fez ouvidos moucos e não respondeu.

Foi rápido

Não demorou nem 24h oficialmente no cargo para que o novo ministro da propaganda de Lula Sidônio Palmeira começasse a rezar sob cartilha do PT. Já no discurso de posse, disse que a Meta fomenta “faroeste digital”.

Mudanças do BC

O Banco Central resolveu mudar a data de divulgação das estatísticas fiscais de janeiro. Diz que as instituições financeiras apresentaram “necessidade de prazo adicional” para se adaptarem ao novo sistema.

Linha-dura aprovada

Frustrou a turma que pretendia fazer uso político dos excessos da Polícia Militar de São Paulo o levantamento do Paraná Pesquisas que mostra aprovação dos militares em 53,1%. Os que desaprovam somam 25,7%.

Federação na pauta

Sem muita alternativa diante do fracasso eleitoral, caciques do PSDB, PDT e Solidariedade se reúnem nos próximos dias para discutirem uma federação para 2026. É isso ou o risco de extinção.

Lula lá?

Donald Trump convidou o presidente da China, Xi Jinping, para a cerimônia de posse como presidente dos Estados Unidos, dia 20. Javier Milei (Argentina) também foi convidado. Já Lula... ainda não foi chamado.

Pergunta na Ibovespa

Dólar abaixo dos R$6, só após o Carnaval?

PODER SEM PUDOR

O primeiro milagre de Lula

Ramez Tebet acabara de receber Lula na entrada do gabinete da presidência do Senado. Amassos de todo lado, multidão se espremendo para ver o presidente eleito, câmeras de TV, flashes espocando, empurra daqui, empurra dali. Lula finalmente chega ao gabinete, coalhado de políticos. Um deles, o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), num esforço muito grande, consegue se levantar da cadeira de rodas que usava habitualmente. Queria cumprimentar Lula de pé. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) percebe e toma um susto:
- Ronaldo, você está andando?!

ARTIGOS

Quem cuida do cuidador?

14/01/2025 07h45

Arquivo

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Em muitas famílias que têm um membro com Alzheimer ou com alguma condição de dependência, invariavelmente, alguém precisa assumir o papel de cuidador. Esses indivíduos desempenham um papel vital, oferecem suporte emocional, físico e prático a quem mais precisa. Mas, quando o cuidador precisa de cuidados, será que alguém está atento a eles? Principalmente quando o papel de cuidador é entregue a um familiar, este invariavelmente sofre e, por mais que se dedique, não consegue reduzir as perdas do enfermo, principalmente dos portadores de Alzheimer. Este cenário descrevo em “O que Me Falta”, com base em experiências pessoais com a doença. 

Mesmo que os cuidadores sejam profissionais de saúde ou assistentes sociais, todos enfrentam desafios significativos. O desgaste do cuidador ou a síndrome de burnout são realidades preocupantes. Longas horas de trabalho, responsabilidades emocionais e a constante pressão para proporcionar o melhor podem levar à exaustão física e mental.

Sem um suporte adequado, os cuidadores correm o risco de negligenciar a própria saúde e bem-estar. O primeiro passo para apoiar o cuidador é reconhecer a importância do autocuidado. Isso envolve práticas diárias que promovem a saúde física e mental, como alimentação equilibrada, exercícios regulares e momentos de descanso. Além disso, é crucial que eles reservem um tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, como ler um livro, caminhar no parque ou meditar. 

Uma rede de suporte robusta é essencial. Isso pode incluir familiares, amigos e colegas de trabalho que compreendam as dificuldades enfrentadas diariamente. Grupos de apoio e comunidades on-line também desempenham um papel importante, ao oferecer um espaço para compartilhar experiências e trocar conselhos. A sensação de não estar sozinho nessa jornada pode fazer uma diferença significativa. 

O acesso a serviços profissionais de saúde mental é fundamental. Psicólogos, terapeutas e conselheiros podem oferecer orientação e estratégias para lidar com o estresse e as emoções complexas que acompanham o trabalho de cuidado. Sessões regulares de terapia podem proporcionar um espaço seguro para que os cuidadores expressem suas preocupações e encontrem mecanismos de enfrentamento eficazes. 

Empresas e instituições de saúde têm a responsabilidade de implementar políticas que apoiem os cuidadores. Isso pode incluir programas de bem-estar no local de trabalho, horários flexíveis e iniciativas de reconhecimento e valorização. Políticas públicas que garantam acesso a recursos financeiros e serviços de apoio também são cruciais para assegurar que possam continuar seu trabalho essencial sem sacrificar a própria saúde.

Cuidar de quem cuida é uma responsabilidade coletiva. Reconhecer suas necessidades, oferecer suporte e implementar políticas eficazes são passos fundamentais para garantir que aqueles que dedicam suas vidas a dar suporte aos outros recebam o apoio que merecem. Somente assim podemos construir uma sociedade mais equilibrada e compassiva, em que todos, inclusive os cuidadores, possam prosperar.

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