Colunistas

Cláudio Humberto

"O agro está reclamando de quê?"

Presidente Lula, em entrevista, volta a perseguir um dos principais setores da economia

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STF aliado devolve a Lula liberação de emendas

O “plenário virtual” do Supremo Tribunal Federal (STF), no qual os ministros não aparecem para defender suas posições, avalizou a decisão monocrática de Flávio Dino, ex-ministro da Justiça, para restabelecer o poder discricionário do seu chefe, presidente Lula (PT), de liberar (ou não) emendas parlamentares. Agora, como nos primeiros dois governos, o petista poderá manter parlamentares “a pão e água”, a menos que votem favoravelmente a matérias do interesse do Palácio do Planalto.

Questão de poder

A decisão do STF, como fiel escudeiro do Planalto, nada tem a ver com “ética” ou “transparência”, tem a ver com poder. Todo poder a Lula.

Tapetão salvador

Lula quer de volta o balcão de negócios, quase extinto por três emendas constitucionais em vigor há dez anos, mas não tem votos no Congresso.

Lacração de toga

Na liminar concedida, Dino não resistiu à tentação de lacrar contra a perda de poder do presidente que o nomeou, na liberação de emendas.

Uma ‘oportunidade’

O presidente do STF, Luiz Barroso, disse que a decisão é “oportunidade”. Para que o Legislativo se curve ao Judiciário e Executivo, certamente.

Fichas-sujas tentaram ‘carona’ na PEC da anistia

Políticos condenados à perda de direitos políticos por crimes punidos na Lei de Ficha Limpa pressionaram o relator da PEC da anistia de dívidas de partidos políticos, senador Marcelo Castro (MDB-PI), a incluir no texto a possibilidade de perdão a figuras conhecidas do noticiário político e policial. O foco seria utilizar o afrouxamento na prestação de contas e, em especial, a imunidade tributária em processos administrativos e judiciais como caminho para perdoar políticos que já foram condenados.

Quem pressionou

Os ex-governadores Sergio Cabral (RJ) e Arruda (DF), e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) foram os que mais pressionaram.

Passando vergonha

Em 2021, a Câmara aprovou afrouxamento da punição nos casos de condenações por improbidade administrativa.

Cinco mil a menos

De acordo com a Justiça Eleitoral, quase 5 mil candidatos foram barrados pela Lei da Ficha Limpa somente entre 2014 e 2020.

Inquérito interminável

O senador Hamilton Mourão (Rep-RS) lembra que o “inquérito das fake news” já está aberto há mais de cinco anos no STF. “Ele [o inquérito] já está na creche, daqui a pouco incorpora as Forças Armadas”, ironizou.

Não duvide

Após o embate entre Congresso e STF por emendas, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) aposta que “em muito breve” o governo federal petista vai pagar apenas as emendas impositivas e pix “dos amigos do rei”.

Celeridade devida

Presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Carolina de Toni prometeu agilidade à PEC que limita decisões monocráticas de ministros do STF: “Daremos a celeridade devida à PEC”.

Interesses cruzados

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) não esconde seu ceticismo em relação ao impeachment de Alexandre Moraes. Para ele, há um “cruzamento de interesses”, como o medo de “confronto institucional” de Rodrigo Pacheco e pelos “interesses de parte dos senadores”. 

Pacheco, o avestruz

Amigos com cara de tacho esperavam mais do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que se omitiu também no escândalo do STF. Como avestruz, enfia a cabeça no buraco, fingindo-se de morto.

Amostragem vadia

Revolta que a “agência reguladora” Anac fiscalize aviões apenas por “amostragem”. A Voapass, do desastre que matou 62 pessoas, tem 15 aviões ATR, essa porcaria que cai mais do que Lula nas pesquisas.

Já precificou

O deputado José Medeiros (PL-MT) está confiante na aprovação da medida que limita decisões monocráticas no STF. “Dentro do Congresso já está precificada a autonomia dos ministros”, disse ele à coluna.

Sempre nossa conta

O mês de agosto chegou à metade e o governo Lula (PT) já conseguiu atingir a marca de R$942 milhões torrados com as viagens em 2024. Foram quase R$30 milhões com 9 mil voos apenas nos últimos 10 dias.

Pensando bem...

...no fim das contas, manda quem assina o cheque.

PODER SEM PUDOR

Contatos imediatos

Era a primeira vez que Leonel Brizola visitava o Congresso após o exílio, quando alguém se aproximou com os braços abertos: “Que honra encontrá-lo, governador!” Brizola cortou: “Sinceramente, não sei se o senhor é quem eu estou pensando, por isso não quero dizer um nome que o ofenda...” O homem fingiu não ouvir e disse que São Paulo estaria às ordens de Brizola. Era Paulo Maluf, desapontado por não ter sido reconhecido. Brizola se virou para Pedro Simon e Paulo Brossard: “Barbaridade, quem é esse cara de pau, tchê?”
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Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br

CLÁUDIO HUMBERTO

"O Brasil não aguenta mais dois anos de Lula"

Deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) após sucessivas propostas de taxação do petista

15/01/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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PT e centrão disputam o Ministério da Saúde

É quase unanimidade no governo Lula que Nísia Trindade, ministra da Saúde, tem desempenho muito aquém no comando da pasta e tem tudo para sair da Esplanada na reforma ministerial que Lula deve deflagrou ao demitir Paulo Pimenta da Secom. Ao menos dois partidos já estão de olho na cadeira de Nísia: o PT, que sempre quer mais um naco de poder no governo, e o Progressistas, que oficialmente nem mesmo está na composição da base aliada de Lula no Congresso Nacional.

Dilma 3

Com possível saída de Alexandre Padilha das Relações Institucionais, o PT quer acomodá-lo na Saúde, cadeira que ocupou no governo Dilma.

Interesse especial

Com Flávio Dino (STF) travando as emendas parlamentares, o centrão cresceu o olho em ministérios com emendas obrigatórias, como Saúde.

Tudo nosso

O PT não pensa em perder o ministério de Padilha, vai apresentar outro nome para o posto: José Guimarães (PT-CE), líder de Lula na Câmara.

Tem que dividir

A base de Lula até reconhece o bom trânsito de Guimarães, mas já reclamou que não faz sentido manter a articulação política com o PT.

Tributarista prevê mais imposto ao agro em reforma

Especialistas em direito tributário e agrário alertam que a regulamentação da reforma tributária, na agenda do governo Lula em 2025, pode trazer prejuízos ao agronegócio. O risco é de elevação da carga tributária. Tributaristas como Lâmid Porto, Leandro Marmo e Luciano Faria, avaliam que a tributação em cascata sobre a cadeia produtiva e o aumento da burocracia podem prejudicar a competitividade do setor, que é fundamental para o bom desempenho do PIB brasileiro.

Vai apertar

Os tributaristas alertam que grande parte dos produtores que não pagam ICMS, PIS e COFINS, IPI, ISS, terão que pagar o IBS e a CBS.

Crédito escasso 

Com o IBS e a CBS incidindo sobre operações bancárias, há expectativa de dificuldade na hora de tomar crédito para produção rural.

Empregos em risco 

Lâmid explica que a exclusão de benefícios sob bens agrícolas, reduzem lucros de produtores e podem afetar a geração de empregos no campo.

Janjapalooza de milhões

É ainda maior a sangria nos caixas de estatais brasileiras para bancar o Janjapalooza, inicialmente estimado em R$33,5 milhões. O evento contou com injeção de ao menos R$83,45 milhões de empresas públicas

Cota Janjista

Mariah Queiroz, assessora do prefeito do Recife, João Campos (PSB), é quem vai assumir as redes socias na Secom e, consequentemente, o lugar de Brunna Rosa, apadrinhada por Janja e demitida por Sidônio.

Boquinha de siri

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até foi perguntado por jornalistas sobre a compensação de eventual isenção do imposto de renda para dois salários mínimos. Fez ouvidos moucos e não respondeu.

Foi rápido

Não demorou nem 24h oficialmente no cargo para que o novo ministro da propaganda de Lula Sidônio Palmeira começasse a rezar sob cartilha do PT. Já no discurso de posse, disse que a Meta fomenta “faroeste digital”.

Mudanças do BC

O Banco Central resolveu mudar a data de divulgação das estatísticas fiscais de janeiro. Diz que as instituições financeiras apresentaram “necessidade de prazo adicional” para se adaptarem ao novo sistema.

Linha-dura aprovada

Frustrou a turma que pretendia fazer uso político dos excessos da Polícia Militar de São Paulo o levantamento do Paraná Pesquisas que mostra aprovação dos militares em 53,1%. Os que desaprovam somam 25,7%.

Federação na pauta

Sem muita alternativa diante do fracasso eleitoral, caciques do PSDB, PDT e Solidariedade se reúnem nos próximos dias para discutirem uma federação para 2026. É isso ou o risco de extinção.

Lula lá?

Donald Trump convidou o presidente da China, Xi Jinping, para a cerimônia de posse como presidente dos Estados Unidos, dia 20. Javier Milei (Argentina) também foi convidado. Já Lula... ainda não foi chamado.

Pergunta na Ibovespa

Dólar abaixo dos R$6, só após o Carnaval?

PODER SEM PUDOR

O primeiro milagre de Lula

Ramez Tebet acabara de receber Lula na entrada do gabinete da presidência do Senado. Amassos de todo lado, multidão se espremendo para ver o presidente eleito, câmeras de TV, flashes espocando, empurra daqui, empurra dali. Lula finalmente chega ao gabinete, coalhado de políticos. Um deles, o ex-governador Ronaldo Cunha Lima (PMDB-PB), num esforço muito grande, consegue se levantar da cadeira de rodas que usava habitualmente. Queria cumprimentar Lula de pé. O senador Ney Suassuna (PMDB-PB) percebe e toma um susto:
- Ronaldo, você está andando?!

ARTIGOS

Quem cuida do cuidador?

14/01/2025 07h45

Arquivo

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Em muitas famílias que têm um membro com Alzheimer ou com alguma condição de dependência, invariavelmente, alguém precisa assumir o papel de cuidador. Esses indivíduos desempenham um papel vital, oferecem suporte emocional, físico e prático a quem mais precisa. Mas, quando o cuidador precisa de cuidados, será que alguém está atento a eles? Principalmente quando o papel de cuidador é entregue a um familiar, este invariavelmente sofre e, por mais que se dedique, não consegue reduzir as perdas do enfermo, principalmente dos portadores de Alzheimer. Este cenário descrevo em “O que Me Falta”, com base em experiências pessoais com a doença. 

Mesmo que os cuidadores sejam profissionais de saúde ou assistentes sociais, todos enfrentam desafios significativos. O desgaste do cuidador ou a síndrome de burnout são realidades preocupantes. Longas horas de trabalho, responsabilidades emocionais e a constante pressão para proporcionar o melhor podem levar à exaustão física e mental.

Sem um suporte adequado, os cuidadores correm o risco de negligenciar a própria saúde e bem-estar. O primeiro passo para apoiar o cuidador é reconhecer a importância do autocuidado. Isso envolve práticas diárias que promovem a saúde física e mental, como alimentação equilibrada, exercícios regulares e momentos de descanso. Além disso, é crucial que eles reservem um tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, como ler um livro, caminhar no parque ou meditar. 

Uma rede de suporte robusta é essencial. Isso pode incluir familiares, amigos e colegas de trabalho que compreendam as dificuldades enfrentadas diariamente. Grupos de apoio e comunidades on-line também desempenham um papel importante, ao oferecer um espaço para compartilhar experiências e trocar conselhos. A sensação de não estar sozinho nessa jornada pode fazer uma diferença significativa. 

O acesso a serviços profissionais de saúde mental é fundamental. Psicólogos, terapeutas e conselheiros podem oferecer orientação e estratégias para lidar com o estresse e as emoções complexas que acompanham o trabalho de cuidado. Sessões regulares de terapia podem proporcionar um espaço seguro para que os cuidadores expressem suas preocupações e encontrem mecanismos de enfrentamento eficazes. 

Empresas e instituições de saúde têm a responsabilidade de implementar políticas que apoiem os cuidadores. Isso pode incluir programas de bem-estar no local de trabalho, horários flexíveis e iniciativas de reconhecimento e valorização. Políticas públicas que garantam acesso a recursos financeiros e serviços de apoio também são cruciais para assegurar que possam continuar seu trabalho essencial sem sacrificar a própria saúde.

Cuidar de quem cuida é uma responsabilidade coletiva. Reconhecer suas necessidades, oferecer suporte e implementar políticas eficazes são passos fundamentais para garantir que aqueles que dedicam suas vidas a dar suporte aos outros recebam o apoio que merecem. Somente assim podemos construir uma sociedade mais equilibrada e compassiva, em que todos, inclusive os cuidadores, possam prosperar.

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