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GIBA UM

"Nem trabalho com a hipótese da gente não superar esse negócio"

de Fernando Haddad, sobre o tarifaço de Trump

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A Câmara praticamente liquidou a legislação ambiental. Deputados aprovaram, na semana passada, até a madrugada, o chamado PL da Devastação, que desmonta o sistema de licenciamento. A votação aconteceu no Dia da Proteção às Florestas, quem comandou tudo foi Hugo Motta. Bernardo Mello Franco chama a proposta aprovada de “Frankenstein legislativo”.

Mais: Motta recebeu telefonema da ministra Marina Silva pedindo adiamento da votação, mas ignorou o apelo. O Observatório do Clima classificou a aprovação do projeto como “crime histórico” e “uma vergonha para o Brasil”. Em novembro, acontecerá a COP30 em Belém e será difícil explicar aos visitantes o que a Câmara acaba de fazer.

 Não tem saúde

A atriz Nanda Costa resolveu abrir o coração nas redes sociais e falou sobre a exaustiva pressão de estar sempre presente na internet. Em um post no Instagram, ela refletiu sobre como a relação com as redes sociais evoluiu ao longo do tempo. Começou como uma diversão, se transformou em uma ferramenta de trabalho — com oportunidades remuneradas surgindo — e, agora, tornou-se quase uma obrigação constante de gerar conteúdo para ser vista. Ela reconhece que essa "entrega" mudou completamente.

Apesar de toda essa dinâmica, Nanda afirma não ser movida pelos números. Para ela, a verdadeira conexão acontece na arte, seja o teatro ou a televisão. No entanto, a rotina imposta pelas demandas digitais tem cobrado seu preço. Eu não tenho mais saúde para isso. Trabalho 24 horas pensando em como crescer nas redes, pago gente para cuidar disso, e o ciclo não fecha. Vou fazer 40 anos no ano que vem.

Me sinto nova demais para ser considerada velha e velha demais para seguir certas tendências digitais”. Desde sua última aparição na TV aberta com a novela "Amor de Mãe" (2021), Nanda tem optado por trabalhos mais pontuais e curtos. Ela participou das segunda temporadas de "Cine Holliúdy" e "Justiça", além de investir em projetos cinematográficos como "O Auto da Boa Mentira" (2021), "Derrapada" (2023) e "Dona Lurdes — O Filme" (2024). Em breve, ela também estará em "O Diário de Pilar na Amazônia", previsto para estreia no início do próximo ano, onde interpreta Isabel, mãe da protagonista. Essa fase também trouxe novas frentes criativas.

Ao lado de sua companheira Lan Lanh e Orlando Ávila Kilesse, Nanda criou o canal infantil no YouTube Uki Kirê Ké, mostrando outra faceta artística e pessoal. Ela continua seguindo sua essência mesmo em meio ao turbilhão digital, sem perder seu compromisso com a arte e projetos autênticos.

Bolsonaro ganha até tornozeleira

Na quinta-feira passada (17), estimulado por tarifaço e pesquisas, o presidente Lula resolveu pegar carona na rejeição popular ao aumento do número de deputados, voltou a criticar Jair Bolsonaro e atacar Donald Trump, chamando o aumento de 50% de “chantagem inaceitável”.

Os políticos que apoiam a decisão de Trump foram chamados de “traidores da pátria”. Na sequência, Trump respondeu por carta, desta vez, endereçada a Bolsonaro, criticando o STF e insistindo que Lula “mude o rumo”. Também o ex-presidente resolveu fazer um pronunciamento, dizendo que “enfrentará a condenação” e que “tem certeza de que não será preso”.

O que Bolsonaro não contava foi a Polícia Federal batendo na porta de sua casa em Brasília, no bairro de Jardim Botânico (determinação do ministro do STF, Alexandre de Moraes) e avisando que ele passaria a usar tornozeleira. Deverá permanecer em casa à noite, não poderá se comunicar com o filho Eduardo e com diplomatas, bem como outros réus igualmente acusados de “tentativa de golpe de Estado”.

"Medidas restritivas"

Os advogados de Jair Bolsonaro foram igualmente surpreendidos com a operação da Polícia Federal na casa do ex-presidente, alvo de medidas restritivas. As buscas ocorreram no âmbito de uma nova investigação aberta no STF na semana passada, dois dias depois do tarifaço nos EUA.

O processo apura crimes de coação no curso de ação, obstrução e ataque à soberania. Mandatos foram cumpridos em endereços ligados ao Partido Liberal, legenda da qual Bolsonaro é “presidente honorário”. Mais: ele também não poderá ter acesso às redes sociais.

 Atacando de modelo

Grandes marcas frequentemente buscam figuras de destaque para representá-las, elegendo embaixadores locais ou, em alguns casos, globais, conforme o carisma e a visibilidade de cada indivíduo. Um nome de relevo nesse cenário é Emma Stone, que conquistou ampla notoriedade após seus papéis em filmes do Homem-Aranha e, especialmente, em “La La Land - Cantando Estações”, obra que lhe rendeu diversos prêmios.

Atualmente, a atriz e também produtora assume o papel de modelo na campanha outono/inverno da Louis Vuitton, ao lado de Hoyeon Jung. O objetivo da coleção é destacar a combinação entre conforto e elegância das peças.

Nos registros realizados pelo fotógrafo Ethan James Green, as duas atrizes são retratadas em ambientes sofisticados e boêmios, relaxando em luxuosos sofás, evocando um estilo refinado que vai além da simples associação com viagens. Já o designer Nicolas Ghesquière imprime na coleção sua estética característica, marcada por uma fusão de estampas xadrez vibrantes, florais e texturas opulentas.

“Não tenho mais”

Há tempos, Jair Bolsonaro anunciou que havia recebido, através de pix de seus admiradores, cerca de R$ 17 milhões, uma saída, segundo muitos, para não ser obrigado a revelar quaisquer outras fontes da dinheirama. Há alguns dias, o ex-presidente disse que estava mantendo o filho Eduardo nos Estados Unidos, para o qual enviava dinheiro regularmente.

Agora, garantindo que já mandou R$ 2 milhões, avisou que “não tem mais” recursos para mandar ao filho. O resto dos R$ 17 milhões deve ter tido outro destino. Ele acha que Eduardo “é mais útil lá fora do que cumprindo mandato” e tem de ficar lá.

Carta sem resposta

Lula havia sumido, reapareceu ameaçando até taxar big techs e assumindo na CNN Internacional uma ofensiva distante da ação do “comitê da crise”, comandado pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, que permanece aguardando resposta da carta que mandou ao governo norte-americano.

Na carta, Alckmin admite a derrota, cita “indignação” e pede uma negociação. O “comitê” nem sabia a quem mandar a carta, tamanha falta de diálogo com a gestão de Trump. Foram enviadas a funcionários do segundo escalão, segundo observadores.

“Nem trabalho com a hipótese da gente não superar esse negócio. Não faz sentido econômico. Qual é o sentido de taxar suco, café? Vão encarecer o café da manhã do americano. Os EUA deveriam é estar copiando o PIX”,

de Fernando Haddad, sobre o tarifaço de Trump.

Contra o mundo 1

Analistas mais lúcidos estão chamando a ofensiva de Donald Trump contra várias nações, usando de altos tarifaços, de “I Guerra Comercial Planetária”. É como definem essa guerra contra o mundo que pode ser interpretada sob vários ângulos: protecionismo, fortalecimento da extrema-esquerda, divisão geopolítica, intervenção na soberania de outros países, novas alianças e muito mais. O motivo principal pode estar na aurora do “Make America Great Again”, quando Trump justifica que a política tarifária estaria sendo usada para atrair de volta empresas americanas que se transferiram para outros países, com menor custo de manufatura. Ou pode ser um blefe.

Contra o mundo 2

Ainda a guerra de Trump: a reconcentração das exportações sendo originadas no próprio país, as sobretaxas seriam reduzidas ou até extintas para essas empresas. As empresas voltando serão isentas de taxas megalomaníacas e até incentivos. Valeria para companhias de outras nacionalidades que se instalarem na terra do Tio Sam. Existem, hoje, segundo a Apex, mais de 500 empresas brasileiras atuando nos Estados Unidos. A maioria é de empresas de serviços, escritórios comerciais e congêneres que não se enquadram no waiver das sobretaxas.

 À margem do tarifaço

Os Estados Unidos consomem 80% dos pescados brasileiros e, como a carga leva 25 dias para chegar ao destino, tudo já está suspenso. Por outro lado, a falta do embaixador dos Estados Unidos reflete as difíceis relações do governo Lula com a Casa Branca. O encarregado de negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, apenas anotou o que os exportadores reunidos por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, lhe falaram - e mandou para seu chefe (antes, emitira nota de apoio às ações de Trump contra o Brasil). De quebra, o chanceler Mauro Vieira, quase aposentado, prefere bajular Lula do que fazer seu trabalho de diplomata. Nunca conseguiu falar com Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA.

25 de Março na mira

A abertura de uma “investigação” contra o Brasil pelo Escritório de Representantes do Comércio dos EUA por práticas comerciais que o país norte-americano considera “desleais”, também tem foco na Rua 25 de Março, em São Paulo.

O documento classifica a tradicional região comercial como um dos maiores polos de pirataria do mundo e critica a ineficácia das autoridades brasileiras no enfrentamento ao comércio de produtos falsificados. Ao todo, foram abertas seis frentes; entre elas, comércio digital, tarifas preferenciais e etanol, além de pirataria no centro da capital paulista.

Big business

A EMS, de Carlos Sanchez, é forte candidata à compra da Medley. A francesa Sanofi busca um comprador para o laboratório farmacêutico, adquirido junto à família Negrão há 15 anos. A pedida começou acima de US$ 1 bilhão, mas a multinacional já teria baixado o sarrafo para a casa dos US$ 800 milhões.

Com faturamento anual de R$ 2 bilhões, a Medley é um dos maiores fabricantes de medicamentos genéricos do país. Com a aquisição, a EMS ampliaria sua liderança nesse segmento, aumentando a vantagem sobre a Eurofarma (segunda) e Hypera (terceira). E pularia para R$ 12 bilhões anuais.

Coca: outra marca

A Coca-Cola quer lançar uma nova marca no Brasil. Seria um refrigerante meio associado ao verão, ao calor, que tivesse alguma substância ativa capaz de potencializar esses atributos. Seria voltado ao público jovem. O objetivo é tirar pontinhos da Pepsi e de concorrentes no segmento de energéticos.

Uma dúvida é se a “Coca-verão” não acabará se sobrepondo à Coca clássica. O que vai diferenciar é o leve gosto da Coca e, especialmente, o maremoto de marketing de lançamento. A Coca já teve insucessos: Tab, Zico, Coke Energy, Coca-Cola Life e Odwalla (foram descontinuadas).

Mistura Fina

Presidente do Senado e caçador de cargos para emplacar afilhados, Davi Alcolumbre (União-AP) marcou somente para agosto a análise de indicações de Lula para agências reguladoras. Do total, 11 estão na gaveta desde dezembro de 2024, mas nenhuma é de interesse do dono da pauta. As votações representam novos desafios do governo desde a derrota do IOF, cujo aumento o Senado derrubou com tanta facilidade que a votação chegou a ser simbólica (agora, Alexandre de Moraes deu ganho de causa ao governo).

Das três indicações de Lula este ano, também aguarda análise a do juiz Carlos Pires Brandão para o STJ, vaga aberta em 2023. O indicado para a Agência Nacional de Mineração é um ex-lobista da Vale ligado a Helder Barbalho (MDB), governador do Pará. Já o ex-deputado do PT, Wadih Damous, aguarda há sete meses a análise de seu nome para a Agência de Saúde Suplementar. Há cargos vagos em 9 agências reguladoras, entre elas a Agência Nacional de Águas, Aviação Civil, Segurança Nuclear e Vigilância Sanitária.

Funcionários da Usina Santa Elisa, da Raízen, em Sertãozinho, interior de São Paulo, foram surpreendidos com seu fechamento na presença da polícia para evitar supostamente depredações, após a usina registrar prejuízo de R$ 2,7 bilhões no 3º trimestre da safra 2024/25. Fechar “por tempo indeterminado” joga mais de dois mil trabalhadores na rua. A Raízen, joint venture entre Rubens Ometto e a Shell, chamou o fechamento de “estratégia de reciclagem de portfólio”.

A crise da Raízen (teve faturamento de R$ 114,6 bilhões em 2021) provou queda de mais de 20% em suas ações. Ela opera os postos Shell e revendedores pressionados a comprar volume para estancar a sangria, já trocam Shell por bandeira branca. A Raízen é a segunda maior distribuidora de combustível, com 15,71% do mercado. Perde apenas para a Vibra (BR Distribuidora) com 23,78%.

  • In - Inverno: esmaltes em tons mais escuros
  • Out - Inverno: esmaltes em tons mais claros

CLAÚDIO HUMBERTO

"Estamos diante de uma tragédia anunciada"

Carlos Bolsonaro ao mostrar as crises de soluço do pai, Jair Bolsonaro

13/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Enel deve escapar outra vez de perder concessão

Seria longo o caminho, como cogitou a Aneel, até decretar a caducidade contrato da Enel, subsidiária da estatal italiana de energia que atua em São Paulo. O mais provável é que tudo acabe em pizza, multas pesadas e recursos intermináveis da Enel, como nas outras vezes, segundo os especialistas no setor. Tudo depende de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia de Lula (PT), que jamais atenderia Tarcísio de Freitas (Rep) para intervir na Enel. Quer mais é usar o episódio para desgastar o governador paulista, seu adversário mais temido depois de Bolsonaro.

Até Aneel resiste

A primeira dificuldade para fazer caducar a concessão é a proposta ser aprovada na diretoria colegiada da Aneel, que resiste a medidas assim.

Exemplo prático

Há dias, o diretor da Aneel Fernando Mósna propôs não renovar a concessão da Coelba, na Bahia, entregue a Neoenergia. Foi derrotado.

Multas, no máximo

Especialistas em energia, que monitoram a Aneel, acham mais provável aplicar multas pesadas, como em outras vezes, sem cassar a concessão.

Não tem gente

Ainda há uma dificuldade adicional: se a Aneel expulsar a Enel, não tem quem assuma a operação em São Paulo até que se realize nova licitação

Remoção da Magnitsky é ponto para a ‘química’

A remoção do ministro do STF Alexandre de Moraes da lista de sancionados da Lei Global Magnitsky foi interpretada até na oposição como vitória do governo Lula (PT) e principalmente do Supremo. Mesmo após semanas de tiroteio de denúncias envolvendo governo, Congresso e STF, incluindo a revelação do contrato de R$129 milhões do escritório de Viviane de Moraes, esposa do ministro, com o enroladíssimo Banco Master, foi encerrada a única pressão de fato que havia sobre a Corte.

Lamentável

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse ter recebido a notícia com “pesar” e que lamentava a decisão, apesar de agradecer o apoio de Trump.

Ex-violador?

Para Carlos Jordy (PL-RJ), Trump é “decepção” e banalizou a Lei Magnitsky: “Não existe ‘ex-violador de direitos humanos’”.

Sensação cara

“O sentimento, não escondamos, é de traição. Certamente o preço cobrado por Trump não foi baixo”, diz Maurício Marcon (Pode-RS).

Investigação aberta

Parecer técnico do TCU identificou possível uso pessoal da comunicação do órgão público ABDI pelo seu presidente, Ricardo Cappelli. O contrato de R$8 milhões teria sido usado para promoção eleitoral do político filiado ao PSB do ministro da Indústria (e vice) Geraldo Alckmin.

Intermitência perene

O Bradesco deixou na mão os 110 milhões de clientes, sexta (12), sem serviços de internet banking, app e até caixas eletrônicos. O banco disse que foi “problema no ambiente de infraestrutura interno do banco”.

Tarifaço mexicano

A CNI aperta o governo brasileiro para negociar acordo bilateral com o México. O governo mexicano resolveu mexer nas tarifas de importação. Análise preliminar prevê impacto negativo de US$1,7 bilhão.

O mundo capota

Ex-ministro de Lula condenado a dez anos no Mensalão e a 23 anos na Lava Jato (corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa), cuja pena o STF anulou, Zé Dirceu lançou canal oficial eleitoral no whatsapp.

Engorda no TCU

A turma da ONG República.org e outras seis entidades enviaram a Lula pedido para vetar um penduricalho no TCU que é considerada uma invenção malandra para engordar salários já obesos no tribunal.

Estabilidade

Pesquisa Real Time Big Data mostra equilíbrio na avaliação do governo de Raquel Lira (PSD) em Pernambuco. A aprovação é superior, soma 50%. A reprovação bate em 47%. Não sabe/Não respondeu são 3%.

À imagem e semelhança

Em “homenagem” a Lula (PT), foi batizado de Brachycephalus lulai, um minisapo descoberto em Santa Catarina. O animal laranja já nasce sapo (nunca é girino), só existe no Brasil e tem... número reduzido de dedos.

Greve petroleira

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) começa greve nacional nesta segunda-feira (15). Petistas rebeldes reclamam que negociações com a Petrobras não avançam. Dizem que a greve é por tempo indeterminado.

Pergunta no PT

Empresa de energia que não fornece energia é vítima do cliente que quer ligar a luz?

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Suplicy e a corda

Certa vez, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi conhecer o Círio de Nazaré, em Belém (PA). Na época ainda fazia pose de atleta e se meteu a puxar a corda, ao lado de milhares de fiéis. E se deu mal, muito mal. O então deputado Babá (Psol-PA) contou a cena com graça: “Suplicy foi ejetado em minutos. A força na corda é descomunal!” Não por acaso, anos depois, quando soube que a colega Heloísa Helena iria ao Círio, o cavalheiro Suplicy advertiu: “Cuidado com a corda...”

CLÁUDIO HUMBERTO

"Um tumultuador contumaz"

Deputado Bibo Nunes (PL-RS), sobre o barraqueiro Glauber Braga (Psol-RJ) na Câmara

12/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Governo escala Otto para atrasar dosimetria na CCJ

Já começou a entrar água no acordo dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), e Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fechados com a oposição, para as Casas votarem o projeto da dosimetria, que reduz pena de presos pelo 8 de janeiro. Na Câmara, foi vendido aos deputados que a proposta seria imediatamente votada pelos senadores no plenário, mas não foi o que aconteceu. Aliado de Lula, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Otto Alencar (PSD-BA), criou dificuldades.

Caminho

Otto cobrou de Alcolumbre que o texto passasse pela CCJ, atrasando a tramitação do projeto, que tem tudo para ficar para 2026.

Volta da anistia

Para consolar a oposição, Otto designou relator o senador Esperidião Amin (PP-SC), que anda falando até em substituir dosimetria por anistia.

Sessão relâmpago

O governo teme derrota no plenário e quer resolver na CCJ. O plano é abrir reunião com quórum mínimo governista e aplicar o rolo compressor.

Mata no início

Nesse plano, que dificilmente consegue prosperar, o Planalto precisa de 14 senadores para abrir a sessão e apenas 7 votos pela rejeição.

Lula gasta mais que candidatos no DF nas redes

Entre setembro e dezembro, o governo Lula (PT) torrou R$230 mil com “impulsionamentos” no Facebook e Instagram direcionados a internautas do Distrito Federal, onde sempre perde nas eleições. Ranking do Meta Ads dos maiores gastadores aponta que o Planalto gastou quatro vezes mais que o governo do DF (R$62 mil), que informa sobre escolas, obras e outros temas relevantes da comunidade. Despesas de pré-candidatos para 2026 também chamam atenção; José Roberto Arruda e Ricardo Cappelli gastaram mais de R$58 mil cada só em anúncios nas redes.

Gastador nº1

Arruda lidera entre indivíduos que mais gastam com anúncios da Meta (Facebook e Instagram) entre setembro e dezembro, no DF: R$58,7 mil.

Dados abertos

Cappelli (PSB), presidente de uma ABDI (Desenvolvimento Industrial), é o segundo que mais gasta com “impulsionamentos” no DF: R$58,5 mil.

Top five

O deputado federal Rafael Prudente (MDB) fecha o top 5 de maiores despesas com anúncios nas redes do grupo Meta, no DF: R$55,5 mil.

Nem adianta

Ao prometer veto à dosimetria, Lula (PT) nem sequer lembra que isso não tem a menor importância. Se a votação for expressiva no Senado como na Câmara, o veto seria derrubado com constrangedora facilidade.

Luzes, por favor

Se dependesse do governo paulista, Tarcísio de Freitas (Rep) já teria decretado intervenção na distribuidora de energia Enel. Mas a decisão é federal. “Intervenção funciona”, diz, “plano de contingência, não”.

Pressão política

Sóstenes Cavalcante (RJ) não escondeu o motivo de o projeto da anistia não andar no Congresso: pressão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Ligam e mandam whatsapp, diz o líder do PL.

É do Brasil

Um brasileiro que vai comandar a gigante Coca-Cola. Henrique Braun tem 57 anos e será o CEO global da empresa a partir de 31 de março de 2026. Substituirá o empresário britânico James Quincey.

Tudo em paz

Nome do PL para disputar a Presidência, Flávio Bolsonaro avisou que não conseguirão cavar uma briga entre ele e Tarcísio de Freitas, sobre quem ressalta a lealdade e amizade com Jair Bolsonaro.

Tanto ódio faz mal

Impressiona a expressão de ódio que Lula fez ao afirmar que Bolsonaro “tem que pagar”. Aliados dizem que a prisão do ex-presidente que tanto o amedronta é a vingança pelos seus 500 dias de xilindró por corrupção.

Prejuízo só cresce

Além de capturar um navio tanqueiro, o governo Trump anunciou sanções a outros seis navios do país do ditador Nicolás Maduro. Cada um pode carregar mais de US$ 120 (R$660) milhões em petróleo.

Prejuízo bilionário

A Fecomércio ainda finaliza as contas, mas já se sabe que os dois dias de apagão em São Paulo arrasaram com o setor de comércio e serviços. A estimativa é de prejuízo superior a R$1,5 bilhão.

Pensando bem...

...“agenda secreta” com ditador amigo é “soberania”.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Uma raposa em ação

Governador de Minas Gerais e já em campanha para presidente, Tancredo Neves fez um gesto de cortesia ao governo João Figueiredo: incluiu a ministra da Educação, Esther de Figueiredo Ferraz, entre os agraciados pela medalha da Inconfidência. No dia da solenidade, a ministra estranhou: “Não tenho qualquer das qualidades exigidas para merecer isso...” Em seu discurso, Tancredo justificou a reputação de raposa política: “A ministra está, realmente, fora do regime da medalha, ela tem muito mais virtudes que as exigidas...”

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