Além do comando dos Correios e do Banco do Brasil, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, avança também sobre o Cade. Faz pressão sobre o governo pela nomeação de Carlos Jacques para a presidência do órgão antitruste. Ligado ao parlamento, Jacques foi consultor legislativo do Senado.
Mais: desde o fim de 2023, ocupa uma cadeira de conselheiro no próprio Cade. Além de emplacar um aliado em um cargo de relevo, Alcolumbre enxerga uma mais-valia política de indicação. A nomeação de Jacques para a presidência abriria uma vaga no Cade para outra indicação.

Precisou se reinventar
No começo de carreira como modelo Ellen Jabour chegou a ser chamada de sócia de Gisele Bündchen, e apesar de achar um elogio teve que se reinventar para não carregar este rótulo para sempre e também para não ser chamada para novos trabalhos somente pela semelhança. “Percebi que se eu aceitasse determinados trabalhos que fortalecessem esse rótulo, ficaria carimbada como a “sósia da Gisele” eternamente.
Então tive que achar um jeito de impor a minha personalidade e seguir o meu próprio caminho. Foi um pouco difícil, pois, pelo que parece, até na personalidade nós somos bastante parecidas, eu sempre fiz ioga, sempre me alimentei de forma natureba, sempre estive muito conectada à natureza, sempre gostei de estudar e falar de assuntos espiritualistas. Então eu tive a ideia de cortar o meu cabelo bem diferente para imprimir um pouco dessa distância”. Voltando a modelar e também a frente do Pod Ellen ela sonha com um programa autoral “Gostaria muito de ter um programa autoral que comunicasse o que eu considero relevante para contribuir com a evolução do mundo que seria falar sobre assuntos mais profundos como a espiritualidade, o mundo energético em que vivemos, que trouxesse mais informações sobre a psique humana, etc.
Por isso estreei um podcast com esses assuntos. Mas ainda estou bem no comecinho de todo o processo, de divulgação inclusive. Espero que cresça!”. E ela garante que nunca foi muito vaidosa, mas que depois dos 40 anos (tem 47) precisou se esforçar. “Não tenho uma vaidade natural. Porém, com a profissão, ao longo dos anos, aprendi a ser mais vaidosa. E depois dos 40, meu interesse sobre isso aumentou. Pois começamos a ver algumas diferenças no nosso corpo. Sinto que não tenho mais o privilégio de não fazer nada e continuar tudo bem como era antes. Depois de uma certa idade temos que correr atrás para manter o nosso corpo ativo, com mobilidade e consequentemente bonito. Senão começa a degringolar”.
Exportações de café suspensas
O setor cafeeiro traça uma estratégia defensiva para enfrentar o tarifaço de Donald Trump que entra em vigor no próximo dia 6. A maior parte dos exportadores deverá interromper os embarques do produto a partir desta semana. O intuito é ganhar tempo.
A não ser nos casos em que o importador se comprometer a assumir os custos da sobretaxa, os traders vão segurar o café à espera de mais um adiamento ou mesmo da suspensão da alíquota de 50% e de algum avanço nas tratativas entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos.
É a decisão possível para o momento, apesar dos danos colaterais. Mais: a medida provocará um efeito cascata na cadeia de commodity, chegando até o campo. O setor está na fase final da colheita e grande parte da safra ainda se encontra nas mãos dos produtores que vai acarretar custo maior de estocagem, não previsto. No curto prazo, se os 50% permanecerem, o processo de acomodação será doloroso. No médio e no longo, os EUA não seguirão sustentando a sobretaxa, ainda que o café tenha sido mantido no index mesmo depois de outros itens.
Sem excedente de grãos
Não há excedente de grãos no mundo. Todos os 180 milhões de sacas que o planeta produz anualmente são consumidas e têm mercados definidos e cadeias amarradas com contratos de longo prazo. O norte-americano consome, em média, três xícaras de café por dia. O Brasil embarcou US$ 1,16 bilhão em café para os EUA nos primeiros seis meses de 2025, sendo o produto mais lucrativo nas exportações brasileiras para o país no período. Os EUA terão grande dificuldade para repor seus estoques. Um terço de todo o café consumido nos EUA sai das lavouras brasileiras, cerca de oito milhões de sacas por ano.

Convencendo Madonna
A atriz Julia Garner foi a escolhida para interpretar Madonna na série biográfica da Rainha do Pop. No Início Madonna queria um filme, mas por conta da turnê Celebration Tour, teve que modificar por conta do tempo. Só que para quem pensa que foi fácil conseguir o papel, está enganado.
No processo de audição Julia teve que enfrentar muitas outras atrizes, algumas bem conhecidas, como Alexa Demie, estrela de "Euphoria", Florence Pugh e Anne Winters. Em um podcast a atriz contou que pensou: “O que Madonna faria? Convenceria todo mundo de que merece estar ali. Então fui com tudo. Era pegar ou largar, mas se eu largasse, ou se eu fosse embora, a responsabilidade era minha. Se ela não me quisesse, a responsabilidade seria dela”. Se dedicou às aulas de dança e até canto porque não era uma boa dançarina e só tinha noções de canto. “Não sou uma dançarina treinada. Precisei aprender a dançar e, depois, mostrar para ela, além, claro, de cantar com ela”.

Atrás de holofote
Na semana passada, os governadores Romeu Zema (Minas Gerais) e Rafael Fonteles (Piauí), um do Novo, outro do PT, participaram de um debate e manifestaram divergências sobre a crise entre Brasil e Estados Unidos. Fonteles avaliou que Lula tem atuado bem no manter diálogo com autoridades americanas "sem ser subserviente" (não poderia dizer outra coisa) e Zema enxergou na dose, atacando Lula em diversas frentes ao mesmo tempo. Zema acha que será o candidato da direita em 2026 e que será ele que enfrentará Lula (!).
Descontrolado
Na semana passada, no clássico Palmeiras vs. Corinthians, Alexandre de Moraes entrou nos corredores do estádio acenando para quem o reconheceu. Já sabia de ter sido alvo da Lei de Magnitsky, estava meio descontrolado e tentava disfarçar. Vaiado até por corinthianos (ele também é torcedor do time), não resistiu e tropeçou: fez um gesto obsceno para a torcida com o dedo médio. Foi criticado por todos: escolheu a hora errada. Um ministro da Suprema Corte não pode se portar dessa maneira. Chegou a ser citado na mídia do exterior. Agora, a AGU (Advocacia-Geral da União), representando a União, vai tentar salvar sua pele.
Pérola
"Sou contra as tarifas, mas foi um alívio a lista de exceções. No entanto, o governo Lula não parece ter capacidade de dialogar em alto nível com o governo Trump", de Sérgio Moro, que já viu todos os condenados da Lava-Jato libertados e disputará o governo do Paraná.
Bancos ameaçados
Juristas de plantão que conhecem bem a Lei Magnitsky avaliam que bancos brasileiros que mantiverem como clientes Alexandre de Moraes, seus familiares ou empresas e escritórios de advocacia a eles vinculados podem ficar expostos a punições graves, das quais as instituições fogem como o diabo da cruz, como a exclusão do Sistema SWIFT, o que o faria retroceder nos tempos dos bancos analógicos sem a capacidade de realizar operações seguras. A lei proíbe relações do alvo com empresas que operam nos 34 países que a subscrevem, de cartões de crédito a bancos.
"Estado catatônico"
Influenciado por amigos e marqueteiros, o governo Lula desdenhava da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes, achava que era "um blefe" de Eduardo Bolsonaro, autoexilado nos EUA. A ficha começou a cair após o secretário de Estado Marco Rubio anunciar, dia 18, a cassação do visto de entrada no país do ministro, aliados no Supremo e familiares. Quando a sanção ocorreu, o Planalto ficou "em estado catatônico", como disse um auxiliar de Lula.
Mais atingidos
Diplomatas e Jornalistas em Washington apostam que a Lei Magnitsky não se limitará a Moraes. Poderá ser estendida às demais autoridades proibidas de entrar nos EUA: mais sete ministros do STF, o procurador-geral e até o ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Diplomatas experientes acham que Trump antecipou o tarifaço de produtos brasileiros para esvaziar tentativas de vincular os 50% ao enquadramento de Moraes na Lei Magnitsky. Na profusão de memes sobre a "morte financeira" de Moraes, um deles dizia que Trump estaria disposto a rever a punição a Moraes, se Lula conseguir falar "lei Magnitsky".
Garantia de impunidade
No final da semana passada, analistas mais lúcidos lembravam os alvos rotineiros da Lei Magnitsky, usada contra Alexandre de Moraes, são assassinos, terroristas, ditadores e traficantes. O governo americano havia anunciado o tarifaço e a revogação dos vistos. Agora, atira contra o relator do processo contra o golpista Jair Bolsonaro. A punição mira algo maior: a independência do Judiciário no Brasil. Trump quer garantir impunidade a Bolsonaro e para defendê-lo ataca o Estado de Direito e a soberania do país.
Lógica sem lógica
Ainda café: não se trata apenas de buscar novos fornecedores globais, uma tarefa complexa. Há a questão de inadequação de produto. Em grande parte, o paladar do consumidor norte-americano está moldado pelo café brasileiro. Por isso, é sintomático que o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, já tenha falado que o governo poderá rever tarifas impostas a mercadorias não produzidas internamente: é o caso do café. O contexto é conturbado. A borra do café deixada por Trump não permite qualquer exercício de futurologia. A lógica do presidente norte-americano é não ter lógica. Ele não recua de sua ofensiva - vide sanções contra o ministro Alexandre de Moraes.
Até triangulação
Em conversas reservadas, produtores e exportadores de café já falam até na possibilidade de triangulação dos embarques. Ou seja: de usar países vizinhos não atingidos pelos desvarios de Trump para acessar o mercado norte-americano. Nada que, em maior ou menor medida, já não seja feito no comércio internacional. Há quem lembre de trader Mare Rich, fundador do Marc Rich & Company que, nos anos 70, utilizou-se de um complexo sistema de empresas registradas em jurisdições offshore para ocultar a origem do petróleo. Conseguiu driblar sanções impostas pelos EUA e exportar grandes volumes do Irã para o mercado norte-americano.
Mistura Fina
Nessas conversas reservadas entre produtores de café, há lugar para excessos de imaginação que acabaram virando piada. Uma delas: se mantidas as tarifas impostas por Trump, na próxima safra, o Paraguai poderia embarcar três ou quatro milhões de sacas para os Estados Unidos, só que não seria difícil saber de onde teria saído o produto. Afinal, o país vizinho não produz sequer 20 mil sacas por ano.
Ainda a cabeça de Trump, se é que tem debaixo do topete loiro-branco: ele e seus chegados não toleram um Judiciário independente. Desde que assumiu, ele tem chamado juízes que ousaram contrariá-lo de "lunáticos", "desequilibrados", "radicais" e "desonestos". Lá em cima, vale intimidação.
A cem dias da COP30, as pressões por uma mudança de sede ganham força e já são admitidas até pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência. Na semana passada, o escritório climático da ONU, realizou uma reunião de emergência para debater soluções para a situação hoteleira de Belém, diante das queixas internacionais por conta dos altos preços cobrados por acomodações na capital do Pará. Durante o encontro, Corrêa afirmou que muitos países pediram abertamente que o evento, marcado para novembro, passe por uma alteração de local. Lula entrou em pânico.
No Supremo, há torcedores por seus times favoritos mais fanáticos ou menos fanáticos, os que sofrem com as derrotas e os que empurram com as barrigas. No bloco dos super torcedores estão, além de Alexandre de Moraes, corinthiano, os ministros Dias Toffoli, pelo Palmeiras; Cristiano Zanin, pelo São Paulo, Flávio Dino, pelo Botafogo, Luiz Fux, Fluminense; Gilmar Mendes e André Mendonça, Santos e Luís Roberto Barroso e Nunes Marques, Flamengo. Gaúcho, o ministro Edson Fachin, não deixa de demonstrar sua paixão pelo Coxa.
In – Sapatos masculinos: monocolor
Out – Sapatos masculinos: bicolor



