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Apesar de Lula se posicionar contra, Soraya garante CPI para apurar Atos Antidemocráticos

A senadora sul-mato-grossense conversou com os colegas que assinaram o pedido de abertura e todos garantiram mantê-las

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Após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se posicionar publicamente contra a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pelo Senado Federal para investigar os atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro deste ano, a autora da proposta, senadora Soraya Thronicke (União-MS), garantiu a manutenção do pedido de investigação para identificar os financiadores dos atos de vandalismo praticados contra o Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Superior Tribunal Federal (STF).

Em conversa com o Correio do Estado, a parlamentar sul-mato-grossense informou que, tão logo terminou a entrevista de Lula à Globo News, recebeu uma ligação do líder do PL na Casa de Leis, senador Carlos Portinho (PL-RJ), para saber sobre a continuidade da CPI.

“Disse a ele que, se o Lula está contra a CPI dos Atos Antidemocráticos, os bolsonaristas estão a favor! É xadrez 4D que chama? Se o Lula não quer, vocês querem?”, questionou, recebendo como resposta que o partido não vai retirar as assinaturas no pedido.

Para Soraya Thronicke, o presidente Lula teria feito um ato mais político do que prático, pois o clima estaria ficando tenso em Brasília.

“Com essa fala contra a CPI, ele tentou arrefecer os ânimos, pois está enfrentando muita hostilidade por parte de membros da Forças Armadas. Porém, liguei para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e ele me garantiu que, caso seja reeleito presidente, a CPI será instaurada. Os próprios senadores do PT avisaram que não vão retirar as assinaturas”, garantiu.

A respeito de o presidente reforçar que a Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) já estão investigando e denunciando os autores das invasões, a senadora explicou que, não é porque os outros órgãos estão fazendo a parte deles, que o Senado não pode investigar o ocorrido.

“Vamos trabalhar com total imparcialidade. Hoje, sou uma das pessoas mais independentes dentro do Senado, pois não estou de um lado e nem do outro. Isso dará credibilidade à CPI. Não vamos deixar de cumprir a nossa obrigação por conta da fala do Lula. Vamos dar continuidade ao nosso trabalho”, assegurou.

Soraya Thronicke ainda acrescentou que a democracia é sagrada e todos devem levar a sério a responsabilidade em apurar a gravidade do ocorrido em Brasília.

“Nenhum poder tem o direito de se furtar da sua obrigação e conosco não é diferente. Atuaremos de forma séria, imparcial e não cederemos à pressão política ou das redes”, finalizou.

 

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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