“Os invasores não agiram pra tentar depor o governo. A deposição do governo dependeria de atos que não estavam ao alcance dessas pessoas”, de ANDRÉ MENDONÇA // no plenário do STF, defendendo os vândalos de 8 de janeiro.
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“Não sei de nada”
O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do GSI do governo Bolsonaro, já andou avisando que se manterá em silêncio caso seja citado na delação premiada do ex-ajudante de ordens do presidente Mauro Cid. Heleno esteve ao lado do Capitão do primeiro ao último dia de seu governo. Mesmo assim, se necessário, repetirá “Não sei de nada”, especialmente se Mauro Cid o incluir no bloco dos suspeitos golpistas. Heleno anda sumido nos últimos meses. Na derrota de Jair Bolsonaro nas urnas, o general não aguentou: “Vamos para o pau”. O que também desmentirá.
ACORDO
O ministro Luiz Marinho (Trabalho) tem participado de articulações entre centrais sindicais e entidades empresariais para a criação de uma chamada “taxa negocial”, versão do antigo imposto sindical compulsório, que vigorou até 2017. Há conversações, entre também a CNI e a Febraban. O governo quer encaminhar ao Congresso projeto de acordo até o final de outubro. A taxa não será obrigatória e será baseada em propostas apresentadas conjuntamente pelos sindicatos e pelas representações empresariais.
Meia volta
A ex-deputada Margarete Coelho (PP-PI) não deverá ser a presidente da Caixa no lugar de Rita Serrano. Caberá ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) indicar quem comandará o banco. Ele quer para o cargo um perfil que já tenha experiência na área e quem possa confiar a gestão do órgão, equivalente a um ministério. Lula entregará a Caixa ao Centrão “de porteira fechada”, o que significa que deverá ceder todas as vice-presidências do banco para indicações políticas.
ADUBO ESPECIAL
A Bayer e o Citi vão adubar sua parceria no crédito ao agronegócio. A multinacional e o banco trabalham na criação de um segundo FIDC para financiar a cadeia de produção e distribuição de insumos agrícolas no valor de R$ 1 bilhão. O primeiro fundo lançado pela dupla, em março, no montante de R$ 600 milhões, atendeu mais de 50 parceiros da Bayer no Brasil. O banco norte-americano tem planos de vender cotas do FIDC em mercado.
Delírio
Quem estava perto morreu de rir ou achou que era delírio puro: dia desses, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) resolveu implicar com a capinha vermelha do celular de uma assessora da Câmara, quando a encontrou num dos corredores. E berrou: “Essa cor aí, ele é ladrão, ele roubou”. Referia-se ao presidente Lula. A dona do aparelho ficou meio assustada, mas depois reagiu, disse que vermelho era sua cor favorita e saiu andando, enquanto a parlamentar ainda resmungava qualquer coisa.

Sucesso merecido
Há pouco mais de dois anos o Brasil, se encantava com a maquiadora e advogada Juliette Freire no BBB21, no qual saiu vencedora, ganhando milhões de fãs e iniciou uma nova carreira, de cantora. Capa da revista digital Marie Claire Brasil, garante que sua melhor estratégia é ser ela mesma.
“Quando percebi o tamanho do que eu tinha me tornado, perguntei para os meus amigos: ‘O que fiz de mais? O que aconteceu para as pessoas gostarem tanto de mim?’ E eles amigos diziam que fui boa, justa, politizada, engraçada”. E completou: “Todo ser humano deveria ter o mínimo de consciência social e entender que é um reflexo de uma sociedade. Acho que faço o mínimo, nada além disso. E não sou unanimidade, não. Já fui cancelada, as pessoas discordaram de mim. Recebo críticas e já recebi até ameaças por isso. A minha estratégia é continuar sendo quem sou e o que me tornei”.
Acaba de lançar seu primeiro álbum em estúdio com participações de Marina Sena, Dilsinho, João Gomes e Nairo. E agora se prepara para iniciar sua turnê que leva o mesmo nome do CD ‘Ciclone’ começando por São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraná e Minas Gerais.
Sobre seu suposto namoro com o atleta de crossfit Kaique Cerveny, confessa: “Ainda está no estágio probatório, no Direito, você leva um tempo para ser efetivado no cargo, acho necessário, senão você não conhece a pessoa direito”.
Novo ministro é centroavante
Muita gente diz que ele não entende nada de esporte. Os mais chegados tratam de defendê-lo. Afinal, André Fufuca, 34 anos, novo ministro do Esporte, que se disse promovido “à primeira divisão da política”, em seu discurso de posse, é também centroavante em suas aventuras nos gramados da periferia de São Luis, no Maranhão ou na várzea da pequena cidade de Alto Alegre do Pindaré, controlada por seu pai, que lhe passou o sobrenome.
inda na posse, Fufuca reclamou: “Não me digam que eu não conheço o setor de esporte e por isso não serei um bom ministro. Aquilo que não conheço, vou aprender”. Parecia um bom menino dando seus primeiros passos no ensino primário. O novo ministro acha que também é vítima de preconceito: “Muita gente faz trocadilhos e piadas com meu nome”.
Nos novos dicionários “fufuca” significa “interjeição que expressa contrariedade, espanto ou surpresa”. E, realmente, pode ser usada misturada em linguagem meio chula.
Mais: mesmo o ministro André Fufuca, do Esporte, rasgando elogios a Lula e até chamando o presidente de “gigante da História”, integrantes da base do governo foram e continuam sendo contra sua nomeação para o ministério.
Foi vice-líder do governo Bolsonaro, integrou a tropa de choque de Eduardo Cunha, em pleno período de cassação de Dilma Rousseff e Ciro Nogueira, presidente do PP, diz que “ele é como um filho”. Ele prometeu uma gestão de continuidade na pasta que foi de Ana Moser, mas não tem a menor ideia de planos ou desafios que receberá de herança.

Atração das tardes
Há tempos a Globo procura uma atração para ocupar as tardes de segunda a sexta da emissora, logo após a exibição do Jornal Hoje, que atualmente é ocupado por mais uma reprise de novela. Agora uma luz no final do túnel começa a surgir e com personalidades que estão fazendo muito sucesso nas manhãs da emissoras.
Trata-se de Tati Machado e Ju Massaoka, que fazem sucesso nos programas Encontro, Mais Você e É de casa. A intenção da Globo seria unir pautas de televisão, mundo dos famosos, e dos programas da casa, que ficaria por conta de Tati Machado, com notícias que estão em pauta também na internet e debater os assuntos mais comentados no qual Ju Massaoka ficaria responsável. Se der certo as duas deverão ser substituídas por outros profissionais nos programas matinais.
Excessiva
Criminalistas estão considerando excessivos os 17 anos de prisão dados a Aécio Lúcio, por participar da quebradeira de 8 de janeiro. Dos 17 anos de prisão, Aécio deve cumprir 15 anos e seis meses de regime fechado e um ano e seis meses em regime aberto. Nove entre dez criminalistas consideram que a pena final deveria ficar em torno de 10 anos e quatro meses de reclusão. Apesar das hostilidades programadas por ele, Aécio ainda é primário – e originalmente “mané”.

Cigarro eletrônico
O ministro Celso Sabino (Turismo) apareceu fumando um “vape” (cigarro eletrônico) durante uma reunião virtual na semana passada. A lei proíbe o uso de cigarros eletrônicos em lugares fechados e além disso, desde 2009 os cigarros eletrônicos têm sua importação, venda e propaganda vetada pela vigilância sanitária brasileira. Em nota, por recomendação do próprio Sabino, o Ministério do Turismo alegou que o ministro “está lutando para se livrar do cigarro há cerca de um ano”.
Prescrição à vista
A Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907 vai se reunir com o ministro Flávio Dino (Justiça) para pedir que o governo brasileiro faça uma tentativa junto aos Estados Unidos pela extradição dos pilotos Joseph Lepore e Jan Paladino. O episódio remente aos trágico acidente de 28 de setembro de 2006, quando um Legacy pilotado por Lepore e Paladino colidiu e derrubou um avião da Gol no Mato Grosso, provocando a morte de 154 pessoas. Os dois foram condenados primeiro pelo TRF-1, depois pelo STJ e pelo STF, mas voltaram aos EUA e nunca se apresentaram. São considerados foragidos no Brasil e a pena prescreve no final de outubro.
FESTA DE LÁPIS
Equivalem a 3,8 milhões de canetas Bic o custo de Lula e comitiva, por dois dias, na cidade de Nova York. O Índice Bic é compatível com o apego do presidente a kits promocionais como revelam imagens que viralizaram na internet em que aparece enchendo a mão de lápis promocionais do G20, na Índia, para depois repassá-los a Janja, que os enfiou em sua famosa bolsa Celine. No dia seguinte, em suas redes sociais, Janja divulgou uma foto de vários lápis, para mostrar que os objetos embolsados não eram canetas (!).
MISTURA FINA
SE Bruno Dantas (TCU) for o escolhido por Lula para o STF, dois nomes já são cotados para sua vaga: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e a senadora Daniela Ribeiro (PSD-PB). Bruno, contudo, enfrenta dois adversários competitivos: Jorge Messias (AGU) e Flávio Dino, ministro da Justiça. Quem não gosta de Dantas no STF lembra que sua eventual saída do TCU aceleraria revezamento no comando da Corte. Com isso, em 2026, ano eleitoral, a presidência do TCU seria de Jorge Oliveira, indicado por Jair Bolsonaro.
POR outro lado, para Rodrigo Pacheco, a hipótese mais provável até agora é que ele dispute o governo de Minas Gerais em 2026 com apoio de Lula. Nos bastidores do Congresso, há ainda os que defendem uma “operação casada” para emplacar Dantas no Supremo e Rodrigo no TCU. Daniela Ribeiro também pode ser indicada para o TCU. Desde a aposentadoria de Ana Arraes, o tribunal não tem uma ministra mulher.
O GOVERNO brasileiro promete quitar ainda em 2023 todas as dívidas acumuladas desde 2014 com organismos multilaterais internacionais, o que Lula inclui no “pacote” de herança de Bolsonaro. No total, são cerca de R$ 4 bilhões, dos quais quase R$ 2 bilhões já foram pagos desde janeiro e outros R$ 2 bilhões, ainda em aberto, deverão ser quitados até dezembro.
O MINISTRO aposentado do STF, Celso de Mello afirma que o voto do magistrado Alexandre de Moraes pela condenação do primeiro réu julgado pela corte pelos ataques de 8 de janeiro foi “realmente brilhante e primoroso”. Para Mello, a condenação de 17 anos representa “uma advertência dirigida à turba”.
EM busca de maior imagem e sonhando com mais votos no ano que vem quando disputa sua reeleição na prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) quer asfaltar todas as 1.800 vias da cidade que ainda são de terra e que não estão em áreas de mananciais, loteamentos irregulares ou situações similares. Nunes acha que o investimento na cobertura asfáltica é um dos caminhos para enfrentar as urnas de 2024.
A RECENTE mudança no comando da Eternit é um novo round na disputa por poder maior entre dois grandes investidores, Lírio Parisotto (ex-Luiza Brunet) e Luiz Barsi. A nomeação do então conselheiro Paulo Andrade para o cargo de CEO é considerada uma vitória de Parisotto. A missão de Andrade é encerrar o processo de recuperação da Eternit, o que é uma história encruada. As dívidas da empresas já foram todas quitadas há um ano e nada da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo encerrar o processo.
*Colaboração: Paula Rodrigues






