Política

ELEIÇÕES 2024

Ao lado de Tereza Cristina, Adriane Lopes lança pré-candidatura a prefeita

Adriane disse ter sofrido preconceito, se intitulou como única prefeita conservadora e afirmou não ter medo dos "poderosos"

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A prefeita Adriane Lopes (PP) lançou oficialmente a pré-candidatura à reeleição, na noite desta sexta-feira (19), em Campo Grande. Acompanhada do esposo, Lídio Lopes, e da senadora Tereza Cristina (PP), Adriane afirmou que "não tem medo dos poderosos", que está confiante com o trabalho feito e se intitulou como a "única mulher prefeita conservadora de capitais do Brasil".

O lançamento da campanha foi no bairro Vivendas do Bosque e, além de políticos, contou com a participação de apoiadores vestidos de verde e amarelo, a pedido da prefeita.

Adriane assumiu a chefia do Executivo Municipal em 2022, quando o então prefeito Marquinhos Trad (PSD), do qual era vice, renunciou para concorrer as eleições para governador, que terminou com Eduardo Riedel (PSDB) eleito.

Ela tentará, neste ano, ser a primeira prefeita eleita por voto na Capital e destacou que já sofreu preconceitos por ser mulher, além de ressaltar o trabalho realizado nos últimos dois anos a frente da gestão municipal.

"Vocês sabem como eu assumi a gestão, muitos sabem as batalhas travadas, as noites sem dormir, os desafios, e muitos ainda disseram: 'ela não vai dar conta '. Estamos aqui para celebrar avanços, conquistas, fizemos o que ninguém fez nessa cidade, se disserem que não tem problemas, vão estar mentindo, uma cidade de quase um milhão de habitantes tem problema sim, não vamos maquiar, mas com equipe, trabalho sério e responsabilidade, nós temos coragem para fazer o certo. Não tenho medo dos poderosos desse estado, já sofri muito preconceito, mas a senadora Tereza Cristina sempre disse: 'nunca seja vitima, avance com coragem, vá com fé, força e determinação e não abaixe a cabeça para nenhuma situação'. Quando se assume a gestão, assume o que é o bom e o que é ruim e o que é ruim estamos dando solução", disse Adriane Lopes, em seu discurso.

Ao fim do discurso, ela afirmou que Campo Grande não está a venda e que ela espera continuar com o trabalho de fazer Campo Grande uma capital de oportunidades.

A senadora Tereza Cristina e, sem citar nomes, destacou que os percalços, como o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, que era esperado, mas acabou não se concretizando, não a farão soltar a mão de Adriane.

"O Partido Progressista está muito feliz de estar lançando a única prefeita conservadora. Eu sei os cachos de banana que puseram para você e que você cada dia acorda disposta e vai lá sem mimimi e vence e passa por cima e resolve os problemas. Cada dificuldade que colocam na nossa frente, nos dá mais força", afirmou Tereza.

"Campo grande precisa da continuidade e da estabilidade de alguém que conheça suas demandas e tenha capacidade para resolvê-las. As alianças regionais devem compartilhar nossos principios, que devem respeitar o nosso alinhamento nacional. Aazemos parte de um projeto maior, rumo a um Brasil soberano, forte e respeitado, mas Campo Grande merece e exige continuar no caminho certo e você é a única pré-candidata nessa cidade que representa de verdade esses valores: pátria, liberdade e família", acrescentou a senadora.

O deputado federal Luiz Ovando (PP) também citou o que chamou de casca de banana no caminho de Adriane.

"A prefeita foi vítima e todos fomos pegos de surpresa por atiutudes hostis, infidelidade, agressividade, em que se jogou tudo na lata do lixo, não só a casca de banana mas a penca inteira na tentativa de derrubar a prefeita. Mão podemos aceitar esse tipo de comportamento, não se pode aceitar atitudes rasteiras de quem quer que seja, venha de onde vier, nós vamos vencer", discursou.

O deputado estadual Lídio Lopes, marido da prefeita, enalteceu a esposa e o trabalho que ela fez ao assumir a prefeitura.

"Eu sei que você foi resilienete em enfrentar as dificuldades do municipio, eu estou orgulhoso, foi resiliente, organizou a casa e executou coisa que muitos não executaram em oito anos. A senadora Tereza Cristina pegou na sua mão e não tenho dúvida que voces duas farão o melhor para Campo Grande", afirmou.

O secretário municipal de Governo e Relações Institucionais, Marco Aurélio Santullo, agradeceu ao público presente, alfinetando pessoas que teriam dito que o evento seria um fracasso. "Nós progressistas, partidos aliados, candidatos a vereadores, vão levar junto com todos vocês Adriane Lopes a vitória”, disse o secretário municipal de Governo, Marco Aurélio Santullo.

Política

Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro no Natal; internação ocorrerá no dia 24

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star

23/12/2025 14h56

Reprodução

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira, 23, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja internado nesta quarta-feira, 24, e faça uma cirurgia para tratar uma hérnia inguinal bilateral.

Bolsonaro será internado no Hospital DF Star, que fica a menos de três quilômetros de onde o ex-presidente está preso desde 22 de novembro. Ainda não foi informado o horário da chegada do ex-chefe do Executivo no hospital e nem o início do procedimento cirúrgico, previsto para ocorrer no dia 25, feriado de Natal.

Moraes também permitiu que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro seja a acompanhante principal de Bolsonaro no período em que ele estiver no DF Star. O ministro não atendeu o pedido da defesa para visitas de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o ex-vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL).

O ministro do STF determinou ainda medidas de segurança no hospital. Uma determinação é que pelo menos dois policiais federais fiquem na porta do quarto onde estará Bolsonaro em todo o período em que ele estiver internado.

"A Polícia Federal deverá providenciar a completa vigilância e segurança do custodiado durante sua estadia, bem como do hospital, mantendo equipes de prontidão. A Polícia Federal deverá garantir, ainda, a segurança e fiscalização 24 (vinte e quatro) horas por dia, mantendo, no mínimo 2 (dois) policiais federais na porta do quarto do hospital, bem como as equipes que entender necessárias dentro e fora do hospital", diz um trecho da decisão.

O ministro proibiu a entrada de celulares e outros equipamentos eletrônicos, determinando apenas a entrada de equipamentos médicos no quarto que receberá o ex-presidente.

JUSTIÇA

Juristas de MS aprovam criação de um código de ética para tribunais superiores

Proposta parte do presidente do STF, Edson Fachin, ao defender que magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade

23/12/2025 08h20

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, durante sessão de encerramento do ano judiciário Rosinei Coutinho/STF

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A proposta do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, de criar um código de conduta para os tribunais superiores, por entender que os magistrados precisam ter rigor técnico e sobriedade, foi bem-aceita pelos juristas de Mato Grosso do Sul.

O advogado Benedicto Arthur Figueiredo Neto lembrou que, etimologicamente, a palavra ética vem do grego ethos, que significa costume, caráter e modo de agir.

“Em meio às diversas críticas que alguns ministros do STF têm sofrido por receberem valores para proferirem palestras, o que é totalmente lícito à magistratura, Fachin se inspira no código de conduta da Suprema Corte da Alemanha para a criação de uma normatização ao modo de agir dos seus membros”, explicou.

Ele completou que o código de conduta da Suprema Corte alemã é bastante pragmático e objetivo, no sentido de sempre preservar em primeiro lugar a imagem da Corte e de que a conduta de seus membros sempre siga regras para que essa imagem venha a ser preservada.

“É o caso de como se prevê na Alemanha que os seus membros devem ponderar se o evento do qual vão participar não tem conflito com a reputação e com a honra da Corte. A normatização de um código de ética para tribunais superiores é a franca demonstração de reconstrução da imagem independente pela magistratura, afastando-se da política”, analisou.

Sandro de Oliveira, professor doutor da Faculdade de Direito (Fadir) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), acrescentou que um código de ética da magistratura é pertinente e necessário porque traduz, de forma clara e acessível, os valores que já estão consagrados na Constituição Federal e que devem orientar a atuação de todo agente público, mais especialmente daqueles que exercem a função de julgar.

“O código não cria obrigações novas, mas organiza princípios como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, oferecendo parâmetros objetivos de conduta que reforçam a confiança da sociedade no Poder Judiciário. Além disso, a magistratura ocupa uma posição singular na estrutura do Estado, pois dela se espera independência, equilíbrio e compromisso permanente com os direitos fundamentais”, pontuou.

Sandro de Oliveira ressaltou que um código de ética funciona como instrumento pedagógico e preventivo, ajudando o magistrado a refletir sobre sua postura dentro e fora da jurisdição, à luz do interesse público, da dignidade da função e do dever de imparcialidade, que decorre diretamente do princípio republicano.

“Ao fortalecer a ética institucional, o código contribui para a transparência e para a legitimidade democrática do Judiciário. Ele reafirma que a atuação judicial não está dissociada da administração pública, mas submetida aos mesmos princípios constitucionais que exigem responsabilidade, probidade e prestação de contas à sociedade, elementos que são necessários à consolidação do Estado Democrático de Direito”, assegurou.

Para ele, é importante registrar que códigos de ética e de conduta não são estranhos ao ordenamento jurídico brasileiro. “Ao contrário, diversas carreiras de Estado e do serviço público, de modo geral, já contam com diplomas próprios que orientam a atuação de seus membros. Nesse contexto, a instituição de um código de ética da magistratura não apenas se mostra legítima, como também relevante, na medida em que contribuiria para balizar comportamentos, fortalecer a confiança social no Judiciário e servir de referência normativa e ética para as demais carreiras do Estado brasileiro”, argumentou.

O advogado André Borges citou que a proposta surge depois de fatos recentes, como esposa de ministro do STF com contrato milionário e advogando na Corte do esposo e ministro viajando no jatinho em que estava advogado que posteriormente teve pedido atendido, revelarem a necessidade urgente de ser atualizado o Código de Ética da Magistratura editado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Judiciário é importante demais para que sobre ele recaiam dúvidas sobre a honra e a decência de seus integrantes. Proteção ética surge exatamente de um código de ética. Na Suprema Corte dos Estados Unidos isso já foi aprovado. Trata-se de algo que precisa ser aplicado no Brasil, incluindo ministros das cortes superiores de Brasília [DF]. Vivemos em uma república, que tem como característica principal a responsabilidade dos servidores públicos em geral, no que se incluem os magistrados”, comentou o jurista ao Correio do Estado.

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