Política

"GAME OVER"

Após críticas, Pollon e Catan são vistos como "cartas fora do baralho" no PL

Os dois deputados têm feito declarações contrárias à filiação do ex-governador Reinaldo Azambuja ao partido no Estado

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Desde a oficialização do ex-governador Reinaldo Azambuja como novo presidente do PL em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Marcos Pollon e o deputado estadual João Henrique Catan não têm poupado críticas à chegada do ex-tucano à legenda do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro.

Ambos já usaram as redes sociais e até atos políticos públicos para literalmente “detonar” a chegada de Azambuja ao partido, sugerindo que “as lideranças” do PL teriam “vendido” a sigla para o ex-governador, sem, no entanto, citar o nome de Bolsonaro como o principal responsável pela negociação que tirou o político do PSDB após quase 30 anos de filiação.

Sem coragem para envolver o nome do ex-presidente na articulação política e dessa forma escapar da ira dos bolsonaristas sul-mato-grossenses, a dupla de parlamentares da direita procura “culpar” o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, pela filiação do ex-governador ao partido.

Com o ato de filiação de Azambuja realizado no domingo passado, Pollon e Catan intensificaram os ataques ao ex-governador e ao presidente Valdemar Costa Neto, fato que, conforme apuração do Correio do Estado, desagradou a cúpula do partido e ambos passaram a ser considerados como cartas fora do baralho do PL para as eleições gerais de 2026.

Essa ala da legenda lembrou que o presidente nacional do PL disse no ato político de filiação de Azambuja que o ex-governador é quem dá as cartas agora no partido em Mato Grosso do Sul, escolhendo quem será ou não candidato no próximo ano e ainda desautorizou qualquer filiado de criticar a chegada do ex-tucano. 

“O Azambuja é um fenômeno. Quem é o dono dos votos aqui é o Azambuja. Ele tem a maior parte dos prefeitos e é muito querido”, declarou Valdemar Costa Neto, mandando um recado direto aos descontentes para que aceitem ou mudem de partido.

Sobre Pollon, o presidente nacional do PL declarou: “espero que o Pollom acerte isso aí [desavença com Azambuja] e deixe essas bobagens do lado, porque nós queremos caminhar juntos, sossegados, não queremos ter problemas”.

Valdemar Costa Neto ainda reforçou que o ex-governador é quem “tem autonomia para tudo aqui em Mato Grosso do Sul” e também comentou sobre as declarações de Pollon dizendo que deseja ser candidato a governador.

“O Riedel é um dos governadores mais bem avaliados do Brasil, então, é melhor não disputar agora contra ele. O Pollon tem de esperar outra época”, aconselhou o presidente nacional do PL.

Diante da intransigência da dupla de parlamentares, a saída defendida para o comando do PL em Mato Grosso do Sul é que os dois deixem a legenda, na janela de março do próximo ano, ou aceitem a liderança de Azambuja, suspendendo os ataques nas redes sociais e também os atos políticos da direita.

O ex-governador chegou a conversar em particular com Pollon e Catan para avisar que estava chegando ao PL para somar e multiplicar, unindo a legenda para as eleições gerais de 2026, entretanto, não obteve sucesso, pelo menos por enquanto.

A radicalização dos dois deputados acontece em um momento delicado, pois, com a filiação de Azambuja ao PL, o partido já iniciou as articulações para a formação das chapas para deputado estadual, que são 25 vagas, e para deputado federal, com nove vagas. 

E, com Pollon e Catan remando contra a correnteza, ambos podem acabar excluídos das duas chapas ou, ainda pior, atrapalhando que sejam incluídos nomes de filiados que estão alinhados com a nova direção do partido.

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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