São Paulo
Os retinoides, substâncias derivadas da vitamina A ou com comportamento análogo à vitamina A, são utilizados na dermatologia há mais de 30 anos, sendo bastante receitados no tratamento da acne e rejuvenescimento cutâneo. Mesmo com o avanço tecnológico e o surgimento de novas opções para o tratamento da pele, os retinoides ainda persistem como alternativa número um, por se tratar de um tratamento que tem resultados comprovados, não dependem de técnicas invasivas e oferecem praticidade na aplicação.
Além de corrigir alterações na superfície da pele e amenizar manchas, estas substâncias melhoram a elasticidade e impedem a formação de novos cravos e espinhas, combatendo também a acne já existente. Com essa ação dupla, os retinoides conseguem atacar dois dos grandes vilões da pele: o fotoenvelhecimento e a acne.
Entre os retinoides mais conhecidos está a tretinoína, extremamente difundida na área médica e entre pacientes que buscam uma alternativa eficiente. O grande obstáculo no tratamento com a substância é seu alto grau de irritabilidade, que costuma deixar a pele muito ressecada, avermelhada e descamando, além de muito mais sensível à luz solar. Com esses efeitos colaterais, muitos pacientes acabam abandonando o tratamento antes de alcançar os efeitos desejados.
Para alcançar os resultados desejados e driblar esses efeitos colaterais, outras moléculas foram desenvolvidas, ressalta a dermatologista Alessandra Nogueira, gerente médica da Galderma. “O objetivo era manter a eficácia e obter uma fórmula que causasse menos irritação, possibilitando a manutenção do tratamento. Foi assim que surgiu o adapaleno, retinoide de última geração, que alia eficácia clínica a menos efeitos adversos”, explica.
Um estudo divulgado pelo Journal of Adolescence Health comprova que o adapaleno provoca menos irritabilidade, deixa a pele menos sensível à exposição solar e mais tolerante à combinação com outros medicamentos tópicos utilizados no combate à acne, como o peróxido de benzoíla. Justamente por apresentar maior tolerabilidade e melhor aderência ao tratamento permite que se chegue aos efeitos desejados: uma pele com melhor textura, manchas clareadas, atenuação das rugas finas e com melhor elasticidade.
Inicialmente lançado na concentração 0,1%, o adapaleno consegue aliar resultados à menor irritabilidade da pele. Recentemente foi lançada uma concentração três vezes mais potente e com grau de tolerabilidade similar à concentração de 0,1%, o adapaleno 0,3%. A nova concentração possibilita excelentes resultados na prática clínica do dermatologista.