Colunistas

Cláudio Humberto

"O rei das fake news das galáxias não para um segundo!"

Jair Bolsonaro, após Lula culpar as chuvas no Rio Grande do Sul pelo rombo fiscal

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Motta tem representante pessoal de Lira na Mesa

Arthur Lira (PP-AL) perde o poder com um novo presidente na Câmara, mas sua liderança ainda impressiona, mesmo atuando, como sempre diz, “no chão de fábrica”. Hugo Motta (Republicanos-PB), cuja candidatura só foi viabilizada após o apoio de Lira, teve a sabedoria de pedir a ele uma indicação pessoal para a 1ª vice-presidência. Altineu Côrtes (PL-RJ) foi o escolhido. O partido de Bolsonaro se vê representado, mas Altineu será sobretudo o homem de confiança de Lira na Mesa Diretora da Câmara.

Papéis definidos

Os mais experientes acham que o novo presidente exercerá seu cargo e ficará sob os holofotes, mas Altineu será o operador na “nova” Câmara.

Prerrogativas

O 1º vice substitui o presidente e trata de projetos de resolução, com poder de anular atos do Executivo, e concretiza pedidos de informações.

Artes e manhas

Aos 35 anos, porém em seu quinto mandato, Motta conhece as artes e manhas da política. Foi o mais “leve” dos postulantes à sucessão de Lira.

Lealdade reconhecida

Motta tem reputação de lealdade, e isso conta muito no meio político. Ele se expôs ao lado de Eduardo Cunha já no declínio do então presidente.

PP pressiona para rever de regras de inelegibilidade

Nem só de cargos é feita a negociação por troca de apoio para a escolha do novo presidente da Câmara e do Senado. O Progressistas, com sete senadores, costurou para levar a 4ª Secretaria como recompensa pelo apoio a Davi Alcolumbre (União-AP), mas o partido também quer ver pautado o Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/2023, que altera a Lei de Inelegibilidade e a Lei das Eleições. Se aprovado, esse projeto abre margem para contestar a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Câmara deu ‘ok’

O projeto é da deputada Dani Cunha (União-RJ) e já foi aprovado na Câmara. No Senado, já passou pela Comissão de Constituição e Justiça.

Jogo combinado

Governistas plantaram na mídia que o projeto afrouxaria a Ficha Limpa dando pretexto a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para não pautar a votação.

Parou e ficou

Os senadores conseguiram aprovar o regime de urgência do projeto, o que acelera a tramitação, mas nada acontece desde o início de outubro.

Meu pirão primeiro

Entra em vigor hoje (1º) o novo salário do presidente Lula (PT), invejáveis R$46.366,19. São mais de 30 salários mínimos. Ministros do STF, deputados federais e senadores também ganharam o reajuste.

Fake news do bem

Apesar do recorde de mentiras diante de jornalistas, na coletiva em “ambiente controlado”, quinta, Lula (PT) não foi incomodado com uma única pergunta questionadora. Nem interesse da turma da checagem.

Culpando os gaúchos

O presidente, que mico, também disse que “se não fosse o Rio Grande do Sul”, seu governo teria registrado superávit. Como se o seu governo tivesse cumprido as promessas de socorro aos gaúchos.

Na conta do Taxadd

Foi a “taxa das blusinhas”, defendida com afinco pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a responsável pelo rombo de R$2,1 bilhões dos Correios, é o que diz o presidente da estatal, Fabiano Silva.

Urna enxertada

Entre as confusões na primeira eleição de Davi Alcolumbre presidente do Senado, à época contra Renan Calheiros, terminou com 82 votos, um a mais que o total. Nunca houve uma explicação decente sobre isso.

Brasil brasileiro

Um dos maiores ídolos do Santos e inesquecível craque da Seleção Brasileira tricampeã do mundo em 1970, Clodoaldo teve o celular furtado enquanto posava para fotos com fãs, na porta da Vila Belmiro, minutos antes da chegada de Neymar. Bateram-lhe o aparelho no bolso de trás.

Vai e volta

Os 10 ministros que Lula exonerou na sexta (31) retomam os postos na Esplanada nesta segunda (3). Os auxiliares retornaram ao Congresso para participarem da eleição dos presidentes do Senado e da Câmara.

Inspiração criativa

A Justiça Eleitoral paulista condenou a deputada Carla Zambelli (PL-SP), na prática, por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político, já que fake news não é crime. São os mesmos “crimes” de Jair Bolsonaro pela reunião com embaixadores e o ato de 7 de setembro.

Pensando bem...

...abuso dos meios de comunicação é conteúdo ruim.

PODER SEM PUDOR

Burocrata irrecuperável

Quando se falava na recriação da SUDENE, afinal consumada, e na criação de novos órgãos no governo federal, lembravam sempre do saudoso ministro Hélio Beltrão, que tentou, em vão, diminuir a burocracia no Brasil. Certa vez, um assessor comentou com ele que um certo ministro era contra reforma administrativa porque teria “uma tendência para a burocracia”. Sempre bem humorado, Beltrão observou: “Ele não tem tendência, tem superintendência mesmo...”
 

Cláudio Humberto

"O governo parece macaco num Airbus apertando todos os botões"

Felipe Guerra, da Legacy Capital, sobre os desacertos do governo Lula na economia

05/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Senadores ‘indenizam’ despesas sem trabalhar 

O Senado teve só um único dia de trabalho nos dois primeiros meses de 2025, mas senadores já conseguiram drenar para seus bolsos mais de R$2,7 milhões em “ressarcimento de despesas” por meio da “Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, o “cotão”, malandragem criada para turbinar os salários de suas excelências. O ano legislativo nem começou, não há projetos aprovados, nem mesmo o Orçamento de 2025, mas eles obtiveram ressarcimento de R$763,4 mil em despesas com... gasolina.

Adoram viajar

Só em passagens foram R$300,1 mil este ano. O líder do governo Lula, Randolfe Rodrigues (PT-AP) gastou R$54,1 mil por nossa conta.

Minha imagem primeiro

A “divulgação da atividade parlamentar”, gastos com propaganda dos senadores, assessorias, gráficas etc, custaram exatos R$437.339,03.

Jeitinho

O cotão parlamentar (entre R$26,3 mil e R$55,4 mil por mês, a depender do Estado do senador) banca contas diversas, do cafezinho a aluguéis.

Muito mais gasto

O salário dos senadores, ajustado este mês, é de R$46,3 mil, além de terem outros R$133,1 mil por mês para pagar assessores do gabinete.

Rombo pode impedir Correios de honrar obrigações

O rombo de R$3,2 bilhões nas contas dos Correios em 2024, o maior de sempre, superando o prejuízo de R$2,1 bilhões de 2015, equivale a metade do déficit total das 20 estatais federais em princípio não dependentes do Tesouro Nacional, que chegou a R$6,3 bilhões. Com o possível rombo de R$5 bilhões em 2025, considerando o prejuízo de R$1 bilhão nos dois primeiros meses, a situação atinge nível desesperador, após a própria direção dos Correios admitir o risco de “insolvência”.

Calote pode vir aí

Ao admitir risco de insolvência em documentos internos, os Correios sinalizam eventuais dificuldades de honrar suas obrigações.

Mão boba no bolso

Para honrar suas obrigações, a estatal necessitaria de medidas drásticas ou “intervenção externa”, isto é, o bolso de quem paga impostos.

Gestão patinando

Os Correios adotaram um teto de gastos, suspenderam contratações temporárias e buscaram renegociar contratos. Mas o rombo continua.

Conta longe de fechar

O Portal da Transparência aponta que o governo Lula (PT) arrecadou pouco mais de R$1 trilhão em 2025, até a sexta-feira (28). O mesmo portal revela que os gastos do governo já passaram de R$1,54 trilhão.

Não param de voar

O Portal da Transparência atualizou os gastos do governo Lula (PT) com viagens em 2025: despesas pularam de R$64,7 milhões no dia 21 para quase R$80 milhões até a sexta-feira (28). Mais de R$2 milhões por dia.

O rombo Dilma

Nem a fortuna pessoal de US$420 bilhões de Elon Musk, o ser humano mais rico da História, cobriria o rombo deixado por Dilma (PT). Em 2015, o PIB brasileiro perdeu mais de US$650 bilhões em relação a 2014.

Não faz sentido

Três dos ministros mais apagados, Simone Tebet (Planejamento), Mauro Vieira (Relações Internacionais), e Macaé Evaristo (Direitos Humanos) seriam os “melhores”, diz pesquisa Atlasintel com 2.595 eleitores.

Tudo indefinido

O “acordo” entre STF, Executivo e Legislativo para liberar o pagamento de emendas parlamentares ainda não definiu se é constitucional o caráter impositivo das emendas e nem as próprias “emendas pix”.

Objetivo de sempre

Para Jair Bolsonaro, o pedido do PT para o STF punir seu filho Eduardo Bolsonaro tem o objetivo de abrir caminho, na Comissão de Relações Exteriores, para 37 acordos assinados pelo governo Lula com a China, incluindo empréstimo de R$4 bilhões do Banco dos Brics ao BNDES.

Showmícios

A ministra Margareth Menezes (Cultura) aproveitou o carnaval para faturar em apresentações nas cidades de Salvador (BA) e Campo Grande (MS) antes mesmo do fim de semana acabar.

Nem porco aguenta

Levantamento Safras&Mercado, com dados da Secretaria de Comércio Exterior, aponta que o preço diário da carne suína aumentou 30,3% mês passado em relação a fevereiro de 2024, apesar de a oferta ter crescido.

Pensando bem...

...com o clima de fim de festa no governo Lula, toda semana tem uma quarta-feira de cinzas.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Cheiro de vitória

Orestes Quércia (MDB) conta que só 45 dias antes teve certeza de que venceria a eleição do governo de São Paulo, em 1986. Eram 5h da manhã e, de megafone em punho, ele pedia votos na porta de uma fábrica. De repente, aproximou-se um Opala Diplomata branco (o carro mais chique da época) e dele desceu um homem elegante, de sorriso confiante. Era Fernando Henrique Cardoso, candidato ao Senado pelo MDB, que ainda não havia comparecido a um só comício. Quércia foi à forra, aos gritos: “Vencemos! Vencemos! Isso é uma prova que vamos vencer!” exclamou, apontando para FHC. Atônito diante do deboche, ele voltou ao Opala branco e sumiu. E jamais perdoou Quércia.

ARTIGOS

Tempos de trumpulência

04/03/2025 07h45

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Tempos de mediocridade. Tempos de ganância. Tempos de barbárie. Hora de lembrar José Ingenieros, em seu monumental “O Homem Medíocre”. A vulgaridade, ele nos ensina, só floresce quando as sociedades se desequilibram em prejuízo do idealismo. “É a renúncia do pudor do ignóbil... os homens vulgares ousam denominar ideias a seus apetites, como se a urgência de satisfações imediatas pudesse ser confundida com a ânsia de perfeições infinitas”.

Fixemos, agora, nossa visão sobre o arrogante governante, de topete alourado, que comanda a Nação da maior democracia ocidental. O que se distingue em suas feições, acentuadamente caracterizadas para parecer um feroz leão do planeta Terra, urrando para assustar aliados, impor medo aos adversários e apagar o simbolismo representado pela estátua da Liberdade, com seu facho iluminando o sonho de uma pátria livre e democrática para milhões de imigrantes?

Tempos de truculência! Tempos de Trumpulência! Tempos de mercantilização de valores. Cidadania?
Você, imigrante, quer ganhar um título de cidadão americano? Pois se dirija ao nosso balcão de negócios e aproveite os descontos. Hoje, o título está custando 5 milhões de dólares. Se não tiver essa grana, providencie com urgência seu êxodo da terra americana, sob pena de ser deportado. 

Em menos de dois meses, desde 20 de janeiro, quando Donald Trump tomou posse, a pátria americana ganha novos contornos. Está deixando de ser o berço dos valores espirituais – o direito de ir e vir, o livre debate entre os contrários, a livre expressão – para se transformar em um grande balcão de negócios.

Ingenieros volta a lembrar: “Os países são expressões geográficas e os Estados são formas de equilíbrio político. Uma pátria é muito mais que isso, e é outra coisa: sincronismo de espíritos e corações, têmpera uniforme para o esforço e homogênea disposição para o sacrifício, simultaneamente na aspiração à grandeza e no desejo da glória. Quando falta essa comunhão de esperanças, não há, nem pode haver pátria. É preciso que haja sonhos comuns, anelos coletivos de grandes coisas”.

E o que se vê na terra dos americanos? O refrão nos bonés vermelhos: fazer a América grande novamente. Como? Deportando milhões de imigrantes? Vendendo títulos de cidadania para imigrantes que tenham 5 milhões de dólares para comprá-los? Anexando o Canadá, cujo primeiro-ministro, Justin Trudeau, acaba de ganhar o título de governador do 51º Estado dos EUA? Querendo puxar a Groenlândia para o balcão de negócios? Ora, nosso território não está à venda, replica o governo da Dinamarca.

Será que o desprezo e o deboche do senhor Trump sobre seus aliados europeus contribuirão para engrandecer a América? Será que escantear a Ucrânia nas negociações de paz com a Rússia, quando é a Ucrânia que luta contra o invasor, é um gesto de respeito à soberania das nações? As leis de outros países podem ser jogadas no lixo pelo impetuoso governante norte-americano? Traduzindo: empresas americanas, que operam no Brasil, não devem respeitar os ditames legais do país, com registro de seus negócios e de seus dirigentes?

“Fazer a América grande novamente” requer decisões como a de retirar os EUA da Organização Mundial da Saúde e também retirar o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas?

Como é possível que o empresário mais rico do mundo, o senhor Elon Musk, detenha poder para ordenar a milhões de americanos que respondam a seus e-mails, dando conta do que fazem, sob pena de irem para o olho da rua? O senhor Musk, com seu gesto de levantar o braço direito, com a palma da mão aberta, em clara alusão ao nazismo, se não é membro oficial do governo, pode dar ordens aos funcionários públicos? Pode participar de reuniões com os secretários do governo Trump? É legal que um homem de negócios tenha acesso a dado sigilosos dos americanos? Todas essas perguntas remetem à outra indagação: será que o senhor Trump considera a Casa Branca e as instituições nacionais como extensão de seu resort Mar-a-Lago, em Palm Beach?

O fato é que o mundo vive um momento borrascoso. A comunidade mundial está assombrada com a avalanche de decretos assinados pelo senhor Donald Trump, que, tempos atrás, ficou famoso, com o programa de TV “The Apprentice” (O Aprendiz), do qual era apresentador.

Até quando o freio do bom senso fará o 45º e 47º presidente dos Estados Unidos da América cair na realidade e deixar de rugir, como o rei dos animais, ameaçando o planeta? Seus eleitores continuarão a lhe dar apoio ou repetirão o dito que marcou sua imagem: “Você está demitido”?

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