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GIBA UM

"Sou contra as tarifas, mas foi um alívio a lista de exceções."

[...] No entanto, o governo Lula não parece ter capacidade de dialogar em alto nível com o governo Trump", de Sérgio Moro, que já viu todos os condenados da Lava-Jato libertados e disputará o governo do Paraná.

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Além do comando dos Correios e do Banco do Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, avança também sobre o Cade. Faz pressão sobre o governo pela nomeação de Carlos Jacques para a presidência do órgão antitruste. Ligado ao parlamento, Jacques foi consultor legislativo do Senado.

Mais: desde o fim de 2023, ocupa uma cadeira de conselheiro no próprio Cade. Além de emplacar um aliado em um cargo de relevo, Alcolumbre enxerga uma mais-valia política de indicação. A nomeação de Jacques para a presidência abriria uma vaga no Cade para outra indicação.

Precisou se reinventar

No começo de carreira como modelo Ellen Jabour chegou a ser chamada de sócia de Gisele Bündchen, e apesar de achar um elogio teve que se reinventar para não carregar este rótulo para sempre e também para não ser chamada para novos trabalhos somente pela semelhança. “Percebi que se eu aceitasse determinados trabalhos que fortalecessem esse rótulo, ficaria carimbada como a “sósia da Gisele” eternamente. 

Então tive que achar um jeito de impor a minha personalidade e seguir o meu próprio caminho. Foi um pouco difícil, pois, pelo que parece, até na personalidade nós somos bastante parecidas, eu sempre fiz ioga, sempre me alimentei de forma natureba, sempre estive muito conectada à natureza, sempre gostei de estudar e falar de assuntos espiritualistas. Então eu tive a ideia de cortar o meu cabelo bem diferente para imprimir um pouco dessa distância”. Voltando a modelar e também a frente do Pod Ellen ela sonha com um programa autoral “Gostaria muito de ter um programa autoral que comunicasse o que eu considero relevante para contribuir com a evolução do mundo que seria falar sobre assuntos mais profundos como a espiritualidade, o mundo energético em que vivemos, que trouxesse mais informações sobre a psique humana, etc. 

Por isso estreei um podcast com esses assuntos. Mas ainda estou bem no comecinho de todo o processo, de divulgação inclusive. Espero que cresça!”. E ela garante que nunca foi muito vaidosa, mas que depois dos 40 anos (tem 47)  precisou se esforçar. “Não tenho uma vaidade natural. Porém, com a profissão, ao longo dos anos, aprendi a ser mais vaidosa. E depois dos 40, meu interesse sobre isso aumentou. Pois começamos a ver algumas diferenças no nosso corpo. Sinto que não tenho mais o privilégio de não fazer nada e continuar tudo bem como era antes. Depois de uma certa idade temos que correr atrás para manter o nosso corpo ativo, com mobilidade e consequentemente bonito. Senão começa a degringolar”. 

Exportações de café suspensas

O setor cafeeiro traça uma estratégia defensiva para enfrentar o tarifaço de Donald Trump que entra em vigor no próximo dia 6. A maior parte dos exportadores deverá interromper os embarques do produto a partir desta semana. O intuito é ganhar tempo.

A não ser nos casos em que o importador se comprometer a assumir os custos da sobretaxa, os traders vão segurar o café à espera de mais um adiamento ou mesmo da suspensão da alíquota de 50% e de algum avanço nas tratativas entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos.

É a decisão possível para o momento, apesar dos danos colaterais. Mais: a medida provocará um efeito cascata na cadeia de commodity, chegando até o campo. O setor está na fase final da colheita e grande parte da safra ainda se encontra nas mãos dos produtores que vai acarretar custo maior de estocagem, não previsto. No curto prazo, se os 50% permanecerem, o processo de acomodação será doloroso. No médio e no longo, os EUA não seguirão sustentando a sobretaxa, ainda que o café tenha sido mantido no index mesmo depois de outros itens. 

Sem excedente de grãos

Não há excedente de grãos no mundo. Todos os 180 milhões de sacas que o planeta produz anualmente são consumidas e têm mercados definidos e cadeias amarradas com contratos de longo prazo. O norte-americano consome, em média, três xícaras de café por dia. O Brasil embarcou US$ 1,16 bilhão em café para os EUA nos primeiros seis meses de 2025, sendo o produto mais lucrativo nas exportações brasileiras para o país no período. Os EUA terão grande dificuldade para repor seus estoques. Um terço de todo o café consumido nos EUA sai das lavouras brasileiras, cerca de oito milhões de sacas por ano.


Convencendo Madonna

A atriz Julia Garner foi a escolhida para interpretar Madonna na série biográfica da Rainha do Pop. No Início Madonna queria um filme, mas por conta da turnê Celebration Tour, teve que modificar por conta do tempo. Só que para quem pensa que foi fácil conseguir o papel, está enganado. 

 No processo de audição Julia teve que enfrentar muitas outras atrizes, algumas bem conhecidas, como Alexa Demie, estrela de "Euphoria", Florence Pugh e Anne Winters.  Em um podcast a atriz contou que pensou: “O que Madonna faria? Convenceria todo mundo de que merece estar ali. Então fui com tudo.  Era pegar ou largar, mas se eu largasse, ou se eu fosse embora, a responsabilidade era minha.  Se ela não me quisesse, a responsabilidade seria dela”.  Se dedicou às aulas de dança e até canto porque não era uma boa dançarina e só tinha noções de canto. “Não sou uma dançarina treinada. Precisei aprender a dançar e, depois, mostrar para ela, além, claro, de cantar com ela”.


Atrás de holofote

Na semana passada, os governadores Romeu Zema (Minas Gerais) e Rafael Fonteles (Piauí), um do Novo, outro do PT, participaram de um debate e manifestaram divergências sobre a crise entre Brasil e Estados Unidos. Fonteles avaliou que Lula tem atuado bem no manter diálogo com autoridades americanas "sem ser subserviente" (não poderia dizer outra coisa) e Zema enxergou na dose, atacando Lula em diversas frentes ao mesmo tempo. Zema acha que será o candidato da direita em 2026 e que será ele que enfrentará Lula (!).


Descontrolado

Na semana passada, no clássico Palmeiras vs. Corinthians, Alexandre de Moraes entrou nos corredores do estádio acenando para quem o reconheceu. Já sabia de ter sido alvo da Lei de Magnitsky, estava meio descontrolado e tentava disfarçar. Vaiado até por corinthianos (ele também é torcedor do time), não resistiu e tropeçou: fez um gesto obsceno para a torcida com o dedo médio. Foi criticado por todos: escolheu a hora errada. Um ministro da Suprema Corte não pode se portar dessa maneira. Chegou a ser citado na mídia do exterior. Agora, a AGU (Advocacia-Geral da União), representando a União, vai tentar salvar sua pele.


Pérola

"Sou contra as tarifas, mas foi um alívio a lista de exceções. No entanto, o governo Lula não parece ter capacidade de dialogar em alto nível com o governo Trump", de Sérgio Moro, que já viu todos os condenados da Lava-Jato libertados e disputará o governo do Paraná. 

Bancos ameaçados

Juristas de plantão que conhecem bem a Lei Magnitsky avaliam que bancos brasileiros que mantiverem como clientes Alexandre de Moraes, seus familiares ou empresas e escritórios de advocacia a eles vinculados podem ficar expostos a punições graves, das quais as instituições fogem como o diabo da cruz, como a exclusão do Sistema SWIFT, o que o faria retroceder nos tempos dos bancos analógicos sem a capacidade de realizar operações seguras. A lei proíbe relações do alvo com empresas que operam nos 34 países que a subscrevem, de cartões de crédito a bancos.

"Estado catatônico"

Influenciado por amigos e marqueteiros, o governo Lula desdenhava da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, achava que era "um blefe" de Eduardo Bolsonaro, autoexilado nos EUA. A ficha começou a cair após o secretário de Estado Marco Rubio anunciar, dia 18, a cassação do visto de entrada no país do ministro, aliados no Supremo e familiares. Quando a sanção ocorreu, o Planalto ficou "em estado catatônico", como disse um auxiliar de Lula.

Mais atingidos

Diplomatas e Jornalistas em Washington apostam que a Lei Magnitsky não se limitará a Moraes. Poderá ser estendida às demais autoridades proibidas de entrar nos EUA: mais sete ministros do STF, o procurador-geral e até o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Diplomatas experientes acham que Trump antecipou o tarifaço de produtos brasileiros para esvaziar tentativas de vincular os 50% ao enquadramento de Moraes na Lei Magnitsky. Na profusão de memes sobre a "morte financeira" de Moraes, um deles dizia que Trump estaria disposto a rever a punição a Moraes, se Lula conseguir falar "lei Magnitsky".

Garantia de impunidade

No final da semana passada, analistas mais lúcidos lembravam os alvos rotineiros da Lei Magnitsky, usada contra Alexandre de Moraes, são assassinos, terroristas, ditadores e traficantes. O governo americano havia anunciado o tarifaço e a revogação dos vistos. Agora, atira contra o relator do processo contra o golpista Jair Bolsonaro. A punição mira algo maior: a independência do Judiciário no Brasil. Trump quer garantir impunidade a Bolsonaro e para defendê-lo ataca o Estado de Direito e a soberania do país.

Lógica sem lógica

Ainda café: não se trata apenas de buscar novos fornecedores globais, uma tarefa complexa. Há a questão de inadequação de produto. Em grande parte, o paladar do consumidor norte-americano está moldado pelo café brasileiro. Por isso, é sintomático que o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, já tenha falado que o governo poderá rever tarifas impostas a mercadorias não produzidas internamente: é o caso do café. O contexto é conturbado. A borra do café deixada por Trump não permite qualquer exercício de futurologia. A lógica do presidente norte-americano é não ter lógica. Ele não recua de sua ofensiva - vide sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.

Até triangulação

Em conversas reservadas, produtores e exportadores de café já falam até na possibilidade de triangulação dos embarques. Ou seja: de usar países vizinhos não atingidos pelos desvarios de Trump para acessar o mercado norte-americano. Nada que, em maior ou menor medida, já não seja feito no comércio internacional. Há quem lembre de trader Mare Rich, fundador do Marc Rich & Company que, nos anos 70, utilizou-se de um complexo sistema de empresas registradas em jurisdições offshore para ocultar a origem do petróleo. Conseguiu driblar sanções impostas pelos EUA e exportar grandes volumes do Irã para o mercado norte-americano.

Mistura Fina

Nessas conversas reservadas entre produtores de café, há lugar para excessos de imaginação que acabaram virando piada. Uma delas: se mantidas as tarifas impostas por Trump, na próxima safra, o Paraguai poderia embarcar três ou quatro milhões de sacas para os Estados Unidos, só que não seria difícil saber de onde teria saído o produto. Afinal, o país vizinho não produz sequer 20 mil sacas por ano.

Ainda a cabeça de Trump, se é que tem debaixo do topete loiro-branco: ele e seus chegados não toleram um Judiciário independente. Desde que assumiu, ele tem chamado juízes que ousaram contrariá-lo de "lunáticos", "desequilibrados", "radicais" e "desonestos". Lá em cima, vale intimidação.
 
A cem dias da COP30, as pressões por uma mudança de sede ganham força e já são admitidas até pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência. Na semana passada, o escritório climático da ONU, realizou uma reunião de emergência para debater soluções para a situação hoteleira de Belém, diante das queixas internacionais por conta dos altos preços cobrados por acomodações na capital do Pará. Durante o encontro, Corrêa afirmou que muitos países pediram abertamente que o evento, marcado para novembro, passe por uma alteração de local. Lula entrou em pânico.
 
No Supremo, há torcedores por seus times favoritos mais fanáticos ou menos fanáticos, os que sofrem com as derrotas e os que empurram com as barrigas. No bloco dos super torcedores estão, além de Alexandre de Moraes, corinthiano, os ministros Dias Toffoli, pelo Palmeiras; Cristiano Zanin, pelo São Paulo, Flávio Dino, pelo Botafogo, Luiz Fux, Fluminense; Gilmar Mendes e André Mendonça, Santos e Luís Roberto Barroso e Nunes Marques, Flamengo. Gaúcho, o ministro Edson Fachin, não deixa de demonstrar sua paixão pelo Coxa.

In – Sapatos masculinos: monocolor
Out – Sapatos masculinos: bicolor

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CLAÚDIO HUMBERTO

"Estamos diante de uma tragédia anunciada"

Carlos Bolsonaro ao mostrar as crises de soluço do pai, Jair Bolsonaro

13/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Enel deve escapar outra vez de perder concessão

Seria longo o caminho, como cogitou a Aneel, até decretar a caducidade contrato da Enel, subsidiária da estatal italiana de energia que atua em São Paulo. O mais provável é que tudo acabe em pizza, multas pesadas e recursos intermináveis da Enel, como nas outras vezes, segundo os especialistas no setor. Tudo depende de Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia de Lula (PT), que jamais atenderia Tarcísio de Freitas (Rep) para intervir na Enel. Quer mais é usar o episódio para desgastar o governador paulista, seu adversário mais temido depois de Bolsonaro.

Até Aneel resiste

A primeira dificuldade para fazer caducar a concessão é a proposta ser aprovada na diretoria colegiada da Aneel, que resiste a medidas assim.

Exemplo prático

Há dias, o diretor da Aneel Fernando Mósna propôs não renovar a concessão da Coelba, na Bahia, entregue a Neoenergia. Foi derrotado.

Multas, no máximo

Especialistas em energia, que monitoram a Aneel, acham mais provável aplicar multas pesadas, como em outras vezes, sem cassar a concessão.

Não tem gente

Ainda há uma dificuldade adicional: se a Aneel expulsar a Enel, não tem quem assuma a operação em São Paulo até que se realize nova licitação

Remoção da Magnitsky é ponto para a ‘química’

A remoção do ministro do STF Alexandre de Moraes da lista de sancionados da Lei Global Magnitsky foi interpretada até na oposição como vitória do governo Lula (PT) e principalmente do Supremo. Mesmo após semanas de tiroteio de denúncias envolvendo governo, Congresso e STF, incluindo a revelação do contrato de R$129 milhões do escritório de Viviane de Moraes, esposa do ministro, com o enroladíssimo Banco Master, foi encerrada a única pressão de fato que havia sobre a Corte.

Lamentável

Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse ter recebido a notícia com “pesar” e que lamentava a decisão, apesar de agradecer o apoio de Trump.

Ex-violador?

Para Carlos Jordy (PL-RJ), Trump é “decepção” e banalizou a Lei Magnitsky: “Não existe ‘ex-violador de direitos humanos’”.

Sensação cara

“O sentimento, não escondamos, é de traição. Certamente o preço cobrado por Trump não foi baixo”, diz Maurício Marcon (Pode-RS).

Investigação aberta

Parecer técnico do TCU identificou possível uso pessoal da comunicação do órgão público ABDI pelo seu presidente, Ricardo Cappelli. O contrato de R$8 milhões teria sido usado para promoção eleitoral do político filiado ao PSB do ministro da Indústria (e vice) Geraldo Alckmin.

Intermitência perene

O Bradesco deixou na mão os 110 milhões de clientes, sexta (12), sem serviços de internet banking, app e até caixas eletrônicos. O banco disse que foi “problema no ambiente de infraestrutura interno do banco”.

Tarifaço mexicano

A CNI aperta o governo brasileiro para negociar acordo bilateral com o México. O governo mexicano resolveu mexer nas tarifas de importação. Análise preliminar prevê impacto negativo de US$1,7 bilhão.

O mundo capota

Ex-ministro de Lula condenado a dez anos no Mensalão e a 23 anos na Lava Jato (corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa), cuja pena o STF anulou, Zé Dirceu lançou canal oficial eleitoral no whatsapp.

Engorda no TCU

A turma da ONG República.org e outras seis entidades enviaram a Lula pedido para vetar um penduricalho no TCU que é considerada uma invenção malandra para engordar salários já obesos no tribunal.

Estabilidade

Pesquisa Real Time Big Data mostra equilíbrio na avaliação do governo de Raquel Lira (PSD) em Pernambuco. A aprovação é superior, soma 50%. A reprovação bate em 47%. Não sabe/Não respondeu são 3%.

À imagem e semelhança

Em “homenagem” a Lula (PT), foi batizado de Brachycephalus lulai, um minisapo descoberto em Santa Catarina. O animal laranja já nasce sapo (nunca é girino), só existe no Brasil e tem... número reduzido de dedos.

Greve petroleira

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) começa greve nacional nesta segunda-feira (15). Petistas rebeldes reclamam que negociações com a Petrobras não avançam. Dizem que a greve é por tempo indeterminado.

Pergunta no PT

Empresa de energia que não fornece energia é vítima do cliente que quer ligar a luz?

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Suplicy e a corda

Certa vez, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi conhecer o Círio de Nazaré, em Belém (PA). Na época ainda fazia pose de atleta e se meteu a puxar a corda, ao lado de milhares de fiéis. E se deu mal, muito mal. O então deputado Babá (Psol-PA) contou a cena com graça: “Suplicy foi ejetado em minutos. A força na corda é descomunal!” Não por acaso, anos depois, quando soube que a colega Heloísa Helena iria ao Círio, o cavalheiro Suplicy advertiu: “Cuidado com a corda...”

CLÁUDIO HUMBERTO

"Um tumultuador contumaz"

Deputado Bibo Nunes (PL-RS), sobre o barraqueiro Glauber Braga (Psol-RJ) na Câmara

12/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Governo escala Otto para atrasar dosimetria na CCJ

Já começou a entrar água no acordo dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), e Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fechados com a oposição, para as Casas votarem o projeto da dosimetria, que reduz pena de presos pelo 8 de janeiro. Na Câmara, foi vendido aos deputados que a proposta seria imediatamente votada pelos senadores no plenário, mas não foi o que aconteceu. Aliado de Lula, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Otto Alencar (PSD-BA), criou dificuldades.

Caminho

Otto cobrou de Alcolumbre que o texto passasse pela CCJ, atrasando a tramitação do projeto, que tem tudo para ficar para 2026.

Volta da anistia

Para consolar a oposição, Otto designou relator o senador Esperidião Amin (PP-SC), que anda falando até em substituir dosimetria por anistia.

Sessão relâmpago

O governo teme derrota no plenário e quer resolver na CCJ. O plano é abrir reunião com quórum mínimo governista e aplicar o rolo compressor.

Mata no início

Nesse plano, que dificilmente consegue prosperar, o Planalto precisa de 14 senadores para abrir a sessão e apenas 7 votos pela rejeição.

Lula gasta mais que candidatos no DF nas redes

Entre setembro e dezembro, o governo Lula (PT) torrou R$230 mil com “impulsionamentos” no Facebook e Instagram direcionados a internautas do Distrito Federal, onde sempre perde nas eleições. Ranking do Meta Ads dos maiores gastadores aponta que o Planalto gastou quatro vezes mais que o governo do DF (R$62 mil), que informa sobre escolas, obras e outros temas relevantes da comunidade. Despesas de pré-candidatos para 2026 também chamam atenção; José Roberto Arruda e Ricardo Cappelli gastaram mais de R$58 mil cada só em anúncios nas redes.

Gastador nº1

Arruda lidera entre indivíduos que mais gastam com anúncios da Meta (Facebook e Instagram) entre setembro e dezembro, no DF: R$58,7 mil.

Dados abertos

Cappelli (PSB), presidente de uma ABDI (Desenvolvimento Industrial), é o segundo que mais gasta com “impulsionamentos” no DF: R$58,5 mil.

Top five

O deputado federal Rafael Prudente (MDB) fecha o top 5 de maiores despesas com anúncios nas redes do grupo Meta, no DF: R$55,5 mil.

Nem adianta

Ao prometer veto à dosimetria, Lula (PT) nem sequer lembra que isso não tem a menor importância. Se a votação for expressiva no Senado como na Câmara, o veto seria derrubado com constrangedora facilidade.

Luzes, por favor

Se dependesse do governo paulista, Tarcísio de Freitas (Rep) já teria decretado intervenção na distribuidora de energia Enel. Mas a decisão é federal. “Intervenção funciona”, diz, “plano de contingência, não”.

Pressão política

Sóstenes Cavalcante (RJ) não escondeu o motivo de o projeto da anistia não andar no Congresso: pressão de ministros do Supremo Tribunal Federal. Ligam e mandam whatsapp, diz o líder do PL.

É do Brasil

Um brasileiro que vai comandar a gigante Coca-Cola. Henrique Braun tem 57 anos e será o CEO global da empresa a partir de 31 de março de 2026. Substituirá o empresário britânico James Quincey.

Tudo em paz

Nome do PL para disputar a Presidência, Flávio Bolsonaro avisou que não conseguirão cavar uma briga entre ele e Tarcísio de Freitas, sobre quem ressalta a lealdade e amizade com Jair Bolsonaro.

Tanto ódio faz mal

Impressiona a expressão de ódio que Lula fez ao afirmar que Bolsonaro “tem que pagar”. Aliados dizem que a prisão do ex-presidente que tanto o amedronta é a vingança pelos seus 500 dias de xilindró por corrupção.

Prejuízo só cresce

Além de capturar um navio tanqueiro, o governo Trump anunciou sanções a outros seis navios do país do ditador Nicolás Maduro. Cada um pode carregar mais de US$ 120 (R$660) milhões em petróleo.

Prejuízo bilionário

A Fecomércio ainda finaliza as contas, mas já se sabe que os dois dias de apagão em São Paulo arrasaram com o setor de comércio e serviços. A estimativa é de prejuízo superior a R$1,5 bilhão.

Pensando bem...

...“agenda secreta” com ditador amigo é “soberania”.

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Uma raposa em ação

Governador de Minas Gerais e já em campanha para presidente, Tancredo Neves fez um gesto de cortesia ao governo João Figueiredo: incluiu a ministra da Educação, Esther de Figueiredo Ferraz, entre os agraciados pela medalha da Inconfidência. No dia da solenidade, a ministra estranhou: “Não tenho qualquer das qualidades exigidas para merecer isso...” Em seu discurso, Tancredo justificou a reputação de raposa política: “A ministra está, realmente, fora do regime da medalha, ela tem muito mais virtudes que as exigidas...”

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