Acompanhei com profunda tristeza as manchetes dos nossos principais jornais televisivos que colocam o nosso país na quinta colocação entre as nações civilizadas que mais matam as mulheres, esposas, mães, companheiras, amigas e outros indicativos próprios da união entre o homem e a mulher.
Essa situação vergonhosa existe e vem chancelada por pesquisas idôneas. Em outra vertente mostra a preocupação cada vez mais crescente sobre a importância de se analisar esse fato sociológico, criminológico, moral, de forma clara e transparente. Sobretudo com a severidade da lei e a punição implacável.
Essa situação se alastra como um rastilho de pólvora em todo o território nacional. Todos os santos dias, constatamos essas condutas sórdidas e recheadas de desamor.
O casamento, a união estável e outras chancelas terão sempre como seu embrião precioso o desejo ardente de seus protagonistas de buscarem a felicidade que existe, resulta palpável e que está ao nosso redor. A constituição da família é o seu alicerce indestrutível, com as suas conquistas, derrotas, angústias, decepções, alegria e tristeza dela decorrentes e nunca com a mente voltada para cometer as atrocidades reprováveis.
As evidências são mais claras e mais fortes do que os enredos dos artigos, das crônicas, das novelas e tudo o que envolve esse roteiro de horror sem limite.
A mulher não é e nunca foi um produto, bem ou serviço colocados à disposição de quem quer que seja para ser vendida, trocada, emprestada, ultrajada. Nada disso. Tem a sua nobreza de sentimento, seu orgulho próprio e um amor grande e precioso no ato de se relacionar.
Nesse sentido próprio e peculiar, precisamos ter a sensibilidade de melhor interpretar seus propósitos elevados. Por isso incorrem em ledo engano aqueles idiotas que as maltratam até o fim da sua vida.
Enganam-se aqueles idiotas que pensam que as nossas mulheres mortas covardemente pelas ações insanas de poucos guardam alguma semelhança com a “Geni” cantada em verso e prosa pelo notável Chico Buarque de Holanda, patrimônio cultural da nação brasileira. Elas não têm essa fotografia. E mesmo que fossem, não poderiam nunca ser objeto de maus -tratos, sevícias, terror e morte.
Essa linha de pensamento tem a chancela dos relatos bíblicos sempre atuais. O rei Salomão foi o seu sustentáculo maior como autor de frases preciosas que encharcam de verdades imorredouras nossos corações. Salientou com todas as letras da sua sabedoria que a mulher virtuosa guarda a honra, enquanto os homens valentes guardam a riqueza. Mostrou o retrato santo da mulher.
O Rei dos judeus nos encantou com a sua sabedoria sem igual com outros tantos temas preciosos e atuais. É assim que precisamos observar o que acontece no dia a dia em todos os lares das nossas famílias, onde essa violência, essa brutalidade, não resulta em privilégio somente das classes mais humildes que vivem nos barracos, nas palafitas. Elas estão presentes fortemente nas mansões, nas residências luxuosas, nos palácios e outras vertentes diferenciadas.
Já escrevi nesse mesmo Correio do Estado em épocas recuadas uma recomendação às nossas mulheres sobre as ações sorrateiras de homens que surgem em suas vidas de forma fugaz e com os encantos e a elegância mentirosas retratadas pelos engodos e pelos estelionatos e outras ações preocupantes que precisam ser evitadas.
Quando a toda evidência no prosseguimento dessa relação, surgem as brutalidades, o desrespeito, as agressões físicas e outros tantos atos tresloucados, não adianta insistir. O enredo da tragédia está pronto, completo e acabado. O teatro de horror será anunciado.