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Após eleição, prefeitura de Bandeirantes decreta pente-fino em contratos e na folha de pagamento

O objetivo, segundo a administração municipal, é garantir o equilíbrio fiscal, otimizar o uso de recursos públicos e assegurar a eficiência da gestão no início do novo mandato

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A Prefeitura de Bandeirantes anunciou no início do mês um pacote de medidas emergenciais para reorganizar as finanças e a estrutura administrativa do município. Através de dois decretos (nº 170 e nº 171), o prefeito Celso Ribeiro Abrantes (PSD), eleito em eleição suplementar e empossado no dia 01 de agosto, determinou um "pente-fino" completo em todos os contratos com fornecedores e na folha de pagamento, além da suspensão temporária de obras e despesas não essenciais. As ações terão validade inicial de 90 dias.

O objetivo, segundo a administração municipal, é garantir o equilíbrio fiscal, otimizar o uso de recursos públicos e assegurar a eficiência da gestão no início do novo mandato.

Revisão de Contratos e Obras

O Decreto nº 170 institui uma força-tarefa para reavaliar todos os contratos administrativos vigentes. Durante 90 dias, equipes técnicas irão analisar a legalidade, os valores e a real necessidade de cada contrato. Pagamentos a fornecedores e a execução de obras custeadas com recursos municipais também ficam suspensos, exceto aquelas consideradas inadiáveis.

"É uma medida de responsabilidade. Precisamos entender a fundo cada compromisso assumido pelo município para garantir que o dinheiro do cidadão seja bem aplicado", afirmou o prefeito Celso Ribeiro Abrantes.

A prefeitura reforça que a população não será afetada, pois os decretos garantem a continuidade e os pagamentos de todos os serviços considerados essenciais e indispensáveis, como saúde, educação, limpeza pública e segurança.

"Estamos tomando medidas responsáveis para organizar a casa. Nosso objetivo é garantir que a folha de pagamento esteja em conformidade com a lei e que os recursos públicos sejam aplicados da forma mais eficiente possível, sem comprometer os serviços prestados à população", afirmou.

Ajustes na Gestão de Pessoal

No âmbito da gestão de pessoal, o Decreto nº 171 estabelece a suspensão temporária de novas concessões de adicionais, gratificações, auxílios e horas extras. A medida não afeta direitos já adquiridos nem pagamentos obrigatórios por lei.

Além disso, o decreto determina a convocação de todos os servidores municipais que estão cedidos, afastados ou em permuta, que deverão se apresentar em seus órgãos de origem no prazo de 15 dias para uma reavaliação funcional. O pagamento de férias para o mês de agosto também foi suspenso e será reprogramado para data futura, sem prejuízo aos servidores.

"Estamos organizando a casa para construir uma base sólida para os próximos anos. Essas ações são temporárias e fundamentais para que possamos ter uma administração transparente, eficiente e financeiramente saudável, capaz de investir no que realmente importa para a população de Bandeirantes", concluiu o prefeito.

Ao final do período de 90 dias, as secretarias responsáveis apresentarão relatórios detalhados com recomendações para a regularização ou rescisão de contratos e para a adequação da folha de pagamento à legislação vigente.
 

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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