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VAGA POLÍTICA

Assembleia Legislativa pode completar 14 anos sem indicar deputados ao TCE

Os dois últimos parlamentares estaduais que viraram conselheiros da Corte de Contas são Flávio Kayatt e Marcio Monteiro

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Com a conclusão do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) nº 16/2025, de autoria Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), que aprovou ontem, por 21 votos favoráveis e um contrário – o do deputado estadual João Henrique Catan (PL) – o nome do ex-secretário estadual da Casa Civil, Sérgio de Paula, para exercer o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MS), a Casa de Leis pode completar 14 anos sem designar nenhum deputado estadual para a Corte de Contas.

Os dois últimos deputados estaduais indicados para o TCE-MS são os conselheiros Flávio Esgaib Kayatt, atual presidente da Corte, e Marcio Campos Monteiro, atual corregedor-geral e diretor-geral da Escola Superior de Controle Externo (Escoex) do Tribunal, que foram nomeados em 2017, ou seja, há oito anos.

Entretanto, partindo da premissa de que a próxima vaga política na Corte de Contas só será aberta com a aposentadoria compulsória de um conselheiro e o primeiro a chegar aos 75 anos de idade será Marcio Monteiro, em 2031 – daqui a seis anos – a Assembleia Legislativa só poderá indicar o nome de um parlamentar 14 anos depois da última designação feita pela Casa de Leis em 2017.

MOVIMENTAÇÃO

O afastamento do conselheiro Waldir Neves Barbosa em 8 de dezembro de 2022 por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no âmbito da Operação Terceirização de Ouro, e que perdurou até maio deste ano, quando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o retorno, chegou a provocar uma movimentação na Alems.

Os deputados estaduais Marcio Fernandes (MDB) e Paulo Corrêa (PSDB) chegaram a se movimentar para serem os indicados para a possível vaga que poderia ser aberta com o afastamento em definitivo do conselheiro Waldir Neves, porém, a determinação de Alexandre de Moraes jogou um balde de água fria nas pretensões dos dois parlamentares estaduais.

No entanto, por movimentação do deputado estadual Paulo Corrêa, o governador Eduardo Riedel (PP) enviou, em dezembro de 2023, à Assembleia Legislativa a Emenda Constitucional nº 3/2023, que aumentava o limite da idade máxima para nomeações na Corte de Contas.

Até aquele ano, a idade máxima para a nomeação de conselheiro do Tribunal era menos de 65 anos e, depois de aprovada a Emenda Constitucional, passou a ser menos de 70 anos. Como completou 66 anos em 2023, o parlamentar estava excluído da possível indicação.

Além disso, caso não tivesse sido aprovada a Emenda Constitucional, Sérgio de Paula também ficaria de fora da indicação a partir deste ano. Isso porque ele completou 65 anos no dia 31 de dezembro do ano passado.

PRÓXIMA VAGA

Em entrevista ao Correio do Estado, o deputado estadual Marcio Fernandes assegurou que a próxima vaga política aberta no TCE-MS será de um parlamentar da Alems. 

“Já fechamos questão, inclusive com o governador Eduardo Riedel”, revelou.

Conforme o parlamentar, isso foi pedido pelo presidente da Casa de Leis, deputado estadual Gerson Claro (PP), e pelo líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Londres Machado (PP).
“Está assegurado que a próxima vaga será de um deputado estadual”, reforçou.

Marcio Fernandes revelou que, na reunião dos líderes partidários com o governador na semana passada, foi alinhada essa posição. 

“E eu sou candidato à próxima vaga. Agora não abrirei mão para ninguém, se isso, óbvio, for um desejo dos demais colegas de Casa de Leis, porque somos nós que indicamos”, comentou o parlamentar estadual.

*SAIBA

Conforme a Súmula 653 do Supremo Tribunal Federal (STF), os Tribunais de Contas dos Estados devem ser compostos por sete conselheiros; quatro devem ser escolhidos pelas Assembleias Legislativas e três pelo chefe do Poder Executivo estadual, cabendo a este indicar um entre auditores e outro entre membros do Ministério Público de Contas, e um terceiro de sua livre escolha.

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Política

Cármen Lúcia vota pela confirmação da cassação de Zambelli e conclui placar da Primeira Turma

Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento

12/12/2025 19h00

Crédito: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, também votou para que a Primeira Turma da Corte confirme a decisão que decretou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP) - condenada a um total de 15 anos de prisão em duas ações penais. Com a manifestação da ministra, o colegiado tem quatro votos e conclui o julgamento chancelando também a anulação da decisão da Câmara dos Deputados que tentou salvar Zambelli.

Assim como o relator, Alexandre de Moraes, e os colegas Flávio Dino e Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia apontou inconstitucionalidade na votação da Câmara que tentou poupar o mandato da bolsonarista.

A ministra destacou a impossibilidade de Zambelli exercer seu cargo como deputada vez que foi condenada a prisão em regime fechado, lembrando que, por essa razão, é estabelecida a perda automática do mandato como decorrente da sentença condenatória.

"A condenação a pena que deva ser cumprida em regime fechado, como se dá na espécie vertente, relativamente a Carla Zambelli Salgado de Oliveira, impede que ela sequer se apresente, sendo fática e juridicamente impossível ela representar quem quer que seja. A manutenção do mandato deixaria o representado - o povo que elege - sem representação, pela impossibilidade de comparecimento para o exercício do cargo pelo que tinha sido eleito", destacou a ministra.

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Política

De olho em 2026, Botelho e Tebet articulam uso de terras da União para destravar obras em MS

Encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar a habitação popular e a reforma agrária no estado

12/12/2025 16h00

Divulgação

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O superintendente do Patrimônio da União em Mato Grosso do Sul (SPU/MS), Tiago Botelho (PT), reuniu-se na quarta-feira (11), em Brasília, com a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). O encontro teve como foco destravar ativos imobiliários federais para acelerar duas frentes sensíveis no estado: habitação popular e reforma agrária.

O encontro em Brasília carrega forte componente político. Segundo Botelho, a expectativa é preparar um pacote de entregas robusto para uma visita do presidente Lula a Mato Grosso do Sul, prevista para o primeiro trimestre de 2026. 

A agenda serviria como contraponto político em um estado majoritariamente ligado ao agronegócio conservador, apostando em obras estruturantes para disputar a narrativa local.

A articulação busca dar celeridade ao programa "Imóvel da Gente", transformando terrenos ociosos da União em canteiros de obras para o Minha Casa, Minha Vida. Botelho apresentou a Tebet um mapeamento de áreas em municípios estratégicos, visando ampliar o estoque de moradias antes do início das vedações eleitorais do próximo ano.

"Precisamos avançar, pois o déficit habitacional é muito grande", argumentou Botelho, citando números da gestão Lula 3. O superintendente também tocou em um ponto nevrálgico para a política do Centro-Oeste: a reforma agrária. A estratégia é utilizar áreas da União já identificadas, dependendo apenas de estudos de viabilidade do Incra, para evitar conflitos fundiários e acelerar assentamentos.

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