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Após voto contra Bolsonaro, senadora Soraya Thronicke pode perder indicações

Senadora de MS e mais três colegas de Casa estão na mira do Governo Federal após votarem contra os veto do presidente Jair Bolsonaro

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A senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (PSL) é uma das quatro parlamentares da Casa que estão na mira do Governo Federal por votarem contra o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que fez com que o salário de servidores públicos fossem congelados até dezembro de 2021 em contrapartida a ajuda de R$ 125 milhões na pandemia.

Conforme matéria do jornal O Globo, ela, Daniela Ribeiro (PP-PB) e Jorginho Mello (PL-SC) podem perder indicações de cargos e de liebração de verbas em emendas por terem se posicionado contra o governo na votação realizada na quarta-feira (19).

Outro que pode sofrer sanção é o vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), que deve perder o cargo nos próximos dias, segundo O Globo relata na mesma matéria. Dos três senadores de Mato Grosso do Sul, apenas Nelson Trad Filho (PSD) votou a favor do veto. Simone Tebet (MDB) e Soraya foram contra.

As duas fizeram parte do total de 42 votos a favor da derrubada do veto - 30 apenas escolheram manter a decisão presidencial. No Senado, são necessários 41 votos para que um veto presidencial seja derrubado. Contudo, nesta quinta-feira (20), o veto de Bolsonaro foi mantido após a questão ser revertida na Câmara Federal - placar de 316 a 165 votos.

Em suas redes sociais, a senadora não comentou o voto, porém, foi alvo de críticas de vários eleitores, alguns até afirmando que trabalharam para ela em 2018 e se arrependem do que fizeram. "Senadora mais uma vez decepcionado com sua atitude", destaca Wesley Beserra, um entre os 391 comentários em post feio sobre recuperação de rodovias.

Com a reversão da questão na Câmara, as categorias inseridas no veto de Jair Bolsonaro não poderão receber reajuste nenhum até o fim de 2021. Ficam de fora da restrição os aumentos aprovados antes do estado de calamidade pública, como o concedido às Forças Armadas.

A suspensão de reajustes foi exigida pelo Poder Executivo em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos estados e municípios em razão da pandemia, sendo que R$ 65 bilhões desse valor foram concedidos como adiamento de dívidas com a União.

Política

Lewandowski agora apoia recriação do Ministério da Segurança Pública e cobra mais recursos

Ministro afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade

22/12/2025 22h00

Lewandowski

Lewandowski Agência Brasil

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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, mudou de posição e passou a concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a recriação do Ministério da Segurança Pública, caso avance no Congresso a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata do tema. A avaliação foi feita em entrevista ao Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 22.

Ao defender a volta da pasta, Lewandowski afirmou que a mudança só fará sentido se vier acompanhada de uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade e de um reforço significativo de recursos federais. Segundo ele, sem "verbas substanciais", o novo ministério tende a ser ineficaz.

"Eu concordo com o presidente que essa divisão (Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública) faria sentido, primeiro, se houvesse uma ampliação do papel da União no combate à criminalidade. Em segundo lugar, se viessem verbas substanciais, porque hoje nós temos no nosso Fundo Nacional de Segurança Pública a verba irrisória de R$ 2 bilhões", afirmou.

Na entrevista, o ministro também criticou as mudanças promovidas pela Câmara dos Deputados no texto da PEC da Segurança enviado pelo governo. Embora tenha elogiado a disposição do relator, deputado Mendonça, para o diálogo, Lewandowski avaliou que a versão aprovada se distancia do eixo central da proposta do Executivo.

"A principal crítica que eu faço é que o texto está, de certa maneira, na contramão da proposta que nós apresentamos. O principal ponto da PEC era a coordenação de forças, e isso ficou de fora", disse. Para ele, ao priorizar a descentralização e o fortalecimento das forças locais, o texto pode representar um retrocesso em relação ao modelo de coordenação nacional previsto no Sistema Único de Segurança Pública (Susp), criado em 2018.

Lewandowski também comentou o Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado pela Câmara e pelo Senado. Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a revisão da norma ainda passará por sua mesa. O presidente Lula já declarou que pretende vetar o texto, que reduz penas de condenados por tentativa de golpe de Estado.

"Na medida em que você ameniza as sanções contra esse tipo de atentado contra as instituições, que é gravíssimo, você pode estimular futuros atentados contra o Estado Democrático de Direito", comentou.

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PGR defende progressão de regime do hacker Delgatti em caso que envolve Zambelli e Moraes

Walter está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli

22/12/2025 21h00

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro

Hacker Walter Delgatti na CPMI dos atos de 8 de Janeiro Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta segunda-feira, 22, de forma favorável à progressão de regime prisional de Walter Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara (SP), condenado a oito anos e três meses de prisão.

Delgatti está preso por ter invadido o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a mando da então deputada Carla Zambelli (PL-SP) e por emitir um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

No parecer enviado ao ministro-relator Alexandre de Moraes, a PGR informou que, até 2 de julho deste ano, Delgatti havia cumprido um ano, 11 meses e cinco dias de pena - o equivalente a 20% do total. O documento também destaca que o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional aponta bom comportamento do detento, requisito previsto em lei para a concessão do benefício.

"Além disso, o atestado de conduta carcerária emitido pela unidade prisional atesta que o reeducando Walter Delgatti Neto apresenta bom comportamento carcerário. Dessa forma, estão atendidos os requisitos objetivos e subjetivos exigidos para a progressão de regime prisional", escreveu o PGR Paulo Gonet.

A manifestação da PGR foi solicitada pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo de execução penal e pelo pedido de progressão apresentado pela defesa. Não há prazo para decisão.

 

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