Política

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Assembleia fecha plenário após seis casos de covid-19

Gabinetes e outros setores também devem ser fechados e trabalho vai seguir 100% remotamente, sem adoção de recesso

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Além do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Paulo Corrêa (PSDB), mais quatro servidores da Casa e o deputado Neno Razuk (PTB) foram diagnosticados com o novo coronavírus, o que motivou o fechamento do plenário, gabinetes e outros setores por pelo menos 15 dias, com todo o trabalho sendo feito de modo remoto, pela internet.

Uma das medidas levantadas para conter uma proliferação de casos no parlamento estadual era fazer uso do recesso no meio do ano. Porém, foi decidido que o trabalho continuará sem interrupção esse ano justamente pelo presencial ter sido suspenso.

As sessões estão sendo realizadas online desde março, início da pandemia, porém, alguns servidores e deputados participavam presencialmente. Agora, o serviço na Assembleia Legislativa será todo realizado pela internet.

O trabalho em regime de home office foi aprovado na sessão desta terça-feira (14) pelos deputados. Feita 100% virtualmente, a votação foi comandada por Corrêa, apesar dele ser um dos cinco diagnosticados com o vírus na Casa.

"Sessões online prosseguem, pela sanidade das pessoas da Casa de Leis. Quanto menos gente circulando, melhor. O pico é agora em julho. E estamos vendo isso na porta de nossa casa. Todos os servidores presenciais foram testados e quatro testaram positivo para o novo coronavírus", frisa Corrêa.

Os outros quatro servidores que testaram positivo estão lotados na copa do plenário, departamento de gerência de segurança, recursos humanos e gabinete do deputado Rinaldo Modesto (PSDB). Ambos já estão cumprindo isolamento obrigatório. Ao todo, a Assembleia Legislativa testou 556 servidores, sendo que 552 tiveram resultado negativo.

Conforme apurado pela reportagem, os seis casos fizeram com que muitos servidores ficassem assustados com a situação. Durante a sessão de hoje, Herculano Borges (SD) e Eduardo Rocha (MDB) comentaram os casos e falaram em sentimento de aflição entre os servidores. Já Pedro Kemp (PT) revelou que seu gabinete ficará fechado por 15 dias.

Neno Razuk

O mais novo deputado a descobrir estar com a covid-19 em Mato Grosso do Sul é Neno Razuk (PTB), que recebeu hoje o resultado positivo para a doença após exames de rotina. Desde já ele se colocou em quarentena para respeitar as medidas de isolamento.

De acordo com a assessoria de imprensa do parlamentar, todos os servidores que tiveram contato com ele estão passando por testes oferecidos pela Assembleia Legislativa. Neno manteve o trabalho remoto junto à Assembleia.  

"O deputado está com a saúde estável e reitera as recomendações para que as pessoas usem máscaras, lavem as mãos, usem álcool em gel, mantenham o distanciamento e quem puder, fique em casa", ressalta na nota a assessoria.

Panorama da doença

No dia 8 deste mês, Corrêa informou que se afastaria do trabalho presencial por que apresentou sintomas da covid-19, realizando o teste que confirmou o resultado positivo. "Apesar do susto e da preocupação, já apresento melhora no estado de saúde e já iniciei tratamento médico adequado", disse, no Facebook.

Mato Grosso do Sul chegou hoje aos 13.934 casos positivos de covid-19. Entre ontem e hoje, mais 473 casos foram confirmados. Desses novos casos, 196 foram registrados em Campo Grande, 43 em São Gabriel do Oeste, 35 em Dourados e 30 em Itaquiraí.

Mais 189 pessoas se recuperaram da Covid-19, totalizando 9.191. Outros 277 pacientes estão internados, sendo 145 em leitos clínicos e 140 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Portanto, em 24 horas, uma pessoa recebeu alta no Estado.  

Atualmente, Campo Grande concentra a maioria das internações por covid-19 em Mato Grosso do Sul. Dos 277 pacientes em tratamento no Estado, 203 estão da Capital - que atende 33 municípios da região. Desde o início do mês, o Governo vem criando leitos em cidades do interior para desafogar os hospitais dos municípios-sede de macrorregião.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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