Colunistas

Cláudio Humberto

"Para ser viável, Caiado precisa do apoio de Bolsonaro"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) dimensionando o capital político do ex-presidente

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Adesão de Motta tranquiliza Lula para aprovar IR

Lula aposta na viagem ao Japão para levar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), no papo e garantir aprovação da “reforma do Imposto de Renda”, na tentativa de reverter a queda de popularidade. Na avaliação do Planalto, Motta já aderiu a Lula. Mais: devem voltar do Japão “amigos desde criancinhas”, após 24 horas, só na ida, “abrindo o coração” para o presidente. Cabe ao deputado determinar a tramitação na Câmara, inclusive dispensando o parecer de comissões temáticas.

 

Caminho longo

No cenário mais lento, o texto pode passar por Economia; Constituição e Justiça; Trabalho; Indústria Comércio e Serviço; e Finanças e Tributação.

 

Tá dominado

Das cinco comissões, o governo só conseguiu emplacar aliados em duas: Trabalho e Finanças. A oposição dominou todo o restante.

 

Limite elástico

Na oposição, não há movimentação para barrar o texto, pelo contrário, há articulação para subir a isenção para até R$10 mil.

 

Trincheira

Na negociação deve ir Fernando Haddad (Fazenda). A briguenta Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) é tida como bola nas costas.

 

Só no Brasil: Rio terá ‘esticadão’ de 6 dias em abril

O Rio de Janeiro se prepara para desfrutar um dos maiores feriadões dos últimos anos: serão inacreditáveis seis dias sem trabalho para cariocas e fluminenses dentro de menos de um mês. A folga começará na Sexta-Feira Santa (18 de abril) e se arrasta até São Jorge (23 de abril). Em duração, será um feriadão maior até que o próprio Carnaval, maior festa popular do País. A expectativa é que tanto quanto as escolas de samba e blocos de rua, também o feriadão de seis dias atraia turistas.

 

Devagar, quase...

A Sexta-Feira Santa é um dos 12 feriados nacionais e Dia São Jorge, padroeiro do RJ, é feriado estadual. Entre eles, um belo fim de semana.

 

Os recordistas

Brasil tem muitos feriados, mas a Colômbia é imbatível, com 18 e Argentina e Chile com 15 dias de vagabundagem nacional todos os anos.

 

País de festas

Além dos 12 feriados anuais, 13 em ano eleitoral, os brasileiros têm 692 datas comemorativas, que, aqui e ali, acabam virando feriados também.

 

Nem precisava tanto

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal reservou três sessões, por dois dias, para decidir o que já está decidido: tornar réus por suposta tentativa de golpe o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados.

 

Falou demais

Rodrigo Valadares (União-SE) disse que vai convocar o ministro Ricardo Lewandowski para que explique fala depreciando o trabalho da polícia, “Colocar a culpa nos policiais é muita covardia”, avaliou o deputado.

 

Dona encrenca

Não demorou para que a briguenta Gleisi Hoffmann, agora ministra da articulação política, arrumasse confusão com o PSD. Fala de Gleisi chamando Gilberto Kassab de “injusto com Lula”, irritou o partido.

 

Aí tem coisa

Líder da Oposição, o deputado Zucco (PL-RS) acionou o Tribunal de Contas da União para investigar a contratação sem licitação e por meio bilhão de reais de uma ONG espanhola para “infraestrutura” na Cop30.

 

Politizaram a ignorância

Viraliza vídeo em que a ministra do Trabalho da Espanha, Yolanda Dias, critica propostas da esquerda “woke” tipo “Matemáticas socioemocionais com perspectivas de gênero”, como se dois mais dois não fossem quatro. “Nunca se havia politizado a ignorância como agora”, disse sob aplausos.

 

Janjatour

“O governo Lula é muita afronta para quem precisa trabalhar para viver”, critica o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) após revelada mais uma viagem internacional de Janja. Por conta do pagador de impostos, claro.

 

Pós-viagem

Já tem gente achando que Lula vai mexer no governo quando voltar do Japão. Há 18 meses ele ameaça “reformar” o ministério, mas desta vez fará demorada viagem com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), e Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), adoradores de boquinhas.

 

Galinha bolsonarista

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) ironizou Fernando Haddad (Fazenda) por culpar o ex-diretor do Banco Central Roberto Campos Neto pela alta da Selic: “E o ovo? A culpa é de galinhas bolsonaristas?”.

 

Pensando bem...

...reforma na Esplanada, nem estética.

 

PODER SEM PUDOR

Candidato sem-vergonha

Político no Rio Grande do Sul, Nelson Jobim foi em 1988 a um comício do candidato do PMDB à prefeitura de Tupanciretã. Na região, os candidatos visitavam os palanques dos adversários, dando um tom civilizado às campanhas. Naquele comício, Jobim percebeu a presença no palanque de dr. Marcel, candidato do PDS local, e resolveu refletir sobre aquele gesto: “Por que será que o dr. Marcel está no nosso comício?...” Fez-se silêncio. Sempre com ar reflexivo, Jobim repetiu, pausadamente, mas com eloquência: “Por que será que o dr. Marcel está no nosso comício?!...” Quando se preparava para responder à própria pergunta, ouviu os gritos de um bêbado, sempre aparece um bêbado nessas horas, gritando do meio do povo: “Ora, porque é sem-vergonha, tchê!”

CLÁUDIO HUMBERTO

"A solução do governo Lula sempre vai na linha de enganar o povo"

Deputada Adriana Ventura (Novo-SP) sobre proposta para mudar cálculo da inflação

25/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Pacheco titubeia e PT procura opção em Minas

Com Rodrigo Pacheco (PSD-MG) indeciso sobre disputar o governo de Minas Gerias, em 2026, o PT se articula para encontrar opção porque duvidam que o senador queira montar palanque para Lula. Por enquanto, se Pacheco não topar, o partido vê o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também do PSD, como plano B.  O problema é que ambos são muito fracos. Pacheco e Silveira já andaram em rota de colisão, mas se entenderam. O PT quer nome próprio na disputa.

Ministro obediente

Para se credenciar, Silveira faz o que Lula manda sem hesitações no ministério do qual a Petrobras, protagonista do Petrolão, é subordinada.

Papagaio de pirata

O ministro de Minas e Energia também não perde chance de aparecer como papagaio de pirata de Lula, nas agendas do petista em Minas.

Voto que é bom...

O PSD terá grandes dificuldades eleitorais em Minas, onde suas opções majoritárias não parecem ter “tração” para a disputa pelo governo.

Solução caseira

Se não fechar com o PSD, o PT avalia para o posto a ministra Macaé Evaristo (Direitos Humanos) e a prefeita de Contagem, Marília Campos.

Bom juiz, Caprio julga com sabedoria e compaixão

Um dos juízes mais amados dos Estados Unidos, Frank Caprio, de Rhode Island, cujos julgados viralizaram em vídeos nas redes, dizia em seu tribunal que julgamentos “devem ter compreensão e compaixão” para serem justos. Repetiu a máxima inclusive durante o julgamento de Dayse, uma jovem brasileira levada a julgamento em razão de infração de trânsito. Conhecido por sentenças tão justas quanto humanas, Frank Caprio anda doente, mas teria muito a ensinar a vários juízes brasileiros.

Punição cruel, jamais

Assim como não prendeu Dayse, Caprio jamais cogitaria punição cruel para a jovem mãe e cabeleireira Débora, presa já há 2 anos em Brasília.

Sem compreensão...

Na baderna de 8/jan, Debora imortalizou na estátua da Justiça o “perdeu, Mané” do ministro Barroso com batom, gerando misteriosa fúria no STF.

...e sem compaixão

O relator quer Débora condenada a 14 anos e à morte financeira, com multa impagável até para corruptos descondenados, livres e ricos. 

Único com foro

Além de Bolsonaro, o STF transformará em réu Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin. Atualmente no exercício do mandato, o deputado federal teria “cometido crimes” antes da posse e é o único com foro privilegiado entre os oito acusados a serem julgados esta semana.

Promoção pessoal

Parlamentares do Novo acionaram o TCU contra propaganda pessoal de Lula (PT), com dinheiro público, divulgada por Gleisi Hoffmann, sobre um “empréstimo do Lula”, estímulo descarado ao endividamento de famílias.

Medo do fiasco

A Secretaria-Geral do Planalto está no modo desespero para evitar o terceiro fracasso do 1º de Maio no governo reprovado de Lula. O ministro Marcio Macedo pode rolar rampa abaixo em caso de novo fiasco.

Abril tá aí

De olho no Palácio do Planalto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), deve lançar pré-candidatura à Presidência da República em abril. No meio do caminho pode haver a fusão União Brasil/PP.

Quase parando

Desde que foi demitido da Secom do Lula, Paulo Pimenta (PT-RS) só assinou dez propostas legislativas na Câmara, sempre em conjunto com outros deputados. Das dez, oito são pedidos de “sessão solene”.

Ratinho em Brasília

Ratinho Jr (PSD), participa de reunião-almoço nesta terça (25) no Lide de Brasília, para relatar os feitos do seu bem avaliado governo no Paraná. O presidente do partido, Gilberto Kassab, prometeu estar presente.

Recordar é viver

Lula foi preso em 7 de abril de 2018. Após o TRF-4 rejeitar recursos, os ministros Fachin (relator), Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Lewandowski e Celso de Mello, da 2ª Turma do STF, decidiram por unanimidade, em 10 de maio, manter o petista preso. Lula seria solto em novembro de 2019.

Na pressão

A Associação dos Profissionais dos Correios cobrou explicações sobre a suspensão do Programa de Demissões Voluntárias da empresa. A entidade fala em “frustração, revolta e angústia” com a decisão açodada.

Pensando bem…

…os chefes do Executivo e do Legislativo viajando para o outro lado do planeta na semana em que Bolsonaro será posicionado no paredão, é apenas, claro, mera coincidência.

PODER SEM PUDOR

O único lugar seguro

Deputado pela UDN nos anos 1940, Otávio Mangabeira foi designado para representar a Câmara numa demonstração de tiro da Marinha, em alto mar. Ele atendeu ao convite com certa má vontade. A bordo do navio de guerra, era visível seu desinteresse. O comandante armou sua vingança quando viu o absorto Mangabeira tomar um grande susto ao primeiro disparo de canhão: “Ora, deputado, não vá me dizer que está com medo...” Otávio Mangabeira foi rápido no gatilho: “Estou sim, almirante, porque o único lugar seguro por aqui é o alvo.”

ARTIGOS

O aumento das recuperações judiciais e a realidade econômica brasileira

24/03/2025 07h45

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O Tribunal de Justiça de São Paulo aprovou recentemente o pedido de recuperação judicial das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), permitindo que a instituição renegocie suas dívidas, que ultrapassam R$ 116 milhões. Esse caso reflete uma tendência crescente no Brasil, onde o aumento dos pedidos de recuperação judicial evidencia uma realidade econômica desafiadora. A combinação de fatores macro e microeconômicos tem impactado diretamente a sustentabilidade financeira das empresas.

No âmbito macroeconômico, a desaceleração econômica, intensificada pelos impactos da pandemia de Covid-19, gerou uma queda abrupta na demanda, interrupção das cadeias produtivas e fechamento de diversas empresas. Setores como comércio, serviços, turismo e indústria foram particularmente afetados, aprofundando dificuldades financeiras já existentes.

Outro fator relevante é a inflação elevada, que reduziu o poder de compra das famílias e afetou o faturamento das empresas, especialmente daquelas voltadas a bens e serviços não essenciais. Pequenos e médios negócios sentiram o impacto de maneira ainda mais intensa.

O aumento da taxa de juros também dificultou o acesso ao crédito, comprometendo o fluxo de caixa das empresas e ampliando os índices de inadimplência. Além disso, a instabilidade cambial gerou dificuldades adicionais para organizações dependentes de insumos importados ou com dívidas em moeda estrangeira.

No aspecto microeconômico, problemas internos, como gestão financeira inadequada e falta de planejamento estratégico, foram intensificados pela crise. Empresas com menor capacidade de adaptação tiveram dificuldades para enfrentar os desafios do cenário pós-pandêmico.

A insegurança política e fiscal também contribuiu para um ambiente de incerteza, levando à retração de investimentos e dificultando a expansão empresarial. Diante disso, a recuperação judicial tem sido uma alternativa adotada por diversas organizações para renegociar dívidas e reestruturar suas operações.

O setor educacional também enfrenta desafios significativos. A pandemia impactou diretamente escolas e universidades privadas, resultando em aumento da inadimplência e evasão escolar. A necessidade de adaptação ao ensino remoto elevou os custos operacionais, tornando ainda mais difícil a manutenção financeira dessas instituições. Pequenas e médias instituições foram particularmente afetadas, muitas recorrendo à recuperação judicial como última alternativa para reorganizar suas finanças.

Além disso, o aumento da judicialização no setor educacional, envolvendo contratos, relações trabalhistas e questões regulatórias, criou um ambiente mais inseguro e custoso. Isso contribuiu para muitas instituições buscarem segurança jurídica por meio da recuperação judicial.

Apesar dos desafios, a recuperação judicial permanece como um mecanismo essencial para reestruturação financeira, manutenção de empregos e continuidade operacional de empresas e instituições de ensino, desempenhando um papel fundamental na estabilidade econômica e social do País.

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